De Volta à Toca
Harry nunca vira a tia Petúnia a chorar. Abandonou o número 4 da Privet Drive com um adeus, mas sentiu-se com pena da tia. Mas não havia nada a fazer. Tinha de ir. Faltavam três minutos para a meia-noite, quando viu umas luzes lá no céu. Percebeu que eram do novo carro voador que Mr. Weasley havia comprado para substituir o velho Ford Anglia que estava todo contente dentro da Floresta Negra, depois de ter sofrido um grande choque quando embateu contra o Salgueiro Zurzidor.
Quando o carro estacionou no chão, Bill, que conduzia, abriu a porta e saiu. O carro estava vazio.
- Não veio mais ninguém contigo? – perguntou Harry.
- Não, Harry. Vim sozinho, porque quero fazer uma surpresa a todos lá em casa.
- Porquê?
- Porque eles lamentam que tu não possas vir ao meu casamento, porque não tens maneira de lá chegar, então eu reforcei essa ideia.
- Já estou a ver... Quando eles acordarem, eu lá estarei para me abraçarem... – deixou soltar um riso abafado.
- É isso mesmo... Bom, temos de nos despachar. O meu pai chega a casa à uma da manhã e o carro tem de lá estar a essa hora. Vamos.
Entraram ambos no carro e partiram. Harry deixou-se envolver num sono profundo e sonhou.
Sonhou com Hogwarts. Com a magia que ela encerrava. Com o seu primeiro ano. Até que acordou.
- Harry, acorda! Já chegámos.
- Já? Mas eu nem dormi cinco minutos...
- Pois, pois... – soltou um riso abafado.
Bill saiu primeiro e ajudou Harry a carregar as malas.
- Não podemos fazer barulho. – avisou Bill, enquanto entravam na Toca, pela porta das traseiras.
Quando entraram, Harry ficou a fitar a Toca. Já há algum tempo que não ia lá. Bocejou. Estava com sono.
- Bill. – sussurrou Harry – Onde é que eu fico a dormir?
- Lá em cima, no quarto do Fred e do George.
- Ok. – e subiu, lentamente, com Bill a ajudar a carregar as malas. Quando chegaram lá a cima, entraram no quarto.
- Harry, não faças muito barulho, ok?
- Não te preocupes.
Bill abandonou o quarto fechando a porta. Harry notou que o quarto tinha sido deixado exactamente igual aquando deixou-o. Queria arrumar as malas, mas o sono venceu-o.
Deitou-se e deixou-se envolver num sono profundo.
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