O Número 5 da Privet Drive
Onze da manhã. Aquela casa tinha um ar estranho. O número 5 da Privet Drive apresentava-se igual a tantas outras casas juntas a ela. O sol ultrapassava-a e deixava claro que um rapaz com óculos olhava a rua pela janela dessa casa.
- Queres chá, querido? – perguntava uma senhora já de idade atrás de Harry Potter.
- Sim, sim... Pode ser. – respondeu, um pouco desanimado.
- O que se passa, meu anjo?
- Nada, sra. Julies. São coisas que têm acontecido e eu continuo muito preocupado.
- Percebo-te. Anda tudo numa calmaria misteriosa. O que é que será que Voldemort anda a preparar? As ideais que me vêm à cabeça aterrorizam-me!
- Tenha calma, sra. Julies. O medo é exactamente o que ele quer.
O relógio de sala que Scarlett Julies tinha na parede começou a tocar, anunciando as sete horas da tarde.
- Bom, sra. Julies, tenho de ir. Os meus tios estão à minha espera.
- Falando neles, está tudo bem por lá?
- Bem, podia ser melhor, mas não se pode ter tudo, não é?
- Meu querido, não sei se ainda não te apercebeste, mas tu não tens nada.
- Não, sra. Julies, eu tenho quase tudo. Tenho amigos verdadeiros, coisa que nem todos têm.
E foi com esta afirmação que Harry Potter deixou a casa de Scarlett, dando um beijo de despedida na face da senhora. Fechou a porta com um estalido e deixou a sra. Julies a pensar no que ele havia acabado de dizer.
Estava a chover. Trovejava de vez em quando, mas tinha sido sempre assim desde que as notícias do terror deixado por Voldemort desapareceram. E era isso que intrigava Harry. Voldemort desaparecera, mas mesmo assim, o ambiente negro continuava no ar. Voldemort não havia desaparecido assim. Voldemort estava sim, a preparar alguma coisa demasiado importante para não o mostrar público. E o quê? Pensava Harry sempre que esta intriga aparecia sempre na sua mente. Porquê?
Harry atravessou a rua a correr até chegar à porta do número 4 da Privet Drive. Bateu à porta e esperou que respondessem. Ouviu a tia Petúnia a resmungar.
- Temos que mandar instalar uma campaínha nova, porque andarem a bater à porta... isso é coisa de pobres!
- Está calada que hoje é domingo. – ouviu o tio Vernon a interrompê-la.
- E o que é que isso tem a ver?
- Hoje é o meu dia de descanso!
- E devia ser o meu também, só que o senhor nem se digna a ajudar-me!
Harry bateu outra vez à porta, começando a ficar impaciente.
- Vai lá abrir o raio da porta.
Harry ouviu os passos pesados do tio até o ver, quando este abriu a porta.
- Ah és tu... Não entras.
- O quê? – perguntou Harry, admirado.
- Não entras! Não ouviste?
- Mas eu tenho de entrar!
- Mas eu não quero que entres. Adeus. – e fechou a porta de repente.
Harry ficou a olhar para a porta, surpreendido, e sacou da varinha.
- Quem era? – perguntava a tia Petúnia.
- Ah, era o...
- BOMBARDA! – antes que o tio Vernon pudesse acabar a frase, a porta foi arrancada com um som ensurdecedor e viu a porta a voar até ir contra a cozinha, que ficava à frente dela, mas lá no fundo, onde bateu com um estrondo. Harry entrou e andou calmamente, subiu as escadas e disse:
- Boa noite e... desculpem... – apontou para o buraco, onde antes estava a porta. Depois, subiu o resto das escadas e entrou no quarto, fechando-o rapidamente.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!