Dório Bender



- Estamos esperando Mundungu....

- Calma, calma, você não está ajudando muito, sabia Alastor... não é fácil ficar a noite acordado e depois ter que se deparar com uma reunião no começo da manhã!

- Todos nós tivemos uma madrugada movimentada, e nem por isso saímos pôr aí perdendo documentos importantes. Se sua capacidade se limita apenas a pequenos roubos, acho que..

- Você não tem que achar nada, e não venha me dar sermão sobre responsabilidade! – alterou-se Mundungu Fletcher, largando os papeis sobre mesa – Ninguém mais do que eu sabe o que está em jogo!

- Talvez se você não tivesse tanta bosta no lugar de um cérebro, saberia que você não é o único a saber o que está em jogo, seu filhote de gárgula abortado! – gritava Olho-Tonto

- Alstor! Mundungu! Por favor, vamos tentar manter o assunto da reunião, acalmem os ânimos e melhorem o vocabulário, todos estamos cansados, o que é motivo bastante para mantermos a civilidade. – Lupin tentava acalmar os dois - Mundungu, onde estão as fotografias do informante?

- Estou procurando, Remo, estou procurando. Aquele imbecil do hipogrifo voava alto demais, não deu para segurar os relatórios e me sustentar nele ao mesmo tempo.

- Que caísse então! – Moody voltava a gritar – mas que não perdesse as provas dos planos daquele...

- Terei que relembrar o pedido de Remo para que melhore os ânimos e o vocabulário Alastor – a voz de Dumbledore foi ouvida.

- Nossa... – exclamou Rony, acocado atrás da porta – eles parecem realmente nervosos. O que vocês acham...

- Cale a boca, Rony! – susurrou Fred – ou você quer que mamãe venha aqui nos enxotar com uma panela?

- Ela já teria escutado os seus gritinhos de surpresa – Gina falou mais baixo ainda.

- Não foi Fred... – defendeu Jorge - foi Hermione que não para de se assustar com os comentários do Olho-Tonto.

- Eu não dei gritinho nenhum – indignou-se Hermione – é Bichento que não para de se mexer e fica me arranhando... ai!

- Fiquem quietos vocês! – Harry já tinha perdido a paciência, não podia mais escutar o que os outros falavam – vamos acabar perdendo alguma coisa importante.

- Achei! – gritou Mundungu.

- Eu não falei! – cutucou Harry.

Era realmente uma sorte que a sra. Wesley estivesse tão preocupada com a reunião a ponto de esquecer de usar o Feitiço da Iperturbabilidade na porta, quando Jorge sugeriu que tentassem escutar alguma coisa, Harry tinha certeza que não daria certo. Depois de serem expulsos para fora da cozinha antes de acabarem o café da manhã, os garotos pensaram que iriam ficar mais uma vez sem saber das novas novidades sobre os planos de Voldemort, e logo agora que praticamente todos os membros da Ordem estavam presentes. Harry nunca tinha visto tantos aurores juntos, foi realmente uma visão e tanto, bruxos vestidos com capas de chuva escuras, outros com roupas de trouxa, e outros pareciam estar disfarçados de mendigos, vendedor de loja, motorista de ônibus, e até jogador de futebol americano, a julgar pelas roupas deles. Os garotos subiram as escadas o mais lento possível para poder ver todos os aurores chegarem, e quando a porta foi fechado pôr um apressado sr. Wesley, ninguém pareceu se lembrar de iperturbar a porta, o que foi uma tremenda sorte para os garotos que desceram a escadas novamente e acocharam-se para pôr o ouvido contra a porta na esperança de escutar alguma coisa. Nesse momento, eles deduziram, que Mundungu fora encarregado de levar algum tipo de relatório e fotografias sobre algum suposto plano de Voldemort, trazido por algum informante que os garotos não sabiam quem era. Era difícil escutar, felizmente tinha muitas pessoas na sala e parecia que era necessário falar alto para que todos ouvissem. Dumbledore falou:

- Bom, não é o tipo de informação que eu esperava... mas, de certo é realmente esclarecedor...

- O que é esclarecedor? Diga? – sussurrava Rony. – Ai! – Harry tinha dado um pontapé no seu tornozelo.

- Nós acreditamos que isto seja algum tipo de plataforma – disse a voz de um homem que Harry não reconhecia – Ela está muito visível então acreditamos que tem algo escondido embaixo. Vê esses patos se mexendo aqui? Enfeitiçados. Foi daí que descobrimos, finalmente, onde os Comensais estão escondidos.

- Esses patos são uma velha brincadeira entre bruxos das trevas – a voz de Tonks foi ouvida – me admira muito eles usarem esses velhos truques!

- É simplesmente uma ótima idéia – Dumbledore falou tão baixo que Harry até encostou mais o ouvido contra a porta – usar uma velha mágica que já foi esquecida. Nós fazemos isso também.

Harry queria muito trocar de posição, não sentia mais seus joelhos, e a mão a qual se apoiava formigava dolorosamente. Do seu lado direito, Hermione finalmente soltou Bichento, que subiu a escada da cozinha e aconchegou-se em um velho tapete.

- Elifas, o que você descobriu na Escócia? – Quim perguntou

- Três desaparecimentos. Há aurores ainda lá para procurar mais informações, mas não estamos nos empenhando para acha-los. Eram bruxos virados para o lado negro, imaginamos que eles tenham sido recrutados como Comensais.

- Malditos! – xingou Moody – como se já não tivéssemos muitos deles para nos preocupar, aparecem mais três.

- Três, não.... quando fui pegar os documentos com o informante, ele menciona isso no relatório... um momento... – som de papeis serem revirados – aqui, diz que aparecem mais e mais a procura deles, ou atingido pôr maldições, alguns vêm a força, mas a maioria estão lá pôr livre e espontânea vontade.

O garoto sentiu Hermione tremer ao seu lado.

- É motivo para preocupação, claro, mas não vamos nos esquecer de que essa maioria ainda é muito pouca comparada a nós. – tranqüilizou Dumbledore.

- Você realmente não acha que ele vai parar por aí, não é Alvo. – disse Minerva – Ele irá atras de muito mais bruxos para se juntar a ele.

- E nós estamos fazendo o mesmo, Minerva. Estamos finalmente conseguindo recrutar mais aurores para o nosso lado. Remo, creio que nossa visita deva chegar a qualquer momento. Dório Bender já entrou em contato com você?

“Dório? Quem é Dório?” Pensou Harry, e a julgar pela expressão dos companheiros, eles pensavam a mesma coisa.

- Ele avisou que esta no sul da França, deve chegar aqui em exatamente... 15 minutos.

Humpf! Gina tinha socado Fred na barriga por soltar uma sonora risada. Harry entendera o motivo da graça, era impossível uma pessoa que estivesse no sul da França chegar em 15 minutos a Inglaterra, e Harry não sabia se era possível aparatar tão fácil assim de um país para o outro.

- Sugiro nos dirigirmos até o salão principal, Dumbledore, para esperar o convidado – falou a voz fraca de um velho.

- Com toda razão, Todd. Por favor, dirijam-se escada a cima, e não se preocupem em fazer silêncio.

O garoto sentiu seu estômago despencando, quando escutou dezenas de cadeiras serem movidas no interior da cozinha. Foi uma sorte ter bastante barulho lá dentro, assim ninguém escutou o desespero dos garotos, tropeçando uns em cima dos outros, correndo para subir as escadas que levavam à sala principal e depois para os quartos. Harry não sabia o quanto a sra. Wesley iria se zangar com eles por conseguirem ouvir toda a reunião, e decididamente, ele não tinha vontade de saber, por isso subiu as escadas e empurrou os amigos escada acima o mais rápido possível. Antes de fazer a dobra no corredor que levavam aos quartos, Harry olhou para trás e pode ver, muito rapidamente, alguns dos aurores presentes na reunião. Muitos deles, Harry não reconhecia, mas outros, como Lupin e Quim, vinham a frente com expressões sérias.

- Muito bem – começou Hermione quando todos entraram no quarto e fecharam a porta – agora nos resta apenas esperar que eles nos chamem quando esse visitante chegar.

- Tenho certeza que é esse tal de Dório Bender que Dumbledore perguntou para Lupin. – arriscou Rony – você não acha, Harry?

- Provavelmente. Nunca ouvi falar nele, quero dizer, não que conheçamos todos os aurores, mas se esse tem uma importância maior, era de esperar que alguém tenha pelo menos mencionado seu nome.

- Mamãe ficaria realmente furiosa se nos visse atrás da porta da cozinha – disse Fred com um sorriso no rosto– Foi muita sorte termos tentado escutar a conversa, nunca tivemos tanta informação assim.

- E é melhor você calar a boca sobre isso – falou baixinho Hermione – Acho que vem alguém subindo a escada.

Os garotos tentaram parecer indiferentes quando a sra. Wesley abriu a porta e olhou a volta. Pareceu a Harry que estava escrito em suas caras que tinham escutado tudo da reunião e ela podia a qualquer momento ralhar com eles. Felizmente, ela pareceu não perceber a apreensão dentro do quarto.

- Muito bem, se vocês quiserem participar de alguma coisa da Ordem o momento é esse – ela tinha uma estranha calma, como se alguma coisa realmente importante fosse acontecer, e tentava esconder o nervosismo – Desçam, e fiquem perto de mim e Arthur. Logo ele irá chegar.

Nem mesmo os gêmeos tiveram coragem de perguntar quem estaria chegando. A sra. Wesley acompanhada dos seis jovens, desceram as escadas, mas antes de chegar ao patamar, Harry deu uma boa olhada na sala apinhada de bruxos, com certeza tinha pelo menos uns 30 deles, de todos os tipos. Dumbledore se encontrava perto da porta conversando baixo com um velho senhor ao seu lado, nem ao menos olhou para cima, diferente dos outros aurores. O garoto podia sentir dezenas de pares de olhos o observando, como se esperassem que ele fizesse um discurso ou algo assim. Todos mantinham silêncio, quebrado apenas por um rápido cochicho e pelos passos dos garotos descendo as escadas. Ficaram um pouco atrás do sr. e da sra. Wesley, e Harry se postou entre Rony e Hermione. O garoto viu Lupin, tentando chamar sua atenção, ele fez um sinal para que os três amigos se aproximassem. Quando Harry, Rony e Hermione conseguiram desviar dos bruxos que os separavam, Remo disse:

- É melhor vocês ficarem mais perto da porta, afinal os principais interessados em Dório são vocês – sorriu para os garotos.

- Os mais interessados? – repetiu Hermione – Nós nem ao menos sabemos quem é esse... ele é auror?

- Bom, de fato ele faz muitos trabalhos para a Ordem, mas não se pode dizer que ele é um auror oficial. Ele não acabou o programa de treinamento. – falava tão baixo que os garotos precisavam inclinar a cabeça em sua direção.

- E por que nós devíamos estar tão interessados na presença dele se ele nem ao menos pertence a Ordem? – indignou-se Rony, sussurrando também.

- Ele não acabou o treinamento pois é bom demais para isso, Rony. Não sei se vocês conseguem entender, mas... quando uma pessoa tem dom para alguma coisa, o treinamento deste dom só atrasa os trabalhos a serem realizados, e acreditem, Dório Bender não teria feito tanto se tivesse acabado seu treinamento.

- Mas... continuo não entendendo– começou Harry, franzindo a testa – O que há nele para fazer todos vocês agirem assim? Ele é uma autoridade, um rei ou algo assim?

- Bom, já que você perguntou... ele é um príncipe. Quietos agora!

Dumbledore tinha se levantado da cadeira e os cochichos foram encerrados rapidamente. Os três garotos ainda trocaram mais um olhar desconfiado e depois olharam em direção à porta, onde alguém batia do lado de fora. Um silêncio sombrio percorreu toda a sala, e Harry pode ouvir uma respiração alta atrás dele. Olhou ao redor procurando a origem do barulho e viu apenas uma cortina, cobrindo o quadro da sra. Black. Era a primeira vez que o garoto escutava algum sinal de que o quadro ainda estava na casa, com a ausência de gritos quando há barulho. Harry esquecera dele, mas agora com todos na sala pareciam nem piscar, a respiração por trás da cortina tornava-se alta e irritante. Dumbledore falou mais alguma coisa com o velho ao seu e lado e depois dirigiu-se a porta. Pôs a mão na maçaneta e girou-a, nisso, a porta abriu-se sozinha e ele deu espaço para que entrasse a pessoa mais exótica que Harry tinha visto na vida.

Ele parecia um velho leão. Havia mechas grisalhas em sua espécie de juba marrom-avermelhada, ele tinha olhos penetrantes e também amarelos por trás da armação metálica, e uma certa maneira de se movimentar encorpada e galopada, mesmo sendo ligeiramente manco.

Ele olhou em volta e parou ao lado de Dumbledore, cumprimentando-o. O silêncio continuou por alguns segundos, escutando-se apenas a respiração do quadro logo atrás dos garotos. Então toda a sala foi enchida por palavras de saudação, as quais o homem respondeu com um aceno de cabeça. Era como se ele fosse uma pessoa tão importante que os outros bruxos tinham receio de lhe dirigir a palavra, apenas Dumbledore parecia estar a vontade com ele.

- Cansado da viajem, Dório? – perguntou animadamente.

- Na verdade não, Alvo, mas o problema realmente não é a viajem em si, não é mesmo? – a voz do homem parecia mais um rosnado rouco, mesmo ele falando baixo, Harry tinha certeza que sua voz poderia ser escutada até o último andar da velha casa. Harry tentou desviar o olhar do homem para os amigos. Rony tinha no rosto uma mistura de intriga e susto, a julgar pela boca semi-aberta e os olhos vidrados, já Hermione, com a testa levemente franzida, parecia ainda tentar entender a importância da presença dessa tal de Dório. O homem continuou a falar.

- É realmente muito bom rever velhos amigos de combate, faz muito tempo não é mesmo – ele olhou para vários dos aurores presentes, que lhe responderam com um sorriso – E eu realmente sinto muito pelos que não estão aqui por inúmeras razões, realmente não queria que nós nos reencontrássemos diante dessas circunstâncias.

- Circunstâncias as quais logo iremos reverter, Dório – a voz de Quim não parecia tão forte depois da de Dório. – Já podemos por nosso planos em prática com você aqui.

O homem demonstrou gratidão pelas palavras ditas e continuou a olhar em volta, até que seus olhos se postaram em Lupin.

- Momentos difíceis, Remo?

- Já estive em piores. Creio que você não conheça todos nesta sala, Dório. Temos aqui, por algum tempo hospedados, os filhos de Arthur e Molly Wesley. Fred, Jorge, Gina... – ele apontou para a extremidade da sala onde eles estavam. Gina ficou escarlate e os gêmeos pareceram ligeiramente tímidos – Rony, Hermione Granger, ela é uma das atingidas pelas novas leis do Ministério da Magia contra os nascentes trouxas. E é claro...

- Harry Potter. – completou o homem. Mirava Harry de uma maneira que ele sentia novamente todas as dezenas de olhos em cima dele, apesar de ter certeza que todos olhavam para Dório.

- Dório, por favor – começou Dumbledore e o homem repôs seus olhos amarelados sob ele– tenho certeza que o momento é inoportuno, lógico que não iremos dar explicações específicas à ninguém por enquanto, mas nós temos aqui... jovens... que participaram ativamente contra as obras de Voldemort. Como eu já lhe disse em diversas conversas durante esses últimos dias, das façanhas de Harry Potter, ele não está sozinho. Esses são os jovens que salvaram a Pedra Filosofal, descobriram e invadiram a Câmara Secreta, onde Harry destruiu o Basilisco, mantiveram contato com Sirius Black e o salvaram de ter a alma sugada por dementadores, entre outras aventuras as quais eu já lhe contei, até onde eu sabia, é claro. – olhou para os três amigos e sorriu para eles.

- Realmente... muitas aventuras vividas pelo três, mas, felizmente, não foram todos que tiveram que enfrentar Voldemort quatro vezes. – Os olhos pareciam ler a alma de Harry, o garoto desejou que ele desviasse o olhar, e foi o que ele fez. O homem olhou demoradamente para Hermione e Rony, e depois para Fred, Jorge e Gina. – Acha prudente os manter aqui?

- Logo eles irão voltar para escola, é mais seguro que Harry e seus amigos fiquem sob nossa vista.

- De fato. – seus olhos se voltaram novamente para Harry, e nesse momento, para total desespero do garoto... sua cicatriz começou a formigar. Não era uma dor intensa, mas era como se essa dor quisesse ficar mais branda para não atrapalhar os acontecimentos na sala, era importante que Harry não desviasse sua atenção do que estava acontecendo. Ele lutou contra o impulso de fazer uma cara de dor ou levar a mão a testa, e sentiu-se muito aliviado quando Todd, ao lado de Dumbledore falou e Dório virou seus olhos para ele.

- Creio que ainda há muito a ser dito, mas não devemos nos precipitar, Alvo. Sugiro que os aurores voltem às Formações e nós poderemos pôr Dório a par das últimas decisões para que depois ele possa ir descansar.

- Muito bem, Todd. – então Dumbledore levantou a voz para que todos ouvissem – Agradeço mais uma vez a presença de todos em mais essa reunião, e peço que voltem as suas Formações. No final do dia peço que entrem em contato comigo na escola, depois de conversar com Dório nós iremos para lá. Até mais tarde e cuidado.

Houve mais uma onda de tumulto onde todos os aurores se dirigiam à porta e iam saindo lentamente, alguns ainda cumprimentaram Dório, mas esse, para surpresa de Harry, veio mancando em sua direção. Rony e Hermione fizeram menção de sair, mas o garoto segurou o braço dos dois e eles puderam ver o homem se aproximar. Quando este parou de frente para os garotos, falou:

- É realmente uma honra poder finalmente conhece-lo, Harry Potter. – saudou-o

O garoto respondeu com um aceno de cabeça, era normal as pessoas virem cumprimentar Harry como se ele fosse uma celebridade ou algo assim, mas vindo deste homem, era complemente esquisito.

- Creio que ainda não se refez da perda de Sirius Black! Realmente foi uma grande perda para todos nós, mas imagino que um jovem como você tenha sofrido mais do que nós que já estamos acostumados com a morte, não que seja possível se acostumar com uma coisa dessas. – era a primeira vez que alguém falava assim da morte se Sirius tão abertamente sem ser Dumbledore. Como ele podia falar da morte de Sirius como se fosse uma coisa tão simples? Por um momento Harry sentiu raiva do homem.

- Acho que o senhor tem coisas melhores para fazer do que avaliar os meus sentimentos. Ou então Dumbledore não o teria trazido para cá.

Rony e Herimone olharam depressa para ele. O garoto sabia que estava sendo grosseiro, mas depois de ouvi-lo falar de Sirius com tanta frieza, Harry não se importou em ser educado com ele, realmente, ainda não tinha entendido a importância de Dório na sede da Ordem. Ele olhou para ele com seus olhos amarelos, não parecia estar chateado com a resposta de Harry, era como se ele entendesse sua raiva.

- Desculpe se estou sendo um tanto frio, mas você há de convir, que minha frieza é minha razão para estar neste lugar.

- Dório, por favor, desça até a cozinha conosco. – chamou Dumbledore depois que a sala se esvaziou.

- Não consigo ver como uma pessoa com atitudes frias poderá derrotar Voldemort. É preciso ter sangue quente para conseguir sair vivo de um duelo com ele. – Harry falou baixinho para que Dumbledore não pudesse escutar, pois ele estava esperando ao lado da porta, não muito longe. Rony e Hermione mantinham-se calados, observando a “conversa”.

- De fato você sabe disso mais do que eu, Harry. Mas, eu não tenho a pretensão de matar Voldemort, a importância da minha presença aqui não chega a tanto.

- Então... você não é auror, não participa das reuniões, não tem contato com os membros da Ordem da Fênix. O que você vai fazer contra Voldemort?

Até Harry estava assustado com sua atitude. Depois de ouvir Dório falar sobre Sirius tão abertamente, ele não conseguiu segurar aquela pergunta. Todos na sala mantinham silêncio, apesar de não ter certeza se podiam ouvir o que os dois falavam, a não ser Hermione e Rony, que estavam o tempo todo do lado de Harry. Dório olhou mais intensamente para Harry depois dessa pergunta, olhou para os amigos ao seu lado e depois respondeu, sua voz enchendo toda a sala.

- Eu não vou fazer nada contra Voldemort. Só irei ajudar você a mata-lo.

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Desculpa a demora gente, meu computador realmente é um inútil e não tem a menor condição de eu comprar outro, o jeito é eu me virar com esse daqui, pode demorar mais a Fic continua. E aí... o que vocês estão achando? Eu queira fazer uma proposta pra vocês... na parte de comentários ou então podem mandar uma mensagem para mim, sobre o que vocês quisessem que aparecesse nos próximos capítulos da Fic, garanto que eu vou olhar com muito cuidado todas as dicas que vocês quiserem me dar e dou um jeito de encaixar com minhas idéias, daí vocês participam e a história com certeza vai ficar cada vez mais interessante. Pensem nisso, me escrevam e comentem. Obrigada!

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