Me esquece, Potter!



- Querida! Acorde! Vamos filha, levante-se! - disse a Sra. Evans, abrindo as grandes janelas do quarto de Lily.
- Que horas são, mamãe? - disse Lily com um pulo, com uma mão na cabeça na inútil tentativa de amenizar os raios de sol que entravam pela sua janela.
- Oito e meia. Ainda está com tempo. - disse a mãe, sorrindo.

Oito e meia do dia primeiro de Setembro. Ao se lembrar disso, Lily teve um ataque repentino de alegria. Seu malão já estava no canto do quarto, ao lado da porta. Separara os livros novos de Poções, os de História da Magia e colocou-os em um canto. Os de Defesa Contra as Artes das Trevas e o de Transfiguração ocupavam o lado oposto do espaçoso e limpo malão. Os outros livros estavam no meio, acompanhados das redações que Lily fizera no decorrer das férias: "A vida dos bruxos na década de 50" e "Ataque dos duendes no século X" de História da Magia, e sua pesquisa de Poções: "Descreva os ingredientes e como fazer uma Solução para Fortalecer", e suas vestes. Ao lado do malão, estava a gaiola de sua coruja, Monique, e com certeza, seu uniforme bem limpo, com o broche já pendurado.
Lily parou por um instante e começou a lembrar de como era sua vida em Hogwarts. Suas idas à biblioteca, seu horário de leitura na Sala Comunal, Seus passeios matutinos pelo corujal... POTTER! - Um acesso repentino de raiva passou pela ruiva.
Seus pensamentos felizes foram tomados por pensamentos raivosos. Lembrara que nada é perfeito, nem mesmo Hogwarts! Como poderia existir um garoto tão exibido, arrogante, e que sentia um prazer imenso em deixá-la nervosa?
Uma coruja linda, marrom de olhos enormes e negros dava picadas na fronha muito branca de Lily. Estava tão ocupada tentando achar mais defeitos no arrogante do Potter, que nem percebeu a entrada da coruja nem a saída de sua mãe de seu quarto. Lily correu até ela, que lhe dava olhares cansados. Tirou o pergaminho que estava preso nela e começou a ler.

"Lily,

Como vai? Espero que esteja muito bem! Estou escrevendo para dizer que não irei à Estação de King's Cross na manhã de 1° de Setembro. Papai conversou com Dumbledore e eles darão um jeito de me levar à Howarts no dia 2.
O motivo é que o carro que papai pegou emprestado no Ministério quebrou, e, como você já sabe, moramos muito longe e não temos outro meio de transporte, e papai ainda acha perigoso eu aparatar sozinha (mesmo que não achasse, você mais do que ninguém sabe que não pode aparatar em Hogwarts).
Estou morrendo de saudades, não vejo a hora de te contar as novidades e fofocarmos um pouco!

Com imenso carinho,
Loren Stuart
Sua amiga."


Lily não sabia se chorava, ou se sorria. Ficava feliz que sua melhor amiga, de todas as horas, estava lhe escrevendo, como não fazia há dias. Mas ao mesmo tempo se sentia triste por saber que ela não regressaria no mesmo dia, o consolo é que ela virá amanhã.
Enrolou o pergaminho e guardou-o em sua gaveta do criado-mudo e fez um carinho na grande coruja, que voou graciosamente até Lily não poder mais vê-la. Olhou em seu relígio e viu que eram quase nove horas. Desceu para o banho, depois tomou café em companhia de seus pais, Petúnia não estava.

- Filha, o trem sai às onze, não é? - disse o Sr. Evans, com um sorriso radiante, quando os três estavam sentados à mesa.
- Sim papai, nem um minuto a mais. - disse Lily, agora mais ansiosa que nunca, se servindo de um pouco de café e um pedaço de bolo, que era a especialidade da Sra. Evans.
- Então é melhor que se arrume, querida, é bom que saiam cedo para não se atrasarem! - foi a vez da Sra. Evans, também estava muito feliz.
- Sim mamãe, sem atrasos!

Enquanto Lily dava um último gole em seu café via as últimas notícias do telejornal dos trouxas. Depois de terminada a última notícia - que falava de um assalto a um banco, pela 4° vez na mesma semana -, subiu para o quarto e se vestiu, colocou as vestes de Hogwarts no malão e desceu.
O pai estava no carro, com o porta-malas aberto. A mãe de Lily estava à beira das lágrimas, quando a abraçou.

- Filha, promete que vai escrever e se comportar, sim?
- Claro mamãe! Toda semana! - disse Lily emocionada também, carregando o malão.

Um último abraço foi dado e Lily entrou no carro. Seguia feliz e empolgada conversando com o pai sobre seu novo cargo, o de Monitora-Chefe. Chegaram à uma Estação enorme e bem velha, onde pessoas passavam carragando suas maletas, outras lendo um jornal, mas todas com muita pressa.

- Quer que eu entre com você, querida?
- Não papai, não se preocupe, vou sozinha.
Lily olhou no relógio, marcava 10:30
- Bom papai, até o Natal! - disse Lily abraçando o pai enquanto este tirava o malão do porta-malas.
- Se cuide querida! E qualquer coisa que acontecer, a qualquer hora, nos escreva.
- Ok, papai!

Lily acenava e o pai saiu de vista. Ela entrou na Estação à procura da passagem para a Plataforma 9 3/4. Achou, e passou por ela correndo, com os olhos bem fechados e aquele receio de sempre.
Quando abriu os olhos de novo, encontrou um enorme expresso vermelho, que apitava e logo se sentiu em casa, no mundo bruxo. Já que estava sozinha, sem Loren, foi direto para a cabine dos monitores. E lá estava escrito os nomes: Milly Bullock e Devon Bullstrode, da Lufa-Lufa, Dylan Lovegood e Alícia Collin, da Corvinal, Marlon Flint e Amélia Parkinson, da Sonserina, e finalmente, Lily Evans e Remo Lupin, que ocupava junto com
Lily, o cargo de Monitor-Chefe.
"Ah! Parabéns, Remo!" - pensou Lily.

- Pensando em mim, meu anjo ruivo? - Era o garoto que Lily mais odiava na vida. Tiago Potter.
- Em primeiro lugar, Sr. Potter , eu não sou seu anjo ruivo. E em segundo lugar, não, não estava pensando em você. - disse Lily fiicando vermelha de raiva e sentando-se na cabine.
- Ah, pode admitir querida Lily! Você ama o Tiago aqui. - disse o maroto, encostando-se na porta da cabine, mexendo nos cabelos negros e brilhosos, e que agora ficaram mais bagunçados, E o mais importante: com um sorriso maroto.

*

N/A: Bom gente, é isso ^^ No primeiro capítulo não escrevi nada pra vcs pq é minha primeira fic, etc. Mas nesse aki tem xD Espero que estejam gostando e.. Comentem xD

Beijos

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