Capítulo 04



Draco abriu os olhos lentamente. Como era bom estar naquele lugar. Fechou os olhos novamente quando sentiu alguém afastar os seus cabelos da testa.

_Onde está o papai, mamãe?

_ Seu pai está viajando a negócios, querido.

Estavam na sala, em frente à lareira. Sua mãe lia um livro pra ele. Perfeito.

Mas Draco caiu, caiu por muito tempo, até que parou numa cadeira. Em frente á uma mesa enorme, cheia de doces e presentes, terminando com um lindo bolo de campo de Quadribol com uma vela do número 8 em cima. Todos cantavam uma musica sem som e batiam palmas lentamente. Sua mãe estava linda ao seu lado.

_O papai não vem, mamãe?

_Ele não poderá vir, filho. Está cuidando de alguns assuntos pendentes.

E caiu novamente, como se seu mundo estivesse desmoronando. Estava com medo, muito medo. Tinha acabado de ter um pesadelo. Saiu correndo em direção ao quarto de sua mãe.

_Draco, o que faz aqui? – Perguntou sua mãe.

_Eu tive um pesadelo e...

_Vá pro seu quarto moleque! – Interrompeu seu pai.

_Lúcio! – Disse sua mãe levantando-se.

_Eu acho ele precisa aprender a enfrentar seus medos, Ciça. – Disse Lucio, segurando o pulso de Narcisa.

_Não me interessa o que você acha. Meu filho precisa de mim agora e ele é só uma criança. – E puxou seu braço violentamente. – Vamos Draco, eu fico no seu quarto até você dormir.

Draco se lembrava que ela tinha dormido a noite toda com ele. E ele nunca tinha se sentido tão seguro. Então ele sentiu um puxão, e caiu da cama, caiu de seu quarto, caiu para uma imensa luz verde lá embaixo.

_AVADA KEDAVRA!

_MÃE!

_Ainda sou seu pai!

_VOCÊ NÃO É MEU PAI.

_Me prometa Draco. Por favor.
_Se você conseguir me pegar moleque!

_COVARDE!

_ Me prometa que você não se tornará um Comensal da Morte!

_MÃE! VOLTA!

_MÃE! – E acordou. Colocou as mãos na cabeça. Parecia que as vozes ainda batiam dolorosamente contra sua cabeça. Chorou, como nunca tinha chorado. Como não tinha chorado no dia do enterro de sua mãe. Apenas chorou.

Sentia-se como uma criança. Agarrou os joelhos com as mãos e chorou ainda mais. Lembrou de quando seu pai nunca aparecia nas ocasiões importantes pra ele. Como ele sempre o tratou.

_Desgraçado... – Sussurrou.

Mas ele ia pega-lo. Ia vingar a morte de sua mãe. Desceu da cama, procurou sua mala e pegou uma foto. Um Draco pequeno sorria e acenava no colo de sua mãe que parecia radiante. Fizera este retrato quando tinha cinco anos. Quando ele não tinha preocupação. Riu tristemente. Como a vida estava sendo dura com ele.

Deitou-se novamente na cama. Mas só conseguiu dormir horas depois.




Três batidas na porta. Seja lá quem fosse, poderia muito bem ir embora. Mais batidas histéricas na porta.

_Vai embora! Vai embora! Vai embora! – Draco repetiu baixinho. Tinha demorado muito a dormir.

_Malfoy! – Berrou alguém cuja voz Draco pode indentificar como a de Gina. Draco achou que se a ignorasse, ela iria embora.

_Acorda Malfoy! Ta achando que é a casa da sogra? – Berrou Gina.

_Vai embora! – Disse Draco.

_Se você não acordar agora, meu pai vai vir aqui. Ele me mandou te acordar. ACORDA!

Draco deu um gemido de raiva. Levantou-se e foi em direção á porta. Abriu para logo ver uma Gina irritada.

_Você não sabe como é bom ver seu cabelinho discreto logo de manhã. – Disse Draco protegendo os olhos. Se era deboche, Gina não saberia dizer. – E você realmente não sabe como é bom acordar com as suas doces palavras. Agora diga logo o que você quer.

_Meu pai mandou te chamar pra ajudar a carregar umas coisas pros preparativos do casamento. – Disse Gina.

_Ah, aquele que eu não vou? Não, muito obrigado. – Disse Draco já fechando a porta.

_Você quem sabe, PA... – E Draco tapou sua boca.

_Você não sabe calar a boca não? – Disse Draco com raiva.

_Aqui todo mundo ajuda. Você não é diferente! – Disse Gina.

_Sou sim, aqui todo mundo é ruivo. Eu sou loiro. – Disse Draco debochadamente.

_Para de enrolar Malfoy, e desce logo. – Disse Gina saindo.

Draco fechou a porta. Ótimo! Ia ajudar num casamento que não ia. Fazia três semanas que tinha ido ao Beco e faltava um dia e meio para o casamento. Estava praticamente tudo pronto, apesar de quase não ter saído de seu quarto nos últimos dias. Mal esperava pra voltar á Hogwarts e esquecer tudo aquilo. Draco só sabia que família inteira estava trabalhando freneticamente naquele casamento.

_Claro, casamento de pobre... – Pensou enquanto se dirigia ao banheiro.

Alguns minutos depois, Draco vai em direção á escada. Mas quando passou em frente ao quarto da Weasley, a voz da Granger o chamou a atenção.

_Você não pode ir, Gina. – Disse Hermione, e parecia meio triste.

_Eu quero ficar com ele, Mione. – Disse Gina, e Draco se surpreendeu ao ouvir ela chorando. – Eu o amo.

_E ele te ama Gina...

_Mas ele terminou comigo.

_Pelo seu bem!

_EU QUERIA QUE TODOS PARASSEM DE ME TRATAR COMO CRIANÇA! – Berrou Gina chorando desesperadamente.

_Gina...

_EU SÓ SOU UM ANO MAIS NOVA QUE VOCÊS! EU FUI AO MINISTÉRIO COM VOCÊS! EU TIVE AULA NA A.D COM VOCÊS!

_Gina, se acalme, por favor... – Tentou Hermione.

_NÃO ME PEDE CALMA! VOCÊ PODE FICAR COM QUEM AMA... – Gritou Gina se sentando na cama. Não conseguia parar de chorar – E eu não... – Sussurrou.

_Desculpe Gina... – Disse Hermione abraçando a amiga. – Mas a gente não pode deixar você ir...

_Saia daqui, Hermione! – disse Gina séria.

_Gina, ouça...

_Saia. – Interrompeu Gina.

Draco saiu de lá o mais rápido possível. Estava se sentindo um idiota por ouvir aquela conversa. “Afinal, qual é o problema? É só a Weasley...”, pensou ao ver que estava se sentindo estranhamente mal. Talvez fosse porque ela chorou e Draco se lembrou de sua mãe. De todas as vezes que ela chorava por seu pai. Todas as vezes que seu pai batia nela e a fazia chorar sozinha em seu quarto.

A Weasley que era uma idiota, gostar do Potter. Quem pode gostar de um metido que se acha dono do mundo? Draco se lembrava do poema do segundo ano que ela mandou pra ele. “Olhos de sapinhos cozidos”, patético.

Chegou à cozinha para ver a zona que se formou ali. Hermione veio logo atrás dele.

_Draco, querido, ajude a levar as mesas pra fora. – Disse a Srª. Weasley, sentada à mesa, e mexendo no que pareciam ser fitas para enfeites. O Sr. Weasley, Harry, Ron e Gui estavam levando as mesas lá fora. Ron ao ver Hermione, veio correndo e deu um selinho nela. “Além de presenciar a primeira vez, ainda tenho que presenciar o resto” pensou Draco revirando os olhos.

Draco levitou uma mesa com um feitiço e a levou pra fora. Não é que o jardim estava até que aproveitável? Estava estranhamente verde, com vários enfeites daqueles que a Srª. Weasley estava fazendo, levitando em cima das mesas, que estavam cobertas por toalhas brancas.

O altar já estava montado com um suporte cheio de flores brancas e amarelas atrás. À frente existiam várias fileiras de cadeiras brancas e uma cobertura acima das mesmas.

Depois de deixar a mesa junto à algumas cadeiras, Draco continuou a ajudar os Weasley. Não por boa vontade é claro.

Viu a hora que Gina apareceu na cozinha, e sua mãe a mandou ir terminar de colocar as flores no suporte atrás do altar. Ela não parecia ter chorado á poucos momentos. Sorria por qualquer coisa e fazia tudo com a maior delicadeza possível.

Draco se pegou olhando o jeito que seu cabelo ficava com vários tons de vermelho quando o sol batia neles, como ela era alta e como suas mãos pareciam tão pequenas em comparação com as dele.

Até a hora em que ela o olhou também. E foi estranho como Draco não conseguia desprender o olhar. O que estava acontecendo?

_Gina! – Uma voz fez Gina quebrar o olhar. E adivinha quem era?

_Harry. – Disse Gina voltando a prender as flores.

_Eu preciso falar com você...

_Eu preciso terminar isso aqui. – Disse Gina indiferente.

_Por favor... – Disse Harry pegando em seu braço. Draco não conseguia parar de olhar.

_Tudo bem. – Disse Gina puxando seu braço delicadamente. Os dois foram em direção a uma enorme arvore que existia no fim do jardim. Draco não resistiu e foi atrás.

_Olha Gina... Eu realmente gosto de você. – Disse Harry.

_Ah é? Jeito legal de se demonstrar isso.

_Eu não posso deixá-la ir.

_E por quê? Porque eu sou um bebê que tem um ano a menos que você? Ou porque você não foi homem suficiente de sustentar a nossa relação? – Alfinetou Gina. “Nossa Potter, essa doeu até em mim.” Pensou Draco.

_Olha... – Disse Harry visivelmente tentando se acalmar. – Gina. Eu terminei com você porque eu te amo...

_Ah sim, me lembro como se chama isso. “Controvérsia Emocional”? – Interrompeu Gina.

_Gina, me deixa falar. – Disse Harry suplicante.

_Se você for, sem mim, eu nunca mais volto pra você.

_O QUE?

_Você escolhe. – Disse Gina saindo.

_Espera aí! – Disse Harry a pegando pelo braço e puxando para seu corpo. – Diz que não me ama. E eu nunca mais falarei sobre “nós”.

_Me solta. – Sussurrou Gina, não conseguia parar de olhar para a boca de Harry.

_Diga. – Disse Harry se aproximando.

_Ora ora, Pottinho e a Weasley. É feio ficar namorando aqui. Vocês podem fazer mal aos olhos dos pobres animais que moram por perto. – Disse Draco num impulso.

_O que você está fazendo aqui, Malfoy? – Perguntou Harry largando Gina.

_Tava passeando, vendo a paisagem, tentando não vomitar...

Gina passou quase correndo diante de Draco e foi em direção á Toca.

_Olha aqui Malfoy. – Começou Harry. – Fica longe dela.

_O que? – Perguntou Draco confuso.

_Você escutou bem. – E Harry saiu.

Agora, não perguntem o porquê da anta de óculos ter falado isso. Afinal, de quem ele queria mais distancia era dos Weasley’s e toda a sua pobreza.

Draco passou o dia inteiro ajudando naquele casamento idiota. Não agüentava mais passar pelo quarto de Gina e ouvir a tal da Fleur reclamar do vestido. “Ta muito apertado, ta muito largo, cadê meus seios?” pensou Draco em deboche.

O estranho era que o casamento era dela e a mesma não ajudou em nada.

A noite logo caiu e todos se reuniram para jantar. Fleur estava com uma cara de choro, pois toda hora que o vestido dava errado ela dava um show dizendo que tudo ia dar errado também.

Draco ia subindo para o quarto, mas quando viu o olhar gelado que recebeu do Sr. Weasley, tratou de se sentar, não sem xingá-lo baixinho antes.

_Bom queridos. – Começou a Srª. Weasley batendo uma colher em um copo, que por sinal não era uma taça. – Amanhã acontece o primeiro casamento dessa casa. Eu desejo aos noivos muitas felicidades. – E levantou o copo. – Aos noivos.

E todos fizeram um brinde. Draco só queria ir pro quarto e tentar se afogar na privada. Ah é, não tinha banheiro no quarto.

O jantar ocorreu normalmente. Draco se pegou olhando o rosto de Gui, observou como os machucados ainda pareciam profundos, embora totalmente secos.

Depois do jantar, Draco foi diretamente pro quarto, no dia seguinte seria o casamento. E Draco só queria sair daquele lugar. Deitou-se e adormeceu minutos depois.




_Mas que merda! Será que eu tenho que ser acordado todo dia? – Exclamou Draco assim que ouviu alguma coisa sendo quebrada.

Levantou e saiu do quarto, a tempo de quase ser atropelado por uma Srª. Weasley muito apressada. Mas é claro, hoje era o dia. Em poucas horas aquilo acabaria enfim.

Voltou ao quarto e olhou pela janela. Tudo parecia estar arrumado. Alguém bateu na porta.

_Draco. – Disse a Srª. Weasley assim que a porta se abriu. – Trouxe sua roupa pro casamento.

_Eu não vou. – Disse Draco indiferente.

_Aham, e querido o casamento será às 4 horas. Tente estar arrumado até lá ta bom? – E saiu.

_Velha burra, eu disse que não vou nesse casamento. – Disse Draco olhando a roupa. Era um terno preto com uma camisa branca. Pensando bem, porque não ir á esse casamento? Podia até ser interessante...

Ás 4 horas em ponto – Porque adorava ser pontual – Draco estava pronto. Olhava agora o espelho. Estava vestindo a calça e a camisa da roupa que a Srª. Weasley lhe deu. O terno ele se recusava a usar. Sua camisa tinha três botões abertos, mangas viradas até o cotovelo e a gravata posta de qualquer jeito. E tinha colocado um tênis, porque odiava sapato. Em sua opinião ele estava...

_Merlin! Que gato. – E Draco mandou um beijo pra imagem no espelho passando um caro perfume que ganhara de sua mãe. – Hoje eu vou aproveitar! – E saiu do quarto.

Quando desceu na cozinha, não encontrou uma garota se quer. Viu o Weasley nervoso falando com Harry que se a Granger demorasse mais um pouco, ele iria subir. Assim que o viu, Harry revirou os olhos. “Acho que a anta de óculos achou que eu não viria...”.

_Hermione... – Draco ouviu o Weasley sussurrar olhando pra escada.

Ta, O.K. Ela não estava bonita. Talvez tenha dado um jeito no cabelo, e aquele vestido vermelho tenha sido enfeitiçado. Mas o Weasley estava de quatro. Os dois saíram em direção ao jardim.

Depois desceu a Srª. Weasley. Na opinião de Draco, ela estava parecendo um bujão com capa. Mas o Sr. a encheu de elogios e também foi em direção ao jardim, junto com Gui, que parecia que ia vomitar á qualquer hora.

“É, acho que vou ter que ir pra fora também.” Pensou Draco, mas uma sombra o fez ficar. Ou melhor, duas.

Draco foi à direção as sombras e chegou num canto escondido da cozinha.

_Draco? Vamos pra fora, filho. – Chamou a Srª. Weasley da porta da cozinha.

_Espere. – Disse Draco ainda andando. O que será que tinha ali?

_Não, querido. O casamento já está começando. – Insistiu a Srª. Weasley.

_O.K. – Disse Draco entediado. “Gorda chata”.

Ao chegar ao jardim, Draco se espantou, quantas pessoas tinham ali? A Srª. Weasley mandou-o sentar na quarta fileira. Draco olhou em volta. Viu Minerva McGonagall sentada em sua frente com um chapéu roxo e vestes igualmente roxas. A mesma expressão dura de sempre.

Ao seu lado estava o fantasma Nick-Quase-Sem-Cabeça, que parecia muito orgulhoso de ter sido convidado. Estavam lá também: Professora Sprout, Flitwick, o professor Binns, ou melhor, o fantasma dele e a Madame Pomfrey.

Draco olhou pra fileira ao lado e viu a Lovegood junto com Longbottom. Lupin, Tonks, Olho-Tonto, Quim Shacklebolt e outros da Ordem também estavam lá. Potter estava sentado com a família Weasley. E muita gente que Draco nunca tinha visto na vida.

Draco olhou pro altar. Lá estava o coelho mais velho. Draco novamente reparou nos cortes em seu rosto, inevitável não lembrar da noite em que aconteceu isso.

Junto com ele estavam o Weasley e a Granger, que eram uns dos padrinhos.

De repente, Draco ouviu uma música que o fez prestar atenção na entrada que montaram. Draco viu a irmã de Fleur, de vestido amarelo e com babados, um pouco largo pra ela, entrando com um cesta de flores e enquanto andava, jogava um pouco no longo tapete vermelho.

Fleur veio logo atrás. Draco abriu a boca. Era a noiva mais linda que tinha visto na sua vida. Seus olhos estavam marejados e seus cabelos mais loiros do que nunca arranjados em uma coroa.

Chegando ao altar, Grabielle deu um beijo em Fleur e em Gui e se sentou na primeira fileira.

O padre começou a falar. E por Merlin, como padre fala.

_... E por fim... – Disse o padre meia hora depois e Draco pensou ter ouvido alguns suspiros de alívio em meio ao choro insuportável da Srª. Weasley. – Podem entrar as alianças.

Outra música se iniciou e todos se levantaram. Uma garota apareceu nom fim do corredor, e Draco abriu a boca.

Ginevra Weasley estava com um vestido amarelo, mas não era largo e muito menos tinha babados. O vestido que era pra ser igual ao da Gabrielle virou um tubinho, com um pequeno decote na frente e pequenas pedras enfeitando a barra.

Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo com vários fios emoldurando seu rosto. Realmente ela não tinha mais oito anos. Ela olhava para um ponto fixo enquanto entrava. E adivinha pra quem? Potter. O idiota do Potter.

Draco se sentou antes de Gina chegar ao altar. Ela entregou a aliança para os noivos e depois de alguns votos, foram cortar o bolo.

A Srª. Weasley não calava a boca. Toda hora era um “Meu filho...” ou “Parece que foi ontem que ele comprou sua primeira varinha...”. O primeiro pedaço os noivos ofereceram ao Sr. Weasley e depois, na opinião de Draco, a festa começou de verdade.

Enquanto os jovens iam dançar na pista improvisada, ao som de “As Esquisitonas”, Draco foi á mesa de comida beber um ponche.

_Festa chata, não devia nem ter vindo. – Disse Draco baixinho, pegando outro ponche. – Esse negócio ta bom... – Disse ao terminar aquele ponche e já pegando outro.

De repente, Draco se sentiu mais solto, e quer saber? Porque não ir dançar também?

Chegou à pista atraindo os olhares de todos, inclusive de Gina. “É muita cara de pau ele se misturar com a gente” pensou ela não gostando do jeito que ele estava. Ele parecia não estar nem aí.

Depois de uma dança, Draco voltou á mesa para pegar mais uma bebida. E mais outra, e porque não mais uma?

Voltou á pista improvisada e Draco não sabia dizer, mas ele estava morrendo de vontade de dançar com Gina.

“Caramba, como ele está...”, Gina não terminou seu pensamento, só sabia que ele parecia mais leve do que já tinha visto. E era impressão dela ou Draco estava chegando cada vez mais perto? Acho que não foi só ela que percebeu, pois minutos depois, Harry já estava dançando com ela.

_Potter! – Chamou Draco um pouco alto demais, depois de voltar da mesa com outra bebida. – Será que me daria a honra de dançar com a srtª. Weasley? – Disse com uma cara de deboche.

_Eu... Ham... – Disse Harry olhando para Gina.

_Hum... Claro... – Disse Gina aceitando a mão que Draco estendeu.

A música que tocava era um pouco lenta, Gina ficou um pouco nervosa quando Draco aproximou os corpos. Ele parecia estar muito satisfeito, e não largava o copo de ponche.

_Você ta bem, Malfoy? – Perguntou Gina.

_Estou dançando com uma Weasley, eu poderia estar bem? – Perguntou ele com um sorriso de deboche.

_Ah! Ótimo, foi você quem pediu, Malfoy! – Disse Gina tentando se soltar. Mas Draco a segurou firmemente e Gina sentiu seus joelhos tremerem.

E apenas dançaram.

Gina não conseguia tirar os olhos dos de Draco. Eram tão azuis e quase transparentes. Ou seu cabelo caindo em cima da testa, ou o jeito como ele a segurava, ou como ele sorria meio de lado de vez em quando.

Ambos não sabiam o que estava acontecendo entre eles, Draco principalmente, que depois de tomar o resto do ponche que estava carregando, sentiu sua cabeça rodar.

A música lenta não estava ajudando Draco. Ele não conseguia largar de Gina e muito menos parar de olhar a sua boca, de vez em quando não conseguia evitar um sorriso por estar pensando aquilo. Ele só queria beijá-la.

E assim o fez. Em um impulso, pegou em sua nuca e juntou os lábios. Draco sentiu o susto que Gina levou. A mesma arregalou os olhos e ficou sem ação.

_Solta ela, Malfoy! – Gritaram Harry e Ron puxando Draco.

_Garotos, fiquem calmos. – Disse Hermione.

_Cai fora, Potter. – Disse Draco voltando a agarrar Gina.

_Sai-de-perto-dela... – Disse Harry ameaçadoramente.

Draco soltou Gina, deu um sorriso de deboche e acertou um soco bem no nariz de Harry. Segundos depois Harry se levantou, mas Fred o segurou.

_Me solta, Jorge! Quer dizer, Fred. – Disse Harry querendo voar em cima de Draco.

_Vem Pottinho... – Mexeu Draco. – Ai que meda dele. Pode vir! Ta com medo é? Pó pó pó póóó.

_ME-SOLTA! – Gritou Harry, mas Fred já estava levando-o para dentro, com a ajuda de Jorge.

_O que ta acontecendo aqui? – Perguntou a Srª. Weasley, atraída pela roda que se formou ali.

_Chegou a Rolha de Poço... – Disse Draco revirando os olhos.

_Você me respeite, Draco Malfoy! – Disse a Srª. Weasley.

_Não é culpa dele, Mãe... – Disse Gina, e todos a olharam. - Ele está bêbado.

_E como você sabe? – Perguntou Ron.

_Eu senti... Quando ele... Me beijou, sabe. – Disse Gina envergonhada.

_Eu não estou bêbado. EU ESTOU ÓTIMO! TÁ VENDO? – Draco começou a gritar, assustando todo mundo. – Minha mãe MORREU! – Draco começou a contar nos dedos. – Meu pai MATOU MINHA MÃE. Eu vim pra um lugar chamado “A TOCA” e por último e não menos desastroso; Tchamrãm! Eu beijei uma WEASLEY e ainda POR CIMA eu GOSTEI!!!

_Cala a boca, Malfoy! – Disse Ron completamente vermelho.

_Vamos levar ele pra dentro. – Disse Molly para o Sr. Weasley.

_NÃO! – Gritou Draco de repente, assustando todo mundo. - AHHHH! Assustei vocês né? Bando de cagão.

_Pega ele e vamos levá-lo pra dentro Arthur. – Disse a Srª. Weasley desesperada. – Ele está estragando a festa.

E o Sr. Weasley arrastou-o em direção á cozinha.

_Fleur! – Disse Draco parando no meio do caminho. – Você é muito GOSTOSA! – E Draco começou a rir. Na opinião de Gina ele parecia um retardado.

Chegando à cozinha, Draco viu Harry.

_Harry! – Disse Draco em falso choque. – O que aconteceu com seu nariz? Ahh eu sei. Um loiro super gato e gostoso quebrou ele. – E começou a rir de novo.

_Leva ele pro quarto e faz ele tomar um banho frio. – Disse a Srª. Weasley pro Sr. Weasley. E Gina chegou à cozinha. – E quem será que pôs álcool no ponche? – Perguntou a Srª. Weasley virando-se para os gêmeos.

_É mesmo não é, Jorge? – Perguntou Fred em falso choque.

_Quem será que fez essa barbaridade? – Perguntou Jorge.

_RON! – Gritaram os dois em uníssimo.

_Vocês dois, pro meu quarto, agora! Eu e o seu pai vamos conversar com vocês daqui á alguns minutos. – Disse a Srª. Weasley séria.

_Valeu, Malfoy! – Disseram os dois subindo as escadas.

_De nada meu chapa. Quer dizer, meus chapas. Ou eu sei lá. Que engraçado. – E começou a rir. - Ginevra... Já disse que você ficou muito gata nesse vestido? – E se virou para Harry. – Ela beija muito bem, não? – E Harry levantou-se da cadeira em direção á Draco. Mas a Srª. Weasley o impediu.

_Vamos Draco, eu te levo até seu quarto... – Disse o Sr. Weasley.

_Não! Eu não vou deixar um Weasley pegar nas minhas coisas! Eu tomo banho SOZINHO! – E Gina deixou um sorriso escapar.

_ O que foi? – Perguntou quando todo mundo olhou pra ela. – Foi engraçado. – Disse Gina envergonhada.

Draco chegou ao banheiro e falou que se o Sr. Weasley entrasse, ele ia gritar. Depois de escorregar no Box, Draco reclamou da água gelada, mas tomou banho.

Foi para o quarto e deitou na cama, minutos depois a Srª. Weasley chegou com um café, pior que Feijãozinho de cera de ouvido e Draco foi dormir.

A festa continuou por mais algumas horas. Depois dos noivos partirem para Paris, onde iam morar e passar a Lua de Mel, os convidados começaram a ir embora.

Mas alguém não conseguiu dormir aquela noite, porque um certo loiro com bafo de Hipogrifo não saia de sua cabeça.

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N/A: PAREM!

Antes de começaram a me jogar Avada's ou Crucios, ou Harry Potter's, me escutem.

Eu demorei pra mandar este capítulo né? Boom. Deixa eu explicar pra vocês o porquê.

Quando eu li Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o que eu mais esperei pra ver no sétimo livro foi o casamento do Gui e da Fleur.

Pra mim, vai ser mágico. Então, imaginem como é escrever a coisa que você mais quer ler?

Exatamente. Muito dificil.

Mas, finalmente saiu, eu tive uma luz. E essa luz se chama "O Draco bêbado". Acho que nenhum de vocês imaginou ver o Draco no casamento, e muito menos bêbado.

Foi isso que me fez escrever esse capitulo xP

O capitulo não saiu como esperado, porque eu realmente quero que seja muito lega no livro. Mas espero que gostem.

Prometooo, não demorar tanto com o quinto capitulo. Que já vais er em Hogwarts. Muita coisa vem por ai, pessoal. E espero compartilhar com vocês.

Valeu os comentárioss. Vou responder aqui e retribuir na fic de vocês ;)

Agora, a Tami e toda sua graça, vai nos dar a honra de um N/B.

Beijããão pra vocês o/

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N/B (Tami, a Beta):

Tá, quando a Júh falou aquele "PAREM!" ali eu juro que já tava com a varinha apontada e um Crucio prontinho pra sair.

Mãããs ela falou pra parar, eu parei né. Minha chefa, tenho que obedecer.

Bom, eu fiquei tão frustrada com a demora quanto vocês e enchi bastante essa criatura pra escrever logo.

Depois de alguns séculos de espera ela terminou e eu tentei betar bem rapidinho(o que tá mais difícil agora que as férias acabaram). E Tchãrãm, capítulo quatro todo lindinho pra vocês ^^

E eu adorrei³² ele. Tipo, os esculaxos da Gina foram... Sodas. Doeram em mim também o.O" E o Draco realmente devia estar merecendo um 'Merlin! Que gato" com essa roupinha do casamento =O~

Casamento por sinal bem diferente como a própria autora definiu xP

E é impressionante como o Draco bêbado parece comigo quando sóbria xDD

E peraí! Sou só eu ou o Draco beijou a Gina? :O Uhhhh o primeiro beijoo =D³² Admitamos que não foi assim muito romantico (Draco bebum e Gina bem lerda inves de aproveitar né =3) mas 1º beijo é 1º beijo e é tudo lindo.

Mas tenho certeza que o beijo de verdade(envolvendo dois cidadãos sóbrios) vai ser perfeito³(pressão na Júh? Imagina...)

Bem gente, é isso aí. Espero que tenham gostado do capítulo (ha! parece até que fui eu que escrevi) e por favor salvem os cachorrinhoss!!

Muito obrigada as almas caridosas que já salvaram alguns ^^

Beijão procês =**

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Reviews


Adi: Oieee.!

Que boom que tá achando a fic boa /o/

As coisas que o Malfoy fala são lendárias *.* Só ele consegue ser assim.!

Sabe que eu não apoio H/G né?? Mããs cara, euleio sua fic. Ela está OTIMA!

Vlw pelo comentário ^^

Espero que goste do quarto capítulo!

Beijããao o/

PS: Nãão, eu não morri xP Só dei um tempinho do mundo dos vivos o/


July Boarate Berbert: Nem preciso dizer que ameeei o "Berbert" né??

Ainn marida *.* Sabe que te adoroooooooo né??

Cllaro que te desculpo por não ter comentado antes, MAS NUNCA MAIS FAÇA ISSO DE NOVO SENÃO TEEREI QUE TIRAR O CINTO u.u''''

Ahauahauhaua brincadeira.!

Ahh e eu realmente levei como um elogio tu dizer que além de mim, só a J.K sabe escrever Draco tão bem kkkkkkkkkkkkkkk

Brigadaa por existir e fazer parte da minha vida.!

Te adoroooo¹²³³²²

Tchauzim marida o/


Branca Malfoy: A potteriana mais curiosa para ler o quarto capitulo.!

Três comentários dela, e isso só me faz sentir mais alegria.

Pode ter certeza que você foi uns dos motivos que me alegrou para continuar escrevendo ^^

Obrigadaa por tudo.!

Beijãão o/


Tami Ravenclaw: Minha beta.!

Sim acreditem, essa menina super compreensível e que da apoio nas horas dificeis é a minha beta!

kkkk Não posso dizer que ameiii²²³² seu comentário né??

Hauhauahauhaua eu tenho sua assinaturaaa, toma cuidado comigo heinn rsrs

Te adoro²³²³² pakas mina!

Brigadãoo por tudo. o/


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Obrigada pessoal.! Espero que gosteem do quarto capitulo e espero as criticas de vocês ^^

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