Toda a verdade



 


No dia seguinte, acordara mais cedo do que de costume. Não que tivesse dormido a noite toda, mas conseguira cochilar um pouco após rolar inúmeras vezes na cama e várias lágrimas teimarem em rolar por sua face.

Harry não saira de seu pensamento um minuto, um segundo sequer durante toda aquela noite. Pensara em várias hipóteses, em como ele estaria naquele lugar sozinho e mal ilumidado, se ele dormira bem naquela noite e se ele estava se alimentando bem. E por mais que seu inconsciente lhe falasse para não se preocupar tanto, afinal ele a tratara mal quando fora visitá-lo, não conseguia. O amava demasiadamente para se preocupar tanto.

Afastou tais pensamentos de sua mente. Tinha pendências para fazer e não poderia passar seu dia naquela cama pensando em tudo isso novamente. Já deixara avisado para sua mãe que não iria na escola aquele dia, pois não tinha desposição o suficiente. Mas algo dentro de si, um sentimento repentino e inexplicável, a fizera mudar de idéia.

Levantou-se e seguiu para o banheiro. Tomara um banho rápido e seguira de volta ao seu quarto. Vestiu uma roupa confortável e arrumou tudo o que levaria consigo naquele dia. E assim que estava pronta descera as escadas e saira silenciosamente sem que seus pais a vissem.

Atravessou a rua e assim que alcançou a porta de entrada da grande casa tocou a campainha. Sabia que estava cedo, mas tinha que fazer isso naquele momento. Não demorou muito para que uma ruiva com uma expressão cansada e triste abrisse a porta. Pelo visto a noite também não fora fácil para ela:

- Hermione. – Lilían esboçou um pequeno sorriso em seus lábios finos. – Veio para ir visitar Harry conosco?

- Não. – A morena suspirou diante do olhar surpreso da mais velha. – Eu fui visitá-lo no final do dia ontem, Lilían. Harry praticamente me expulsou de lá. Ele não quer que eu vá visitá-lo.

- Não posso acreditar que Harry fez isso com você. – Exclamou ainda assustada com tal absurdo.

- Também demorei um certo tempo para acreditar. – Comentou Hermione retirando um envelope de um de seus livros que estava em suas mãos. – Não quero incomodá-la por muito tempo. Só peço para que entregue isto ao Harry quando for visitá-lo. E ... – Hermione sorriu. – Diga que o amo e que sinto saudades.

- Eu direi sim querida. – Lilían correspondeu ao sorriso antes de abraçá-la. – Algo me diz que Harry voltará o mais breve possível para casa.

- Estou rezando pra que isso seja o mais rápido possível. – Disse Hermione antes de se virar e sair.

Ouviu a porta sendo fechada atrás de si. Parou quando chegou na calçada, olhando para a chave do carro que estava em suas mãos. Pensou por alguns minutos e, por fim, guardara a chave em sua mochila. Seria bom ir para o colégio caminhando naquele dia.

************

- Rony?

Virou-se assim que alguém lhe chamara. Viu Ryan e David caminhando em sua direção. Dera alguns passos para trás, assim ficaria a maior distância possível de David:

- Como o Harry está? – Perguntou Ryan assim que o alcançara.

- Eu acho que está assustado com toda a situação. – Respondeu o ruivo voltando a caminhar rumo a entrada do colégio. – Não pude vê-lo. Queria que a Mione ficasse mais tempo com ele. Mas Harry ficou furioso em vê-la ali.

- E porque ele ficou furioso? – Perguntou David confuso.

Rony o olhou pelo canto dos olhos por um breve momento. Era estranho ouvir David lhe dirigir a palavra depois de tudo que acontecera entre eles:

- Não faço a miníma idéia. Mas ele gritou dizendo que queria ficar sozinho e pediu para que eu tirasse a Mione de lá. Nunca vi o Harry daquela forma.

- Alguma coisa aconteceu para que ele a tratasse daquela forma. O Harry que conhecemos jamais trataria a Mione assim em sua sã consciência.

- Concordo plenamente. – Murmurou Rony.

David afastou-se dos dois, caminhando mais a frente e entrando no colégio. Rony colocou a mão na frente de Ryan, impedindo que ele continuasse a caminhada. O moreno o olhou confuso:

- O que aconteceu com ele? – Perguntou Rony apontando para a entrada do colégio, onde David desaparecera segundos atrás.

- Tenho conversado com ele desde tudo que aconteceu entre você e a Rachel. Acho que ele está abrindo os olhos e percebendo que na vida não se resolve tudo na porrada. – Disse Ryan orgulhoso de si mesmo. – Falando na Rachel, como vão as coisas entre você e ela?

- Não vão. – Respondeu Rony olhando a loira se aproximar com Kimberly e Jim. – Parei de procurá-la quando ela me disse pra esquecê-la.

Calou-se assim que os três amigos se aproximaram. Para a surpresa de Ryan, Hilarie aparecera também logo em seguida:

- Eu acho que a Mione não vem na aula hoje. – Comentou Kimberly com os amigos. – E com toda a razão. Não deve ser nada fácil pra ela.

- É. Não é mesmo.

Disse uma voz atrás de todos, fazendo com que eles se virassem e a olhassem surpresos:

- Mione. – Rachel se aproximou e a abraçou, deixando espaço em seguida para que todos ali fizessem o mesmo.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Kimberly.

- Acho que não conseguiria ficar em casa. Ia acabar pensando demais em tudo e me faria ficar pior ainda. – Hermione esboçou um pequeno sorriso. – E alguma coisa me disse para vir.

- Fez a coisa certa amiga. – Comentou Hilarie passando o braço em volta do ombro da amiga. – Nós vamos te ajudar no que for preciso nesse momento.

- Eu só queria que parassem de me olhar com pena. – Disse Hermione observando os olhares de dó e compaixão que algumas pessoas lhe lançavam.

- EI. – Gritou Hilarie chamando a atenção de todos que passavam. – POR QUE NÃO VÃO CUIDAR DAS SUAS VIDINHAS E NÃO DEIXAM DE BISBILHOTAR A VIDA DOS OUTROS?

Os amigos a olharam assustados, mas logo em seguida caíram na gargalhada. Não puderam evitar de rir já que a morena acabara de fazer uma loucura.

**************

- Sirius. – Disse Harry sorridente ao ser abraçado pelo padrinho.

- Harry você é louco? – O padrinho o olhou, recebendo um olhar confuso do afilhado. – Eu disse que quando forem prendê-lo diga que a droga não é sua.

- Sirius. – Lilían puxou a orelha do homem e o afastou dali sobre protestos dele. – Isso é coisa que se diga para o Harry nessas situações?

- Tudo bem mãe. – Harry sorriu. – É difícil encontrar bom humor preso nesse lugar.

- Como você está querido? – Perguntou Lilían abraçando-o.

- Sobrevivendo. – Respondeu após um longo suspiro. – Alguma novidade?

- Estou esperando o Sr. Robert chegar para termos uma conversa. – Disse Lilían sorridente. – Eu passei a noite revisando seu caso filho. Existem algumas lacunas que estão ao seu favor. Tudo indica que logo você sairá daqui.

- E poderá comprar drogas discretamente. – Disse Sirius dando alguns tapas nas costas do afilhado e recebendo um olhar de fúria de Lilían. – Desculpe.

- Seu pai não pode vir, pois teve uma emergência no hospital. Mas lhe mandou um abraço e disse que está torcendo para que você saía o mais rápido possível daqui.

- Obrigado. – Harry respirou fundo. – Mãe ontem a Mione veio me visitar. Mas eu não queria que ela viesse aqui. Acho que esse não é um lugar para que ela venha me visitar.

- Harry você não deve pensar nisso em um momento como esse. – Disse Lilían segurando as mãos do filho e sentando-se com ele na desconfortável cama.

- Eu sei. Sei que agi errado em mandá-la embora. Mas eu não quero que ela perca seu tempo comigo. Afinal, não está provado que eu sou inocente. E a Mione tem uma vida inteira pela frente e não pode desperdiçá-la vindo aqui.

- E você acha que mandando-a embora vai ser a melhor forma? – Perguntou Sirius sério, sentando-se ao lado do garoto.

- Não. Eu sei que não é a melhor forma. Mas eu faço isso para o bem dela.

- Harry eu não conheço muito bem seu relacionamento com a Hermiome. Mas eu conheço a Hermione desde que vocês eram crianças e ela é a garota mais inteligente que eu já vi na minha vida. Depois de você, é claro Lilían. – Disse sorrindo para a ruiva, que lhe retribuiu o sorriso. – E uma das garotas mais incrivéis também. E são esses fatores que faz você pensar que ela não deva perder o tempo dela com você. Mas ela te ama Harry. Ela se preocupa com você e quer estar ao seu lado nesse momento difícil. Você não pode afastá-la, vai fazê-la sofrer.
- É a primeira vez que escuto Sirius dizer alguma coisa sensata. – Comentou Lilían sorrindo. Suas mãos começaram a afagar os cabelos bagunçados do filho. – Querido Hermione passou em casa antes que eu viesse para cá. E eu pude ver nos olhos dela o quanto ela está sofrendo com isso tudo. Não pense que só porque sua ex te deixou em um momento difícil que Hermione fará o mesmo. Hermione é completamente diferente e você sabe disse. Não a afaste de você.

- Eu só não quero vê-la sofrer por minha causa. – Sussurrou Harry desviando seu olhar. – Eu a amo demais e vê-la sofrer me machuca.

- Ela disse que o ama. – Disse Lilían atraíndo o olhar dele para si. Notou um brilho nos olhos verdes que aquelas palavras provocaram. – E que sente sua falta. Estava com uma expressão triste, cansada. Assim como você. Provavelmente não dormiu a noite.

- Sei que entre os marotos Remo é o mais indicado para dar conselhos. – Disse Sirius colocando a mão no ombro do afilhado. – Mas sua família está aqui te dando apoio. Seus amigos estão te dando apoio. Deixe que sua namorada te dê esse apoio também.

- Ela pediu para que eu lhe entregasse isso. – Lilían tirou um envelope da pasta de profissão que sempre carregava.

- Sra. Potter. O Sr. Robert chegou e deseja vê-la. – Disse um policial aproximando-se da cela.

- Lilían eu vou acompanhá-la caso for preciso dar algumas bofetadas nesse homem que prendeu meu afilhado. – Disse Sirius levantando e arregando as mangas da camisa, arrancando alguns risos de Harry.

- Sirius nada de brigas, por favor. – Rispidou a ruiva séria. – Isso só pode complicar o caso do Harry. – Virou-se para Harry e o beijou na face. – Eu te vejo mais tarde querido.

- Se cuida rapaz. – Disse Sirius bagunçando os cabelos do garoto.

Harry apenas assentiu. Quando ficou sozinho não hesitou e começou a abrir o envelope. Desdobrou a folha e um sorriso surgiu em seus lábios ao ver aquela caligrafia perfeita e delicada que tanto apreciava. Então começara a ler a carta:


Meu amor,

    Eu ainda tento encontrar uma forma de entender porque você me tratou daquela forma. Mas por mais que eu pense eu não posso encontrar nenhuma. Meu inconsciente me dissera inúmeras vezes que, possivelmente, você me deixara de ama. Isso não é verdade. Eu sei que não é verdade. Não quando meu coração ainda me diz que você me ama e me faz com que eu lembre da nossa primeira noite de amor.
    Talvez você deve pensar que eu estou chateada, magoada pela forma que você me tratou. Mas eu não estou. Só queria entender o porque disso. Tenho certeza que quando você sair desse lugar, o que não demorará muito, me explicará entre carinhos e abraços porque fizera isso.
    Você não quer que eu vá visitá-lo e eu respeito sua decisão. Mas mesmo que eu não esteja próxima a você em corpo, meu coração sempre estará ao seu lado. Minha alma estará com você. Eu só quero uma maneira de ficar com você. Só quero ficar com você.
    Estarei aqui te esperando o tempo que for.

        De sua amada, e sempre sua, Hermione.


- Idiota. – Murmurou pra si mesmo assim que terminara de ler a carta.

Onde estava com a cabeça em expulsá-la dali? Ela o amava e fazia questão de demonstrar isso em qualquer situação que fosse. Por que tinha que ser tão idiota?

Fechou os olhos com força por um momento, desejando mais do que qualquer coisa nesse mundo que ela estivesse ali. Precisava dela naquele momento mais do que nunca. Precisava senti-la, abraçá-la, beijá-la e dizer o quanto estava arrependido pelo que fizera e dizer que a amava. Que a amava loucamente e que o inconsciente dela estivera errado o tempo todo em dizer que ele não a amava mais.

Nunca quisera tanto acreditar que se podia voltar no tempo como naquele momento. Mas acreditar naquilo seria em vão. Respirou fundo, implorando mentalmente para que sua mãe não demorasse em tirá-lo dali.

**************

- Lilían Potter. – Disse o senhor de óculos apertando prazerosamente a mão da bonita ruiva que entrara em sua sala. – É um grande prazer conhecê-la. Soube que é a melhor advogada de Londres atualmente.

- Não só a melhor advogada como também a melhor mãe. – Disse Lilían com um pouco de amargura em sua voz. Afinal aquele homem prendera seu filho. – Este é Sirius Black, padrinho de Harry e amigo da família.

- Prazer. – Robert apertara a mão do homem à contragosto, indicando duas cadeiras em frente a sua mesa. – Em que posso ser útil?

- Revisei o processo do meu filho e gostaria que o senhor me explicasse o porque que ele está preso. – Lilían o olhou curiosa e atenta após descansar sua pasta em seu colo.

- Certamente. – O homem abriu uma gaveta e de lá retirou um pequeno controle e o colocou sobre a mesa. – Encontramos este controle no armário de seu cliente. Segundo a perícia isto é um detonador da bomba.

- E como o encontrou no armário dele?

- Vasculhamos os armários durante o último fim de semana após uma denúncia anônima.

- Sr. Robert, sem querer ofendê-lo, mas o senhor conhece a lei? – Perguntou Lilían, seu rosto começando a ficar vermelho da cor de seus cabelos.

- Mas é claro que conheço. – Respondeu o homem visivelmente ofendido.

- Pois não é o que parece. – Lilían abriu sua pasta e de lá retirou outra e a jogou sobre a mesa. – Encontrei inúmeras lacunas que não justificam a prisão de Harry Potter.

O mais velho pegou a pasta e a abriu um pouco hesitante. Leu as primeiras linhas da primeira página e a devolveu sobre a mesa. Abaixou os óculos para poder olhá-los:

- Do que está me acusando Sra. Potter?

- Fraude. – Respondeu em tom seco.

Robert se levantara de súbito e batera as mãos com uma força assustadora sobre a mesa, fazendo aquele barulho ecoar pela sala. Porém Lilían não se moveu, continuando a olhá-lo fixamente. Aquele gesto não a intimidara:

- Como ousa? – Sibilou ele entre dentes.

- Meu cliente me disse que no dia do interrogatório o senhor já o julgou culpado. – Lilían se levantou, apoiando seu corpo sobre a mesa e o olhando nos olhos. Estava furiosa também. – Meu cliente me contou que ontem, quando o senhor o prendeu, lhe agrediu fisicamente.

- Isso não é nada perto da barbarida que o seu cliente fez. Explodir um gerador de energia em um local onde havia centenas de pessoas.

- E que provas o senhor tem de que foi ele? – Lilían disse entre dentes. – Um controle que pode ter sido colocado no armário dele?

- Para isso precisariam de senha. – Debateu o homem insistente.

- E como o senhor conseguiu abri-lo? Certamente contou com a ajuda de algum funcionário do colégio. – Lilían esboçou um sorriso vitorioso, andando de um lado para o outro na sala. – A propósito, sabia que cometeu um crime? Abriu o armário do meu cliente sem ele saber. Isso é invasão de privacidade.

- Eu estava investigando o caso. – O homem aumentou o seu tom de voz.

- Olha como fala com ela casca grossa. – Bradou Sirius levantando-se.

- Sabe com quem está falando? – Robert o fulminou com o olhar. – Tem idéia de com quem está falando?

- Pouco me importa quem você é. Pode ser até o papa. Não vou deixar que a trate assim só porque se acha superior que alguém. – Retrucou Sirius também furioso.

- Deixa Sirius. – Lilían o olhou sorridente. – Acho que o Sr. Robert além de não conhecer a lei também não conhece a educação. – Voltou-se para o homem. – E não havia necessidade de algemar meu cliente visto que ele não estava armado. Mas o senhor quis fazer isso apenas para humilhá-lo diante de todos.

- Ele é o evidente culpado. – O homem estava furioso, porém de mãos atadas. Não sabia mais o que dizer ou fazer.

- Por que fez isso Sr. Robert? – Lilían cruzou os braços e o olhou atentamente. – Por que viu que o meu filho tem um futuro brilhante pela frente e, logicamente, melhor que o seu? Por que as notas dele são melhores que as suas foram no colégio? Por que ele é capitão do time de futebol e isso lhe dá inúmeros créditos em uma universidade de préstigio?

- Ora faça-me o favor. – O homem revirou os olhos. Não admitiria que sentira inveja. – O que quer Sra. Potter?

- Quero que solte Harry Tiago Potter agora e o declare inocente de todas as acusações. E quanto ao caso do controle... – Emendou ao vê-lo abrir a boca para protestar. – Diga que Harry ainda estará sobre avaliação nesse quesito, mas é inocente. – Lilían pegou a pasta que jogara minutos atrás na mesa. Levantou na altura dos olhos do homem. – Caso o contrário eu acho que o ministro da justiça adoraria receber essa papelada onde contém inúmeras falhas. Creio eu que nenhum de nós quer que você perca seu emprego não é?

Robert bufou furioso, ajeitando seu óculos no rosto. Balançando a cabeça saiu da sala a passos pesados e batendo a porta com força ao passar. Sirius olhou estupefato e sorridente para a ruiva diante de si e então a abraçou:

- Lilían você foi incrível. Confesso que até eu senti medo de você em alguns momentos.

- Não exagere Sirius. – Lilían o olhou um pouco corada.

- E então? Como ficou isso tudo?

- Harry está livre. – Respondeu uma Lilían com um largo sorriso nos lábios e algumas lágrimas nos olhos.

*************

O sinal que tocava anunciava o fim de mais uma aula. Teriam um intervalo de quarenta e cinco minutos para aproveitarem e descansarem para as próximas aulas. Pegou seu material sobre a mesa e se levantou saíndo da sala em seguida. Nunca reparara nisso antes, mas aquele corredor estava demasiadamente cheio. Mais do que de costume. E sentia o olhares de todos sobre si. Percebia alguns burburinhos e pessoas conversando entre si. O assunto do momento era ela:

- Mione. – A amiga a alcançou em seguida. – Depois do almoço temos que seguir para a quadra. O diretor quer nos dar um recado. Acho que ele vai falar alguma coisa sobre o baile. Pelo menos é o que todos estão comentando e... – Parou de falar assim que percebera que a amiga não escutava uma palavra do que dizia. – Mione.

- Desculpa. – Hermione balançou a cabeça e a olhou. – Estava longe.

- Mione não precisava ter vindo. – Disse Kimberly parando na frente da amiga. – Parece que você está em outro planeta. Não quer ir pra casa?

- A última coisa que eu quero é ir pra casa. – Respondeu caminhando novamente em direção ao pátio dos fundos. – Cadê as outras líderes de torcida? Queria avisar que não vamos ter ensaio hoje. Estou um pouco desaminada.

- Vai indo para a quadra que eu vou chamá-las. – Disse Kimberly se afastando, porém voltou-se para a amiga e a abraçou. – Vê se melhora essa carinha.

- Posso tentar. - Hermione correspondeu ao sorriso da amiga antes de se afastar.

************

- ... E então eu me declarei. Falei tudo o que sentia. Que eu a amava e a desejava. Ela ficou furiosa no primeiro momento. - Ele riu ao se lembrar do episódio. - Ms não demorou muito para aceitar a idéia. E estamos namorando. Semana que vem faz sete meses que estamos juntos. - Acabara de narrar ao homem misterioso da cela ao lado o começo de seu namoro.

- É uma linda história. - O homem disse após ouvir cada palavra atentamente. - Me responda rapaz. Você a ama?

- Como eu nunca imaginei amar alguém na vida. - Harry sorriu. - Hermione é diferente das outras garotas. Ela é especial e me faz me sentir especial também. Ela é minha vida.

- É difícil encontrar um jovem perdidamente apaixonado e que se declare assim hoje em dia. Geralmente garotos da sua idade evitam relacionamentos.

- Evitei o máximo que pude antes de perceber que estava apaionado pela Mione. Ela me fez enxergar tudo de outra forma. Com ela é diferente.

- Fico feliz por você filho. Tem uma família, amigos, uma garota linda ao seu lado e que te ama. Sua vida é plena e completa.

- Ninguém vem te visitar? - Perguntou Harry sem poder controlar aquelas palavras que saíram de sua boca. O silêncio predominou o lugar e ele percebera que fizera a pergunta errada. - Não é da minha conta. Me desculpe.

- Não é isso jovem. - O homem tinha um tom de amargura em sua voz. - Abandonei tudo o que tinha para levar essa vida. É uma vida de riscos e não queria arriscar pessoas que amo. Mas foi a pior coisa que fiz, pois agora estou sozinho. Por isso lhe disse ontem para não mantê-la longe porque você não tem idéia do quão terrível é a solidão.

- Posso imaginar como seja. - Comentou Harry compreensivo.

- Não você não imagina. - Ouviu passos do homem na cela ao lado. - A solidão não chega perto do que você pode imaginar rapaz. Mas eu me acostumei com ela. E acho até justo o que eu ganho em troca do que faço. Afinal, não fico preso muito tempo.

Harry abriu a boca para dizer alguma palavra de conforto ou consolo para aquele homem que tanto lhe aconselhara a fazer a coisa certa, mas foi impedido por passos no corredor e a imagem sorridente de sua mãe e o seu padrinho diante de si. Ele então se aproximou da grade e notou Robert, o policial que o odiava ali ao lado com cara de poucos amigos, abrir a cela:

- Você está livre filho.

O moreno ainda permaneceu imóvel, quieto para entender perfeitamente o que acontecia ali naquele momento. Era difícil de acreditar que estava livre agora:

- Como? - Foi a única coisa que conseguira dizer naquele momento.

- Digamos que o Sr. Robert concordou comigo que houve alguns erros na sua acusação. - Respondeu Lilían recebendo um olhar de contra gosto do policial.

Não esperou mais nenhum minuto para sair daquela cela. Assim que alcançou o corredor, fora abraçado pela mãe e o padrinho. Seu olhar então direcionou-se para a cela ao lado e surpreendeu-se com o que viu. Um homem de cabelos castanhos e olhos azuis o encarava sorridente. Mas ele não tinha a aparência de idoso como Harry suspeitara, pelo contrário, aparentava ter entre trinta a quarenta anos. Harry sorriu também:

- Obrigado pelos conselhos e pela conversa.

- Foi um grande prazer para mim conhecer alguém como você meu jovem. - Disse o homem com a barba por fazer. - Você será um homem digno Potter. Um grande homem.

- Boa sorte. Que você possa sair daqui o mais rápido possível e continuar a fazer o que faz tão bem.

- Eu sairei. Pode apostar. - O homem riu com o comentário do mais novo.

Harry seguiu então com sua mãe e o padrinho para a sala do policial, que ainda continuava de cara amarrada por ter soltado um de seus melhores prisioneiros e que faria o possível para vê-lo apodrecer atrás das grades. Ficaram cerca de meia hora assinando as papelas e, quando finalmente terminaram, saíram daquele lugar o mais rápido possível. O moreno teve uma certeza absoluta, não queria mais voltar para aquela solidão e tortura que a cadeia lhe causara:

- Vamos para casa. - Disse Lilían caminhando para o carro. - Você deve estar cansado e com fome...

- Não. - Respondeu Harry rapidamente parando na frente da mãe e a olhando. - Mãe onde a Mione está?

- Acho que está no colégio. - A ruiva respondeu confusa. - Quando passou lá em casa mais cedo estava com os materiais nas mãos. Harry você não está pensando...

- Eu preciso ir pro colégio. - Harry olhou da mãe para o padrinho desesperado. - Eu preciso falar com a Mione.

- Harry você precisa ir pra casa. Você tem que descansar ou comer alguma coisa.

- Não vou conseguir fazer nada além de falar com a Mione. Por favor mãe.

- Lilían é melhor deixá-lo ir. - Disse Sirius que permanecera calado por um milagroso longo tempo. - Ele está desesperado.

- Está bem. - Lilían suspirou dando-se por vencida e entragando a chave de seu carro para ele. - Vou para casa com o Sirius. Mas não demore Harry, por favor.

- Obrigado. - Disse Harry abraçando a mãe e a beijando na face. - Eu amo você.

**********

- Hermione quer falar com todas as garotas na quadra. - Disse Kimberly se aproximando do grupo de amigos que estavam sentados em uma das mesas do refeitório. - Ela está um pouco tensa. Desesperada para encontrar algo que a faça esquecer de tudo.

- Acho que ela não vai esquecer tão cedo. - Comentou Rachel com um largo sorriso, apontando para a entrada do refeitório.

Rony deixara o garfo que levava a boca cair. Ryan e Jim engargaram com o suco e precisaram da ajuda das namoradas. Algumas pessoas se levantaram, afastaram e o burburinho então começou. Todos estavam espantados por vê-lo ali:

- Harry. - Rachel correu até ele e o abraçou amigavelmente. - Que saudades. Quando saiu?

- Agora a pouco. - Respondeu aflito enquanto era comprimentado por todos os amigos. - Eu...

- Por que não nos avisou? - Disse Rony interrompendo-o. - Teriamos ido buscá-lo.

- Não foi necessário. Eu preciso...

- Imagino como foi difícl pra você passar por tudo isso. - Ryan disse dando leves tapas no ombro do amigo.

- Se não se importam eu preciso...

- Harry como isso tudo foi acontecer? - Perguntou Jim confuso sem dar importância ao desespero do amigo.

- SILÊNCIO! - Gritou Hilarie arrancando um profundo silêncio não só dos amigos como parte do refeitório. - O Harry está desesperado para falar e vocês não deixam.

- Obrigado Hils. - Agradeceu o moreno alivíado por alguém dar importância ao seu desespero. - Eu preciso falar com a Mione.

- Ela está na quadra. Eu acho que...

- Kimberly porque a demora? - Perguntou uma voz atrás de todos chamando a atenção. - Estou esperando na quadra e ninguém apareceu. Não posso ficar o dia...

Estava disposta a dar um sermão pela ansiedade e preocupação que sentira durante todo o dia. Mas tudo fora esquecido quando ele se virou e a olhou. Aqueles olhos verdes brilharam quando ela o olhou nos olhos. Um largo sorriso surgiu nos lábios dele, um sorriso apaixonado.

Algumas pessoas começaram a se afastar. Outras quiseram ficar para observar aquela cena. Mas, para Harry e Hermione, eram as únicas pessoas naquele refeitório, naquele colégio, naquele mundo. A morena sorriu enquanto lágrimas surgiram em seus olhos. Aquilo só poderia ser uma alucinação. Vontade de tê-lo para si novamente. Fechou os olhos com força, rezando para que quando os abrisse ele ainda estivesse ali diante de si. E assim acontecera:

- Eu devo estar delirando. - Sussurrou enxugando uma lágrima que percorrera sua face.

- Você é mais linda do que eu lembrava. - Sua voz saira rouca, hesitante. Deu então um passo para frente.

Não tinha grade que os separava naquele momento. Apenas a distância de seus corpos. E precisavam superá-la o mais rápido possível. Hermione então deixou que seus materiais caíssem no chão e correu para os braços dele. Suas pernas se eentrelaçaram na cintura dele, permitindo que a distância entre seus corpos fosse nula. Colou sua testa a dele, olhando-o nos olhos e acariciando-lhe a face. As poucas pessoas que restavam no refeitório saíram, entendendo que o casal precisava de um momento a sós.

Harry fechou os olhos por um longo momento, que poderiam durar para sempre com ela aos seus braços. Como sentira falta de tocá-la, de sentir o calor do corpo dela sobre o seu lhe provocando arrepios e desejos incontroláveis. Como sentira falta de respirar já que ela era sua vida, seu ar.

Abriu então os olhos lentamente, um leve sorriso nos lábios dela o fez sorrir também. Uma de suas mãos a acariciou na face, fazendo-a respirar fundo:

- Como eu senti sua falta. - Murmurou Harry roçando seus lábios aos dela suavemente. Hermione ofegou deliciando-se com aquela tortura. - Eu não posso viver mais sem você Hermione. Nunca tive tanta certeza na minha vida como eu tenho agora.

- Harry... - Ela sussurrou mordendo o lábio inferior dele de leve, fazendo com que o moreno apertasse sua cintura.

- Você é meu vício. Não tem idéia do que eu sofri sem poder te sentir. - Seus lábios deslizaram pelo pescoço alvo e delicado da morena, respirando fundo naquela região e deixando-se embriagar pelo perfume dela. Sentira-a tremer em seus braços e se lembrara do quão boa era aquela sensação. - Eu preciso...

- Você me terá. - Sussurrou proxima a orelha dele ouvindo um breve gemido que tentara ser abafado. - Eu sou sua Harry. Sempre vou ser sua.

- Mione... - Harry a sentou na mesa, encaixando-se entre as pernas dela e pressionando seu corpo ao dela. As mãos da garota arranharam sua nuca com força, fazendo-o arfar. Céus. Hermione estava deixando-o fora de si em poucos minutos. - Eu... eu que...

- Me beija. - Ela então murmurou antes de pressionar seus lábios aos dele.

Ele não esperou que ela dissesse novamente e então a beijou. Beijou com ânsia e paixão, demonstrando a falta que ela fizera em sua vida durante todo aquele tempo. Embora ele tenha ficado preso apenas por um dia.

************

- Harry voltou. - Comentou Haley para a loira ao seu lado. - Gina está furiosa pela cena de amor que ele e Hermione protagonizaram no refeitório.

- Pouco me importa se Gina está furiosa ou não. - Rispidou Jassie revirando os olhos enquanto Nathaly se aproximava das garotas, que estavam sentadas em uma das mesas do pátio dos fundos. - Estou farta de fazer os caprichos daquela ruiva exibida.

- Então porque aparentam serem amigas dela? - Perguntou Nathaly confusa.

- Gina é popular. Não suportamos o tipinho da Granger e suas amigas. Então a única opção era me aproximar da Gina. - Respondeu Haley indiferente enquanto passa esmalte nas unhas.

- Por favor. Gina Weasley não é isso tudo. - Nathaly revirou os olhos rindo. - Ela é apenas uma garota recalcada e invejosa que quer ser melhor que a Granger. Só isso.

- Garota eu gosto de você. - Disse Jassie sorridente. - Você sabe o que pensar e o que falar. Adoro isso. - Seu olhar percorreu pelo pátio, querendo saber se alguém escutava o que elas conversavam. - Eu soube que o professor Kevin está louco pra desmascarar a Gina com aquela armação para separá-lo da Erica.

- E como você sabe disso? - Haley parou o que fazia e a olhou confusa.

- Apenas sei. - A loira deu de ombros. - Quer saber? Acho que essa é a minha chance de me vingar da Weasley por me fazer de capacho por todo esse tempo.

- Espera. - Haley a segurou. - Você vai contar toda a verdade? - Observou a loira assentir. - Você é maluca? Vai se dar mal também.

- Eu já estou no caminho errado a muito tempo amiga. - Jassie sorriu sarcástica antes de se afastar.

- Então foi a Weasley que separou o professor Kevin da professora Erica? - Perguntou Nathaly bastante interessada na conversa. - Como foi isso? Me conte.

Haley largou o esmalte e as unhas de lado. Esboçou um largo sorriso. Se tinha algo que adorasse fazer era fofoca. Começara então a narrar a morena tudo o que fizeram.

************

Embora a tarefa de separar seus lábios dos dele fosse completamente dolorosa e difícil, Hermione assim o fez. A respiração de ambos estava rápida e inregular. Desejaram como nunca naquele momento estarem em um lugar que realmente pudessem ficar a vontade. Assim que a respiração e o coração de ambos se estabilizara ela falou:

- Como eu rezei para que esse momento chegasse logo.

- Eu te vi desmaiar ontem. - Harry a olhou nos olhos enquanto acariciava-lhe a face. - O que aconteceu?

- Acho que foi o susto. - Hermione desviou seu olhar. - Não esperava passar por isso. Ver você sendo acusado de algo que não fez.

- Como sabe que sou inocente? - Perguntou vendo-a sorrir.

- Harry eu te conheço desde criança. - As mãos dela deslizaram pelos cabelos negros e bagunçados do namorado. - Eu sei a pessoa maravilhosa que você é e sei que não faria uma loucura dessa. Você não é assim.

- Tive medo. - Disse abaixando seu olhar. Virou-se de costas para ela e deu alguns passos para frente. - Por um momento pensei que minha vida tivesse sido destruída.

- Mas você sabia que era inocente. - Disse Hermione descendo da mesa.

- Sabia. Mas como eu ia provar que era se estava preso? - Harry virou-se para olhá-la. - Eu perdi todas as esperanças naquele lugar. Me senti um inútil. Um nada. E eu não parei de pensar em você um minuto. Fiquei preocupado quando te vi desmaiar e não pude fazer nada.

- Eu fui te visitar Harry. - Hermione o olhou nos olhos fazendo com que ele engolisse em seco. Não esperava falar sobre isso tão cedo e sabia que essa conversa machucaria ambos. - Por que me tratou daquela forma?

- Mione eu não queria você num lugar como aquele. Lá não é lugar pra você.

- Harry eu não fui à passeio. Eu fui visitar você. Fui visitar meu namorado e meu melhor amigo. Será que isso não importa? - A garota começara a ficar impaciente.

- Claro que importa Hermione.

- Então porque você praticamente me expulsou de lá? - Perguntou em um misto de raiva e confusão.

- Aquele homem que me prendeu. - Harry encostou-se em uma das mesas e a olhou. - Ele me disse que você não perderia seu tempo comigo indo me visitar. Disse que um dia, mais cedo ou mais tarde, você ia se dar conta de que eu era culpado e ia desaparecer da minha vida.

- E você acreditou no que ele disse? - A morena cruzou os braços após enxugar uma lágrima de sua face.

- Eu estava desesperado. - Harry se aproximou, porém ela se afastou. - Mione eu não sabia o que pensar. Por um momento pensei que o melhor seria te afastar de mim.

- E você confiou no que ele disse, mas não confiou na sua própria namorada. - Hermione balançou a cabeça negativamente. - Você teve a chance de mudar tudo como aconteceu aquela vez que você sonhou com a Gina. Mas você preferiu não mudar e fazer exatamente a mesma coisa.

- Sei que tinha a oportunidade de mudar. Mas eu não queria que você perdesse seu tempo me visitando. Hermione você tem um futuro brilhante pela frente. Não pode jogar fora por minha culpa.

- O futuro é meu e eu faço o que eu bem quiser dele. - Sibilou furiosa entre dentes. - Você não tem o direito de se decidir por mim Harry. Eu queria estar lá do seu lado. Queria te ajudar, te dar apoio. E você gritou comigo porque... - Respirou fundo e enxugou mais algumas lágrimas de seu rosto. - PORQUE RESOLVEU CONFIAR EM OUTRA PESSOA.

- Eu sinto muito. - Murmurou Harry em desespero ao vê-la reagir dessa forma.

- Harry você mudou quando aconteceu aquilo com a Gina. Mas e se você não puder mudar como voce fez agora? - Hermione passou a mão entre os cabelos e abaixou-se para recolher seus materiais que ainda estavam no chão. Levantou-se e olhou para o moreno. - Eu tenho medo Harry. Por que mesmo você evitando o que pode acontecer eu acabo me machucando. E quando você não evita e deixa acontecer eu me machuco mais ainda. Você não sabe o quanto eu fiquei sentida em saber que você acreditou nas palavras dele.

- Hermione eu era culpado até que provasse o contrário. - Disse com um nó em sua garganta que parecia sufocá-lo cada vez mais.

- POIS PRA MIM VOCÊ SEMPRE FOI INOCENTE. - Gritou a garota que ficava mais furiosa quando ele dizia ser culpado. - E mesmo que você fosse culpado você não faria isso por diversão. Eu te conheço muito bem Harry. Você não é assim. E eu ficaria do seu lado de qualquer forma. Porque eu amo você.

- Me perdoa. - Sussurrou se aproximando e enxugando as lágrimas que molhavam o rosto dela.

- E da próxima vez Harry? - Hermione fechou os olhos. - Você vai me pedir perdão de novo por não acreditar em mim? Vai me pedir perdão por escutar o que outra pessoa diz?

- Mione eu... - Harry foi impedido de continuar quando ela deu um passo para trás.

- Não jure algo que você não pode cumprir. Eu fico feliz que você esteja livre. Não sabe o quanto. Mas eu não estou disposta a continuar um relacionamento sem confiança. Sinto muito.

Harry queria dizer alguma coisa, mas nada sensato passava por sua mente naquele momento. Queria sair daquele lugar e ir atrás dela, mas seu corpo não o obedecia. Balançou a cabeça levemente. Aquilo não poderia ser verdade. Ela não terminara com ele. Então correu. Não deixaria tudo terminar assim.


 


------------------------------------------------------------------------------------


N/A: Acabou-se a demora meus caros leitores. Aí está o capítulo novo.


Ele ta meio grandinho não é?! Pois é! Os capítulos vão ser assim de agora em diante pra fic terminar mais rápido. xD


Como vocês votaram e pediram...


TEREMOS A SEGUNDA FASE DA FIC! \Õ/


Podem comemorar pessoinhas! *-*


Aah antes de tudo um aviso...


A Mione não está grávida gente! Credo! shauhsausahusahusahusauhsa


Nem pretendo deixá-la grávida tão cedo!


Agora sim as respostas...




Rha: Eu nem lembro como eu fiz pra colocar! O.o'


shauhsauhsaushaushausahus Lembro que mechi no editor de media ao lado do editor de imagem. Mas não lembro o que fiz.


 


Não se esqueçam de comentar!


To de férias sabe. E o capítulo pode vir mais rápido.


Beijos


*BYE*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.