Pensamentos, palavras, atos e



Capítulo 08

Pensamentos e palavras, atos e omissões!

Após a saída de Hermione, Soberba voltou ao seu quarto. Retirou o seu pingente e foi tomar um banho. Largou o pingente em cima de sua cama com seda chinesa, na cor azul. Quando terminou o banho, voltou para o quarto e viu algo em cima da escrivaninha: era um envelope roxo.

Soberba queria descobrir quem era o desgraçado que escrevia os tais bilhetes roxos! Ele deveria estar na casa. Vestiu-se rapidamente e pegou o envelope que ainda estava fechado. Desceu as escadas e viu tanto Rony quanto Harry treinando magias para duelos. Ela com um pequeno gesto de varinha acabou com o treino e logo convocou todos para a sala.

- Eu chamei a todos para descobrir quem está escrevendo esses bilhetes que vem neste maldito envelope roxo! – disse Soberba muito brava balançando o envelope roxo.

- Me deixa ver! – disse Harry pegando o envelope da mão de Soberba – Essa tranqueira está mudando.

O envelope estava destinado à Soberba e trazia o nome completo dela e o endereço. Porém, quando Harry pegou a carta, apareceu uma mensagem nova.

- “Caro senhor Potter, não sabe que é feio pegar a correspondência alheia?” É o que está dizendo este envelope... – disse Rony lendo o envelope que estava nas mãos de Harry.

- É isso o que dar ser enxerido, senhor Potter! – agulhou Gina – Leva bronca até de carta! – e caiu na gargalhada.

Muitos que estavam na sala começaram a rir também. Soberba acabou com a algazarra.

- Eu vou abri para ver qual é o recado e quero descobrir quem de vocês está me mandando esses bilhetinhos. – disse Soberba estressada.

Soberba abriu a carta e começou a lê-la em voz alta para todos na sala:

- Cara Soberba, sabe por que o Seboso perdeu de você? Porque ele ficou encantado com o belíssimo penteado seu: espiga de milho! Por que você não indicou para ele o seu xampu? Assim ele ficaria menos seboso... Ah... Quero lembrar que é falta de educação transfigurar a comida alheia! Que vergonha de madrinha que você é! E você fez um escarcéu por nada com esses pobres coitados, eu não estou aí! Ferrou-se e pagou mico na frente de todos! Hahaha! – terminou de ler a envergonhada Soberba.

- Não sei quem é que te manda essas cartinhas, mas com certeza eu já sou um fã dele! – disse Harry rindo de Soberba.

- É verdade, com certeza ele não é apaixonado por você! – ria Rony.

- Quem tem um admirador secreto como esse que você tem, não precisa de inimigos... – ria Fred.

- Muito engraçado! Estou morrendo de rir – disse Soberba zangada.

- Você não está, mas nós estamos... – disse Harry voltando a rir.

-Crianças, parem de rir de Soberba! Já chega! – disse a Senhora Weasley impositiva.

- Sim senhora Weasley! – responderam todos em coro.

- Obrigado Senhora Weasley. Eles precisam ter educação! – disse Soberba.

- E quanto a você, mocinha, não nos faça perder tempo com bilhetes de namorados secretos! – disse Senhora Weasley – E que isso não se repita!

- Sim, senhora Weasley! – respondeu Soberba.

Harry gostou de ver sua madrinha ganhar uma bronca. Ele desapareceu por todos esses anos e agora aparece do nada. Seria melhor se Sirius estivesse ali, pensava Harry. Harry lembrou de Sirius mostrando o buraco onde ficava o nome na antiga tapeçaria dos Black. Um pequeno buraco ao lado de seu irmão, lembrava Harry, Régulos Black. Aquele que foi morto como traidor pelo Lord Voldemort. Mas qual foi o motivo da traição?

- Não acredito! – disse Harry em meio a um grande sorriso. – Rony, cadê você?

Harry saiu correndo atrás de Rony. O ruivo estava passeando pelos jardins da Mansão Demetrius. Harry passara por lá pela noite e já o tinha achado belo, mas de dia era muito mais, e bem maior também. Rony estava com Gina e os Gêmeos. Fleur estava com Gui sentada num banco mais afastado, no meio de um jardim muito florido. Harry chegou e pegou o amigo pelo braço, levando-o dali. Gina olhou a cena incrédula.

- Você está maluco, Harry? Ficou doido de vez? – reclamou Rony.

- Não, imbecil, acabei de decifrar quem é R.A.B.! E sem a ajuda da Mione! – disse Harry.

- É? – disse Rony incrédulo – E quem é, espertão?

- O irmão de Sirius, Régulos Black. – disse Harry – Temos de voltar ao largo Grimmauld agora mesmo.

- Fazer o quê. Vamos falar que vamos sair.

Harry e Rony foram ao encontro da Senhora Weasley que lavava a louça do café da manhã. Também na cozinha estava Soberba. Arthur Weasley já fazia tempo que saíra para trabalhar. Carlinhos também.

- Mãe, eu e o Harry podemos sair? – perguntou Rony.

- Aonde o senhor Potter e o Weasley aqui pensam que vão? – perguntou Soberba.

- Com certeza não vamos mandar cartas roxas! – provoca levemente harry – Vamos à casa dos Black.

- Fazer o quê lá? – perguntou a Senhora Weasley. – Não tem ninguém lá desde a morte de Sirius.

- É que queremos falar com o quadro de Fineus que ficava em nosso quarto para ele nos contar se houve algo de estranho em Hogwarts. – mentiu Harry.

- Vão lá e voltem rápido! Está muito perigoso o mundo! – disse a Senhora Weasley.

- Vamos nos cuidar! Prometo! – disse Harry.

E logo os dois aparataram em frente ao largo Grimmauld. Apareceu a casa dos Black em meios as duas outras casas. Entraram pela porta. Uma grande camada de pó adornava o chão. Eles caminharam até a sala e viram a tapeçaria com a árvore genealógica. Conseguiram não acordar a velha Black que gritava que nem maluca.

- Olhe aqui, Rony! – disse Harry apontando para um nome.

- Realmente Harry. Ele pode ser o R.A.B. O nome do meio dele começa com A! Mas você consegue pronunciar esse nome esquisito? – perguntou Rony.

- É A... A... Não... Acho que é por isso que ninguém iria descobrir que ele é o R.A.B. , que nome do meio! – disse Harry.

- Mas onde ele escondeu a Horcrux? – perguntou Rony.

- Não sei, mas conheço alguém que sabe! – disse Harry – Se prepare! Monstro venha aqui!

E nisso apareceu o velho elfo doméstico resmungando algo como sangue ruim, desprezível. Também apareceu Dobby empurrando o elfo resmungão.

- Senhor Potter e Senhor amigo do senhor Potter. O que querem de nós? Não liguem para esse elfo resmungão. – disse Dobby prestativo.

- Como vai o senhor, sangue-ruim, Potter –disse Monstro com todo o desprezo possível – Ah minha senhora! O que fizeram com sua casa!

- Monstro, diga-me a verdade. Régulos Black escondeu algo aqui antes de morrer? – perguntou Harry.

- Muitas coisas, como meias, cuecas sujas, fotos de mulheres e outras coisas, senhor! – disse Monstro com um riso na boca.

- Não omita nada! O que foi que ele escondeu e só ele poderia tirar? – perguntou Harry – Responda.

- Escondeu um embrulho no cofre da família. Monstro não sabe o que tinha no embrulho.

- E onde está o cofre?

- Atrás de um quadro! – responde Monstro.

- Que quadro? – pergunta Harry.

- O da senhora! – disse Monstro num surto de risadas – e nunca conseguirá retirar!

- Retire o quadro de sua Senhora! É uma ordem! – disse firmemente Harry.

Harry e Rony, junto a Dobby e ao choroso elfo doméstico Monstro caminharam até o quadro da velha Senhora. Quando chegaram perto ela começou a berrar. Monstro tentou, mas não conseguiu retirar, também não fizera nenhum esforço para tentar. Harry mandou-o abrir e Monstro foi obrigado a retirar o quadro que ele mesmo colou. Apareceu um cofre fechado. Harry mandou Monstro abrir, Monstro a contra-gosto abriu e lá tinha vários badulaques e jóis e um pequeno embrulho feito de pano. Harry pegou o embrulho e o abriu, lá estava o medalhão de Salazar! Era mais um pedaço da alma de Voldemort. Harry mandou Monstro fechar o cofre e guardar o quadro da Senhora no sótão. Monstro a contra-gosto guarda o quadro.

- E agora? – disse Rony – Como vamos destruir isso?

- Não sei... – disse Harry – O diário foi destruído com o veneno do basilisco, Dumbledore destruiu o anel, mas não sei como o fez! Mas tive uma idéia...

- O que vamos fazer? – perguntou Rony.

- Fazer o que contamos que iríamos fazer! – disse Harry. – Mas antes, Monstro!

Os dois elfos reapareceram. Harry ordenou a Monstro que não contasse o que fez a ninguém de nenhuma forma, de nenhum jeito. Dobby também prometeu. E pediu que os dois voltassem para as cozinhas de Hogwarts.
Logo que os elfos partiram, tanto Harry como Rony subiram para o quarto em que ficaram num dos anos anteriores. Lá estava um quadro sem nenhuma imagem.

- Fineus, por favor, apareça! – disse Harry ao quadro.

Nisso, surgiu uma imagem dum antigo diretor de Hogwarts no quadro. Ele estava com uma cara fechada, e parecia muito mal-humorado.

- O que quer moleque... Eu só obedeço ao diretor de Hogwarts! – respondeu a pintura de Fineus.

- Eu só quero falar com outro quadro que está em Hogwarts, o quadro de Dumbledore. – disse Harry.

- E eu sou seu empregado?

- Não é, mas dessa conversa com Dumbledore pode abrir caminhos para a derrocada de Voldemort. – disse Harry calmamente.

- Venha para Hogwarts! – respondeu Fineus.

- Apenas diga ao quadro de Dumbledore que eu encontrei uma Horcrux. – disse Harry de forma séria e firme, muito parecido com Dumbledore.

- Falou igual a Dumbledore, garoto. Vou avisá-lo. – respondeu o quadro e desapareceu.

Em alguns instantes surge no quadro na casa dos Black a figura de Dumbledore. O olhar sereno e profundo olhava aos dois sentados na cama.

- Como vão caros Rony e Harry. O que Fineus disse é verdade? Conseguiram encontrar uma nova Horcrux? – perguntou o quadro.

- Na verdade, recuperar um que estava perdido. Justamente o medalhão de Salazar. – respondeu Harry.

- Sim... E acredito que querem uma ajuda para destruir o Horcrux? – disse Dumbledore.

- Exatamente. Não sabemos como destruí-lo! – disse Rony.

- Infelizmente, não poderei ajudar. Com certeza o professor Slughorn ou o Flitwick poderão ajudar. Mesmo Minerva. – disse o quadro – Vocês agora devem tomar as suas decisões.

- O pequeno problema é: Slughorn e Flitwick estão mortos. E a professora MacGonagall está internada em coma no St. Mungus. – disse Harry.

- Aconselho a pedir ajuda então a senhorita Granger. Mas tenho a certeza que conseguirão destruir esse Horcrux.

- E só mais uma coisa, o senhor conheceu Soberba Demetrius? – perguntou Harry.

- Oh! Claro... A mais explosiva do Trio de Ferro de Hogwarts. Com certeza Lupin saberá explicar sobre ela. Mas porque a pergunta? – disse Dumbledore.

- Ele diz que é minha madrinha e eu não sei se posso confiar nela. Tive uma boa impressão dela, mas ela é muito explosiva... – disse Harry.

- Harry, ela sempre foi explosiva, mas ela sempre protege os que ama. Ela está pronta para morrer por um amigo. Confie nela! E torço para que vocês consigam se dar bem. E derrotar a Voldemort. Quando quiser falar comigo, é só vir aqui. Pelo jeito Hogwarts ficará fechada.

- Sim. Sempre que precisar, eu aqui virei, mesmo Fineus reclamando. Até mais, diretor. – despede-se Harry.

- Até mais! E sempre tenha coragem! Todos vocês. – despediu-se o quadro de Dumbledore.

Harry guardou o medalhão escondido nas vestes. Ele e Rony desceram as escadas e aparataram para a Mansão Demetrius. Entraram na cozinha e a Senhora Weasley estava terminando o almoço. Soberba estava duelando contra os gêmeos nos jardins. Harry subiu até o seu quarto e escondeu o medalhão num cofre que conjurou dentro de seu guarda-roupa. Quando olhou para a escrivaninha viu novamente uma das cartas onde Luna previu o seu futuro.

- Por que essa carta apareceu? – perguntou-se Harry esperando uma resposta que não vinha.

E nesse momento Hermione chega na casa de seus pais.


X-X-X

AUTOR: Obrigado pelos comentários feitos! Amei a todos! Pensaram que eu esqueci das Horcruxes? Não! Mas não dava para Harry pensar nas Horcruxes com os Dursley, ou tentando sobreviver ao seu aniversário! Espero que gostem deste capítulo... E muito obrigado mesmo pelos comentários elogiosos... E comentem! Quem será que manda as cartas roxas?

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