A Manifestação das Trevas



Harry ficou pálido. “Não pode ser...”, pensava. Voldemort encontrava-se virado para todos.
- Boa noite a todos... – disse, fazendo com que todos estremecessem. Sorriu.
O Salão ficou escuro. Voldemort olhou, procurou e encontrou. Empunhou a varinha e caminhou rapidamente em direcção a Audrey.
- TU! LEVANTA-TE! – ordenou ele. Audrey levantou-se, assustada. Harry quis protegê-la, mas Hermione impediu-o. – O COLAR. DÁ-MO! JÁ!
Foi aí que Harry percebeu. O colar. A esfinge. A manifestação das trevas. Corpolah. Voldemort.
- Tu não vais levar nada.
- Olha, olha... quem ele é. – Voldemort olhou nos olhos de Harry. – Eu ia já ter contigo, Harry. Mas gostas sempre de ter o protagonismo.
Voldemort desapareceu do sítio onde estava e apareceu mesmo em frente de Harry num segundo.
- Harry, não me tentes. Eu mato-te já, aqui e agora. – avisou Voldemort. Umbridge arregalou os olhos perante tal afirmação. Harry sentou-se. Voldemort virou-se de novo para Audrey. – DÁ-ME O COLAR! – Audrey quase morreu de medo. Pegou no colar, arrancou-o do pescoço e deu-o a Voldemort.
- Ah, finalmente... FINALMENTE! – e saiu. As velas apagaram-se e a sua alma desvaneceu. Desapareceu.
Seguiu-se um longo momento de silêncio, quebrado por Umbridge.
- Bem, podem voltar para o que estavam a fazer. Aconselho todos a irem para os seus dormitórios.
Audrey correu e abraçou Harry.
- Já mo podes dar. – disse ela. Harry não percebeu. Audrey colocou a mão no bolso de Harry e retirou de lá o seu colar.
- Como? Como é que é possível? – perguntou Harry, confuso.
- Simples. Lembras-te do nosso primeiro beijo? – Harry assentiu, corando – Bem, eu simplesmente sabia que o meu colar ia estar a salvo contigo. Eu sentia que alguma coisa ia acontecer e pelo sim pelo não, dei-to. – Hermione arregalou os olhos, com curiosidade.
- Inteligente, não há dúvida. – referiu.
- Obrigado, Hermione. – agradeceu Audrey.

***

Quando chegaram à Sala Comum de Gryffindor, Audrey, Harry, Ron e Hermione sentaram-se a uma mesa a discutir as coisas estranhas que se tinham passado. Hermione foi a primeira a intervir.
- Primeiro, chega a Audrey a Hogwarts. Não é nada normal um aluno entrar em Hogwarts com a tua idade, Audrey.
- Já vos disse que o meu pai pediu à McGonagall. – esclareceu Audrey.
- Então isso significa que o teu pai já esteve em contacto com ela. – disse Ron.
- Sim, e depois?
- Bem, acontece que a professora ainda não pôs cá os pés. – disse Harry.
- É verdade. Alguma coisa se passou. – disse Hermione. – E não foi só a McGonagall. A professora Sprout também desapareceu.
- Alguma coisa muito grave aconteceu. Não era uma coisa qualquer que tirava dois professores de Hogwarts. Ainda para mais, não é nada da McGonagall sair sem avisar. – concluiu Ron.
- Outra coisa estranha é a do teu colar, Audrey. – disse Hermione. – Talvez nos devesses explicar como o encontraste.
- Muito bem. – começou ela. – O meu pai e eu fomos a Godric’s Hollow para visitar uns primos meus. Depois fomos dar uma volta, só nós os dois. Andámos pela vila ainda por algum tempo. Fomos longe. Foi aí que encontrámos uma grande casa. A tua, Harry.
- Sim, e... – disse Ron.
- Bem, em frente à casa estava lá o medalhão.
- Espera aí! – interrompeu Hermione. – Então era um colar ou um medalhão.
- Era um medalhão. Eu é que fiz um colar com ele.
- Ah... O que é que aconteceu depois?
- Voltámos para a casa dos meus primos e a minha tia, que é muito supersticiosa, acredita em espíritos e coisas assim... bem, ela pediu que fosse com ela ao seu “santuário”.
- Santuário? – perguntou Harry.
- Era uma espécie de laboratório com as “ferramentas” todas dos espíritos e assim... Bem, ela pegou no meu colar e cobriu-o com um pó qualquer. Colocou-mo ao pescoço e proferiu umas palavras, pegando numas folhas de Jasmirim.
- É uma planta. – disse Hermione, vendo as caras de confusão de Harry e Ron. – Diz-me, Audrey. O que é que ela disse exactamente?
- “Que a tua alma proteja a vida do Bem e afaste a morte do Mal.”

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