A cicatriz



Deixando acontecer




Capítulo 7: A cicatriz



Ele se sentia desarmado, jogado contra parede. Sabia que ia perder, que não havia mais chances. Por que entrara num jogo que tinha certeza de que não ia ganhar?, era o que se passava em sua cabeça. Ele não sabia mais o que falar, nem o que fazer.
Sabia o que ia acontecer, sabia como ia acabar aquilo. Estava se preparando para o final daquilo, se preparando para as palavras que viriam, se preparando para repercussão, para a decepção e para as provocações que com toda certeza viriam depois.
E ele estava ciente de que não iria conseguir se preparar, pois era impossível que se preparar para algo que não tinha idéia da dimensão. Como se preparar para algo que desconhece? Aquela sensação... Não era a primeira vez que experimentara.
Já havia, várias vezes, entrado em batalhas no escuro, não sabendo nem o que esperar, mas, ao menos, ele tinha esperança. Dessa vez, era diferente. Ele sabia contra quem e o quê estava competindo e sabia como terminaria.
Sentia um ombro o cutucando, era Hermione, e ouviu seu nome, o que o tirou de seus pensamentos.

- Sr. Potter?
- Sim, ministro?
- O senhor gostaria de perguntar algo à professora de Transfiguração de Hogwarts, Minerva McGonagall?
- Sim, senhor. – Ele falou, voltando para si definitivamente. – Minerva McGonagall, a senhora poderia me dizer como era o comportamento de Draco Malfoy na época em que ele estudava em Hogwarts? – Ele perguntava como se não conhecesse o sonserino, nem sua antiga professora.
- Ah, ele era um bom aluno, estudava, mas sempre se metia em problemas com o senhor, senhor Potter, e com outros alunos.
- Que tipos de problemas? – Harry tentava fazer como em um filme trouxa, onde havia um julgamento, que vira uma vez, quando seus tios o deixaram em casa, nos seus últimos dias lá.
- Ele insultava alguns alunos.
- Insultava como?
- Os chamava de ‘sangue-ruim’, ‘mestiços’ e ‘traidores de sangue’.
- Ah, então, ele era preconceituoso com os que nasceram trouxas, senhora McGonagall? – Ele perguntava, olhando para o ministro e logo depois, lançando um olhar vitorioso, embora inseguro, para Draco, que respondeu com um sorriso desdenhoso.
- Sim, senhor Potter, mas...
- Engraçado, mas esse preconceito com nascidos trouxas e mestiços vêm exatamente de Voldemort. – Ele a interrompeu.
- Senhor Potter...
- A senhora não concorda? – A interrompeu novamente.
- Concordo, mas...
- Não acho que o tempo de estudante de Draco Malfoy realmente signifique alguma coisa nesse caso, ministro! – Quem interrompera dessa vez era Johnny, que havia se levantado. Harry o fuzilava com os olhos.
- Aonde quer chegar, Sr. Potter? – Perguntou o ministro calmamente, não querendo brigas durante aquele julgamento.
- Não tenho nada contra a casa de Salazar Slytherin, senhor, mas convenhamos que, um sonserino ‘sangue puro’ preconceituoso quanto trouxas e mestiços e inclusive - e ao falar essa palavra, ele aumentou o tom de voz. - filho de um Comensal da Morte, venha a se tornar um também, certo?
- Não necessariamente. – Johnny que já havia se sentado, protestou, levantando-se novamente.
- Prossiga, senhor Potter. – O ministro fez um sinal para que Johnny senta-se.
- Embora não há mais marcas nos braços de nossos queridos Comensais, acho que é claro que Draco Malfoy foi um deles. - Harry forçava um tom de deboche, que não combinava em nada com ele.
- Mas ele atuava como infiltrado, por ordens da Ordem da Fênix. – Quem falara agora fora Minerva.
- Senhora McGonagall, a Ordem naturalmente foi importante para a captura de Comensais e liquidação de Voldemort, mas posso trazer aqui muitos membros dela que não sabiam sobre esse espião infiltrado que era Draco Malfoy.
- Nem todos sabiam, senhor Potter.
- Por que não, senhora McGonagall? – Ela não disse nada. – Como vê, ministro, essa história não está muito bem explicada.
- Senhor Potter, o senhor viu com seus próprios olhos que Draco Malfoy não conseguiu matar Alvo Dumbledore. Sentiu remorso antes mesmo de concluir a missão e isso pra mim é realmente algo notável.
- Este homem é um Comensal da Morte, professora! – O moreno berrava, enquanto o outro apenas lhe lançava um sorriso irônico e, ao mesmo tempo, debochado.
- Acalme-se, Potter! Já disse que
“este homem” nos ajudou durante a guerra.
- Mas ele continua sendo um Comensal...
- Livre das acusações. – Dizia o ministro, para acabar com a briga.

Harry sentiu sua respiração falhar, olhou para trás, pedindo um apoio. Mas Hermione não sabia o que pensar, nem o que falar para ajudá-lo.

- Sinto muito, senhor Potter, mas os depoimentos das testemunhas foram, a meu ver, convincentes o suficiente para acabarmos logo com isso. – O ministro falava e o moreno não tinha mais palavras para responder.

Ele olhara para Draco Malfoy e seu amigo com uma raiva mortal. Apesar de saber que aquilo aconteceria, não estava preparado para que fosse tão rápido, nem que fosse em meio às perguntas dele. Sentia-se, inclusive, culpado, pois sabia que havia se exaltado, provocando a rapidez no final daquele julgamento.
A dupla saíra logo que o ministro acabara a cerimônia.

- Harry...
- Vai indo, Hermione. – Ela também atravessou a porta. Enquanto ele respirava fundo, se preparando para o que vinha em seguida.



Acordou suando e com uma raiva lhe invadindo o corpo. Por que tinha que sonhar com o final daquele julgamento infeliz? Por que não poderia simplesmente esquecer daquilo naquele dia. Já estava certo de que o dia seria tão ruim quanto o anterior.
Foi direto para o banheiro daquela enorme mansão. Tomou um banho e foi preparar algo para comer. Já passavam de uma hora. Havia dormido para compensar as noites de olhos abertos daquela semana.
Ao descer as escadas, a campainha tocou. Achou estranho, porque quase nunca alguém o visitava e quando isso ocorria, era avisado anteriormente. Quem poderia ter ido lá sem avisar em meio a um domingo que ele planejara ser tranqüilo.

- Quem é? – Sua voz saíra meio falhada, e ele chutava ser por ter acabado de acordar.
- Ronald Weasley. – Abriu a porta.

A cabeleira ruiva, a estatura realmente alta, aquele sorriso bobo sempre em seu rosto e as vestes já não mais de segunda mão. Era ele mesmo, seu melhor amigo, que conhecera em um vagão do trem que ia para Hogwarts há quase dez anos. Sorriu ao vê-lo.

- O que faz aqui, cara?
- Ué, um cara não pode mais visitar o amigo? – Eles riram.
- Pode, mas esse cara e o amigo se vêem praticamente todo dia.
- É verdade. Mas não é sempre que acontece um julgamento.
- Nem me lembra disso. – Harry fechou a porta, assim que o amigo passou, e caminhou até a cozinha, com Rony as suas costas. - Foi completamente inútil. A Minerva ficou dizendo que o Malfoy era um infiltrado da Ordem e ele ficava me olhando com aquela cara de deboche. E ainda tinha aquele Johnny.
- É, a Mione me contou...
- Não sei o que ela viu naquele cara... – Ele falara mais para ele do que para o próprio amigo.

Ron sentiu-se invadido por uma raiva e um ciúme tão rapidamente que não deu tempo nem de pensar.

- Como assim “o que ela viu naquele cara”?
- Ah, sei lá, cara. – Harry se xingou mentalmente por ter falado aquilo. Sabia como o amigo era quando se tratava da castanha. – Ela parece que gostou dele. – Rony ficou vermelho de raiva. – Mas nem é como você tá pensando. – Mentiu. – Ela só o admirou, sabe? Por ele ser inteligente, entende?
- Tem certeza?
- Absoluta. – Mentiu novamente. Não gostava disso, mas sabia que era preciso.

Rony havia ficado com tanta raiva que esquecera o motivo principal daquela visita inesperada. Dessa vez, ficaria devendo a irmã, e não iria tocar naquele assunto. Sabia que o melhor amigo já estava estressado o bastante para ter que ouvir sobre as crises de Gina Weasley.






Luna acordara com gritos. Embora estivesse dormindo naquele escritório, pôde ouvir claramente sua amiga soluçando, ao chorar, e gritando. Correu até o quarto dela, escancarou a porta e viu que a garota estava se debatendo sobre a cama.

- Não... NÃO! – Lágrimas escorriam de seus olhos fechados. – DRACO! DRACO! – Ela gritava o nome daquele sonserino e a loira não sabia o que fazer. Tentou chamá-la, e balançá-la. De nada adiantou. Ela continuava gritando o nome dele e negando algo.

Até que tudo acabou. Ela parou rapidamente e duas últimas lágrimas escorreram solitárias por seu rosto. Luna só precisou chamá-la uma vez para que seus olhos abrissem.

- Foi apenas um sonho... – A loira abraçou a amiga. E começou a balançá-la.
- Não é a primeira vez, Luna. Não é a primeira e não será a última, sei disso. – Ela chorara, até que lembrou de uma coisa, e encarou a amiga séria. – Eu disse algo?
- Disse, mas não entendi bem. – Mentiu.
- Desculpe te acordar. – Ela limpou seus olhos e levantou-se. – Quer um café?
- Deixa que eu faço...
- Não precisa, você é minha convidada.
- Deixe essa formalidade de lado. – A castanha sorriu. – Eu faço, vai tomar um banho.

A loira saiu do quarto e Hermione seguiu o conselho da amiga. Tirou sua roupa de dormir, ligou o chuveiro frio e entrou embaixo dele. Tentava se lembrar do sonho o que era quase em vão. Só lembrara da cabeleira loira e daqueles olhos azul-acinzentados sobre seu corpo. Ela sabia que era mais um sonho sobre a guerra.
Desligou o chuveiro e se enrolou na toalha. Sentiu-se brevemente tonta, quando saiu do Box e caminhou para encarar sua imagem refletida naquele espelho. Ela tirou levemente a toalha de seu corpo.
Ficou observando aquela pequena cicatriz um pouco a cima de sua cintura, no lado direito de sua barriga. Era bastante profunda e ela sabia que não era qualquer um que poderia ter feito. Poucos conheciam o feitiço inventando pelo Príncipe Mestiço.
Lembrava a dor que havia sentido e como Madame Pomfrey não sabia o feitiço que Snape usará em Draco para fechá-la, a cicatriz a perseguiria para o resto de sua vida. Como ela havia fugido da Ala Hospitalar, quando o sangue foi estancando, para voltar a lutar, ninguém mais sabia sobre aquele pequeno corte, que fora retirado da memória de Pomfrey por um pequeno feitiço.
Observando a cicatriz, que agora parecia estar mais profunda que a noite passada, lembrara de seu sonho.

“ – Draco Malfoy está fugindo. – Gritou Harry.
- Deixe-o fugir, oras. – Rony falou, só que Hermione já saíra correndo na direção em que o vira fugindo.

Rony iria correr atrás dela, mas seu amigo fora atacado na mesma hora por mais cinco comensais que se aproximaram dele. Começou a atacá-los e tentou esquecer Hermione.
A garota saíra correndo atrás de um vulto que ela não sabia ao certo se era realmente quem esperava que fosse. Corria para um lugar que não era capaz de reconhecer, talvez pelos flashes que vinham de todos os lados.
Os gritos e barulhos, ela sentiu, ficaram cada vez mais longe de seu ouvido. E começou a escurecer. Ela parecia estar cada vez mais longe de onde deveria estar.

- Por que está me seguindo, Sangue-Ruim? – Ela já não o vira em lugar nenhum, só escutava sua voz saindo de algum lugar que ela não saberia identificar. Continuou correndo na mesma direção. – Deveria estar com seu amigo Potter.

As lágrimas escorriam de seus olhos. Ela não sabia para onde estava indo. Poderia morrer a qualquer minuto por uma armadilha daquele sonserino asqueroso, mas só pensava no que acabara de fazer. Deixara Harry lutando sem ela.
Ele parou, ela sabia disso e parou também. Não enxergava nada, absolutamente nada.

- Apareça, Malfoy! – Em sua voz, havia ódio.
- Malfoy? – Ele perguntou debochadamente. – Acha realmente que sou Draco Malfoy? – A voz realmente era distante da de Draco.
- Não importa quem é. Importa apenas que morrerá. – Ela sentia uma coragem vinda do nada.
- Oh, garota deliciosa, importa realmente. – Ela soube exatamente quem era naquela hora, tentou concentra-se para apenas saber de onde vinha sua voz. – Se eu fosse Draco Malfoy, estaria apavorado. Acho que Malfoy nem vivo deve estar nesse momento. – Ele riu.

Hermione sabia que estava sozinha com ele. E começava a sentir medo disso. Então, uma luz forte saiu de um canto da sala, a grifinória pôde ver claramente Lobo Greyback, vestido de comensal, só que sem sua máscara. A luz apagou assim que foi acesa.
Não fora Greyback quem havia feito aquele feitiço, ela sabia. Mas alguém acabara de se juntar a eles.

- Me solta, seu... – Ouvira Greyback gritando, um pouco próximo a ela.
-
Avada Kedrava! – Aquela voz. De quem era? Seria seu salvador?

Ouvira um grande baque feito pelo corpo de Greyback. Sentiu-se então, ser arrastada.

- Quem é você? – Sentia-se inútil. Não sabia o que fazer. Não sabia se poderia confiar naquele que a segurava pelos braços e a arrastava para algum lugar.

Apenas sentiu, pela primeira vez, aquele cheiro de menta. Um cheiro que a anestesiava.

- Quem é...? – Tentou novamente saber quem era.
- Cala a boca, Granger. – Foi interrompida e ficou com raiva por ele tê-la mandado se calar. Com tanta raiva que não parou para perceber que conhecia muito bem aquela voz.

O homem a soltou no chão. E quando isso aconteceu, ouviu uma outra voz.

- O que faz com ela? – Nada foi respondido. Hermione então, levantou-se e começou a correr, infelizmente, para o lado errado. -
Sectumsempra!

Ela sentiu aquele corte feito no lado direito de sua barriga. Sentia o sangue escorrendo e a dor que a corroia. Tentou ouvir o que acontecia.

- Estava tentando salvá-la, Draco? – A voz vinha de alguém realmente próximo a ela.
- Não. – Draco restringiu-se a dizer aquilo.
- Então, mate-a.
- O quê? – A voz demonstrava incredulidade.
- Isso mesmo. Mate-a ou eu o matarei. – As luzes acenderam.

Hermione, então, pôde ver dois comensais. Um era Draco, mais baixo, com a varinha levantando e sendo apontada para ela. Então, com rapidez, Draco mudou a direção da varinha, apontando para o outro comensal. Hermione, ainda sentindo muita dor e o sangue escorrendo, levantou rapidamente sua varinha e fez as luzes apagarem novamente.
Sabia que era o certo a fazer.

-
Estupefaça!
-
Crucio! – O feitiço de Draco fora anulado pela maldição imperdoável.

Hermione apenas apontara para onde vinha a luz do feitiço e gritou o mesmo feitiço antes tentado por Malfoy. O comensal voou longe. E ela arrastou-se até Draco. Não sabia o que fazer, mas sabia que ele a havia salvado, duas vezes.
Draco levantara-se quando o feitiço havia cessado. Apontou para a direção onde sabia que estava o Comensal e gritou:

- Avada Kedrava! – Hermione pôde ver um feitiço verde indo na direção onde estava o Comensal, mas não ouviu o baque que sempre ouvira quando um corpo caíra no chão. Draco tirou sua capa de comensal e sua máscara. Pegou Hermione, que ainda sangrava, no colo e levou-a para a Ala Hospitalar sem proferir uma palavra.”



Hermione sentia a cabeça doer. Não sabia se aquilo era apenas um sonho ou uma lembrança. Já que nunca havia se lembrado do que a fez ir para a Ala Hospitalar ou quem havia feito aquele corte em sua barriga.
Seus olhos estavam marejados quando se enrolou novamente na toalha, tentando esquecer o que acabara de lembrar. Quando saiu do banheiro, viu Luna com uma cara de preocupação.

- Você está bem?
- Estou. – Mentiu.
- Seu café está pronto na mesa da cozinha. Vou tomar meu banho. Quando se sentir pronta, venha me dizer o que está acontecendo. Se nunca sentir-se pronta, não precisa dizer. – Ela disse simples e sonhadoramente, entrando no banheiro.

Hermione sorriu e saiu, fechando a porta atrás de si. Luna era confiável, ela sabia, confiável e respeitadora. Com certeza, não merecia o que Gina estava fazendo com ela.
Se arrumou, desceu e tomou seu café. Estava atrasada e Luna ainda não saíra do banheiro que era suíte de seu quarto. Foi até lá, e a chamou do outro lado da porta. Não houve resposta.
Tentou novamente e então, ouviu um baque vindo do outro lado da porta. A abriu rapidamente e a loira estava caída no chão, com uma aparência terrível.

- O que houve? – A castanha perguntou, preocupada.
- Nada. – Mentiu, levantando-se. – Só fiquei enjoada. Não se preocupe. – Ela sorriu para a amiga e lavou seu rosto. – Vamos, tire essa cara de preocupação de seu rosto.

Hermione tentou não demonstrar sua preocupação, mas era inevitável.

- Vamos, então, já estamos atrasadas. – A loira disse, arrumada.
- Não acha melhor você ficar e...
- Descansar? – Ela perguntou.
- É...
- Ah, Mione, não faça como Gina.
- Você tem razão, me desculpe. – Ela sorriu sinceramente.





Gina já estava no Ministério quando os dois amigos chegaram. Parecia realmente rabugenta. Rony tentara animar a irmã, inutilmente, e Harry apenas observava. Os dois garotos tentando sorrir para a ruiva.
Ele sabia o que havia acontecido, sem que Rony lhe contasse. Afinal, fora ele que dera a idéia a Hermione de tirar Luna de lá. Agora, a ruiva estava morando sozinha e sentia-se traída por suas melhores amigas.
Ver as duas garotas chegando animadamente juntas não fez com que o humor da moça melhorasse. Só piorou. Gina encarava as duas e Harry com muita raiva e o moreno se perguntava se ela sabia que a idéia havia sido dele.
No final daquele dia, estranhamente lento, Harry foi até a mesa de Gina.

- Podemos conversar? – Ele fala perto de seu ouvido, fazendo-a sentir um arrepio e sorrir.
- Claro, Harry. – Ela levantou e o seguiu para fora da sala, com Luna e Hermione os seguindo com os olhos.
- Você está bem? – Ele perguntou, quando saíram da sala. Ela encostou-se na parede e ele ficou ao seu lado, observando-a.
- Não muito. – Ela falava simplesmente, achando que Rony havia feito o que ela pedira e esperando algo daquela conversa. O abraçou de repente e pôs-se a chorar. – Não confiam em mim, Harry, não confiam.

Ele não soube o que fazer, apenas afagou seus cabelos. Um dia, ele realmente havia gostado dela, sonhado com ela, pensado nela a todo instante. Se perguntara o que fizera aquilo mudar. A imagem de uma loira aparecera em sua mente, tentou tirá-la da cabeça e voltou sua atenção para a ruiva a sua frente.

- Confiam em você, Gina, só que você está estranha e Luna perdeu o pai. Não acho que vocês duas se farão bem, não acha? – Ela só queria ficar ali, naqueles braços que tanto conhecia e sentia-se protegida.
- Não queria que isso acontecesse, Harry. – Ela estava sendo sincera. – Não queria estar assim, afastando eles.

Harry ficara sem palavras. Apenas continuara abraçando a ruiva fortemente. Ela afastou-se um pouco. Ficou o fitando por um tempo e então, o beijou. Harry ficara, dessa vez, sem ação. Não queria isso, mas também não queria que ela vira-se contra ele. Retribuiu o beijo.
Ficaram assim por minutos, até que ouviram murmúrios vindos da sala, sabiam que estavam se preparando para sair. Ele se afastou dela, não queria que ninguém visse o que acabara de acontecer. Nem sabia o porquê de ter feito aquilo.
Gina o soltou e voltou para a sala com um sorriso estampado em seu rosto. Harry suspirou pesadamente. Não deveria ter deixado aquilo acontecer.
Todos estavam indo embora, quando ele se sentiu sendo puxado para mais distante do grupo.

- Você a beijou, não foi? – Hermione perguntou.
- Está tão evidente? – Perguntou o moreno, se encostando em uma parede.
- Gina não fica tão feliz desde que vocês se trancaram naquele quarto, Harry. - O moreno escorregou até o chão e levou o rosto as suas mãos. – Você precisa de um café. Um café bem forte.

Harry entendera o que a amiga queria dizer. Eles saíram de lá. Hermione avisou a Luna que iria chegar um pouco mais tarde e perguntara se ela ficaria bem até lá.
Os três foram até a lanchonete, onde Luna se despediu e continuou a viagem sozinha e o casal parou. Harry observou Luna se afastar e então, virou para Hermione, que entrara sorrindo divertida.

- Está ficando cada vez mais na cara, Harry. – Hermione o conhecia como uma irmã. Sabia o que pensava e até o que sentia. Era difícil negar o que ela havia dito. – Agora, vai, me conta o que aconteceu.

Harry contou a Hermione que beijar Gina não era seu objetivo, que só estava tentando seguir o seu conselho e que havia fracassado.

- Gina é persuasiva, Harry. Ela não é má, claramente que não, mas é realmente persuasiva. Sempre consegue o que quer. Deveria saber disso...
- É... Eu sei, mas deixei acontecer, entende? Não queria que ficássemos mal, só isso. Mas também não queria que isso acontecesse.
- Eu disse pra você ser sincero com ela, Harry, não beijá-la.
- Ela me beijou! – Ele já se irritava com tudo aquilo, sabia que a amiga estava certa.
- É, e isso muda muita coisa. – Hermione disse debochadamente e Harry ficou calado por um tempo.






Não conseguia se levantar. Caíra no chão gélido daquela rua, sentia-se tonta e enjoada. Sua visão perdera a nitidez e seu corpo doía. Não poderia perdê-lo, não poderia perder mais ninguém. E com aquele pensamento, as luzes se apagaram e uma voz foi ouvida.

- Lovegood? LOVEGOOD?! O que pensa que está fazendo?






N/A: Olá, povo lindo do meu s2. Bem, apesar desse capítulo estar pronto desde um dia depois de postar o sexto, estou postando agora pela falta de comentários. Eu entendo, demorei muito pra voltar, mas voltei e é por isso que quero receber meus comentários de volta. =/ De qualquer forma, estou aqui postando esse capítulo, que... Diga-se de passagem, eu AMEEI escrever. Saiu tão rapidamente. Eu realmente amei esse capítulo, apesar de meus queridos personagens, Draco e Johnny, não aparecerem. De qualquer forma, temos uma parte importante do julgamento e bem... O sonho da Mione. Cara, o sonho da Mione... Eu amei escrevê-lo e não sei bem o porquê. Ai, fica a pergunta: ‘Lembrança ou apenas sonho?’ Digam o que acham dessa nova questão que se junta com: ‘Quem é o pai?’ Huahuahuahua.
Coisas que não posso dizer, claro.! :D
Espero que tenham gostado desse capítulo, apesar do beijo. Ah, é mesmo, o BEIJO.! Huahuahuahua. Falo nada, quem imaginaria. A GinECA, como dizem por ai, beijando nosso querido Harry?
E agora, como é que será? Eles vão voltar? OO’
Mais questões. :P
Além disso, ainda temos a Luna cheia de enjôos e desmaios. Quem será esse salvador e o que será que estava fazendo lá?
Bem, sem mais questões, vamos às respostas aos comentários.



Teresa: Pois é, voltei e dessa vez pra ficar. É, muito tempo que eu não vinha aqui na Floreios, mas como expliquei no outro capítulo, muito estudo [OO’] Bem, o capítulo não demorou, mas poderia ter vindo mais rápido, mas é como eu disse. A raiva da ausência de comentários me pegou de jeito [:P] De qualquer forma tá aqui... Ah, a pergunta que não quer calar: Quem é o pai? Ué, por que não tenta adivinhar? É verdade, ela pode ter traído o Rony e acabado grávida... Que cooisa não? [OO’] Mas como eu disse, vão ter que adivinhar sozinhos, ou esperar a resolução desse mistério [:D]. Um filho da Luna e do Harry? [*.*] Seria realmente um bebê muito lindo.! Iih, o Johnny é meu, moça.! [:D] Parece que todos querem ele, mané.! [:P] Uma briga entre o Ron e o Harry? Seria realmente ruim, porque eu adoro a amizade desses dois. Bem, espero que goste do capítulo e continue comentando. Beijos.

Gizelly Lorrane Granger: Quem iria imaginar que você estaria comentando em minha fic, heein? Nos conhecemos na HOB, acabamos amigas, e agora descubro que você gosta de fic e melhor ainda... De Draco/Mione. Perfect, então.! :D Bem, o capítulo está postadíssimo. E espero que goste! Bem, como já respondi, seria lindo um filho desse casal, mas você tem que esperar pra saber o que acontecer. Esperar, acompanhar e comentar.! :P E concordo contigo, DH Forever.! :D Continue comentando. Beijos, te adoro.

Rhaissa.Black: Claro, um capítulo pra você, afinal, pra quem mais seria? [:D]³ A moça que me fez voltar pra Floreios, cara.! Bem, que bom que gostou do capítulo, até porque eu lhe dediquei, né? Mas então. Sobre a Mione e o John... Ah... EU NÃO POSSO CONTAR.! Muitas coisas haverão de acontecer, mas não terá graça alguma se eu contar, não é? Pois é, os olhares e os sorrisos... Que garota não se apaixonaria por esse loiro de olhos esverdeados que é o Johnny. E, diga-se de passagem, uma bela mistura de Harry e Draco... Bom demais pra ser verdade. Não culparia a Mione se me apaixonasse por um homem desses, não é? Pois é, o Harry ficou todo estressado quando o Draco falou mal da Luna. Quem é Draco Malfoy se não provocar o Harry daquela maneira, hein Rhaissa? :P É, eu também não gosto muito da Gina não. Às vezes, ela é legal, mas continuo não gostando dela, cara.! Como é que o Harry pôde gostar dela, mané.! ‘Sinto cheiro de confusão no ar!’ [2] Bem, Rhaissa, obrigada, continue lendo, comentando e etecetera. :D Também te amo, amiga. E vê se acaba logo o capítulo pra eu betar. Beijo.

***Sarinhaaa***: Caraca, mana maiis linda do mundo, como é bom voltar a responder seus comentários.! ‘mana mais linda do mundooooooooooooooo’... Exagerada! Nem bonita eu sou, quanto mais... A mais linda do mundo.! [OO’] Que bom que gostou do capítulo e não esqueceu de mim e de minha fics, irmãzona.! Prometo que não demoro mais pra atualizar. Espero que goste desse capitulo, que continue acompanhando a fic e que comente. Beijos e te amo, irmãzona do meu s2.! :D

Imogen: Pois é, de volta e pra ficar. Obrigada e certamente continuarei. E espero que continue acompanhando e comentando. :D Beijos.

Shaianne: Obrigada pelos elogios. :D Espero que continue lendo, apreciando e comentando, claro. Beijos.

isabella rodrigues: Pois é, obrigada por me fazer tão feliz. Cara, fazer o Johnny amigo do Draco foi, até pra mim, algo super inexplicável, entende? Ele é muito perfeitinho, né não? Pois é, esses dois Weasleys... Vamos ver no que vai dar... Bem... Que bom que está gostando. Espero que goste desse capítulo também e que continue comentando. Beijos.

iSaH.: Oii.! Que bom que está gostando, espero que continue comentando. :D Atualizo sim, mas só se vocês comentarem. Beijos.

NaH Potter Malfoy: NaaH, minha first leitora.! Pois é, eu também adoro esses dois bravos. E que bom que achou o capítulo ótimo. Continue comentando, hein? Beijos.

Mione03: Pois é, a Gina está uma chata mesmo. E nesse capítulo então. Cara, ELA BEIJOU O HARRY? [OO’] É, todo mundo amou o Johnny, cara.! :P Caraca, a Mione é uma moça de sorte mesmo. Que bom que está gostando. Continue comentando e vindo aqui.! :D Me faz um bem que você nem sabe. Beijos e obrigada pelo carinho.

Evelin Lovegood Black: Oiii, que bom que apareceu. Achei que não viria. Que havia esquecido da minha fic.! [:/] Pois é, o Johnny. Será que ele vai roubar a Mione do Draco, cara?! [OO’] Como assim, né? A Luna tá grávida.! OO’ E ninguém nem sabe quem é o pai. E a chata da Gina, enchendo o saco da galera toda e o Ron também foi um babaca. Mas eu gostei da lembrança dele com a Luna.! [xD] É mesmo, cara. Voltar com a Luna, se a Hermione não o quiser é fooda.! Que bom que gostou do capítulo, mas é como eu disse. O julgamento ia ser podre, mas ai vai um pedacinho dele, pra vocês matarem a curiosidade. Agora falando do original (o sétimo livro). *Bia também ajuda a tacar fogo no epílogo* É, ficou incompleto, foi o que eu disse. O livro é bom, mas o epílogo, cara... Ah, estávamos certas sobre o Snape! Eu sempre soube e tive que ouvir tanta merda, cara... E agora, todos calaram a boca. ‘Indiretas de que o titio Dumby era gay?’ Nossa, pensando bem... Ah, você é louca mesmo.! Ah, eu ainda não chorei, mas devo chorar no filme. Você soube que serão dois? OO’ Loucura, cara.! Continuo escrevendo sim, mas você também não pode abandonar-me. E tem que comentar viu? Outra coisa, vê não abandona as suas fics também, né? A Luna já deve ter percebido isso, ou não? OO’ Beeijos.

Mari B. (VIP) Pois é, minha ETEERNA VIP.! *Tomando susto com a aparatação* Cara, você é louca, mas que bom que veio. *Sorri abobalhada* Mas como achou respostas? Eu só achei questões. Muiiitas questões.! É, você já sabia que ela estava grávida, porque eu dei com a língua nos dentes [?] De qualquer forma, tentei evitar que você tivesse certeza, pela surpresa, saca? [OO’] É, eu também fiquei hiper feliz em ver que posso voltar a escrever fics, cara.! É, aquela nossa época era boa. Aquela em que as duas escreviam e comentavam uma na fic da outra, né? Que bom que você vai sempre vir aqui, apesar de desistir de DH... Afinal, seu comentário é realmente importante pra mim, sabe disso. É parece que todo mundo odiou essa Gina, hein? Então, devem estar querendo me matar por essa cena, né? OO’ ... Que medo. O Ron sempre foi meio bobo. Mas tratar Luna como objeto. Espero que ela não volte com ele, cara.! :P Mal de família é ótimo. Mas a família deles é legal. Eles é que estão agindo como babacas. Eu também não era muito fã do Harryzinho, mas estou mudando meu conceito, embora ele ainda seja muito heróico pra minha cabeça. Acho [?] Draquinho acho que vai dar uma sumida, falando nisso. Ele não apareceu muito e nem sei se aparecerá. Que bom que gostou do último capítulo e espero que goste desse também. Te Amo Muito Também, Moça.! :D Bem, quanto ao Relíquias da Morte, é o que eu disse, continuo achando ele muito incompleto. Mas não reclamo tanto da saga ter chegado ao fim. Quanto a J.K., é exatamente isso que penso. Odeio essa coisa dela seguir o que o público quer. Normal é ser diferente. \o/ Beijos.

hhgranger: Minha portuga preferida.! Que bom que concordas em eu ter pulado o julgamento, já que ficaria enorme e podre. Mas nesse capítulo eu até pus um pedaço dele, viu? Pois é, o Harry é um bom amigo e percebeu logo o interesse da Mione pelo Johnny, que, diga-se de passagem, quem não se interessaria, não é? É, a preocupação de Harry por Luna também ficou bem explícita. Eu também adorei aquilo de ‘Dela também’ e tudo mais. Acho que ficou claro que o Harry está muito confuso, não é? Bem, eu acho que entre a Mione e a Luna está pra nascer uma grande amizade e que o pacto dos irmãos até que não foi tão mal assim, certo? Afinal, eles só estão lutando pelo que querem. É, a Luninha grávida, né? E agora os enjôos e desmaios... Bem, percebe-se que Ron não é tão mal, quando ele se lembra do primeiro momento com a Luna, não achas? Que bom realmente que gostou do capítulo. O fiz com atenção e interesse. E queria passar o mesmo aos que leram. Bem, eu mandei um e-mail a todos, como a senhorita pediu e continuarei avisando assim, okay? Não se preocupe. Quanto a postar em outros lugares, não estou com muito tempo, mas tinha essa fic no ff.net. Talvez volte a postar lá, mas não será tão imediatamente. Que bom que voltei a te cativar com a fic. E bem, um segredinho nosso... :D Eu também adorei a lembrança do Ron... Achei fofa e fez parecer que o Ron não é tão mal assim. Não desistirei da fic, lhe prometo. É, você tem razão. Essa fic me dá muito prazer e saber que as pessoas gostam dela, me dá mais prazer ainda. Bem, continue acompanhando e comentando. Beijos, e te adoro.



Bem, é isso. Apesar de poucos, os comentários foram mais que especiais. Continuem comentando. Não sabem como é importante pra mim.
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Beijos a todos. E aguardem novas emoções :D

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