Mãe e filha






Andrômeda saiu do carro em direção à sua casa. Estava cansada e o encontro com Lupin a havia deixado nervosa.

- Marie, me prepare um chá, sim? – Pediu assim que chegaram em casa.

- É pra já, senhora. – Mas assim que Marie acendeu as luzes percebeu a presença estranha de alguém sentado na poltrona da sala.

- Ah não!Você de novo? – Andrômeda exclamou ao ver o estranho. – Já lhe disse que não te darei ouvidos para conversar sobre minha filha!

- Ah senhora precisa ao menos conhecê-la! – Lupin levantou-se da cadeira.

Andrômeda fitou-o por um breve momento.

- E onde é que ela está? – Perguntou por fim ainda o encarando.




TOC TOC TOC

- Vai embora, Lupin! – Tonks gritou de dentro do quarto. – Eu não vou falar com você!

Mas a porta abriu-se mesmo assim. Tonks virou-se furiosa pronta para fazer um escândalo ao ver Lupin, mas se deparou com Andrômeda a encarando friamente.

- Ah me desculpa, eu pensei que fosse...

- Eu sei quem pensou que fosse. – Andrômeda se aproximou mais. – Então, quem é você?

- Eu...esperava que a senhora pudesse me dizer. – Disse Tonks com dificuldade.

- Estou cansada de ser enganada. – Andrômeda abaixou os olhos tristes.

- Mas... – Tonks ajeitou uma mecha dos cabelos antes castanhos que no exato momento viraram pretos.

- Você... – Andrômeda já estava a encarando de novo. – Você é metamorfomaga.

- Eu sou o que?

- Minha filha era metamorfomaga.

Tonks sorriu.

- Lembro de meu pai fazendo brincadeiras comigo e com meu cabelo.

- Meu marido não era...

- Bruxo. Eu sei que não. – Tonks completou.

- Você realmente se parece com minha filha. – Andrômeda já estava prestes a sair do quarto. Tonks observou uma pena de coruja caída no chão.

- Você gosta de corujas? – A menina perguntou rápido.

- Gosto.

- Eu me lembro quando você, quero dizer, minha mãe me deu uma. Fomos ao beco diagonal...eu queria uma branca e bonita e você me deu uma marrom e feiosa. Meu pai disse que você tinha péssimo gosto para corujas...

Andrômeda sorriu pela primeira vez. Voltou a caminhar em direção à Tonks.

- Depois fomos comprar varinhas. Pena de hipogrifo, trinta centímetros. – Tonks estava com os olhos fechados, as mãos unidas, tentando se lembrar. Andrômeda passou a mão pelo rosto da filha.

- Ninfadora. – Sussurrou a abraçando. – Minha filha.


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- A senhora me chamou? – Lupin apareceu à mesa de Andrômeda naquela manhã.

- Sim senhor. Aqui está sua recompensa. – Ela mostrou-lhe um saco de dinheiro. – 4 mil galeões. É tudo o que tenho.

- Eu agradeço muito mas, não quero o seu dinheiro.

- Não quer o dinheiro? – Ela perguntou abismada. – Então o que quer?

- Infelizmente nada do que a senhora possa me oferecer. – Lupin acenou com a cabeça e saiu do aposento. Já descia as escadas quando trombou com Tonks.

- Lupin, eu...

- Não precisa agradecer. – Disse ele ajeitando as vestes.

- Pegou sua recompensa? – Perguntou Tonks séria.

- Fiz o que tinha que fazer.

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- Lupin! – Moody o chamou à porta da casa. Lupin estava com sua mala em mão e já vestia o casaco. – Você tem certeza de que é isso que quer fazer?

- Não poderia estar mais certo. Moody, ela encontrou a família.

Moody engoliu o choro, depois deu palmadinhas no ombro de Lupin.

- Vai, vai, antes que eu chore. – Disse esfregando seu olho normal.

Lupin riu.

- Se algum dia voltar a Grã-Bretanha me procure. – E assim saiu pelo jardim bem cuidado de Andrômeda.




Naquela mesma noite haveria uma festa na casa de Andrômeda. Depois de anos sem ver sua filha, a mulher finalmente conseguiu reencontrá-la. A casa estava cheia de bruxos e bruxas ricos da aristocracia.

- Mãe. – Tonks a chamou antes das duas descerem para festa. Tonks estava vestindo uma veste bruxa muito bonita e seu cabelo, agora vermelho, estava preso. – Como estou?

- Você está linda filha. – As duas desceram as escadas vagarosamente. Tonks cumprimentou um pouco desconfortável alguns bruxos e bruxas.

- Ele não está ai. – A voz de sua mãe a fez parar de passar os olhos pela sala e a encarar os dela.

- Eu sei que não...quem não está aqui?

- O rapaz que te trouxe.

- Ah eu sei que não está aqui. Provavelmente deve estar em algum lugar gastando todo o dinheiro da recompensa de uma vez só.

Andrômeda pegou na mão de Tonks depois olhou para os convidados que conversavam alegremente.

- Você nasceu neste mundo mágico e deslumbrante. – Disse com a voz sonhadora. Tonks não entendia porque. – Ele...não aceitou o dinheiro.

- Não aceitou? – A menina se assustou um pouco. – Por que?

- Ele não disse porque. – Andrômeda sorriu. – Ninfadora, estou muito feliz de te reencontrar e poder finalmente viver ao lado de minha filha mas...será isto o que você quer?

Tonks encarou os pés. Aquilo a havia deixado nervosa.

- Mãe, eu... – Mas Andrômeda já havia se deslocado para outro lugar. Tonks olhou toda aquela gente e depois de esbarrar no porta guarda chuvas da entrada, saiu para os jardins.




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