Capítulo Único!



N/A: È muito importante que leiam o resumo antes de começar a ler, muito importante mesmo!! ...




Hogwarts não seria a mesma neste sétimo ano dos marotos. Sirius Black, garoto que sempre aprontava e era paquerador, não tinha forças nem para puxar a cadeira de alguém que iria sentar e muito menos força para namorar. Remo Lupin era monitor chefe e o mais certinho deles, mesmo assim deixava passar muitas desobediências as regras, pois não estava com a menor vontade de aplicar detenções. Pedro Pettergriew não tinha tanta habilidade mágica quanto os outros, talvez por isso andasse sempre na cola dos garotos. Ele fora o que menos mudara seu estilo, mas todos perceberam que ficara triste. Toda essa tristeza não era pra menos. Tiago Potter, melhor amigo dos três e último integrante dos Marotos, havia desaparecido nas férias e todos acreditavam que o jovem bruxo havia falecido, mas ninguém achara o corpo. Sem o companheiro não conseguiam nem brincar com Severo Snape, bruxo do sétimo ano da Sonserina, o alvo preferido dos Marotos. Mas não foram só os garotos que notaram a falta de Tiago, várias outras pessoas se sensibilizaram por tudo o que ocorrera. Principalmente uma ruiva da Grifinória, monitora como Lupin, com lindos olhos verdes que agora se viam muitas vezes vermelhos de choro. Lílian Evans aparentemente não superara a perda do amigo. Era verdade que ele a importunava pedindo para sair e também lhe roubava beijos e abraços, mas ela nunca percebera o quanto gostava dele.

A viagem até Hogwarts fora melancólica. Olhares distantes, pensamentos tristes e um silêncio total. Os monitores, Lupin e Lílian, vagavam pelos vagões sem prestar muita atenção no que realmente acontecia. Depois de cumprirem suas tarefas, juntaram-se aos outros Marotos. Lílian, que normalmente ficava com suas amigas, preferiu aquela cabine, pois representava melhor o que ela estava sentindo, não iria conseguir se juntar à felicidade que se via na cabina das amigas. Lupin, mesmo sem demonstrar, ficara feliz que a garota se juntara a eles, assim poderia ficar mais com ela. Não conseguia parar de pensar que os pensamentos que tinha com a garota eram uma traição ao amigo, mas não conseguia evitar, aqueles olhos verdes o encantavam.

Já em Hogwarts, Lupin tentara durante um mês inteiro contar o que sentia para Sirius, mas sempre que dizia que estava apaixonado por uma garota não conseguia dizer quem era. Não tinha coragem, até aquela noite em que encontrou o amigo sozinho na Sala Comunal da Grifinória:

- Sirius, sabe aquela conversa que eu queria ter com você? – falou Lupin sentando em uma poltrona perto da lareira ao lado da poltrona do amigo.

- Sei... Sobre a garota. Você vai me dizer quem é? – perguntou o garoto já sem expectativa nenhuma, pois Lupin sempre vinha com a mesma história e nunca terminava.

- É... Eu não agüento mais. Preciso desabafar, preciso te dizer quem é. Estou me sentindo mal por gostar dela, mas não consigo evitar. Quando eu vou dormir eu sempre falo pra mim mesmo que no outro dia eu não pensarei nela, mas quando eu a vejo tudo se embaralha e eu esqueço tudo o que havia planejado. – Lupin disse olhando para a lareira.

- Então me fala, cara. Agora to ficando preocupado. – Sirius olhava para o amigo, agora realmente começara a se interessar. Não sabia que o amigo estava tão mal, pensara que todos aqueles dias tristes e desolados eram por causa do desaparecimento de Tiago, o que não deixava de ser verdade.

- Certo... Mas primeiro me diz o que você faria em meu lugar, o que você faria se estivesse apaixonado por alguém que não gosta de você, alguém que é sua amiga e que apenas te trata bem por respeito e amizade? Alguém que gosta de outra pessoa e ficara desapontada várias vezes com essa pessoa, mas você via aquilo e por algum motivo não podia falar nada. O que você faria? – Lupin sem perceber falou um pouco mais alto que esperava, mas não estava se importando com isso. Tinha desabafado uma parte, agora só faltava contar quem era essa pessoa. Mas achou que não conseguiria, não hoje. Sirius o encarou, os dois se olhavam e passados alguns segundos respondeu:

- Eu iria em frente, lutaria por essa pessoa, afinal você falou que gosta muito dela.

- Ah... Você iria em frente? Não! Você não iria... Você é uma pessoa leal acima de tudo. Você não agüentaria trair ele! – novamente Lupin falara com há voz um pouco mais alta do que desejara. Estava transtornado. Não sabia se encarava o amigo ou se olhava para a lareira, que naquele momento parecia ser mais atraente do que tudo. Sirius ficou confuso, não entendera a atitude do amigo. “Aluado está endoidando com essa história do Tiago” pensou ele. Ficaram alguns minutos sem trocar uma só letra.

- Olha... Você, novamente, não está querendo me contar quem é. E agora está até me assustando um pouco. Vou descer pra jantar. Você fica aqui e se acalma, depois desce e me conta. – Sirius disse já levantando e indo a direção do quadro da Mulher Gorda. Mas não iria alcançá-lo, pois encontrou Lílian parada, estática, em frente ao quadro. Sirius não teve tempo de avisar ao amigo que havia alguém escutando tudo que eles haviam falado, porque naquele instante Lupin tomou coragem, talvez na hora errada, e falou:

- É a Lílian... – Lupin falou baixo, mas em um tom que Sirius e a garota conseguiram ouvir. Ele repetiu e vendo que o amigo não respondia, virou-se e deparou com a ruiva olhando para ele. A garota estava branca e algumas lágrimas caíam de seus olhos enquanto corria para o dormitório. O Maroto tentou segui-la, mas não conseguiu, pois nenhum garoto poderia entrar no dormitório feminino. Estava arrasado. Como pudera deixá-la ouvir? Perdeu-se em pensamentos enquanto caminhava para sua cama no dormitório masculino. Nem conseguiu encarar Sirius, que ainda estava parado em frente ao quadro.

Os dias que se passaram foram nada bons para Lupin. Tentou falar com Lílian, mas ela não queria ouvir. E se isso já não bastasse, tinha que escutar Sirius dizer que ele estava traindo o amigo. Procurou ficar sozinho e esperava para comer nas horas que o Salão Principal estava mais vazio. Nas aulas tentava se concentrar ao máximo, mas a presença da ruiva não deixava o garoto prestar atenção. Meses se passaram, meses de angústia, tristeza e solidão. Dias em que achava que havia um Dementador o acompanhando para onde ia, pois achava que não seria feliz outra vez. Até que o inesperado aconteceu. Lílian vinha em sua direção. Estava comendo no Salão Principal, quando a garota adentrou no lugar e caminhava para onde ele estava. Sentou ao seu lado como se nada tivesse acontecido nesses últimos meses e sorrindo lhe perguntou:

- Quais são as aulas do dia?

Lupin simplesmente não acreditou. Atordoado, procurou seus horários e respondeu para a menina:

- Feitiços de manhã e Transfiguração de tarde.

A menina voltou a comer após a resposta. Lupin, sem tirar os olhos dela, continuou:

- Desculpa... Desculpa por todos esses dias. Eu gosto muito de você, mas não queria perder sua amizade. E você tem que entender, porque o que aconteceu foi culpa sua. – disse ele com um sorriso maroto.

- Minha culpa? – perguntou Lílian confusa. – Como assim minha culpa?

- Ninguém mandou nascer linda e com os olhos mais encantadores que eu já vi.

- Ah... Então é por isso... – entendeu ela agora corando um pouco, mas sem perder a brincadeira.

Sirius e Pedro entraram no Salão e se juntaram aos dois.

- Lupin, meu amigo. Como você acha que eu fico mais fofo. Assim... – fez uma cara de cachorrinho abandonado. – Ou assim... – fez à mesma cara, mas agora com biquinho. Os quatro riram muito. Parecia que tudo havia voltado ao normal, mesmo sem o garoto entender como de uma hora pra outra todos estavam felizes e sorridentes, mas veio em uma hora boa, pois na próxima semana seria o natal e este ano Hogwarts iria promover um Baile. Todos já estavam procurando seus pares, todos estavam excepcionalmente animados, menos Lupin e Lílian, que tinham ninguém para acompanhar, pelo menos não antes da noite da véspera do Baile:

- Onde você ta indo, Aluado? – perguntou Sirius para o amigo que ia saindo da Sala Comunal.

- Vou dar uma volta. Arejar as idéias. – respondeu o Maroto passando pelo quadro. Sirius, obviamente, já tinha um par. Bonnie Cole do sétimo ano da Lufa-Lufa, uma garota loira, olhos azuis. Ela era muito bonita, mas um tanto quanto estúpida. Pedro, o outro Maroto, não tinha par, mas não se importava, pois já estava acostumado.

Lupin estava andando pelo corredor do quarto andar sem direção. Não se preocupava para onde estava indo, só queria andar um pouco. No entanto, foi despertado ao ouvir um grito de ajuda mais a frente. Era uma garota sendo agarrada por algum garoto.

- Beba isso. Isso obrigará você a ir ao baile comigo! – disse o garoto de cabelo preto e oleoso que Lupin não demorou em perceber que eram de Snape.

- Nunca! Quando eu me soltar, você vai ver! – berrava a ruiva. “Não podia ser” pensou Lupin. Mas era. Snape com uma poção na mão tentava obrigar Lílian a bebê-la.

- Solta ela! Agora! – exclamou o garoto chamando atenção dos dois. Estava com a varinha apontada para o rosto do sonserino, mas lançou nenhum feitiço. Não queria correr o risco de acertar a menina.

- Ah... Lupin! Que bom ver você por aqui. Sua amada, infelizmente, não esta querendo cooperar. Isso pode trazer danos irreversíveis. – disse Snape tentando mais uma vez fazer com que Lílian tomasse a poção.

- EU FALEI AGORA! – berrou o Maroto.

- Me obrigue então!

Sem pronunciar uma única palavra Lupin tentou desarmar seu oponente, mas foi em vão, pois Snape se defendeu a tempo.

- Seu amigo Tiago era mais rápido que você. Você devia aprender com ele. – disse Snape debochando. – Que pena! Eu esqueci... Ele morreu não é?

Lupin estava tão raivoso que o ódio quase emanava de seu corpo, se fosse possível teria se transformado em Lobisomen só para acabar com a raça do desgraçado. “Mas não é possível e também poderia machucá-la”, pensou ele. “Preciso pega-lo desprevenido, sem dar chances de defesa, mas como?”

- Já que desistiu de me atacar, poderia dar licença? – perguntou Snape desdenhando.

- SIRIUS! NÃO FAÇA ISSO! ABAIXE A VARINHA! – berrou Lupin olhando para algo atrás dos outros dois.

Snape em movimento de defesa se virou. Não havia nada lá e por conseqüência de seus atos, acabou vendo sua varinha voar de sua mão.

- Agora seja inteligente e solte-a. Você não conseguirá nada sem varinha! – disse Lupin como se fosse um daqueles policiais negociadores trouxas.

- Quem disse que estou sem? – falou Snape largando Lílian e correndo em direção à sua varinha.

- INCARCEREOUS! – bradou Lupin e ao mexer sua varinha algumas cordas voaram para a perna de Snape, a amarrando. O garoto tentou continuar correndo, o que causou uma queda de cara no chão, fazendo seu nariz sangrar furiosamente e também causando desmaio. O Maroto correu em direção à Lílian para ver se a garota estava bem, a abraçou e tentava acalma-la. Estavam saindo quando a menina sugeriu ao garoto para levar o sonserino à ala hospitalar. Mesmo contra sua vontade, Lupin iria realizar o desejo da amiga. Estava levantando o garoto através de magia quando cinco pessoas vinham em direção a ele.

- Hei... Solta ele ou você pode sofrer as conseqüências. – disse um garoto mais forte que vinha no meio dos demais. Lupin não sabia o nome dele, mas sabia que era da Sonserina por causa dos uniformes.

- Ok. – disse Aluado antes de parar o feitiço e Snape novamente cair de cara no chão. Os sonserinos não gostaram muito da brincadeira e sacaram as varinhas e apontaram para o garoto.

- Vocês vão me atacar. – dizia ele com a mão nas costas fazendo um sinal discreto que significava “Lílian corre!” Mas ou a garota não viu, ou não quis deixar o amigo ali sozinho, pois continuou parada – Cinco contra um... Eu não sabia que vocês eram tão justos. E também não sabia que o Snape tinha amigos.

- Na verdade, ele realmente não tem. Estamos aqui pra defender nossa casa. Você achou que faria isso com ele e ainda sairia são e salvo? Achei que os grifinorianos seriam mais espertos. – falou novamente o garoto do meio rindo da cara dos dois. Lupin novamente estava perdido em pensamentos. “Como vamos sair dessa? Se eu estivesse sozinho não me preocuparia em ser atingido, mas temo pela Lílian. Eu poderia tentar usar a mesma estratégia de antes, mas eles não seriam burros o bastante, seriam? Talvez... Afinal, eles não viram eu a usando contra o Snape.”

- DUMBLEDORE! FORAM ELES! – berrou o Maroto novamente olhando para um ponto atrás do sonserinos, que se viraram ao escutar o nome Dumbledore. Lupin aproveitara a chance e pegara na mão de Lílian para fugirem correndo. Os garotos ao se virarem novamente lançaram alguns feitiços, mas sem sucesso. Tentaram segui-los, mas Lupin entrou em várias passagens, conseguindo assim, despistar os oponentes e chegar à Sala Comunal da Grifinória. Levou Lílian até o pé da escada que levava ao dormitório feminino.

- Entregue sã e salva! – disse o garoto sorrindo ao encará-la.

- Obrigada! Você foi muito corajoso enfrentando eles por mim. – disse ela corando um pouco, mas sem desviar o olhar. – Se bem que... Contou com muita sorte... Porque nem todos sonserinos são tão tapados como aqueles cinco.

Os dois sorriram e Lupin assentiu com a cabeça. Não tinha se dado conta dá sorte que tinha tido.

- Mas mesmo assim... Eu te devo uma! – disse a ruiva já se preparando para subir a escada. Lupin ainda olhava a menina que também se virava e olhava para ele.

- Será que eu poderia cobrar esse favor? – perguntou ele com um sorriso maroto.

- Claro... Mas não exagere! – respondeu ela parando no meio da escada.

- É que... Eu estou sem par e o baile vai ser amanhã. Será que você poderia ir comigo? – perguntou Aluado olhando para o chão e mais vermelho do que o cabelo da garota. Ela sorriu.

- Por acaso você está me convidando para sair Remo John Lupin?

- É... Na verdade eu estou. – respondeu ele agora voltando seu olhar a ela.

- Eu aceito.

- Certo... Então eu te pego às oito... Certo... – Lupin não estava acreditando que ela tinha aceitado.

Despediram-se e o garoto se dirigiu ao dormitório masculino. Encontrou lá seus dois amigos sentados na cama de Sirius. Havia cinco moradores naquele dormitório: os Marotos e Edson Izecson Messi, mais conhecido como Eddy. Era artilheiro no time de Quadribol, mas não só por causa de sua posição, também por ele realmente fazer muitos gols. Olhos verdes, cabelos castanho e corpo de atleta, talvez por isso tinha seu próprio fã clube entre as meninas da escola. No momento estava na ala hospitalar, tivera uma convulsão durante o último jogo após ser atingido em cheio pelos dois balaços ao mesmo tempo.

- O Eddy ainda não voltou? – perguntou Lupin só por perguntar.

- Não... Nós fomos lá falar com ele. Deve voltar pra cá só em duas semanas. – respondeu Sirius abalado. Aluado pensou que era por causa do companheiro de quarto, o que em parte era verdade.

- Porque vocês estão sentados aí?

- Isso acabou de chegar pra mim. – respondeu Sirius revelando em sua mão uma capa, mas não uma capa qualquer. Era a Capa da Invisibilidade. – Acho que não contei pra vocês, mas Tiago pediu aos pais para se algo acontecesse a ele, que mandassem a capa para mim.

Tiago... Lupin tinha quase esquecido do amigo. O amigo que havia desaparecido e era dado como morto. O amigo que ele acabara de trair a menos de dez minutos atrás, pensou o garoto voltando ao estado triste que ficou durante muito tempo naquele ano. Deitou na cama, estava totalmente afundado em mágoas. Percebeu que Pedro voltara para sua cama e antes de dormir só teve tempo de responder a pergunta de Sirius:

- Achou algum par para o baile, Aluado?

- Não... Ainda não... – respondeu o garoto derramando algumas lágrimas.

Lupin passara o dia seguinte inteiro procurando Lílian para avisá-la que não poderia ir ao baile. Iria inventar alguma desculpa, diria que está doente. Qualquer coisa desde que não possa ir ao baile. Onde estava com a cabeça quando fez uma besteira daquelas? Por que convida-la dentre tantas garotas? Não tinha respostas exatas para as perguntas que vinham em sua cabeça, apenas sabia que estava muito azarado naquele dia, porque a encontrou em nenhum lugar. Foi desde o jardim de Hogwarts até as torres. Será que a garota passara o dia inteiro presa no dormitório? Não acreditou quando percebeu que havia apenas uma solução. Teria que esperar até oito horas e quando ela descesse para ir ao baile diria que não poderia ir. Ele sabia que isso a deixaria muito triste e provavelmente ficariam mais meses sem se falar, mas não tinha outra escolha.
Estava sentado na Sala Comunal da Grifinória. Faltava apenas uma hora para as oito. Estava arrasado só em pensar no que ia fazer com a garota que amava.

- Você não vai ao baile? – perguntou uma voz a suas costas.

- Não... Não estou me sentindo bem. – respondeu Lupin sem se virar, pensando que era só mais um garoto curioso da Grifinória.

- Então você vai desapontá-la... Depois de tudo o que aconteceu você vai deixá-la triste mais uma vez? Você só pode estar brincando Aluado...

- Não é isso, Pontas – Pontas? Como assim... Lupin percebeu o que tinha falado e virou-se. Estava ali, parado e olhando para ele nada mais nada menos do que Tiago Potter. Lupin piscou e piscou. Não podia acreditar, não podia ser real. – Tiago?

- É... Sou eu. Eu só queria dizer pra você ir atrás dela. Não vai decepcioná-la, pois você vai nesse baile. E por favor, faça isso sem se preocupar comigo, esquece que eu existo. Pode ter certeza que eu estou feliz por vocês.

Lupin assentiu balançando a cabeça e piscou. Quando abriu novamente o olho, Tiago não estava mais ali. “Claro... Foi minha imaginação. Eu estou delirando” pensou o Maroto. “Pode ter sido minha imaginação, mas acho que ele ficaria mais triste ainda se eu a decepcionar.” Lupin levantou e correu ao quarto para se trocar. Colocou uma veste formal preta e conseguiu chegar exatamente as oito para receber seu par. Estava linda, um vestido vermelho e o cabelo liso. Os olhos dela haviam ficado mais ressaltados e Lupin mais nervoso do que nunca.

- Você está... Linda! – exclamou ele estupefato.

- Obrigada! – disse ela sorrindo – Você também está muito elegante e charmoso. Até diria que você está bonito... Mas isso você sempre foi.

Lupin tentou agradecer, mas ser elogiado pela garota mais linda da escola havia deixado o jovem muito atordoado. Ainda tremendo, segurou na mão dela e a conduziu através do quadro. Desceram até o Salão Principal onde seria o baile. Não havia muitos casais ainda, mas os dois avistaram uma mesa em que estavam Sirius e Bonnie, e o solitário Pedro. Juntaram-se a eles causando uma expressão de surpresa no rosto de todos, mas logo sendo substituída pela expressão de felicidade ao ver que os dois traziam sorrisos e mais sorrisos para a mesa.

- Então quer dizer que você não encontrou um par ainda. – disse Sirius ao ouvido do amigo.

- Longa história... – sussurrou Lupin em resposta.

Bebiam enquanto conversavam. Conversas que iam de atualidades do Mundo Mágico até alguns assuntos de aulas. Pareciam estar se divertindo muito. Sirius contava algumas histórias engraçadas que havia ocorrido com ele durante os verões. Todos riam. Isso quando ele e Bonnie paravam de se beijar, é claro.

Passados alguns minutos, o salão já estava lotado e a música começara. Sirius e sua parceira se levantaram e foram em direção ao lugar reservado para dançar. Lupin olhou para Lílian, que assentiu com a cabeça. Os dois também foram dançar. A primeira música era uma música agitada, uma música que literalmente servia para “mexer o esqueleto”. Os quatro se divertiram muito, mas principalmente Lupin e Lílian. Pareciam mais felizes do que nunca. Tão felizes que após a música acabar ainda continuaram com alguns passos. Após uma música agitada, nada melhor do que uma música lenta para acalmar. Lupin colocou os braços em volta da cintura da menina que fez o mesmo em volta do pescoço do rapaz. O garoto com a cabeça no ombro dela que também tinha sua cabeça no ombro dele. Sentiam-se muito bem um junto ao outro.

- Depois de tudo o que aconteceu, foi boa essa nossa aproximação. Acho que acabou ajudando os dois. – disse Lílian no ouvido dele. Lupin não queria falar muito sobre isso, pelo menos não sobre Tiago, mas ao ver que ela precisava desabafar continuou:

- Mas é o que dizem... Depois da tempestade, vem a bonança.

Os dois voltaram a se olhar, olhos nos olhos. Talvez um dos momentos mais espetaculares que Lupin já viveu em sua vida. Mas com certeza não foi o melhor, pois não conseguiu ganhar do que veio a seguir. Aqueles olhos verdes brilhavam e o Maroto foi desafiado a conseguir encara-los. Como se esperava ele não resistiu. Seus lábios se aproximaram, os dois fecharam os olhos e deixaram acontecer. Lílian se perguntava se estava sonhando. Já o garoto nem perdeu tempo se perguntando, tinha certeza que estava sonhando. Os dois estavam nas nuvens, no paraíso. Até Sirius parou de dançar quando os viu. Sorriu como se estivesse querendo dizer “se não tem outro jeito”. Por incrível que pareça os dois desgrudaram. Voltaram a dançar juntos e Lílian arrepiou seu parceiro sussurrando em seu ouvido:

- Você nem imagina há quanto tempo eu queria fazer isso...

- Ah é? Há quanto tempo? – perguntou Lupin confuso.

- Exatamente... Um dia! – afirmou ela sorrindo.

- Um dia... Só um pouco a menos do que eu.

- Há quanto tempo você queria fazer isso?

- Só há seis anos.

- É... Um pouco a menos. – disse a garota e os dois sorriram e voltaram a se beijar.

O dia seguinte em Hogwarts fora especial. Parecia que a escola havia sido encantada para conseguir colocar sorrisos no rosto de todos. Principalmente para dois bruxos da Grifinória que haviam adormecido juntos no sofá diante da lareira.

- Dormiu bem? – perguntou o garoto sorrindo para sua companheira.

- Claro... Sonhei que um lindo bruxo havia sido tão atencioso e carinhoso comigo que eu estava começando a me apaixonar por ele. – respondeu Lílian olhando nos olhos de Lupin. Os dois se beijaram. Não se podia prever uma manhã melhor do que aquela. Ficar junto com sua amada, agarradinhos e deitados no jardim. Afinal, era sábado e eles podiam aproveitar a vontade. Não só naquele dia, mas sim em todos os outros que vieram a seguir, pois agora estavam namorando. Era o casal mais apaixonado da escola, não tinha como ver um sem ver o outro por perto. Não conseguiam se separar nem na hora de dormir.

Para quem chegou a achar que nunca seria feliz novamente, aqueles meses que seguiram pareceram ser irreais. O jovem bruxo não parava de sorrir, na verdade, todos voltaram a sorrir. Pareciam ter esquecido o que acontecera. Ou talvez não fosse isso. Talvez ele quisessem apenas curtir suas vidas sem precisar lembrar daquilo a cada cinco minutos. Talvez eles quisessem apenas acreditar que depois da tempestade, vinha a bonança.






N/A: Mesmo sendo de capítulo único, espero que tenham gostado, e queria ver comentários... COMENTEM!!! É muito importante... Pois desconfio das minhas "habilidades" em escrever romances, e quero saber se vocês desconfiam também.. Hahaha Não estou vendo muitos comentários, então, vamo lá galera!! Os autores que sabem o que é não ter comentarios, por favor, me ajudem aí né!! E claro... VOTEM tbm :D

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.