A despedida
N/A: Aviso!!!
As duas primeiras cenas são um pouco mais HOT (peguei emprestado o termo da Gisele Weasley XD). Então, se você não gosta, pode pular essa parte (elas não vão fazer taaanta diferença assim).
Aproveitem o cap!!!!
Cap26.: A despedida.
Ele me puxou para dentro do dormitório e fechou a porta com o pé.
Ainda me beijando, Malfoy me levantou. As minhas pernas logo estavam entrelaçadas na cintura dele. Eu olhei naqueles olhos cinzas e ele não fugiu do meu olhar. Apenas me encarou um pouquinho mais, até que ele se aproximou e me beijou.
E você pode ter certeza que eu não entrei em desespero quando ele me levou até a cama. Ou quando ele começou a beijar o meu pescoço e, ao mesmo tempo, colocou uma das suas mãos por baixo da minha blusa. Eu só senti um arrepio quando a mão gelada de Draco Malfoy tocou a minha barriga, mas era um arrepio bom.
Na verdade, eu acho que eu não estava muito normal, já que tirei a camiseta que o garoto usava. Ele me encarou um tanto surpreso, porém, eu me vi, no momento seguinte, sem a minha blusa.
Levantei uma sobrancelha, mas ele voltou a me beijar. E eu só podia pensar que eu realmente perdi tempo demais.
Para encarar a realidade.
Para perceber que não adiantaria me desviar de Draco Malfoy porque alguma coisa me fazia voltar para ele.
Assim, quando ele começou a mexer no fecho da minha saia, eu não entrei em parafuso. Eu não fiquei pensando na minha flor e a voz que era a mais racional, sequer se manifestou.
Ninguém impediu quando ele tirou a minha saia. Ou quando, ele também se livrou da calça que vestia.
E ao ver que eu estava na frente de Draco Malfoy quase seminua, isso não me deixou, em nenhum momento, com vergonha.
Acho que eu até me sentia bem confiante.
E quando ele sussurrou no meu ouvido:
“Você tem certeza disso?”
Eu já sabia a resposta.
“Tenho.”-respondi.
Eu não poderia recuar.
Não agora.
E quando, ele sorriu para mim...
Eu percebi.
O sorriso dele estava diferente. Eu poderia apostar que ele estava pensando coisas um tanto impróprias, porém, eu sentia que Draco Malfoy estava...
Bem, feliz.
Porém, ele voltou a me beijar e eu, novamente, perdi a noção do tempo. O que só acontece quando você está realmente amando alguém.
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Os dedos dele procuravam o fecho do meu sutiã. Malfoy, que estava em cima de mim, fez com que eu me levantasse e sentasse em seu colo.
Foi quando ele abriu.
E, ainda me beijando, tirou o meu sutiã e o jogou no chão.
Agora o que eu pensava era que faltava uma única peça de roupa.
Mas eu logo esqueci que ele estava me vendo praticamente pelada quando ele parou de beijar a minha boca e começou a morder a minha orelha. Logo em seguida, ele começou a dar leves beijos no meu pescoço.
E eu só conseguia arfar e pensar que aquilo era realmente bom.
Principalmente, quando ele parou de beijar o meu pescoço e se concentrou, bem, em áreas um tanto mais para baixo. Já que Draco Malfoy mordiscava o meu mamilo e, ao mesmo tempo, apertava as minhas coxas.
E quando as suas mãos subiram e encontraram o elástico da minha calcinha, ele parou o que estava fazendo e olhou para mim.
Encaramos-nos por mínimos dez segundos, pois logo o beijei.
E foi aí que eu vi que nada mais importava.
A não ser o fato de ele tirar a minha calcinha e, bem, nós chegarmos as vias de fato.
E quando ele chegou, eu só pude pensar que eu estou pelada na frente dele. E ele está me deitando, novamente, na cama.
“Se você acha que nós não...”-ele começou, enquanto me examinava.-“Não digo que eu nunca quis te ver desse jeito, Virgínia, é só que...”
Eu não o deixei terminar a frase, pois apenas sibilei:
“Eu quero você.”
Ele me lançou um olhar malicioso, deitou-se em cima de mim e sussurrou:
“E você terá.”
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“Querido Rony,
Eu sei que eu sou terrivelmente covarde por escrever isso em vez de falar com você, mas...”
Não.
Isso tá uma porcaria.
Amassei o pergaminho e vi a Carmen me encarando como se eu fosse maníaca.
“Qual é o seu problema?”-ela perguntou.-“Por acaso você está prestando atenção na aula do Binns?”
“Eu preciso contar a verdade ao Rony, Carmen.”
“E que verdade???”-perguntou a garota.
Peguei um pedaço do pergaminho amassado e escrevi:
“Eu e o Malfoy... fizemos aquilo.”
“NÃO!!!!!”-berrou a garota, enlouquecida.-“COMO VOCÊ PÔDE???”
“Algum problema, minha jovem?”-perguntou o Professor Binns.-“A minha leitura está muito maçante, por acaso?”
“Não, não é isso, professor.”-disse a Carmen, se sentando. Ela puxou o pergaminho e escreveu:
“Eu te ODEIO, sabia?”
“Só por que você começou a berrar que nem uma desesperada no meio da aula do Binns?”
“Eu simplesmente te odeio por NÃO TER CONTADO!!!”
“Mas você nem perguntou.”
“É obrigação SUA me contar o que você e o Malfoy fazem.”
“Eu não te obrigo a contar os detalhes do SEU relacionamento.”
“Eu não estou me relacionando com ninguém, Weasley. Esqueceu?”
“Vocês AINDA não se acertaram?”
“Nós terminamos. Eu não preciso de um príncipe que mais parece um sapo. Além do mais, se ele acha que eu sou uma criancinha, o problema é dele. Eu não me importo!!!!”
Eu vi o furo que a garota fez no pergaminho.
“Sabe, acho que um ‘pinguinho’ no ‘i’, é melhor do que um buraco. Carmen, você tem que se acalmar.”
“Eu estou calma. Controlada e sem nenhuma vontade de matar alguém! Eu nem tenho vontade de matar você por não ter me contado!!!”
“Carmen, eu iria fazer isso. Eu juro, OK?”
“Eu realmente acredito nisso, Gina. Era tão difícil você me acordar e falar: ‘Oh, meu Deus, você não sabe a sorte que eu tenho. Agora, Carmen, acorde e fique com inveja de mim. EU dormi com Draco Malfoy enquanto você ficava aqui no dormitório, ensopando o seu travesseiro. ’.”
“Não fala desse jeito. Eu REALMENTE me sinto mal com isso.”
“Eu vou ficar bem. Afinal, qual é o problema de ficar chorando todas as noites? Eu não tenho culpa se ele não quer que eu vá com ele. E eu sei que ele acha que eu sou fraca por não ter me defendido do meu pai, mas ele era mais forte do que eu. E eu só tinha seis anos quando ele me atacou com aquela faca e eu nem sabia que podia fazer algum feitiço.”
“Pare! Ele não acha você fraca. Além do mais, você não tem culpa se o seu pai gostava de beber E de tentar matar pessoas próximas a ele. Você não acha que seria melhor se você se convidasse?”
“Eu ainda tenho o meu amor-próprio, Gina. Sério, você acha que eu vou virar para o Thomas e dizer: ‘Eu estou aqui para me auto-convidar. Ou seja, tolinho, eu quero fugir com você.’? Ele provavelmente daria RISADA. E falaria que não, eu não podia ir. Então, eu acho que eu ficaria tão sem graça que eu só responderia um: ‘OK. Beijos e me liga assim que você sair dessa jornada’.
“Você não estaria ‘perdendo’ o seu amor-próprio. Acho que você mostraria que se importa muito com ele.”
“Mas eu NÃO quero isso! Eu quero que ELE se importe comigo, ao mesmo tempo em que ele perceba que eu sou tão, mais tão importante para ele que ele não vai conseguir viver se eu não estiver ao lado dele, entende? Então, ele deveria aparecer por aquela porta e pedir. APENAS pedir, sabe?”
“E você aceitaria.”
“Eu iria até o Inferno por ele, Gina. Eu sei que é ridículo falar desse jeito, mas por que ele não pode falar o que eu espero que ele fale?”
“Ah, pelo amor de Deus, não se martirize tanto, Carmen.”
“Está certo. Eu já enchi você. Demais até. Então, me fale sobre você e o Malfoy. Eu prometo não ter nenhum ataque. Como foi?”
“Foi bom.”
“Foi bom. É só isso que você tem a dizer? Sério, você só está me dizendo que... foi bom?”
“O que você quer que eu escreva? Carmen, eu ainda não acredito, certo? Tipo, eu perdi a minha flor com DRACO MALFOY. Se você falasse que eu iria perder com DRACO MALFOY há um tempo atrás, eu só falaria: ‘vá se internar’.”
“Eu não quero saber se você ainda acha a coisa surreal. Eu quero detalhes. Eu quero saber no que você pegou, no que ele pegou, no que ambos pegaram, saca?”
“Mas eu não posso falar isso para você! Mesmo que você seja muito importante para mim, eu não posso, OK? É algo um tanto... íntimo demais.”
“Melhores amigas fazem isso.”
“Melhores amigas tem uma ligação. Elas percebem quando uma não está bem. E eu digo que você não está bem. Você está enlouquecendo, Carmen. E isso não é legal.”
“Eu acho que você é que não quer falar nada. Gina, sério, eu entendo se ele não é bem-dotado. Ou se ele te fez chorar. Ou rir. Mas acho que você não tem que ter vergonha. É só me contar que eu vou entender. Ou não porque eu nunca fiz isso, sabe?”
“Argh!!! Não, ele não me fez rir e tampouco me fez chorar, está bem? Carmen, como eu posso saber se ele é bem-dotado? Se você me entende, eu nunca vi um garoto... pelado antes.”
“Nem os seus irmãos, Gina?”
“Carmen, os meus irmãos não são considerados garotos, entende?”
“Ah, eu não sabia que você tinha SEIS irmãs. Sério, Gina, é só comparar, entende?”
“Isso está muito constrangedor, sabia? Sério mesmo. MUITO.”
“Me desculpe, mas se isso te faz falar mais do que apenas um ‘foi bom’, então, eu vou continuar com as minhas perguntas constrangedoras.”
“Não, você não vai. Porque eu NÃO vou responder os seus bilhetes. Assim, eu não ver ler nenhuma pergunta idiota que você está fazendo.”
Pude ver a Carmen me olhando cada vez mais brava, porém, só dei de ombros.
“Você é a pessoa mais cruel que eu conheço, Weasley.”
Apenas assenti.
Porém, ela pegou o pergaminho e começou a escrever:
“Sabe, você não morreria se me contasse algumas coisas. Se você falasse o que estava fazendo perto do Malfoy quando tudo aconteceu... Porque eu sei que ele estava realmente bravo com você. Por você não ter decidido fugir com ele e tudo o mais. Gina, como você o achou? Eu fiquei esperando por você ontem à noite. Eu vi quando a Vane e a Brown apareceram no Salão Comunal –elas estavam reclamando sobre o esmalte e o fato do Zabini ter falado com você e não com elas-, o que o Zabini falou???? Eu sei que foi algo MUITO importante, envolvendo outro alguém também MUITO importante, então, você poderia, por favor, dizer o que estava fazendo com BLAISE ZABINI, de noite?”
Eu olhei para o papel como se ele fosse uma grande aberração, porém, logo estava com a minha pena e fazendo a maior cara de sofrimento, escrevi:
“OK. Draco Malfoy não apareceu ontem à noite. Isso me fez ter um ataque histérico por dentro. Eu não ficava desse jeito desde que o Rony viu uma aranha gigante e arrancou metade dos meus cabelos. Quer dizer, eu estava realmente brava por causa dele. Eu não acreditava que ele simplesmente tinha aceitado o meu ‘não’ e tinha fugido sem mim.”
“Como é bom ver a sua letra novamente, querida Gina. Voltando ao assunto... Grande coisa ele não estar lá. Quero dizer, você o encontrou DEPOIS. E vocês fizeram SEXO. Qual é o problema???”
“Você prometeu não ser constrangedora.”
“Ah, pelo amor de Deus. Continue, está bem?”
“Então, no final da detenção, Blaise Zabini se aproximou e falou que o Malfoy ainda estava no castelo. E estava com um humor dos infernos.”
“Oh, que romântico!!! Ele ficou irritadinho com você. Sabe, eu realmente queria ver o Malfoy irritado. Dizem que os beijos dele quando ele está com um péssimo humor... são os melhores do mundo.”
“Eu NÃO acredito que você está falando isso.”
“Gina, concentre-se em me contar como você perdeu a sua virgindade. Ignore totalmente os meus comentários, está bem?”
“Eu vou ignorar todos os seus ataques de vulgaridade. O Zabini apareceu e começou a falar que sabia que o Draco queria fugir. Ou melhor, que ele sabia que eu fora ‘A escolhida’ de Draco Malfoy. Para fugir se é o que você me entende. E ele sabia que eu tinha dito ‘não’, também.”
“E foi pelo Zabini que você soube que o Malfoy tava bravinho por sua causa.”
“Ele se trancou no dormitório, Carmen.”
“Oh, meu Deus, eu realmente quero um perturbado desse tipo. Sabe, se o Dino fosse assim... se ele se trancasse no dormitório, pode ter certeza que EU falaria com ele. E eu sei que você fez isso! Ah, você é tão corajosa, Gina!”
“Você não está entendendo. Quando eu entrei naquele lugar com o Zabini, os caras da Sonserina me olharam como se eu fosse um monstro, porém, quando o nosso querido amigo Blaise Zabini disse que eu estava ali para devolver o dormitório deles, eles me olharam como se eu fosse uma divindade.”
“Ah, eu acho que eu os entendo. Imagine se você quisesse ter um chilique. E depois do chilique você simplesmente se trancasse no dormitório. Eu acho que eu me desesperaria tanto pensando no que você estaria fazendo com a minha maquiagem que qualquer alma boa que se candidatasse a salvar o mundo (quer dizer, o meu dormitório)... já seria uma grande deusa. Ou um Deus.”
“Em primeiro lugar, eu não teria um chilique. Não sou como certas pessoas. Ou melhor, você. Em segundo, você acha que VOCÊ só ficaria parada enquanto eu poderia estar destruindo os seus bebês (vulgo, maquiagem)? Fala sério, Carmen.”
“Eu odeio quando você fala desse jeito COMIGO. Como se eu fosse realmente louca por chamar os potinhos de base e corretivo de bebês. A minha mãe diz que eu tenho que cuidar muito bem deles. Senão, nada de maquiagem nova antes de começarem as aulas.”
“OK, OK. Voltando ao assunto (não quero dizer que você é louca por chamar o seu estojo de maquiagem de bebês... Ops, eu acabei de dizer isso) Malfoy, eu subi até o dormitório e comecei a berrar.”
“Oh, uma coisa tão singela da sua parte.”
“E quando ele abriu a porta e começou a brigar comigo, eu... apenas ignorei algumas palavras nada bonitas que ele disse para mim.”
“E o que você disse??? Não seja tão misteriosa!!!”
“Eu só disse que eu fugia. E ele me beijou.”
“Que lindo!!! Oh, meu Deus, tem coisa mais linda do que isso?”
Eu peguei a minha pena para responder quando o sinal tocou.
“Eu não acredito nisso!!!”-disse a garota, desesperada.-“Justamente quando você começou a me contar algo que prestava, o sinal tocou!”
“Nós falamos disso depois, OK?”-eu falei, pegando o pedaço de papel e o rasgando.
“Por que você rasgou?”-a garota perguntou.-“Eu tô guardando os nossos bilhetes.”
“Não faça mais isso, OK?”-falei, preocupada.-“E se alguém ler??? Eles podem falar que eu não sou mais... sabe?”
“Ah, mas eu estou guardando para os meus filhos.”-disse a garota, pensativa.-“Sabe, daqui há uns vinte ou trinta anos. Se a Maria Gabriela perguntar o que eu fazia de útil aos 16 anos, eu vou pegar os meus bilhetes com você e vou dizer: ‘Se divirta, querida!’. Eu acho que ela vai aprender muitas coisas com esses bilhetes, Gina!”
“Maria Gabriela?”-repeti, incrédula.-“Ela não vai aprender muitas coisas porque, tipo assim, você não vai mostrar nada para ela.”
“Mas e se ela me perguntar o que ela vai fazer se ela for escolhida para ser A espiã?”-perguntou a garota, preocupada.-“Gina, eu não posso falar: ‘Não sei, Maria Gabriela. Querida, vá falar com a sua Tia Gina, está bem?’. Ela vai pensar que eu sou uma despreparada! E eu quero que a minha filha tenha orgulho de mim.”
“Ela vai ver que você é despreparada quando você mostrar os nossos bilhetes. Qual é, Carmen? Você quer que a menina entre em pânico ao ler as partes de: ‘Eu e o Malfoy dormimos juntos’? Porque eu tenho certeza que ela vai pensar que você quer ter A conversa com ela. E toda menina entra em pânico com isso.”
“Eu não fiquei assim. A minha mãe só contou algumas coisas e eu só fiquei: ‘Ahn, mãe? Eu estou escutando música e eu não estou te entendendo. Espera, você acabou de falar o que eu acho que você falou? Ah, meu Deus, eu vou sair daqui’.”
“Eu entendo porque você não é normal.”-falei, escandalizada.-“E você conseguiu fugir?”
“Sabe onde eu estava?”-perguntou Carmen, enquanto andávamos até o Salão Comunal da Grifinória.-“Eu estava no trem, Gina. Minha mãe não gosta de aparatar, ou usar chaves de portal ou andar pelas lareiras. Só porque pode estragar o cabelo ou qualquer coisa do tipo. Então, nós temos que ir de TREM. Você não sabe o quanto isso é ruim.”
Dei dois tapinhas nas costas da garota.
“Eu consegui fugir, sabe?”-ela continuou relatando.-“Minha mãe ficou realmente brava quando viu que eu estava com os fones e me mandou tirar. Foi quando eu disse que precisava ir ao banheiro.”
“Carmen, você também entrou em pânico.”
“Tá, talvez eu ainda seja um pouquinho normal, mas ela falou por um bom tempo até perceber que eu não entendera metade.”
Apenas suspirei.
E foi quando a Carmen me cutucou.
“Malfoy.”-ela sussurrou, no meu ouvido.-“Ele está olhando para cá.”
“Eu sei.”-sussurrei de volta.
Porém, eu vi.
Rony.
Ele andava a minha direção e falava:
“ONDE VOCÊ ESTAVA????”
“Ahn, Gina?”-falou a Carmen.-“Estou te esperando no Salão, está bem?”
“Rony.”-eu falei, lançando um olhar suplicante para Esperanza.-“O que você está falando? Eu estou aqui se você não percebeu.”
“Não, onde você estava ontem à noite?”-ele perguntou. -“Sério, você atrapalhou tudo!”
“Eu atrapalhei?”-perguntei, enquanto observava Malfoy que me olhava com a sobrancelha erguida.-“O que eu atrapalhei?”
“A nossa fuga!”-Rony disse, abaixando a voz. -“Eu não poderia sair sem me despedir de você.”
“Oh, Rony.”-eu falei, um tanto comovida. -“Essa foi a coisa mais doce que você já disse para mim.”
“Você sabe que essa é a verdade.”-disse o garoto, me abraçando. -“Nós tentaremos escapar hoje, então, acho melhor você chegar cedo, mocinha. Se possível, antes das dez.”
“Eu... prometo.”-falei. -“Não atrasarei. Eu sei que isso é importante para você, Rony.”
“Ou melhor.”-disse o garoto. -“Nós estaremos na porta da cozinha. Esperando por você.”
“Está certo.”-eu falei, enquanto percebia o olhar de Draco Malfoy grudado em mim.
Só que eu não fui a única a perceber que Draco Malfoy estava ali perto.
“Malfoy.”-disse Rony, com nojo. -“O que você está fazendo aqui?”
“Estava vendo essa linda cena familiar, Weasley.”
“Você não está espionando a minha irmã, está?”-perguntou Rony, enquanto me fazia, de uma maneira nem um pouco discreta, ficar atrás dele. -“Você não entendeu que você tem que ficar longe dela?”
“Ainda com essa história?”-ele perguntou, cruzando os braços. -“Sério, vocês têm um problema um pouco sério, não acha? Ficar repetindo histórias... apenas enche o saco.”
Rony fechou os pulsos, porém, Malfoy começara a andar em nossa direção.
Estando tão perto de mim, ele apenas disse:
“E esse corredor é público. Então, se eu quiser ficar olhando para ceninhas comoventes como aquela, eu estou no meu direito.”-e olhando para mim, ele acrescentou. -“A gente se vê na detenção, Weasley.”
Não consegui não dar um sorriso.
“Ele é um grande idiota.”-explodiu Rony, assim que Malfoy passara por nós dois.-“Não é melhor eu ficar te esperando DENTRO da cozinha?”
“Não!”-falei, um tanto exasperada. -“Rony, eu te amo e você é o meu melhor irmão, mas você não precisa me proteger tanto assim.”
“Oh, que linda você.”-ele disse, me dando um abraço. -“Sabe, eu vou sentir a sua falta. Será apenas eu, Harry e Hermione.”
“Sempre foi assim.”-retruquei. -“O Trio Maravilha.”
“Bom, isso é o que nós veremos, Gina.”-meu irmão disse.-“Acho que a sua amiga deve estar te esperando.”
Franzi o cenho.
O que ele queria dizer com aquilo?
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“Você precisava falar daquele jeito?”-eu perguntei, baixinho, enquanto nós lavávamos pratos.
“O seu irmão é um saco, Virginia.”-ele retrucou, enquanto buscava um prato que estava no fundo da pia.
Era o que eu pensava. Você sabe, que ele estava procurando o prato e tudo o mais.
Mas quando ele segurou a minha mão, embaixo da água, apenas olhei para ele e falei:
“Foi por isso que você quis lavar a louça?”
“E se fosse?”-ele perguntou, em desafio. Sussurrando no meu ouvido, ele continuou. -“Se você quiser, eu saio daqui.”
“Não.”-respondi, automaticamente.
Ele me deu um sorriso, enquanto massageava a minha mão.
“O que você acha depois da detenção nós sairmos por aí?”-ele sussurrou, enquanto olhava, discretamente, ao redor.
Zabini tentava, de todos os modos, ficar longe da Brown e da Vane que o seguiam em todos os lugares.
Antes de responder, me assegurei que os outros três estavam distraídos em um outro canto.
“Não posso.”-foi o que eu disse, soltando a mão de Draco Malfoy. -“Meu irmão quer falar comigo.”
Ele parou de lavar a louça, enxaguou as suas mãos e disse:
“Tudo bem.”
Apenas ‘tudo bem’.
Mas eu logo percebi.
Nada ficaria bem.
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“Você está aqui!!!”-berrou Rony, me abraçando.
“Rony.”-eu falei, rolando os olhos. -“Você sabia que eu estaria aqui.”
“Ótimo, ótimo.”-ele falou. -“Harry e Hermione estão nos esperando no Salão Principal.”
“Por que eles não estão aqui?”-perguntei, enquanto Rony começava a me fazer andar pelo corredor. -“Rony, você está praticamente me empurrando!”
“Nós não temos tempo, Gina.”
“Vocês não têm tempo.”-respondi. -“Afinal, eu não participo dessa aventura, não é?”
“Você vai, está bem?”-disse o meu irmão. -“Hermione pegou as suas coisas.”
Eu não acreditava no que ele estava me dizendo.
“Você não pode ficar no meio do caminho, Gina!”-disse Rony, impaciente. -“Eles estão nos esperando. Hermione está tendo o maior trabalho em tirar todos aqueles feitiços de proteção.”
“Rony, eu...”-comecei, enquanto nós subíamos as escadas. -“Você tem certeza que ninguém está nos olhando?”
“Lógico que sim.”-falou meu irmão. -“Eu vi quando todos subiram as escadas. O Malfoy me olhou com aquela cara de merda que ele sempre faz, mas você acha que eu importei? Sabe, o seu irmão é muito nobre e deixou que ele só olhasse. Eu não retruquei nem nada.”
“Uau.”-falei, enquanto tentava não parecer cada vez mais confusa. -“Você me deixa muito orgulhosa, Rony.”
“Fico feliz por você, Gina.”-ele disse, impaciente. -“Mas será que nós poderíamos andar um pouco mais rápido? Eu prometi que nós estaríamos no Salão Principal às dez e meia.”
“Nós estamos muito longe.”-ironizei, quando pisei no último degrau.
“Venha, por aqui!”-berrou o garoto, enquanto corríamos até o Salão.
Porém, algo me fez parar, segurando o meu braço.
E se você entender esse ‘algo’ como Draco Malfoy, eu agradeceria.
“Então, era isso?”-ele perguntou, me fazendo virar para ele.
Rony parou e disse, bravo:
“Solta o braço da minha irmã! AGORA!”
Malfoy fez um sinal nada bonito para o meu irmão e me encarando, continuou:
“O seu encontro com o seu irmão se resumia a fugir com ele, com a sangue-ruim e com o Cicatriz?”
“Respeite a Hermione, Malfoy!”-berrou meu irmão, as orelhas ficando vermelhas.-“Você acha que é quem para falar assim dela?”
“Eu não estou falando com você, Weasley.”-falou Malfoy. -“É isso o que você quer, Virginia?”
“Espera um pouco.”-disse meu irmão, me olhando de um modo tão patético que chegava a ser cômico. -“Como que ele sabe o seu nome?”
“Eu não posso, está bem?”-falei, abaixando os olhos. -“Eu não posso ir com vocês. Sério, não existe um lugar para um quarta pessoa, Rony. É o Trio.”
“Gina, por favor!”-disse Rony, um tanto desesperado. -“Eu os convenci, está bem? Você vai conosco. Você vai saber o que está acontecendo e você sabe por quê? Porque eu não posso deixar você aqui, sozinha. Com um monte de gente que é tipo esse daí.”-e olhando para o meu braço, ele continuou, ainda mais aborrecido. -“Eu não disse para você tirar as MÃOS de cima da minha irmã?”
“Você vai?”-perguntou Malfoy, ignorando o meu irmão.
Eu sentia a expectativa dele.
E eu sabia que não poderia desapontá-lo.
“Eu sinto muito, Rony.”-balbuciei as palavras.-“Eu sinto muito, mas eu...”
“Ah, meu Deus, o que você fez com a minha irmã?”-berrou Rony, me afastando de Malfoy.
“Você realmente quer saber?”-ele disse, com escárnio.
“Pare, Malfoy!”-eu falei, tentando me colocar no meio dos dois.
“Acho que o seu querido irmão vai gostar de saber.”-retrucou ele. -“Você quer com ou sem detalhes, Weasley?”
“Eu vou matar você, seu idiota!”-berrou meu irmão.
“Acho que você quer a versão um pouco mais apimentada, não?”-continuou Malfoy, enquanto me empurrava de lado. -“Acho que a sua vida é um tanto tediosa, não?”
Novamente, entrei no meio dos dois e disse:
“Chega, está bem? Rony, eu NÃO posso. Eu não posso abandonar a escola.”
“Tsc, tsc, Virginia. Apenas isso?”
Lancei o meu olhar mais cruel para Malfoy.
“Por que ele insiste em te chamar pelo primeiro nome?”-explodiu o meu irmão. -“Parece que ele te conhece há muito tempo.”
“Acho que não é o fator tempo que é relevante, Weasley.”-comentou Malfoy, casualmente. -“Acho que é a maneira que eu a conheço. É, isso é mais importante.”
“Gina, o que ele está querendo dizer?”
“Eu e o Malfoy... dormimos juntos.”-falei, envergonhada.
“Você o quê?”
Fiz um sinal para que Malfoy se calasse, então, virando para Rony, eu disse, parecendo calma:
“Eu e o Malfoy... temos nos encontrado, Rony.”
“Gina, você está precisando de um calendário?”
“Como?”
“Nós não estamos no Dia da Mentira, Gininha.”-falou meu irmão, dando uma risada. -“Nem no Dia de: ‘Vamos enganar o meu irmão’. Então, pare de fazer essas piadas porque não tem a menor graça.”
“Rony, eu sei que é estranho, mas isso não é uma piada, está bem?”
“Então, é uma pegadinha, né?”-e virando para pessoas imaginárias, ele continuou.-“OK, OK, eu fui pego!”
“Ah, meu Deus.”-falei.-“Eu estou falando sério!”
“Isso é impossível, Gina.”-disse meu irmão, dando uma risada.-“Sério, agora entre no Salão Principal, ajude Hermione e nós iremos embora, está bem?”-e olhando para Malfoy, que o olhava atônito, continuou-“Quanto ela te pagou, cara? Você deve estar precisando de muito dinheiro, hein?”
“É, eu estou fazendo o papel de otário nessa história.”-ironizou o garoto.-“Acho que a Virginia já teve o que ela queria, então...”
“É, pode ir, pode ir.”-disse Rony, parecendo um tanto mais feliz.-“Gina, você fez isso porque você achava que não ia fugir com a gente, não é mesmo?”
“Rony...”-eu falei, voltando a ficar confusa.-“O que você quer dizer com isso?”
“Armar isso tudo com o Malfoy. Você queria que eu ficasse tão desapontado com você a ponto de eu não querer mais olhar na sua cara, sabe para fazer a despedida ficar mais fácil. Mas eu entendi o sinal, irmãzinha. Você vai com a gente. Isso não te deixa feliz?”
“Não, Rony.”-eu falei, enquanto via Draco Malfoy gargalhando.-“Eu estou ficando com medo de você e da sua imaginação fértil.”
“Imaginação?”-perguntou o meu irmão, parecendo ofendido.-“Você sabe guardar um segredo, Gina?”
Apenas assenti.
“Eu entendo as mulheres.”-sibilou Rony, olhando de soslaio para o Malfoy, acrescentou.-“Ele foi pago para continuar aqui?”
“Nós já vamos sair.”-eu falei.-“Só quero me despedir de você, da Hermione e do Harry. E o Malfoy já estará livre.”
“Mas você vai!!!”
“Rony, eu não posso, está bem? Eu sei que você quer ficar perto de mim, mas você acha que a mamãe vai ficar feliz ao saber que eu também fugi?”
Meu irmão segurou, por instinto, as orelhas.
“Ela vai tentar arrancá-las.”
“E se o pior acontecer? Você acha que a mamãe ficará só um pouquinho brava com você?”
“Não.”-disse meu irmão, a voz mais fraca.-“Mas se você ficar em Hogwarts, como eu vou te proteger?”
“Eu juro que não entrarei em nenhuma confusão enquanto você estiver fora”-falei, porém, nas costas, eu tinha os meus dedos cruzados.
Eu sei que é muito feio fazer isso, mas eu não posso fugir, posso?
“Acho que o melhor é você ficar.”-falou Rony.-“Venha. Você deve se despedir de Harry e de Hermione.”
Abraçada com o meu irmão, entrei no Salão Principal.
E logo senti Hermione me abraçando.
“Prometa que você se comportará!”-ela disse.
“Hermione.”-falei, parecendo ofendida.-“Eu não apronto tanto assim!”
“Nós escutamos a sua confissão, Gina, mas eu e Harry decidimos não nos meter nessa história.”-respondeu a garota.-“Seu irmão apenas não quer enxergar as coisas.”
Ela se desvencilhou de mim e virando-se para Rony, a garota disse:
“Você disse que não se atrasaria! Nós temos que sair daqui o mais rápido possível.”
Olhei para Harry.
Ele sequer se aproximou, então, eu andei em sua direção.
Harry me olhou, porém, no momento seguinte, ele já estava me abraçando.
E a única coisa que eu pude dizer foi:
“Sinto muito.”.
CONTINUA...
N/A2: Escutando o CD Riot!-Paramore (é, o CD inteiro XDD).
Olá a todos!
Eu sei, eu demorei.
Sinto muito, afinal, foi quase um mês sem nenhuma atualização (e olha que eu estou de férias...), mas a parte NC me fez ter vários ataques histéricos em frente ao PC. E também o fato de esse ano ser o terceirão, me fez ter um ataque aqui de: ‘eu preciso terminar essa fic’, tanto que eu tinha pensado que esse cap seria o último.
E quando a Emmy e a Gii falaram que eu estava ficando louca porque eu não podia fazer uma coisa desse tipo, eu reconsiderei. Obrigada meninas!
Ah, sim, além da NC, teve uma parte de bilhetinhos Carmen/Gina! Eu sei que tinha gente que estava esperando essas cenas, então, acabei colocando.
E no final, teve o Rony! E a despedida do Trio.
Provavelmente, a fic vai avançar um pouquinho, mas nada de absurdo, OK?
Ah, sim, antes de responder os comentários...
LEIAM OFERTA IRRECUSÁVEL! Minha fic com a Gisele Weasley! Está no meu perfil, OK?
Voltando aos comentários, eu agradeço:
Gabrielle,Ywoollyanna, Gabriela Slytherin (fã número 2, então?) e Dóris Black (obrigada por acompanhar!!!).
Espero os seus comentários...
Falem o que vocês gostaram, o que vocês não gostaram e tudo o mais, OK?
Beijos a todos e...
Um Feliz 2008 atrasado XD
Anaa
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