Domingo de Sol



Era domingo, e fazia o maior sol em Hogwarts. Átila passara a noite pensando na garota que conhecera no dia anterior, - parecia tão frágil - mas o principal que era o seu nome esquecera de perguntar. Depois do ‘acesso de loucura’ do Eric, ela saiu de lá quase que correndo. Mas, mesmo achando aquela garota tão bonita e torcendo para que a visse o mais rápido possível, não o impedia de sentir fome. Levantou-se e foi até o Salão principal comer alguma coisa.
Sentou-se no banco da enorme mesa da Grifinória. Comeu algumas torradas, tomou suco de abóbora, viu o famoso Harry Potter sentar-se mais a direita com um amigo ruivo. Porém, a atenção ao Harry Potter não durou muito, Átila ficou procurando com os olhos na longa mesa da Lufa-lufa a garota de ontem, mas não a encontrou. Comeu mais algumas coisas e quando ia levantar-se para voltar para o Salão Comunal da Grifinória, viu a sua amada cruzar a grande porta do Salão Principal, cheia de livros nas mãos. Ficou sentado por mais algum tempo, fingiu que estava tomando mais suco (como se alguém estivesse inspecionando ele ¬¬’) e quando notou que a menina ia sair, levantou-se imediatamente e foi até ela.
- Bom dia. – disse um pouco nervoso.
A garota olhou bem para o Átila e deu um sorriso tímido. – Bom dia – disse com sua voz baixa.
- Você ontem saiu antes que a gente soubesse o seu nome. Eu me chamo Átila Garrett. – e deu a mão para ela apertar.
- Juliette Sewell. – apertou a mão dele.
Átila deu um sorriso, agora sabia o nome dela.
- Para onde você vai? Precisa de ajuda com todos estes livros?
- Vou à biblioteca.
- Sério? Estava indo para lá também.
Juliette sorriu.
- Vamos, deixe-me ajudá-la com estes livros.
Átila pegou todos os livros da mão da Juliette e os dois foram para a biblioteca.




- Ela é tão bonita. – fuxicou um garoto da Lufa-lufa.
- Se toca! Ela nunca sairia com você! – disse outro garoto da Lufa-lufa.
- Lá na minha casa, ela é super popular. Muitos garotos querem sair com ela. – falou um outro garoto da Corvinal.
- Ela tinha que ser da Corvinal mesmo, além de bonita olha o livro que ela está lendo.
- A Corvinal só tem inteligentes.
Thomas estava passando por perto e escutou esse trecho da conversa, reparou qual era a garota que os garotos falavam e viu que era a Ariadne, que estava sentada um pouco mais adiante lendo um livro de Aritmancia.
Thomas se aproximou de Ariadne, e viu que na verdade ela estava lendo o jornal ‘O Pasquim’.
- Que bonito! – disse Thomas ironicamente enquanto fechava o livro na cara da Ariadne.
- Bom dia pra você também Thomas!
- Hehe. Você viu o Eric?
- Não soube?
- Do que?
- Ele pegou detenção.
- Por quê?
- Por ter deixado os livros da biblioteca jogados no chão, sozinhos e fora do colégio.
- Se ferrou.
- O Filch ficou esperando ele sair da torre da Corvinal e o levou para lá.
- Deve ter sido engraçado.
Ariadne riu. Thomas deitou-se na grama e ficou olhando o céu.
- Mas vocês já gostam de se deitar no chão.
- Você está sentada nele, não é muito diferente.
Ariadne virou os olhos e tornou a abrir o livro que seu amigo havia fechado, mas sua atenção não ficou por muito tempo no jornal que estava dentro do livro, repetidamente se pegou olhando para o Thomas que admirava o céu. Já fazia um tempinho que gostava dele, mas mesmo com uma grande intimidade da amizade não havia tido a coragem ainda de declarar-se. Porém estar apenas perto dele, enquanto a coragem não vinha, era um grande momento de felicidade.
- BÚ! – Eric apareceu do nada, para a Ariadne, e fechou o livro na cara dela.
- O que você está fazendo aqui?
- Pergunto o mesmo – disse Thomas levantando-se para ver o amigo que chegara.
- Fugi. – respondeu se agachando para ficar na altura da Ariadne e do Thomas.
- Como? Você fugiu? – perguntou Ariadne. – Eric balançou positivamente a cabeça como uma criança levada.
- E o Filch? Como você escapou dele?
Eric deu uma risadinha – Fiz a madame Nora cuspir algumas lesmas.
- Que maldade.
Thomas deu uma risada também. Eric sentou-se e puxou o livro da mão da Ariadne, o abriu e viu o jornal dentro.
- Eu adoro esse jornal!
Eric ficou lendo enquanto Thomas tornara a deitar-se na grama, para Ariadne não sobrou nada, apenas olhar discretamente para o Thomas.
- ACHEI VOCÊ!
Os três levaram um susto ao ouvir a voz do Filch gritar em seus ouvidos.
- Seu moleque! Volte já para a detenção!
Eric levantou-se imediatamente, e quando ia sair o Filch o mandou parar.
- Você não vai mais limpar os troféus, não tem ninguém para vigiar. Vá para a biblioteca, a madame Pince está precisando de alguém para limpar os livros empoeirados.
Eric fez uma cara de quem ia ser queimado e ir para a forca ao mesmo tempo, mas foi com o seu chinelo de dedo arrastando no chão.
- E você!
Ariadne se assustou, mas o Filch estava falando com o Thomas.
- Os livros estavam em seu nome. Você tem que ir para a detenção também.
- O queeeee? – perguntou o Thomas surpreso e chocado.
- É culpa sua deixar livros de estrema importância nas mãos de um irresponsável. – e Filch deu um sorriso maldoso. – Você vai fazer o que aquele garoto estava fazendo. Vá para a sala de troféus para polir eles.
Thomas também se levantou com cara de quem ia para a forca.
- Maldito Eric! – disse bem baixinho de uma forma que só a Ariadne pode ouvir.
Ariadne riu baixinho com a frase raivosa, e Thomas respondeu com outro sorriso antes de virar-se e ir com o Filch para a detenção na sala dos troféus.

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