Sem saber que é amor

Átila andou por quase todo o colégio atrás da Juliette. Não a encontrou, encontrou apenas a Ariadne que o estava procurando.
- Átila, posso falar com você? – perguntou Ariadne.
- Claro. Ah, antes, você viu a Juliette?
- É justamente sobre ela que eu quero falar.
Átila olhou a Ariadne e pensou sobre o que ela queria falar da Juliette.
- O que aconteceu?
- É que aconteceu um negócio que a perturbou bastante...
- Como assim? Eric fez alguma brincadeira de mau gosto?
Ariadne deu um suspiro. – Antes fosse.


Início do Flashback

Ariadne entrou na Ala Hospitalar e viu Juliette sentada em uma cama. Aproximou-se da garota.
- Oi Juliette.
Juliette olhou para Ariadne, a pele dela estava um pouco vermelha por causa da febre.
- O passeio foi divertido? – continuou Ariadne.
Juliette apertou os olhos, algumas lágrimas começaram a cair de seus olhos.
- Não, não foi... foi horrível – disse soluçando - por alguma razão eu queria voltar logo...
O raciocínio da Ariadne foi lento na hora Como assim foi horrível? Eric é tão legal... - O que aconteceu?
- E-e-eu não sei – disse ainda chorando – eu fiquei sem ação... Ele andava muito rápido, eu quase não consegui acompanhá-lo – mais lágrimas saíram dos olhos da ruiva – eu tropecei e foi ele que me segurou. Depois... depois eu esqueci de tudo que precisava comprar! Acabei pegando um livro qualquer, esqueci de comprar as penas e tintas...
- Calma, calma – disse Ariadne quase se desesperando também ao ver o estado da garota - Eu posso emprestar para você...
- Quando fomos comer alguma coisa, não me deu fome... – continuou Juliette - E para que eu dissesse que queria ir ao banheiro... demorei mais de meia hora... Ele estava sério... não deu nenhum sorriso... nunca mais quero sair com ele. Nunca...

Fim do Flashback

Átila estava com uma cara de não entendi patalhufas .
- Quando o Eric chegou na Corvinal me disse que e Juliette havia ficado com febre e que ele a deixou na Ala hospitalar, quando eu fui visita-la aconteceu isso.
- Meu Deus – Atila pos a mão na cabeça para ver se pensava melhor – mas será que não aconteceu outra coisa? Para ela ficar desse jeito?
- Não. O que aconteceu é que a Juliette está apaixonada pelo Eric...


Átila sentiu como se mil Cruciatus o tivessem atingido.


- O problema – continuou Ariadne – é que ela ainda não percebeu. Ela ficou nervosa por estar ao lado dele, mas não percebeu que é amor.
Atila olhou para a Ariadne. Ela não percebeu que ele gosta da ruiva.
- O que você quer que eu faça?
- Eu não sei. Mas ela parece confiar bastante em você. Por que você não a visita na Ala Hospitalar pra ver se ela está melhor?
- Você nem precisava pedir isso – Átila deu um pequeno sorriso forçado. – eu vou agora lá. Você vai?
Ariadne balançou negativamente a cabeça – Agora não. Marquei com uma garota da Corvinal pra ela me ajudar com poções. Eu vou mais tarde.
- Tudo bem então. Vou lá. Tchau.
- Tchau.

Ao perder Ariadne de vista, Átila mudou de direção e não foi para a Ala Hospitalar. Foi para a torre da Grifinória, queria ficar só. Queria chorar. Deitou-se em sua cama, fechou a cortina e colocou o braço em cima dos olhos. Algumas lembranças iam passando na sua mente como se fosse um filme, da Juliette sorrindo, da carta que a Juliette enviou a ele, de quando ele a levou à cozinha porque ela havia perdido a hora do café da manhã. - E eu que adorava ver como ela ficava mais natural quando estava comigo, quando ela comia na minha frente como se fosse uma criança se empanturrando de doces...

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