O Segredo dos Comensais



Abonize estava debruçada sobre o balcão da sacada da sala de estar quando avistou ao longe o encontro de duas pessoas. Dois homens estavam parados a uns cinco metros de distância um do outro. Cumprimentaram-se com a cabeça. O mais alto deu um passo a frente e no mesmo instante o outro recuou pegando sua varinha. O mais alto ergueu as mãos, mostrando que não havia nada nelas, o outro baixou a varinha. Aproximaram-se e ficaram por um longo tempo assim, pareciam estar conversando, mas Abonize não os ouvia e não conseguia identificá-los. Abonize olhou para os lados, estava interessada em saber se mais alguém os via, mas não. Voltou então a olhar para eles e o mais alto tocou o rosto do mais baixo, este empurrou o outro fazendo-o quase cair. Ficaram mais um tempo imóveis e então, o mais baixo ficou de costas para o mais alto, que abriu os braços como que insatisfeito, bateu-os contra seu corpo e depois andou lentamente em direção ao mais baixo; num impulso, abraçou o mais baixo por trás e este pareceu estático, mas numa repentina explosão começou a se debater, livrando-se do outro. Apontou-lhe o dedo e balançando-o afastou-se. O homem mais alto andou lentamente pela orla da floresta até desaparecer. O mais baixo saiu em disparada sumindo na escuridão.

Abonize ficou curiosa para saber quem eram aquelas duas pessoas, mas a noite estava muito escura, a lua estava envolta por pomposas nuvens. Ela desceu as escadas que levavam ao hall de entrada, tudo estava envolto em uma penumbra, sabia o caminho, porém, um estrondo muito alto e um forte solavanco a jogaram ao chão fazendo-a bater fortemente a cabeça. Ela sentiu algo pesado sobre seu corpo, mas estava demasiado tonta, que não pôde se mexer.

– Aby? Você está bem?
– Eu... ãh... - ela não conseguia falar, tudo estava girando, mas aquela voz lhe parecia familiar.

Abonize sentiu seu corpo ser erguido e no instante seguinte sentiu-se aconchegada num lugar macio e cheiroso. Ouvia outras vozes agora. Abonize fechou os olhos e quando voltou a abri-los estava melhor. Madame Pomfrey e Snape estavam parados ao lado da cama em que ela estava deitada.

– Melhor, querida? - perguntou Pomfrey. Abonize apenas sorriu. - O que fazia uma hora daquelas no corredor?
– Estava - ela não queria contar a verdade a Pomfrey -, sem sono, fui até o salão principal sentar, adormeci e quando acordei resolvi voltar ao meu quarto.
– Severo, acho que deve acompanhá-la até o quarto!

Ele afirmou com a cabeça e ajudou Abonize se levantar. Deu o braço a ela e caminharam lentamente pelos corredores de Hogwarts.

– Severo, não quis falar antes, mas eu estava na sacada da sala de estar e vi dois homens estranhos conversando nos jardins!
– V-viu? Quem eram?
– Não pude identificá-los, estava muito escuro. Mas não acho que estivessem fazendo algo de bom. Eram duas horas da manhã, por que é que iriam se encontrar tão tarde? - Snape deu de ombros. - E tu, o que fazias acordado? - perguntou ela sorrindo. Ele não respondeu. - Viste o que foi que bateu em mim? Severo? O que tens? O que... quem...

Ao sentir que ainda estava de braço dado a nela, Snape arregalou os olhos fazendo Abonize levar a mão à boca.

– NÃO! - bradou Snape sem esperar qualquer pergunta.
– Tu... eras tu! - ela estremeceu e silenciou por instantes. - Mas o que estavas fazendo? Quem era aquele homem, Severo?

Snape não respondeu à pergunta, abriu a porta do quarto de Abonize e a fez entrar, depois se despediu dizendo que já estava amanhecendo e que na manhã seguinte teria aulas a dar. Abonize não se conteve, puxou-o pela camisa impedindo-o de sair. Snape cerrou os olhos.

– Não toque em mim!
– Por que? O que foi que lhe fiz?
– Não, não me toque! Qual é seu interesse nisso?
– Eu... só quero aliviar tua dor!
– Por que? Pra quê? - retrucou ele com os braços abertos - Por que é uma boa samaritana?

Abonize sentiu uma pitada de ironia.

– É assim que conquista as pessoas? Você se apodera dos pensamentos delas e as controla através dos sentimentos?
– Severo?! - espantou-se ela. - Controlar emoções?
– Sim! Por isso que tem tantos amigos!
– Severo, ouça o que estás dizendo! Quantas vezes eu o toquei? Não achas que então eu já saberia o que te assola?

Ele olhou para baixo.

– Tu estás... estás... com medo? - perguntou ela. - De que?
– Sim, Snape - disse uma voz grossa e forte. - Está com medo de que?

Ambos olharam para trás e lá estava um homem alto e muito louro, com os cabelos compridos que desciam sobre os ombros, era Lúcio Malfoy. Snape engoliu em seco. Abonize sentiu que entre aqueles dois homens existiam muitos segredos. Ela percebeu que quando Lúcio se aproximou de Snape, este respirava pesada e descompassadamente, mas tinha a cabeça erguida e olhava de cima para Lúcio.

– E então, meu caro, do que está com medo? - perguntou Lúcio mais uma vez, desta acariciando o rosto de Snape com o dorso da mão.

Abonize arregalou os olhos, um calafrio lhe subiu a espinha e ela soltou um suspiro. Os dois a fitaram. Ela apertou a mão contra o peito e de seus olhos rolaram grandes gotas de lágrimas.

– Não é preciso muito reflexo para ver do que Snape tem medo, não é, minha bela? Tem medo de ser tocado pela pessoa que pode fazê-lo grande, que pode saciar o desejo incontrolável que há dentro dele.
– LÚCIO! - vociferou Snape.
– Meu caro - continuou Lúcio estendendo a mão para tocar Snape, mas este desviou -, você sabe que ela não pode lhe dar o que eu lhe dei!
– Lhe deu? - sussurrou Abonize.
– Não, não! - gritou Snape. Lúcio riu.
– Uma mulher inexperiente contra um homem repleto de habilidade e perícia.

Abonize fechou os olhos, tentando imaginar o que Lúcio queria dizer, mas lágrimas rolaram por sua face. Apertou novamente a mão contra o peito e cambaleou. Snape correu para segurá-la.

– Malfoy, pare com isso! Não vê o que está fazendo com ela?

Lúcio lançou um olhar desdenhoso a Abonize e ela revidou o olhar. Ele sentiu como se estivesse sendo capturado e momentaneamente sorriu sem qualquer malícia. Abonize afastou-se de Snape e tocou o braço de Lúcio. Ela respirou fundo, Lúcio era tão alto que seu pescoço doía ao olhá-lo nos olhos de bem perto.

– Mostre-me do que és capaz! - murmurou ela. Ele ergueu uma sobrancelha e ficou boquiaberto. Ou estás mentido?

Ele agarrou-a pelos cabelos e a beijou como Snape jamais o fizera antes. Abonize entrou com suas mão por entre o paletó dele, sentiu seu peito forte e abraçou-o. Lúcio sorriu e puxando-a pelo cabelo afastou-a de si.

– Veja só o que eu digo! - retrucou Lúcio. - Ela nem imagina o que eu lhe dei, Severo!

Snape se aproximou de Abonize, agarrou-a pelo braço e puxou-a tão forte que ela caiu em seu lado ao chão.

– Não se atreva a usá-la como fez comigo!
– Não, não farei isso porque eu quero você, meu caro, eu quero lhe dar o que qualquer outra pessoa não pode!
– Mais do que seu mestre? - perguntou Snape - Aonde quer chegar?
– Fique longe dela, Snape, é melhor se afastar agora e você não sentirá sua traição.

Ela pegou na mão de Lúcio. Ele olhou-a com desprezo.

– Senhor, não digas tal coisa.
– Menina, não posso lhe fazer mal algum, meu mestre me castigaria, senão já teria lhe dado uma boa lição pelo que fará a Snape.

Lúcio despediu-se e saiu, Snape olhou sério para Abonize. O coração de ambos estava partido.

– O que ele quis dizer? - perguntou Snape de súbito.
– O que ele lhe deu que é tão bom? - perguntou ela ao mesmo tempo.

Snape não respondeu. Não iria revelar a ela o que havia acontecido, virou-se de costas e no momento em que se voltou para pedir a ela que esquecesse tudo, não a viu. Procurou-a pelos corredores e salas, mas não a encontrou. Abonize havia corrido até a saída do castelo, onde um cavalo preto estava atrelado a uma árvore. Lúcio soltou-o e o montou, o cavalo deu meia volta sapateando sobre a terra úmida.

– Senhor, senhor! - gritava Abonize correndo na direção de Lúcio - Espere! -Ele a olhou intrigado. - Dizei-me o que deste a Severo...
– Você não pode fazê-lo, não adianta...
– Mostre-me, por favor! - interrompeu ela.
– Por que o desespero? Você irá deixá-lo de qualquer modo!

Ela balançou negativamente a cabeça, aproximou-se dele e o tocou na perna. Mordeu o canto do lábio e seus olhos brilhantes encontraram os de Lúcio. Este, num solavanco, a puxou pelo braço e a sentou em sua frente. Ela respirou profundamente e sorriu; Lúcio sentiu seu coração balançar, não sabia direito o que estava sentindo, mas sabia que aquela mulher era muito poderosa. Apertou a barriga do cavalo com as esporas e este galopou quase que imediatamente. Abonize agarrou-se em Lúcio e sentiu o cheiro dele, era bem diferente do cheiro de Snape.

O cavalo chegou ofegante a um enorme portal de pedras. Lúcio o apeou e ajudou Abonize a descer, mas depois desapareceu deixando-a sozinha no pátio escuro.

– Siga-me, senhora! - disse um elfo doméstico. Ele a conduziu até um belíssimo quarto. - O senhor já virá vê-la.

Abonize olhou pela janela, à frente da mansão havia um jardim pequeno, nada florido, mas cheio de ervas, provavelmente utilizadas na culinária e mais adiante, uma floresta fechada cercavam a mansão de pedras. Esperou por longos minutos até Malfoy entrar pedindo licença. Os dois se mediram. Abonize passou a mão pelo peito dele, percorrendo até seu ombro, tirando o paletó e a camisa dele. Sorriu acariciando o peito torneado de Malfoy. Lúcio ergueu a sobrancelha enquanto ela o beijava e corria as mãos por sua calça, abrindo-as e soltando-as ao chão. Acariciou-o por alguns instantes e parou. Desta vez era ela quem tinha olhar desdenhoso.

– Ai, ai, ai! Não chegas nem aos pés de Severo! - e dizendo isso, empurrou-o e ele caiu de costas na cama. Ela deitou-se sobre ele e segurou seus braços para cima. Voltou a beijá-lo e Lúcio percebeu que seus braços e suas pernas estavam presos, mas não pelas mãos dela.

Abonize sorriu e satisfez-se com os gemidos e sussurros de Lúcio. Quando ela parou, estava completamente molhada de suor; sorriu da cara de pacóvio dele, que retribuiu o sorriso como nunca sorrira para outra pessoa.

– De que me chamaste, Lúcio? - perguntou ela com ironia. Ele sentou e tocou o rosto dela, puxando-o para perto e beijando-o. Ela sorriu e se levantou. Recolocou o vestido, mas estremeceu em um calafrio. - Preciso voltar ao castelo! - disse ela cruzando os braços.
– Não, fique comigo, junte-se a mim e ao meu mestre!
– Eu não poderia fazer isso a Dumbledore.

“Dumbledore? Exatamente como o mestre disse!”, pensou Lúcio. Ela se aproximou dele.

– Queres me levar até lá, por favor? Não teria valentia suficiente para voltar sozinha.
– E se eu me recusar?
– Bem - disse ela sorrindo -, então terei de obrigar-te!
– Não tem coragem para voltar pelo escuro, mas tem para me obrigar? - ele sorriu.
– O desconhecido é muito poderoso! - murmurou ela no ouvido dele.
– Fique aqui! Darei a você muito mais do que qualquer outra pessoa possa dar!

Malfoy sentiu que ela não falaria mais nada, pois o olhou com desaprovação. Acompanhou-a até a saída da mansão e pegou seu cavalo. Montou-o e puxou Abonize para cima. Tirou sua capa de pele e cobriu-a, pois ela tremia de frio. Tocou o cavalo e seguiram até a entrada de Hogwarts. Desceu-a do cavalo gentilmente e beijou a mão dela. Ela quis devolver a capa, mas Malfoy cavalgou na direção oposta assim que ela fez menção.

Abonize mal entrou em seu quarto e amanheceu. Não sentiu sono, correu a tomar um banho antes de sair pelos jardins. Almoçou como um leão, estava faminta, mas ela conhecia bem aquela sensação, era a felicidade que a fazia não pensar em coisas banais. Conversou com alguns alunos antes de voltar para seu quarto, iria se deitar e pensar no que usaria à noite, no Baile de Inverno. Chegou ao quarto, sentou-se na cama e alisou a capa de pele.

– Ele lhe mostrou o que fez comigo?

Num salto, ela ficou de pé, Snape estava sentado próximo a lareira. Ele também se levantou e com a varinha acendeu a lareira. O fogo se tornou imediatamente intenso. Snape quase parecia um vulto, Abonize não conseguia ver a expressão no rosto dele.

– E então? - perguntou ele novamente.
– Não.

Snape passou por ela e parou aproximando sua boca da orelha dela.

– Se está com a capa dele é porque já o cativou.
– Sim, o fiz, mas não foi me apoderando dos pensamentos dele.
– Ele é nojento!
– Por ter te satisfeito de alguma forma?
– Não está do nosso lado! Abusa do poder que tem para controlar as pessoas!

Abonize respirou fundo e virou-se para Snape.

– Tu és poderoso, qualquer feitiço quase não faz efeitos em ti!
– Sim, alguns, mas ele me pegou desarmado... e eu sucumbi... aos desejos...
– Ele tem um grande poder de persuasão!
– Não, você não entenderia!
– Por que? Até os trouxas têm obscuridades jamais entendidas por eles mesmos. O que poderia ser pior?

Snape riu, foi uma gargalhada aterradora.

– Eu me sinto o pior dos homens quando estou do lado dele... quando... quando penso nele.
– Severo, eu não quero ver-te assim - disse ela aproximando-se. - Sei que queres conversar sobre isto, mas se não for comigo, tudo bem, entenderei. Só quero sentir teu corpo em mim.

Ela se aproximou dele e o abraçou. Ele tentou se afastar, mas ela tinha um abraçou aconchegante e acalentador. Ele apertou-a contra si e chorou como uma criança. Ficaram ali por muito tempo, Abonize sentia que suas pernas estavam dormentes, mas não tinha coragem de pedir que ele se afastasse. Ela se mexeu tentando esticar a perna esquerda. Então Snape se afastou e olhou para ela. As letras de Dumbledore voavam na cabeça de Abonize: responsabilidade... maturidade... experiência...

– Hum - pigarreou ele -, eu preciso voltar a minha sala... tenho poções a ensinar...
– Severo, não precisas ir agora! - sussurrou Abonize.

Snape não olhava para ela, olhava para qualquer lado, menos para ela.

– Boa-tarde! - terminou ele saindo.

Abonize seguiu-o com os olhos, então o motivo de Snape odiar tanto Malfoy lhe apareceu na mente. Sim, ela havia lido seus pensamentos, mas estava envergonhada de tê-lo feito, pois agora conhecia a sórdida verdade, sabia que Malfoy havia enfeitiçado Snape para que ele se submetesse aos seus desejos sexuais... Abonize queria esquecer aquilo, mas assim como Snape, ela não conseguiria.

Eram sete horas quando Abonize encontrou-se com Dumbledore no salão principal. Os dois conversaram sobre o baile, mas Dumbledore sabia que Abonize estava aflita e perguntou a ela qual era o problema. “Severo” foi o que ela disse. Dumbledore balançou a cabeça e sussurrou:

– A vida de Comensal traz mais malefícios do que qualquer outra coisa!

Abonize não queria contar a Dumbledore o que ouvira de Malfoy, mas provavelmente ele já soubesse, pois a olhou como que lendo seus pensamentos e colocou a dedo indicador por cima dos lábios, pedindo silêncio. Apontando em seguida com a cabeça à entrada do salão principal. Era Snape.

– Boa-noite, Severo, belo baile não acha?
– Sim - disse Snape passando batido por eles.
– Se não se importa, estou acompanhando Abonize... - Dumbledore nem precisou terminar a frase, Snape balançara os ombros como se não se importasse e seguiu até a mesa onde estavam os outros professores.

O diretor convidou Abonize para dançar, notou que ela ficara decepcionada e tentou distraí-la, mas sem muito êxito. Deixou-a nas mãos de Harry, mas antes disso sussurrou a ela:

– Existem coisas que foram esquecidas, mas que com a volta de Voldemort rebrotaram, sugiro que você deixe passar um tempo e volte a falar com Severo.

Harry aproximou-se e beijando a mão de Abonize cumprimentou-a. Ela sorriu e sentaram-se próximos a Rony. Mas Abonize não se contentou. Assim que viu Snape sair do baile, sorrateiramente, também o fez. Seguiu o professor de Poções, ele saiu do castelo e foi se sentar na margem do lago. Assim que ela se aproximou ele começou a falar.

– Não quero que toque em mim porque meus segredos são muitos e me envergonho deles.
– Não tiraria... eu não... - mas ela não podia mentir.
– Para o que aconteceu entre Lúcio e eu há uma explicação, eu estava enfeitiçado! Mas me envergonho. Tenho vontade de vomitar quando penso nisso!
– Então não pense! - murmurou ela - Pense em mim! Pense em como me tornaste uma mulher!

Ele se virou.

– Com certeza um bom pensamento, no entanto, que me envergonha também... porque um cavalheiro não faria o que fiz!
– Severo, o que fez foi me mostrar o quanto me amas!

Ele não respondeu.

– Eu abusei de você e Dumbledore irá me matar por isso.
– Por que dizes isto?
– Eu... - ele se ajoelhou em frente a ela -, porque eu não sou... porque tenho mulher e filho! - confessou.

Abonize se sentou estática na grama úmida, estava tremendo, mas o frio era a última coisa que a incomodava. Olhou-o mais uma vez e se levantou sem falar nada. Continuou com a feição inexpressiva e voltou para o castelo.



Passaram-se alguns dias. Depois do café, daquele dia em especial, Abonize sentiu-se muito cansada, seus olhos estavam muito irritados e sua cabeça doía. Era o mal de noites não dormidas aparecendo. Voltou a seu quarto e deitou-se. Ela pensava em Snape, fazia algum tempo que o mantinha distante. Claro que ele a havia decepcionado, ele tinha uma casa e uma família em Londres, mas depois de pensar muito sobre o assunto, Abonize não se importava, sabia que ela fora a última a chegar nele e não poderia exigir que ele negasse ou que esquecesse seus amados. Porém, ela continuava com algo na cabeça: aquele encontro com Malfoy? Que estaria fazendo Snape? É certo que de tempos em tempos ele sumia. Antes Abonize supunha que estivera visitando a família... agora, não mais.


Continua...

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