Enganos resolvidos e normalida
Enganos resolvidos e normalidade restaurada
N/A: Olá pessoas queridas (acena) Tudo bem? Vamos a mais um capítulo, não? Dessa vez serão dois capítulos já prontos em um só! Espero que gostem (sorri).
Moony, nosso coração e nosso crânio! Será assim eternamente!
Padfoot e Prongs
Lílian acordou, sentindo um terrível nó na garganta. Tinha tanto o que dizer para Tiago que nem notou que era a hora do almoço. Dormira de tarde, algo que odiava fazer, principalmente em um domingo.
Levantou-se da cama macia e suspirou profundamente, sentindo as marcas deixadas pelas lágrimas que rolaram antes de adormecer na sala. Seu coração estava pesado, como se não tivesse agido certo... mas por que isso se fora Tiago quem a traíra? Por que a culpa que sentia? Estaria enlouquecendo?
Saiu da Sala Precisa pensativa demais para ver por onde andava.
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Tiago, em sua cama, de barriga para cima, não conseguiu dormir entre o horário do café da manhã e o almoço, como costumava fazer depois de uma noite de festa, preocupado com a discussão que tivera com sua amada ruiva.
Sirius se movia na cama, respirando pesado, enquanto Remo lia um livro e Pedro olhava as cinzas de seu berrador amoroso, que guardara em um saquinho, absorto em seus pensamentos.
Será que nenhum notaria a angústia do amigo?
--Pare de pensar tanto na ruiva, Pontas, ou então não sobrará nada de você para si próprio. –escutou Tiago. Virou-se para o lado esquerdo e viu Sirius olhando para ele.
--Não tem como, Almofadinhas! Já tentei, mas parece que não consigo mais mandar em mim mesmo quando se trata dela. –responde visivelmente chateado.
--Olha, cara, eu não sei como é estar assim... depressivo por causa de uma garota, porque meu jeito de ser não me possibilita isso. –Tiago revira os olhos e ri – Mas estarei aqui pra te ajudar a superar qualquer coisa.
--Todos estaremos. –resmunga Remo por detrás do livro grosso que lia, sem tirá-lo de frente do rosto.
--É, Pontas –fala Pedro voltando sua atenção para os amigos marotos que conversavam. Gostava de sempre estar sabendo de tudo que se passava.
Tiago apenas sorriu com a solidariedade que seus melhores amigos davam, embora seus sentimentos estivessem abalados. Não tinha idéia do que fazer com Lílian, se a esquecia ou tentava reverter outra situação que saíra como o vilão.
Os amigos ficaram alguns minutos depois desse breve comentário de Sirius, seguindo depois para o Salão Principal para almoçar (Assim você melhora, Pontas. Tudo é tão gostoso que pensamentos ruins desaparecem durante a degustação) (Mas o Pontas não pode viver comendo, igual a você, Rabicho, ele tem outras coisas importantes para fazer, como estar em forma pra jogar quadribol).
-- Vão andando, gente. Tenho que pegar algumas anotações –diz Tiago na porta do dormitório, e Sirius se vira pra ele.
--Como assim? –faz cara de assustado.
--Ora! Vou estudar. –dá de ombros e os três marotos se voltam para ele como se estivesse doente.
--Sério? –quis saber Remo, no que Tiago revirou os olhos e fechou a porta.
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Lílian ainda rodava a escola sem saber para onde ia. Passou pelo buraco do retrato e subiu as escadas, entrando no quarto...
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Tiago estava novamente deitado, sem vontade de fazer nada, apenas racionar um pouco, para saber o que fazer de sua vida, quando a porta do dormitório se abre...
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--Lily?! –espantado.
--Hã? –pergunta demente, olhando para onde viera a voz masculina.
Lílian fica ruborizada. Enganara-se de dormitório! E entrara justo no dos marotos! E... a pior parte... o Tiago estava lá!
--O que faz aqui? –quis saber o garoto.
--Am... –estava sem ter o que dizer, afinal ainda não digerira a suposta verdade que Lúcio havia contado e... bem, ela não tinha idéia do por que de estar ali... tinha certeza de que fizera o caminho certo... ou será que não?
--Já sei! –deduz Tiago, sorrindo de orelha a orelha, levantando-se da cama –Veio se desculpar!
Era como se uma nova onda de fúria reprimida viesse e invadisse Lílian de modo avassalador, dando-lhe o dom de falar... ou melhor, berrar.
--EU?! TE PEDIR DESCULPAS?!
--Começou o berreiro novamente? –pergunta exasperado.
--COMO PODE SER TÃO RIDÍCULO, TIAGO!!! VOCÊ É QUEM ME DEVE DESCULPAS!!!
--EU NÃO TE DEVO NADA!!! –a garganta de Tiago amargava enquanto o veneno da mágoa escorria de sua boca. Seus olhos ardiam e ele não sabia o por quê.
--CLARO QUE DEVE!!! –Lily lutava contra as lágrimas.
--CLARO QUE NÃO!!! –chuta o livro pesado que deixara cair ao se levantar, espalhando suas anotações –EU NÃO TE FIZ NADA!!! NADA, ENTENDEU?!!
--Mas...
--AQUILO TUDO FOI MENTIRA DO MALFOY!!!
--Foi? –a culpa tomou o lugar da raiva.
--LÓGICO QUE FOI!!! –Tiago perdeu o controle e agarrou o braço de Lílian, trazendo-a para si—JAMAIS, EM TODA A MINHA EXISTÊNCIA, EU FARIA OU DIRIA ALGO QUE TE MAGOASSE!!! EU TE AMO, LILY!!!
A cena que Lílian viu a seguir a chocou: Tiago começou a chorar, bem na sua frente, e por sua culpa! Aquilo tudo estava ficando fora de controle!
As lágrimas que caiam no rosto do maroto esvaziavam a mágoa angustiante que trazia em seu coração, sem se importar se a menina contaria para alguém que ele, um maroto, chorou por causa de uma mera briga. Uma mera briga que o fez ver o quanto realmente sofria amando uma garota que nem confiar nele confiava.
Lílian também começou a chorar, vendo o que seu egoísmo de pensar que era a única injustiçada no mundo afetou seu único amor.
--Perdão! –falou abraçando o garoto, esquecendo-se de fingir que não se importava com ele –Sei que sou uma idiota, que não mereço alguém como você ao meu lado mas... eu estava tão abatida, tão vulnerável, que uma simples mentira e um engano estúpido me tirou do sério... –as lágrimas chegavam a cegá-la. Soltou o garoto – Perdão, Tiago! Perdão por ser assim...
O menino parou instantaneamente de chorar. Não conseguia tirar o amor que sentia por aquela pequena ruiva, e isso fazia com que se sentisse responsável por cada lágrima que ela permitia rolar. Odiava vê-la pra baixo, se desvalorizando, pois sabia o quanto Lílian era especial, mesmo com seus defeitos, que ele aceitava, afinal, o amor é isso, aceitar as diferenças.
Tiago tomou Lílian nos braços e acariciou seus cabelos vermelhos amavelmente.
--Tudo bem, Lily. Episódio esquecido. –disse segundo o rosto da jovem, sorrindo, encarando seus lindos olhos verdes –Estou pronto para outro até. –mentiu dando uma piscadela, que fez a menina sorrir.
--Vamos almoçar? –perguntou com a voz chorosa, encarando os olhos castanhos esverdeados do rapaz, sentindo-se aliviada por ter parado no dormitório errado, agradecendo suas pernas errantes pela oportunidade de esclarecer tudo.
Os dois saíram do quarto e desceram as escadas (Por que só as meninas podem ir para nosso dormitório? Bem que nós podíamos aparecer no de vocês só pra ‘agitar’!) e seguiram para o Salão Principal, sentando-se na mesa ao lado de seus amigos (Perdemos alguma coisa?) (Cale-se, Laila) (Iiii... a ruiva já ta normal de novo, é?) (Silêncio, Almofadinhas).
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Lily estava sentada na beira do lago aproveitando as sombras das árvores para estudar alguns feitiços com as amigas,afinal já estavam em abril (as provas já estavam próximas), quando algo tirou completamente sua atenção dos livros. Era mais uma daquelas risadinhas fingidas, histéricas, escandalosas e, principalmente, irritantes de uma quartanista da lufa-lufa que ela mal suportava: Ingrid.
- Ai, Tiaguinho, só você mesmo... - dizia ela se jogando (literalmente) em cima dele, ao passo que este recuava.
Sem perceber o que estava fazendo, Lily já se punha de pé e saía decidida na direção dos dois. E usando seu tom mais sarcástico, mandou:
- Er... Será que você poderia ser mais discreta, "querida"?? É que, tipo assim... diferente de você, existem pessoas querendo fazer algo útil!
- Com ciúmes, meu raio de sol? - Ingrid fecha a cara.
- Em primeiro lugar, Potter, eu NUNCA, NUNQUINHA, TERIA CIÚMES DE UM IDIOTA COMO VOCÊ. E em segundo... apesar de você ser tão lerdo a ponto de não me entender, NÃO ME CHAME DE RAIO DE SOL OU QUALQUER OUTRA COISA PARECIDA! É
EVANS! AH, E O MESMO VALE PARA OS PRONOMES POSSESSIVOS QUE VOCÊ USA EM RELAÇÃO A MIM!- disse irritada.
- Como quiser minha doce e meiga E-v-a-n-s!
- A gente se vê Tiaguinho... - diz a outra percebendo que estava sobrando e sai mal-humorada, enquanto Tiago revira os olhos.
- Vou aproveitar que quem estava atrapalhando os meus estudos já se foi, então!- Lílian se levantou e virava os calcanhares quando Tiago segura seu braço.
- Lily... você não vai se chatear comigo por causa dela, vai?- disse aflito passando as mãos no cabelo.
- Bem... realmente eu acho que você não deveria se preocupar comigo Tiago! Nós não temos e nunca tivemos nada...- disse ela corando ao ver como ele a encarava.
- Ah, por favor... você sabe que eu sempre odiei quando ela me chama de Tiaguinho ou quando te provoca ou ainda quando vem se jogando pra cima de mim achando que eu tenho olhos pra outra mulher que não seja você...
A esta altura da conversa os dois estavam muito próximos um do outro e Tiago ainda segurava de leve o braço de Lílian.
- Tudo bem, Tiago, eu sei muito bem que você nunca gostou dela e ela que não se toca mas... na verdade, eu não tenho que receber satisfações suas ou me intrometer na sua vida!
Dizendo isso a garota desviou o rosto e foi para longe do alcance dele, saindo rapidamente e deixando-o a sós com seus pensamentos.
"Um dia você ainda me deixa louco, Lily... Ah, e ainda tem essa Ingrid na minha cola... Por que é que ela foi se interessar justo por mim?? Tudo bem Tiago, ser irresistível tem seu preço...”
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No fim da tarde, as garotas resolveram subir para se distrair um pouco no salão comunal. Lily e Luanna ficaram para trás sem perceber e conversavam calmamente. Ao chegar no Saguão de Entrada, se depararam com Malfoy.
- Ai, Merlin... há muito tempo Hogwarts perdeu a tradição de chamar somente os bruxos honrados como nós... Agora até essa Lobinha eu tenho que aturar - diz ele em tom suficiente para as garotas ouvirem.
Lílian serrou os olhos ao passo que Lua corou intensamente e olhava para o chão.
- COMO É QUE VOCÊ TEM CORAGEM??? A LUA É UMA BRUXA TÃO DIGNA DE ESTUDAR AQUI QUANTO QUALQUER UM DE NÓS. E EU NÃO SEI COMO VOCÊ DESCOBRIU ISSO, MAS SABE
QUE DUMBLEDORE QUER QUE MANTENHAMOS SEGREDO!
Tiago que também vinha subindo (ele só ficara observando Lílian), escutou a gritaria e se aproximou.
- Ha-ha-ha. Se faz de boba, agora?? Será que não consegue entender que eu estava falando dela e não da Lobinha?? Faz-me rir, sua sangue-ruim!- Lily, apesar de sempre tentar não demonstrar, ficava abalada com isso.
Tiago não agüentou ficar só observando a cena e foi defender Lílian, ofendê-la já era demais.
- Escuta aqui... acho bom você calar a boca, tá?! Porque a Lily tem amigos e não é um idiota e imbecil como você que vai conseguir chateá-la.
- Além do que, a Lily é uma bruxa muito mais nobre do que você com todo o seu "puro-sangue".- diz Lua irritada.
- Tudo bem, gente... eu não me importo...
- Uii! Agora chegou o namoradinho!! Namoradinho?? Talvez seja a melhor amiga mesmo...
Tiago não agüentou e quando viu já tinha avançado pra cima de Lúcio
dando-lhe um belo soco na cara. Um brilho de fúria passou pelos olhos de Malfoy e ele seguiu seu caminho, descendo as escadas em direção ao gramado.
Lily ficou realmente espantada com tudo o que acontecera e ao mesmo tempo sem graça. Ia agradecê-lo, mas Pedro foi mais rápido, gritando no fim da escada que dava para o primeiro andar.
- Pontas! Onde se meteu a tarde toda?? Almofadinhas está te esperando no salão comunal, ele quer ajuda para fazer Aluado parar de estudar um pouco...
Vai indo que eu vou dar uma passada na cozinha!- dizendo isso, subiu
correndo a escadaria.
- Bem, então até mais, Lily! Tchau Lua! E... se precisarem de alguém forte como eu, à disposição, ok?!- disse dando um sorriso maroto.
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-EXPELLIARMUS! PETRIFICUS TOTALUS!
Não fazia nem quinze segundos que Tiago havia se despedido das garotas quando ouviu alguém gritando às suas costas. Ao olhar para trás, viu Lílian ofegante, empunhando a varinha; Lua assustada e Malfoy imóvel, com a varinha caída mais adiante.
-O-o... que foi...?
-Ah, Tiago, como ele é covarde!- disse indignada- Quando você virou as costas, ele subiu apressado empunhando a varinha. Eu também peguei a minha, lógico, e quando vi que ele ia te atacar fui mais rápida!
Tiago sorriu para Lílian com os olhos brilhando. Apesar de sentir raiva e desprezo por Malfoy, que ia atacá-lo pelas costas, sentia-se feliz por ela tê-lo protegido.
-Tudo bem, agora, Lily! Onde o colocamos??- disse num daqueles seus sorrisos marotos.
Apesar de não ter ficado mais imóvel, Malfoy foi trancado no armário de vassouras com o feitiço sonorus, impedindo que ouvissem seus gritos.
Obviamente, ele não contaria para ninguém o acontecido, já que também tinha culpa no cartório.
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Tiago, depois do acontecido, achou que era melhor acompanhar Lílian e Luanna para "protegê-las". Então subiram juntos para o Salão Comunal, procurando não falar em Malfoy ou no que ele havia falado, para que não houvesse maior constrangimento.
-Garras de Dragão- fala Tiago numa voz distraída.
O retrato da mulher gorda se abre permitindo que eles passassem. Ao entrar, são saudados com uma discussão entre Sirius e Remo.
-Qual é, Aluado? Hoje é sábado! Você não vai morrer se ficar uma noite sem estudar! Um sábado não é sábado se a gente não se divertir!
-Olha, Sirius eu simplesmente quero garantir notas boas! Não posso me dar ao luxo de aprontar com vocês às vésperas dos NOM's!
-Ah, quer dizer que agora existem notas mais altas que "Excede Expectativas" ?? Porque se você precisa garantir a sua...- diz Sirius levantando a sobrancelha.-Além do que ainda falta um mês para os exames!
-Tudo bem, Sirius, você venceu!- disse fechando um livro de Estudo dos Trouxas.
-Estavam discutindo a relação??? Sirius... Como é que você...
-Pontas, não pense besteiras, eu só tenho olhos pra você!- todos riram da brincadeira.
Depois resolveram se sentar nas poltronas ao redor da lareira. Tiago, "sem querer", foi o último e teve de se sentar ao lado de Lílian, que estava
espaçosa em um sofá de dois lugares e teve de se encolher sob as ameaças do maroto de sentar em seu colo. Conversaram bastante e quando viram já era hora do jantar. Estavam passando pelo retrato quando Lílian puxa Tiago sussurrando um "Quero falar com você!"
-E então meu amor?? Sou todo ouvidos... mas se você preferir pode ser "sou todo beijos"...- ele sorri marotamente enquanto Lílian revira os olhos.
-Bem... é que hoje, tudo aconteceu tão rápido que não tive tempo de... hmmm... te agradecer!-o garoto levanta as sobrancelhas e esconde um sorriso.
"Lílian Evans está superando o próprio orgulho?? Uau!"
-Muito obrigada por ter me defendido e... por aquilo que fez com o Malfoy!- disse corando.
-Não precisava agradecer, minha ruivinha! Mas... aproveitando o momento... Também agradeço por ter impedido que ele (o Malfoy) me atacasse! Você ficou realmente linda aquela hora...- Lílian corou de novo.
-Ah, Tiago, você não tem jeito mesmo... mas de qualquer forma... De nada!- disse rindo e estendendo a mão para ele.
Tiago apertou a mão de Lílian e a puxou para perto de si, abraçando-a e rindo também. Ela se assustou, mas retribuiu o abraço, que dessa vez foi realmente entre apenas amigos. Os dois riram e saíram para o jantar. Tiago ainda rindo do comentário que a ruiva fez depois de um sorriso. "Potter! Eu dou a mão você quer o braço?? (literalmente)".
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Após jantarem, as garotas rumaram para o dormitório feminino da Grifinória.
Lua estava nervosa e não parava de agitar as mãos, brincando com os dedos.
-Ai, Merlin! Que vai ser de mim se descobrirem??
-Lua, relaxa, ninguém vai descobrir! Não se for verdade o que a Lily nos contou... o Tiago é realmente imprevisível!- disse olhando para as amigas, ao passo que Lily corou.
-Laila, o Malfoy sabe! Ele vai contar pra todo mundo!- Lua realmente não sabia o que fazer.
-Ok, mas Dumbledore não vai deixar ninguém além dele e de nós (que você mesma contou) saber! Sabe o que é que eu estou curiosa pra descobrir???- ela continuou após um aceno de cabeça da amiga. -O que é que a LILY estava fazendo com o TIAGO a SÓS, lá em baixo, depois que saímos.
Lílian ficou escarlate e depois de muita pressão contou toda a história para as amigas, em meio às provocações de Laila (“Aaah, que lindo! O novo casal de Hogwarts!!!") e o constante "sufocamento" de risinhos de Lua, ao ver a cara envergonhada que Lily fazia.
Já passava das onze quando foram dormir e Lílian adormecera em meio às lembranças do dia cheio que tivera!
"Acho que não vou esquecer esse dia tão cedo..."
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Luanna estava a caminho da Biblioteca depois do almoço, apenas para entregar os livros que ela havia pegado semana passada sobre Lobisomens.
--Ai, Lua! Eu gostaria de estar indo para a aula agora. Assim vamos ficar sem lugares perto da Professora Minerva!
--Calma, Laila! A Lílian disse que guardaria lugares para gente. E eu nem vou ficar muito tempo lá, é só entregar os livros e vamos para aula.
Ao passarem pelo corredor que dava acesso a Biblioteca, as meninas avistaram os marotos, que caminhavam tranqüilamente, como se tivessem acabado de fazer uma das suas travessuras.
--Lalita e Lua! Como é bom vê-las!—Tiago estende os braços, como se fosse abraçá-las, dando um sorriso maroto muito conhecido por elas—Só está faltando o meu raio de sol para que essa visão fique ainda melhor.
--Sinto te informar Tiago, mas a Lílian está na sala de aula de Transfiguração guardando nossos lugares.
--E para onde as senhoritas pensam ir?—Sirius decide participar da conversa e parar de fitar Laila, que tinha reparado os olhares do maroto e passou a fitar uma janela—Mas que burrice a minha. É bastante óbvio que estão se encaminhando para nossa amada Biblioteca.
--Ora, Sirius, já estamos acostumados com sua burrice, não se preocupe com isso.—Tiago implica o amigo, que revida com um olhar de assassino e uma cara emburrada—Acabamos de deixar o Remo lá. Mas se vocês quiserem nossa companhia, podemos mudar nosso caminho e seguir conversando.
--Não é necessário Tiago. Pelo visto, vocês não estão querendo assistir a aula, e pretendem nos usar para cabular a mesma. Prefiro não participar disso.—Laila responde. Já era bastante ruim estar perto do Sirius, que não parava de fitá-la, imagine se andasse ao seu lado? Ela não conseguiria segurar a vontade de pular no pescoço dele, além de não querer ouvir sermões de uma certa amiga cabelo de fogo. Achou melhor não aceitar a oferta, tentadora, de Tiago.
--Ora Laila! Desse jeito você ofende a mim e ao Sirius! Acha mesmo que seriamos capazes de cabular aula, principalmente se for de Transfiguração? Não faríamos tal façanha.—Tiago faz cara de ofendido, arrancando risos das garotas.
--Ai, Tiago! Você não existe mesmo! Quem vê você falar assim pensa que é um aluno exemplar. Você e o Sirius.—diz Lua ainda risonha.
--Querida Lua, nós SOMOS alunos exemplares!!! Tiago, parece que as garotas, aqui presentes, não sabem o quanto suas palavras são levianas, e sua ironia parte nossos corações.—Sirius, muito dramático, faz cara de enterro e completa, fazendo cara de cachorro abandonado:--Lua...você realmente me ofendeu agora...e a Durand nem me defendeu...agora tenho certeza de que vocês não gostam de mim!!!—cara de choro, no que as garotas começam a rir novamente. Sirius reparou que Laila era a que mais achou graça, e se sentiu muito feliz por tê-la feito sorrir, como fazia antigamente.
--MINHA NOSSA!!! Lua, você viu que horas são???—inquieta-se Laila, que olhou para o relógio.—A aula já começou faz vinte minutos! A Minerva nunca dará permissão para entrarmos na sala!
--Céus!!!
--Não se preocupem. Podemos ir para a Biblioteca, entregar esses livros que você tem na mão e nos esconder em uma sala vazia. Assim, esperamos a aula acabar e nos divertimos um pouco.
As garotas se entreolharam. Era certo de que a aula foi perdida, e que não estavam com a mínima vontade de implorar a Minerva para poderem assisti-la. Por fim, acabaram aceitando a proposta e prosseguiram para a Biblioteca.
Sirius e Laila começaram a conversar animadamente, como nos velhos tempos, o que ambos estavam achando ótimo, enquanto Lua perguntava a Tiago se eles sempre cabulavam algumas aulas, no que o maroto simplesmente deu um sorriso e assentiu com a cabeça.
Ao chegarem deram de cara com um Remo absorto em um livro. Pelo que eles perceberam, Remo se esquecera que tinha aula ao começar a ler o livro, que parecia muito interessante.
--Olá, Lupin!—saúda Lua, com um sorriso encantador nos lábios (algo que Remo não poderia deixar de notar).
Ele ergueu os olhos da página que estava lendo para mirá-la. A menina era realmente bela. Loura, olhos azuis brilhantes, uma franja que caía de lado (como a franja da Laila), alta, inteligente e amável. Perfeita para ele.
Remo sentiu seu estomago revirar ao encarar aqueles olhos tão azuis e perfeitos. O seu grande amor platônico encontrava-se bem ali, diante dele, tão linda e maravilhosa como sempre. Lua sentia-se da mesma maneira, já que também sentia amor por ele. Pena que nenhum deles sabia dos sentimentos do outro (nem tudo é perfeito, não?).
--Olá!—responde corando fortemente ao perceber que ela se sentara de frente para ele e começava a tentar ver o nome do livro—O título é: ‘As Maravilhas da Astronomia’, é bem interessante se você quiser seguir carreira observando o céu pelo resto da vida.
--Com isso eu posso supor que você passará o resto da vida observando as estrelas e a lua?—ela comenta com um sorriso. Sabia desde o primeiro ano que Remo era um lobisomem. Ela reconheceu a maldição, por motivos muito pessoais.
--Pode-se dizer que sim.—fala dando um meio sorriso, no que ela retribui.
--Acho que estamos sobrando aqui, não, Sirius e Laila?—murmura Tiago se virando para os outros dois.
--Eu adoro quando o meu bebê faz a carinha de pidão dele! Ah... eu chamo meu cachorro de bebê. Sou assim mesmo.
--Tudo bem. Os cachorros merecem mesmo bons donos como você. Sabe quando eles ficam aranhando as portas para sair? Acho que isso é mais uma pista que mostra o quanto são inteligentes.
--Correção. EU estou sobrando.—fala para si mesmo revirando os olhos, percebendo que Sirius e Laila estavam conversando entre eles, animados.
Tiago já ia se retirando da Biblioteca quando um pedaço de pergaminho amassado bateu na sua cabeça. Virou-se e viu que Sirius o jogara.
--Quer morrer seu cachorrinho?—ameaçou, risonho, o amigo.
--Hahaha! E quem vai me matar? Você? Não me faça rir! --debocha o outro.
--Taque outro papel e eu te mostro quem vai te matar.—era óbvio que ambos iriam dar início a uma guerra de papel, então...
--Não me excluam dessa.—Remo entra na briga, jogando um papel em Sirius.
--Garotas, é melhor nos deixarem para que não saiam machucadas...
--Pensa que vou perder essa? Não mesmo Black.—Laila joga uma bolinha de pergaminho em Lua, que revida.
A algazarra foi geral. Era pergaminho enfeitiçado para acertar o outro em cheio, com cuspe (somente entre os rapazes), até borracha entrou no meio da guerra.
A Biblioteca, antes um lugar calmo, silencioso, organizado, acabou se transformando em um local repleto de papeis jogados ao chão, e cinco alunos desarrumados, de cabelos em pé (os de Tiago já eram, mas estavam mais do que nunca).
A bibliotecária, que fazia uma visita a sua amiga na Ala Hospitalar, assim que entrou na sua limpa e impecável Biblioteca levou um susto e começou a falar, com grande dificuldade, com uma voz fraca de raiva e surpresa:
--Minha biblioteca! Minha amada biblioteca! O que vocês fizeram com ela? Menos sessenta pontos!!! Menos sessenta pontos para Grifinória!!! E detenção para cada um!!! E podem começar a limpar isso!!!
Todos viram que tinham extrapolado e passaram a recolher os vários pedaços de pergaminho no chão, mas sorrindo, pois a festa, mesmo com uma duração muito pequena e que tivesse lhes rendido detenções e menos sessenta pontos para Grifinória, fora divertidíssima.
--Quem não vai gostar nada disso é a Lílian. Tenho certeza de que não vai nos deixar em paz por causa das detenções. Tomara que não seja ela a nos vigiar.
--Discordo. Estou torcendo para ficar uma noite junto com o meu raio de sol!—olhar sonhador.
--Você não desiste mesmo, Pontas.—Sirius revira os olhos e tira risos de todos, até do próprio Tiago.
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