And I Love Her



Disclaimer: Harry Potter e seus personagens não me pertencem, é tudo culpa da J.K. Rowling. Quaisquer reclamações escrevam pra ela! Fui! \\o

Resumex ;): Era de conhecimento de toda Hogwards que Harry Potter não tirava os olhos de Gina Weasley. E ela ou não notava, ou fingia não notar. Uma cruel ironia. Durante anos Gina o havia amado, mas agora parece que ela tinha superado sua paixonite. Logo quando esta finalmente estava sendo correspondida. Songfic HP&GW, com a música And I Love Her dos Beatles.



And I Love Her


Toda manhã era a mesma coisa, mas Harry não se cansava disso. Acontecia como nos filmes trouxas, Gina descia as escadas do dormitório feminino como se fosse em câmera lenta. Cabeças masculinas e até algumas femininas se viravam para vê-la descer. Era difícil desviar a atenção de algo que não fosse ela. Harry fazia questão de vê-la de cima a baixo, conforme ela descia. Os tênis gastos, mas bem cuidados, passando pelas meias que iam até os joelhos, deixando apenas um pouco das pernas brancas e tentadoramente torneadas e em seguida a saia um pouco acima dos joelhos. A blusa branca do uniforme justa, com o primeiro e o último botão propositalmente desabotoados, deixando a mostra o decote do vasto busto e o umbigo com uma pequena jóia dependurada.

Essa era Gina Weasley, quinze anos. A garota mais linda de Hogwards, a garota com que sonhava todas as noites, mas a irmã de seu melhor amigo. Já havia passado o tempo em que Harry temeria uma aproximação de Gina por causa de Ron. O amigo já havia declarado que o gostaria como cunhado. Já havia passado o tempo também que Harry temeria um relacionamento sério com alguma garota, por causa de seu destino.

No ano anterior ele havia derrotado seu maior inimigo, assassino de seus pais e bruxo temido por todo mundo mágico. Perigos sempre haveriam, pois Comensais e outros bruxos das trevas ainda estavam à solta. Mas agora Harry poderia viver uma vida de adolescente normal. E isso incluía garotas. Mas a que ele queria para si, parece que havia se esquecido dele. Sim, era uma cruel ironia. Durante anos Gina o havia amado, não em segredo porque seus atos a denunciavam, mas agora parece que ela tinha superado sua paixonite. Logo quando esta finalmente estava sendo correspondida. Era de conhecimento de toda Hogwards que Harry Potter não tirava os olhos de Gina Weasley. E ela ou não notava, ou fingia não notar.

I give her all my love
Eu dou a ela todo o meu amor

That's all I do
É tudo o que eu faço

And if you saw my love
E se você visse meu amor

You'd love her too
Você a amaria também

I love her
E eu a amo


Gina descia as escadas sorrindo radiante, indo em direção ao seu “melhor amigo”.

– E então Harry? Pronto para uma maravilhosa manhã de dois tempos de Poções? – perguntou enquanto ajeitava a mochila num ombro e com a mão livre entrelaçava se braço no de Harry.

– Não vejo a hora! – respondeu um “animado” Harry, saindo pelo buraco do retrato, em direção ao café da manhã, no Salão Principal.

Durante o caminho conversaram sobre amenidades. Quer dizer, Gina conversava, porque Harry estava ocupado demais observando os lábios cheios e naturalmente vermelhos dela. Vendo como os cabelos rubros e sedosos balançavam ao toque de uma brisa suave. E o cheiro de rosas que Gina exalada era inebriante. O contato de seus corpos, que esbarravam ao andar por causa dos braços entrelaçados, era de uma tortura. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Seria mais um longo dia, e na maior parte do tempo sem vê-la, afinal, eram de anos diferentes, infelizmente.

As portas do Salão Principal se abriram e por ela entrou “o casal” mais comentado de Hogwards nos últimos tempos. Pelo simples fato de não serem “um casal”. Gina era vista por olhares famintos por toda população masculina da escola, e Harry não ficava por menos. O Quadribol tinha feito milagres no menino magricela. Hoje um adolescente não tão alto, mas com um peitoral de dar inveja nos garotos e tirar suspiros das meninas. Os cabelos (sempre espetados para tudo quanto era lado) mais compridos que o normal, escondendo a cicatriz. Os característicos óculos redondos não tiravam o charme, e os olhos esmeraldas que só brilhavam ultimamente quando avistavam uma certa ruiva.

Sentaram-se de frente para Ron e Mione, ambos com os rostos vermelhos e a respiração alterada. Discutindo? Não... Apenas se separaram de um longo beijo apaixonado.

– Mil perdões maninho! Não queria atrapalhar um momento tão terno entre os dois... – disse Gina, com uma falsa cara de lástima, digna dos gêmeos.

Ron e Mione ficaram ainda mais vermelhos, se era possível.

– Não foi nada Gininha. Só reze para eu nunca te pegar nessa mesma situação com outro garoto!

Gina estreitou os olhos e apontou o garfo para o irmão.

– Não se preocupe Roniquinho! Quando vocês passarem pela Torre de Astronomia durante a ronda, eu já estarei longe! – terminou com um sorriso triunfante ao ver o irmão com as orelhas vermelhas.

– Gine... – começou Ron, mas foi interrompido pela irmã a tempo.

– E nem ouse em me chamar pelo meu nome completo Ronald!

Lançou um olhar assassino ao irmão, que se calou, embora estivesse com as orelhas púrpuras. Harry abanou a cabeça, espantando o riso e comeu calmamente seu café da manhã, ignorando os olhares femininos em si e “tentando” ignorar os masculinos lançados a Gina.

Mas não pôde deixar de pensar o que a ruiva acabara de dizer. Será que ela ficava de amasso com outros garotos na Torre de Astronomia à noite? Embora fossem amigos, Harry evitava esse tipo de assunto com ela. Talvez fosse auto-preservação, não querendo sofrer caso ela viesse lhe falar com os olhos brilhantes que tinha arranjado um namorado perfeito. Mas a cadeia de notícias de Hogwards era eficiente ao extremo, ele saberia mesmo sem ela lhe contar se estivesse com alguém. E atualmente ela estava sozinha, pelo que se sabia. Gina não era de ficar com vários garotos ao mesmo tempo. Se tivesse algum relacionamento, era sério. E com isso tivera três namorados até hoje. Michael Córner, Dino Thomas e para total espanto dos irmãos Weasleys, Lino Jordan. Mas eles mais pareciam companheiros de logros do que namorados, mandando shampoos de marcas trouxas à Snape e azarando madame Norrra corredor afora. Nem o professor Flitwich conseguiu fazer a gata de Filch voltar ao normal, ela agora tinha a cor verde-musgo.

– Está quase na hora da aula meninos. Acho bom andarmos logo, vocês sabem. Não é nada agradável chegar atrasado na aula do Snape. – falava Mione, já arrumando sua mochila e levantando-se, sendo seguida pelos amigos.

– Bom, então nos vemos no almoço?

Harry não pode evitar o tom derrotado na voz, ao se despedir de Gina. Mione escondeu o riso nas costas de Ron, que tampava o riso sem sucesso.

– Claro, até mais tarde. – Gina lançou um sorriso despreocupado a Harry e voltou a tomar seu café.

Harry suspirou e saiu do Salão com os amigos. Ao se voltar para ver sua ruiva novamente, avistou Neville indo se sentar ao seu lado, puxando conversa. O tão conhecido monstro em sua barriga rugiu de ciúme. Logo Neville?

She gives me everything
Ela me dá tudo

And tenderly
E com ternura

The kiss my lover brings
O beijo que meu amor traz

She brings to me
Ela traz pra mim

And I love her
E eu a amo

– Sabe cara, você precisa falar com ela. Até Neville já tomou coragem pra isso. Ouvi dizer que ele vai convidá-la para ir a Hogsmead no próximo passeio.

Harry virou a cabeça rápido demais para Ron. Ouviu-se um estalo nada agradável, seguido de uma expressão de dor no rosto do moreno.

– Onde você ouviu isso? Ele já a convidou? Ela não me disse nada! – disse o moreno, enquanto esfregava o pescoço.

– E nem iria dizer! Você vive evitando esse tipo de assunto com Gina. – disse Mione, um pouco mais a frente dos amigos, conduzindo o caminho até as masmorras.

– Por que você não a convida? Nem que seja como amigo. Assim você marca território e deixa claro para esses trasgos de Hogwards que minha irmã tem dono. –– Ron terminou a frase com um sorriso malicioso. Mione parou de andar e se voltou furiosa para os dois.

– E desde quando sua irmã é uma coisa para se marcar território Ronald?

“Ihhhh! Se chamou de Ronald é por que a briga vai ser longa, é melhor eu ir indo para a aula do seboso antes que sobre pra mim...”

Dito e feito. Ron e Mione foram discutindo o resto do caminho enquanto Harry os conduzia às masmorras, por que os amigos nem se davam conta de onde estavam ou aonde iam quando começavam a discutir.

– Mas o melhor é fazer as pazes. – confessou Ron uma vez, logo no inicio do namoro dele e Mione.


Durante as férias, Harry e Ron mal acreditaram que pudessem ter passado nos N.O.M´s, e que com isso ficaram na aula avançada de poções. Naturalmente, Neville e praticamente quase todo o resto dos grifnórios não passaram nas provas (ou desistiram). Já os sonserinos estavam em peso na aula, e o trio se juntava aos poucos Lufa-Lufas e Corvinais que também haviam passado.

Draco se encontrava na mesma carteira que usava desde o primeiro dia de poções. Desde que o pai fora preso pelo Ministério, ele estava mais contido com suas provocações contra Dumbledore e a escola. Harry, Ron e Mione é claro, eram uma exceção. Sempre que podia ele destilava seu veneno sonserino contra os três, que devolviam com maestria. Uma vez Mione chegou a se queixar com os amigos sobre isso.

– Isso está ficando sem graça! – falou Mione, após uma resposta a altura, sobre uma das provocações diárias de Draco Malfoy – Malfoy está ficando tão previsível! Eu poderia jurar que ele usou essa mesma provocação semana passada.

A resposta foram as gargalhadas do namorado e amigo.

Mas se Malfoy estava ficando sem estoque de provocações, isso se estendia à caçula dos Weasleys, e isso Harry havia notado muito bem. Ainda mais quando a cobra sonserina quase deslocava o pescoço quando ela passava por ele no corredor. Se Harry ficava furioso, imagina Ron. E ele quase havia perdido o distintivo de monitor ao ser pego por Snape e McGonagal em um duelo contra Malfoy pelos corredores, após esse último ter feito um “certo” comentário sobre Gina. Na ocasião nem Mione e nem Harry estavam presentes, se não decididamente Harry faria companhia ao amigo na detenção.


Os olhares de Harry (que ainda imaginava o que teria feito se tivesse participado do duelo) e Malfoy, no outro lado da masmorra, se encontraram. Esse levantou a sobrancelha e deu um sorriso malicioso, como se estivesse lendo seus pensamentos. Instantes depois, quando começava a preparar a poção que Snape passava no quadro, Harry observou um pedaço de pergaminho planando em sua mesa. Olhou para os lados e viu que Malfoy o fitava cautelosamente, pois Snape passava perto de sua mesa. Ron e Mione também notaram o bilhete, e enquanto Ron vigiava Snape, Harry o abriu.

“Por que você não pergunta a sua ruiva com quem ela vai à Hogsmead?”

Harry olhou rápido para Malfoy, que exibia um sorriso vitorioso sobre o caldeirão. Mione teve o bom senso de arrancar o bilhete das mãos do moreno antes que Ron o lesse também e o guardou em segurança entre seus livros. E balbuciou um “depois” ao namorado, quando este quis ler o conteúdo do pedaço de pergaminho.

Os ouvidos de Harry zuniam e a sala começou a girar. Gina e Malfoy? Impossível! Olhou de canto de olho para Snape, e esse contorcia seu enorme nariz em sinal de desgosto ao examinar uma poção de um aluno corvinal. Seu olhar encontrou o de Mione e esta parecia tão chocada quanto ele, mas disfarçava, pois Ron já começava a ficar impaciente. Ele teria uma conversa séria com Gina, e mal esperava a hora do almoço pra isso.

Enfim a aula acabara, com a grifnória com trinta pontos a menos, devido a poção mal sucedida de Harry. Ele nem se esforçou para concertar o estrago, sua cabeça só tinha um pensamento: esclarecer essa história com a ruiva.

Chegaram rápido ao Salão Principal, “Será que dá pra me explicarem o que tinha no bilhete da doninha?” e uma breve vistoria feita por Harry pela mesa da sua casa avisou de que Gina não estava no Salão.

– Eu vou procurá-la. Você explica a Ron – falou para Mione, e virando-se para Ron, pediu – E você vê se me espera caso tente transformar o Malfoy em uma doninha permanentemente.

Correu direto para a sala de Defesa Contra As Artes das Trevas, onde sabia que a turma de Gina tivera essa aula pela manhã, mas a sala estava vazia. Decidiu subir até seu dormitório e pegar o Mapa do Maroto quando ao dobrar um corredor esbarrou com alguém. Seus reflexos de apanhador impediram que a pessoa caísse, e antes mesmo de vê-la a reconheceu pelo perfume (e claro, pelos cabelos flamejantes).

– Gina!

– Wow! Calma Harry, qual é a pressa? – perguntou a ruiva de forma divertida ao ver o estado do amigo.

Por um instante Harry até se esqueceu por que estava bravo com Gina, mergulhando nos olhos castanhos, que cintilavam divertidos pra ele. Mas a lembrança do bilhete da doninha oxigenada sonserina logo lhe veio à mente, e sua expressão se tornou fria, e logo ele a soltou, certificando que ela não caísse no chão.

– O que foi?

Gina notara a mudança no semblante do amigo, e um nó na garganta se formou nela. Algo dizia que era algo que ela fizera a razão dessa frieza com que ele a olhava.

– Na verdade eu que deveria perguntar isso. Mas não quero conversar com você aqui. Vamos!

Harry pegou na sua mão e praticamente a arrastou pelos corredores do castelo. Mesmo Gina protestando e perguntando o porquê de tudo isso, Harry não dizia uma palavra. Enfim se encontravam num corredor que Gina conhecia muito bem, pois no ano anterior ela e mais alguns colegas e amigos haviam estudado clandestinamente na Sala Precisa, formando a Armada de Dumbledore.

Gina observou Harry passar três vezes a frente da tapeçaria de Barnabés, com o mesmo semblante carregado e irritado de antes. Em seguida uma porta surgiu na parede e ele a abriu, estendendo a mão para que ela lhe acompanhasse.

Entrou na Sala e se deparou com a mesma Sala das aulas da AD, só que ao invés de almofadas no chão havia dois sofás um de frente ao outro, confortáveis e convidativos. Mesmo antes de Harry pedir ela sentou e esperou.

A love like ours
Um amor como o nosso

Could never die
Nunca poderia morrer

As long as I
Contanto que eu

Have you near me
Tenha você perto de mim


Gina sentou-se obviamente esperando uma resposta para tudo isso. Mas era ela quem deveria dar as respostas ali. Sem rodeios, ele perguntou o que tanto o atormentava desde a aula de poções da manhã.

– Que história é essa de que você vai com Draco Malfoy a Hogsmead no fim-de-semana?

Harry esperava uma reação chocada, assustada e até de surpresa, mas não o olhar frio e de desprezo que a ruiva o lançou.

– E desde quando eu devo satisfações a você Harry Potter?

– Como? – Harry piscava várias vezes, tentando assimilar o quê e como ela dissera a última frase.

– Quem você pensa que é?

Gina agora levantou do sofá e avançava ameaçadoramente a Harry, que recuou vários passos, caindo no outro sofá.

– Ei! – Harry se recuperou e levantou-se, deixando seu rosto a milímetros de Gina. Não pode deixar de notar como ela ficava linda quando estava zangada, com o rosto rubro e os cabelos levemente despenteados. A quanto tempo ele não a fazia ruborizar-se? Pena que agora era de raiva, pensou tristemente. – Eu sou seu amigo! E mesmo que não fosse! Logo o Malfoy, Gina? Eu suportaria te ver até com o Neville ou quem sabe o Colin, mas o Malfoy?

O rosto de Gina passou de raivoso para confuso.

– Suportaria? O que você quer dizer com isso?

Harry entrou em pânico. Ele havia falado demais. Agora era ele que estava ruborizado, e na sua tentativa de explicar, gaguejando, não notou os cantos da boca de Gina tremendo, dado ao riso que ela forçava em esconder.

– Eu... eu... não...

– Harry...

– Olha Gina, o fato é que eu sou seu amigo e só quero seu bem. E decididamente essa história de você sair com o Malfoy...

– Harry!

Harry olhou pra Gina (que estava mais perto ainda) e se surpreendeu com o sorriso divertido que ela lançava.

– Ei! Potter! Eu não vou e nem nunca iria sair com um... – fez uma careta divertida que só fez Harry dar uma risada descontraída – Malfoy! Eca! É praticamente contra as leias da natureza! Uma Weasley e um Malfoy? Por Merlin Harry, eu tenho princípios! Embora ele seja até charmoso...

Coçou o queixo imitando uma expressão pensativa, e Harry a olhou de lado, entrando na brincadeira...

– Ginevra, Ginevra...

Gina o olhou escandalizada, aparentemente ofendida.

– Eu decididamente odeio esse nome!

Fez mais uma careta engraçada que só fez Harry largar a cabeça para trás, gargalhando.

– Pois eu o adoro!

Sem perceber, ele mesmo chegava cada vez mais perto, tornando impossível aos dois não sentirem o hálito um do outro.

Bright are the stars that shine
Brilhante como as estrelas

Dark is the sky
Escuro é o céu

I know this love of mine
Eu sei que esse amor em mim

will never die
Nunca morrerá

And I love her
E eu a amo


Gina pareceu levemente desconfortável com a aproximação, e desviou seu olhar do olhar intenso que ele lhe lançava.

– Mas me conta essa história direito. Em nome de Merlin, onde você tirou essa história de que eu e o Malfoy iríamos sair juntos?

Harry percebeu o desconforto de Gina e rapidamente contou o que havia acontecido durante a aula de poções. Concluiu que havia perdido uma ótima chance com a ruiva, e notou também que fora ela a quebrar o clima. Talvez fosse tarde mesmo. Provavelmente não restara nenhum resquício do que ela sentia por ele antes.

– Ah! Harry! E você entrou na provocação dele?

Gina lançou a Harry um sorriso complacente, e Harry se viu ruborizando novamente, mais por ter entrado no jogo do Malfoy do que pela forma com que Gina o olhava.

– Quero ver explicar essa história ao meu irmão. Ele não vai se convencer tão fácil de que eu não tenho nada com Malfoy.

– Isso se ele já não o transformou em outro bicho se não em uma Doninha novamente.

Os dois riram com a lembrança de dois anos antes, quando o falso Moody havia feito isso com Malfoy.

– Ou eu posso dar um jeito nisso com uma boa azaração pra pegar bicho-papão. – falou Gina, com um sorriso maroto pairando nos lábios.

Harry não pode evitar olhá-la novamente com aquele mesmo olhar que a desconcertara a pouco, de forma intensa. Ela ficava ainda mais encantadora com o ar matreiro. Harry se flagrou colocando uma mecha dos cabelos rubros por trás da orelha de Gina, o que a deixou surpresa. Apesar de amigos a um certo tempo, Harry sempre fora um pouco travado com essas demonstrações de carinho para com ela.

Harry viu Gina fechando os olhos, como se quisesse gravar o seu toque na memória. Foi o que bastou para tomar uma atitude que há tempos esperava. Colou seus lábios nos dela, parando alguns instantes, dando liberdade para que ela recusasse o toque. Não foi o que aconteceu.

Seus lábios eram quentes. Quentes e macios. Harry pediu passagem com a língua, o que de forma alguma Gina recusou, e explorou cada recanto da boca de sua amada. A sensação daquele primeiro beijo era maravilhosa. Harry poderia comparar com a sensação de voar numa vassoura, ou de apanhar o pomo de ouro em um jogo de quadribol. Mas era melhor do que isso. Apertou a ruiva em seus braços e o beijo se tornou mais intenso e apaixonado do que antes, se isso era possível.

Alguns instantes depois, separaram-se ofegantes e com ambas as faces vermelhas.

– Eu ficava me perguntando... Quanto tempo demoraria para você fazer isso.

Gina sorria docemente, enquanto acariciava o rosto de Harry.

– Eu dava muita bandeira?

– Demais. Eu diria até mais do que eu – disse a ruiva de forma divertida.

– Tudo bem, mas eu ao menos não mandei nenhum poema que falava sobre meus olhos verdes da cor de sapinhos cozidos...

– Harry! – Gina deu um tapa no braço do moreno, com este protestando de dor – Precisa lembrar disso?

Mas calou-se com mais um beijo apaixonado de Harry.

Bright are the stars that shine
Brilhante como as estrelas

Dark is the sky
Escuro é o céu

I know this love of mine
Eu sei que esse amor em mim

will never die
Nunca morrerá

And I love her, ooh
E eu a amo, ooh


Enquanto isso, Draco Malfoy era jogado no Armário do Desaparecimento, no primeiro andar. Malfoy não chegara a ver o rosto do agressor, embora este ostentasse uma vasta cabeleira ruiva inconfundível, além do distintivo de monitor da casa rival.

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