Como tudo começou
Cap1:Como tudo começou.
“A torre de Astronomia, um lugar onde se deveria ver as estrelas. Mas você acha que isso realmente acontece?
Pois A espiã foi ver se essa é a verdade.
Mesmo ela não tendo dormido direito por uma semana, A espiã fez questão de ver se a torre era tão requisitada assim. E percebeu que as pessoas adoram colocar a ‘matéria em dia’ nesse lugar.
Não, eles não fazem a tarefa de poções observando as estrelas.”
“Um verdadeiro lixo, Weasley.”-disse Dino Thomas.-“Estou me arrependendo de ter te escolhido.”
Eu peguei o meu caderno e disse com a voz mais controlada que eu poderia ter:
“Essa é a minha primeira matéria, Thomas.Se você não acredita em mim, me tire da Gazeta.”
“Eu acho que você tem o jeito. Só temos que mudar alguma coisa.”-mas nesse instante, Dino Thomas escuta um barulho.
Ser A espiã da Gazeta da Grifinória, só me traz um problema: eu não posso nunca revelar o que eu realmente sou.
Ou seja, contar para Hermione e para Luna que eu tenho o melhor cargo no jornal?
Não, eu tenho que me contentar com um:
“Sabe o que eu faço no jornal? Eu apenas reviso as matérias.”
É, isso me deixa só um pouquinho frustrada.
Mas eu sou uma jornalista!! Eu tenho eu ir à luta. Nem que para isso, eu não durma direito por uma semana.
Dino Thomas fez um sinal para que eu continuasse quieta, então, qual foi a nossa surpresa ao ver a chata da Lilá Brown entrar novamente na sala.
“Ah, estou interrompendo alguma coisa?”-ela diz, naquela vozinha irritante de: eu sou a fofoqueira mor da escola e quero estar por dentro de tudo.
Na verdade, Lilá Brown anda espalhando para a escola inteira que eu e Dino Thomas estamos tendo um caso.
E tudo começou porque ele me jogou uma carta no meio do meu café da manhã.
Só que ela não sabe o que estava escrito na carta.
E se ela soubesse, acho que ela contaria para a escola inteira em menos de meia hora.
Estava escrito isso:
“Virginia Weasley,
Sabemos que você quer muito ser uma jornalista. E eu, Dino Thomas, editor do futuro jornal, A Gazeta da Grifinória, tenho um cargo de confiança para você.
Você gostaria de ser A espiã?
Se estiver interessada, por favor, me procure.
Grato.
Dino Thomas.
Editor d’A Gazeta da Grifinória.”
Eu não tinha entendido metade, mas o fato de estar escrito jornalista me interessou muito.
Afinal, eu sempre quis ser. Sempre, nem quando Harry reclamava que os jornalistas do Profeta Diário o infernizavam eu me importava.Porque eu nunca, jamais, seria essas jornalistas sanguessugas.
Não perdi muito tempo, procurei Dino Thomas e, sem pestanejar, disse:
“Quanto ao cargo do jornal. Eu aceito.”
E então ele me explicou:
“A espiã. Bom, preciso te revelar certas coisas. A espiã é aquela que vai desvendar a todos os nossos leitores o que está realmente acontecendo em Hogwarts. O jornal é semanal. Você terá uma coluna falando sobre as suas façanhas.”
“Que tipo de façanhas?”
“Ah, algo do tipo: investigar o que as pessoas fazem na Torre da Astronomia.”
“Thomas.”-eu disse, como se ele não entendesse.-“Você deve saber o que os boatos falam...”
“Esse é o ponto, Weasley.”-disse Dino, seus olhos brilhando de maneira esquisita.-“Eu... nós não vamos nos basear em boatos. Nós vamos descobrir a verdade.Ok, você vai descobrir a verdade.”
“Você acha que vai dar certo?”-eu disse.-“A McGonagall vai descobrir.”
“Ela só iria descobrir, Weasley.Se eu ou você abrir o bico. E eu não tenho a mínima vontade de perder o cargo de editor.”
“Mas ela pode te pressionar. Ela pode tentar tirar o seu cargo...”
“Weasley, Weasley...”-disse Thomas, parecia que ela a qualquer minuto bateria na minha cabeça ou algo assim.-“A McGonagall me deu um voto de confiança.”
Sabe a vontade de perguntar: e o que você fez? Por acaso você dormiu com ela?
Bom, ela aumentava a cada segundo, mas me contive.
“Se eu espiar alguma coisa realmente séria, se me descobrirem...eu posso ser expulsa.”
“Você se importa?”-perguntou Dino Thomas.-“Sei lá, as vezes, parece que você não pensa como uma jornalista de verdade.”
Eu lancei um olhar duro para Dino e disse:
“Lógico que não me importo. O cargo é meu?”
“Todo seu, Weasley. Todo seu.”
Pulava de felicidade. Agradeci a todos os deuses, afinal, eu faria alguma coisa grave? Eu só mostraria os fatos, não acha?
Mas voltando para o caso Lilá, eu disse com a voz mais ácida que eu tenho:
“Ah, minha querida, nós estamos discutindo se queimamos ou jogamos fora o seu texto.”
Thomas sorriu zombeteiro, pegou o texto de Lilá Brown e disse:
“Refaça-o. Está horroroso.”
A garota choramingou:
“Você disse que estava ótimo.”
“A Weasley me convenceu que está uma grande porcaria.”-retrucou Thomas, tentando parecer (nada) amável.-“Então, tchau.”
Ele fez com que a porta se fechasse e com um suspiro disse:
“Ela é insuportavelmente chata.”
Entenda que, por mais que eu tenha dó de Lilá Brown, o meu sorriso de satisfação não desaparecia do meu rosto.
É, isso é crueldade.
Eu virei para o meu texto e disse:
“Hey, Thomas. Não acho que eu devo...”
Ele fez um sinal que eu me calasse e começou a riscá-lo. Inteiro.
Eu só podia olhar horrorizada e quando ele me entregou o meu texto e disse,cinicamente:
“Você não quer que eu publique esse lixo.”
“Você é um lixo.”-eu retruquei nervosa.-“Qual é? Isso só pode ser perseguição. O texto não está ruim.”
“Você que acha, Weasley.”-retrucou o garoto, ele se espreguiçou e continuou-“Agora saia e vá refazer. Quero este texto melhorado... até amanhã.”
A vontade de sentar no sofá e chorar tudo o que eu podia ficavam cada vez maiores.
Afinal, quem poderia pensar que seria tão difícil ser A espiã?
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Sentei no sofá.
Peguei a minha pena.
Em meia hora eu arrumaria o meu texto.
Eu tinha que ser otimista!!!
Ok,ok. Era pedir demais. Eu não conseguiria criar um texto em meia hora. Era impossível. Era insano.
Deitei no sofá. O pergaminho já estava parecendo uma folha de papel. Eu o desenrolava toda hora, em busca de algum inspiração.
“Antes... parecia tão fácil.”-eu resmungava-“Queremos fatos, não boatos, Weasley.”-eu disse, imitando a voz de Thomas de modo... bem afetado.
“Falando com quem, Gina?”-perguntou Harry.
Meu coração nesse momento deu um pulo.
Eu confesso. Eu não superei. Aquele pé na bunda... doeu demais.Na verdade, ainda dói demais.
“Apenas pensando alto, Harry.”-eu disse, tentando sorrir, mas acho que ficou meio estranho o meu sorriso. Bom, deixa pra lá.
“Você parece preocupada.”
“É, talvez eu esteja.”-espera. Eu estou me consolando com o meu ex? Como assim?
“Acho que você não deve se preocupar tanto. Às vezes, devemos deixar as coisas de lado, não acha?”-ele disse, dando aquele sorriso... que faz meu coração parar por dois segundos para bater dez vezes mais rápido em seguida.
“Eu... eu acho.”-disse embabascada.
É, eu sou uma babaca. O cara me chuta diz que não pode ficar comigo porque poderia me perder.
Sinto muito, Harry, mas você já me perdeu.
Mas se você quiser voltar... eu estou aqui! Eu sou toda sua.
Ah, meu Merlim...
“Mas o que você está fazendo nesse exato momento, ex-artilheira?”
Eu suspirei e disse:
“Nada de útil.”-deixando de lado o pergaminho e a pena.
Bom, era inútil eu tentar escrever a matéria com Harry do meu lado. Pois ele poderia olhar e ver que eu sou A espiã.
Não quero imaginar a reação dele. Não quero imaginar que ele poderia contar para Rony e Hermione.
“Então porque não dá uma volta comigo? Você sabe, a gente usa a Capa.”
Usar a capa, distância entre os dois? Praticamente nula.
Respiração minha? Ofegante.
Vontade de agarrá-lo? Ficaria cada vez maior.
Culpa depois de agarrá-lo? Da minha parte não seria nenhuma, mas da dele acho que seria bem grande.
Chances de ele pensar que eu não o esqueci? Ah, depois que eu o agarrasse... seriam, tipo, cem por cento.
Bom, eu apenas vou dizer:
“Sim. Eu não vejo nenhum problema.”
Ai, ai, ai!!! Que eu faço agora? Eu vou sair à meia-noite com Harry Potter. Eu vou andar com ele escondida com uma capa minúscula...
Diga não, Gina! Diga não. Era o que eu pensava enquanto eu me levantava.
Sua burra!!! Ele vai odiá-la se você o agarrar.
“Harry...”-eu o chamei.-“Você não vai me odiar, não é?”
Ele me fitou confuso.
Por que eu tinha que dizer isso? Por que?
“Hum... eu acho que eu não tenho motivo para odiá-la, Gina.”-ele puxou a capa e disse.-“Vamos?”
“Vamos.”-eu disse, com o coração acelerado, com a boca seca e com as borboletas do meu estômago voando cada vez mais rápido.
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Eu o beijei.
Eu o agarrei, disse eu sinto muito e o beijei.
E ele correspondeu. Ele me prendeu na parede e nós nos beijamos.
Só que a capa escorregou. E Pirraça nos viu.
E começou a berrar.
“Esquisito beijando a Cabelo de Fogo. Esquisito beijando a Cabelo de Fogo.”
Agora você me responde... POR QUE ACONTECE COMIGO??
Por que eu não posso beijar e ser correspondida pelo cara que eu amo?
Por que??
Enfim, eu e Harry entramos em pânico. Já que:
1)Nós não podemos andar pelo castelo à noite.
2)Pirraça nos viu.
E acho:
3)Porque nós nos agarramos num corredor vazio.
Eu reagi rápido, assim, o puxei para uma sala de aula vazia e disse:
“Eu não consegui me conter.”
Já disse que eu sou uma babaca, hoje?
Ele tocou de leve os meus lábios e sibilou:
“Nós não podemos fazer isso.”
Com essas simples palavras... ele me destruiu. Totalmente.
Você sabe, se ele tivesse me esfaqueado, eu não teria sentido tanta dor.
Ainda um tanto confuso, ele disse:
“Anda.”-me puxando pelo braço.-“Vamos voltar para o Salão Comunal.”
Eu o obedeci. E continuei calada pelo resto do caminho.
CONTINUA...
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