A Primeira Noite



E ele a beijou, mas não foi nem de longe um beijo qualquer. Ela jogou o braço em torno do pescoço dele e lá estava a outra mão dele delineando o contorno dos seus quadris, ela estremeceu ao toque. Com as línguas enroscando uma na outra e as mãos passeando no corpo dela, era o momento da entrega. Por um instante ela separou o rosto apenas para fita-lo e disse: - Eu amo você. - Eu também amo você Mione... E foi o suficiente. Ele a levantou até sua altura e a apertou, com o corpo junto ao dela sentiu os seios roçarem no seu tórax. Calmamente ela desabotoou o casaco dele e jogou-o no chão, ele despiu a blusa dela e por alguns instantes apenas admirou os seios da garota, eram firmes e cheios. Sem pensar mordiscou o bico do seio dela e ela passou as mãos no cabelo dele bagunçando-os. Com as mãos livres ele abriu o zíper da calça dela e devagar a desceu deixando-a apenas de calcinha. Foi uma visão incrível. A lingerie em cor fumegante atiçou seus hormônios e fez com que eriçassem os poucos cabelos que continuavam sem arrepiar. As pernas da garota não eram finas, pelo contrário, eram arredondadas e tinham um aspecto bem contornado na altura das coxas isso o excitou ainda mais. Ele arrancou a blusa com pressa, colocou a garota na cama e delicadamente deitou-se sobre ela. Com as pernas entreabertas ela apertou o corpo dele passando as mãos pelas costas fortes do garoto. O desejo queimou-o por dentro, beijou apaixonadamente a boca dela e com um toque de dois dos seus dedos ela gemeu. Começou a descer a boca passando pelo pescoço dela alisando e apertando sorrateiramente os seios com as duas mãos agora livres, ela sentiu o que ele ia fazer e apressou-se: - Ninguém nunca... Não lá... – começou. - Eu sei que não meu amor, serei o primeiro a fazer isso e se você não gostar é só dizer que eu paro. Beijando a barriga dela descendo sorrateiramente, apertando com vivacidade as coxas dela, mordiscou de leve a parte inferior de uma delas, sentiu que sua garota ali tremia e arrepiava com o toque, ela vendo que ele ainda estava de calça segurou a cabeça dele e levantou o rosto carinhosamente com as mãos. - Espere. – ela sussurrou. Sentando-se de forma a ficar em frente a ele segurou a cintura do rapaz e desabotoou a calça dele da mesma forma como ele fizera, ele estava com uma cueca preta bem rente ao corpo e ela animou-se com o que viu “Ele tem –potencial- ” Sem saber o que era certo a fazer ela segurou simultaneamente as pontas da peça e desceu demoradamente, ele encantou-se com o gesto dela. - Mione você não precisa fazer isso... – Ele apressou-se a dizer. - Eu quero. Admirado com a atitude da mulher que amava ele apenas segurou delicadamente a cabeça dela enquanto delirava com o prazer que ela proporcionava a ele... Com movimentos sutis e delicados ela passava a língua no corpo do rapaz, ele estava suando. Estava nervoso. Levantou-se e ficou na mesma altura dele deixando que os corpos (o dela ainda semi-nu) se tocassem foi como se fogos explodissem ali onde estavam, luzes apagavam e acendiam com a mesma intensidade que batiam os seus corações. Ele passou uma das mãos nas costas dela e a outra começou a adentrar a mínima calcinha dela, mais uma vez. Com um movimento rápido ele a despiu totalmente e por pelo menos dez segundos não conseguiu fazer nada, apenas afastou-se e olhou-a de cima embaixo, ela estava em brasa e com aquele olhar ela encabulou-se. - Humm, acho que está tudo no lugar... – ela disse num tom divertido, assustada com o que ele poderia estar pensando. - Mione, eu não mereço você, você é perfeita demais. – cessou a distância que os separava e agora ele sabia exatamente o que fazer. - Sabe, eu nunca me senti assim antes... não que tenham sido muitas vezes... mas NUNCA foi tão intenso... –ela disse num sussurro. - Eu digo o mesmo, você pode achar que é papo de menino... conversa a toa... mas Mione... você é única... só você faz amor assim... –ele realmente estava impressionado. - Hum... e posso te dizer, você é muito bom... –e fazendo um numero com as mãos, ele sorriu. - Ah, você sabe... Não poderia ter deixado você insatisfeita –brincou ele, ela corou , mas continuou: - E se eu te disser que ainda não estou satisfeita? –perguntou ela provocante. Ele a olhou surpreso. - Bom... –ele começou, não esperava por essa, e ainda não estava preparado para um próximo assalto. – A gente poderia tentar... Não terminou, a garota o puxou para um abraço envolvente, os corpos nus voltaram a arder de paixão, clamando por mais... As mãos voltaram a percorrer o corpo de forma peculiar... Parecia que se conheciam há anos, não havia timidez nem cautela nos toques. - Quer que eu continue? –indagou ele ofegante sobre o corpo dela. - Você não pararia –ela finalizou com as pernas presas as costas contraídas do garoto que suava muito. Com movimentos doces e sutis ela inverteu a posição dos corpos sobrepondo-se e veementemente alisando o peitoral do rapaz, que arfava a cada gesto da garota. - Ahh... Mione... Ahh... aaa... –eram as únicas palavras que ele conseguia pronunciar. - Não fale agora amor –era a primeira vez que o chamava dessa forma, sim, já dissera que o amava não só uma vez, mas chama-lo de uma maneira genuína era diferente, carinhoso, como se soubessem que ali se pertenciam.E ele percebeu o peso da palavra e a sinceridade que ela carregava. Sentando-se na cama ainda com ela por cima, segurou suas costas e desenhando o contorno do seu rosto com a boca ele disse: - Eu amo você querida –foi a última coisa que conseguiu dizer antes de ver uma única lágrima se perder no rosto de Hermione, e como uma nota musical afinadíssima, eles gemeram juntos e se deixaram cair na cama, ainda abraçados finalizando então aquela volúpia que sentiam. ************************ Os primeiros raios de sol anunciavam a chegada do dia. Para ele o dia mais belo de toda sua vida. Deitada ao seu lado, aninhada junto ao seu corpo encontrava-se a mulher que mais amara em toda a eternidade, aquela que o fazia calar-se com um olhar, que o entendia, que compartilhava suas alegrias assim como as tristezas e, ele tinha certeza ainda mais agora de que era completamente correspondido. A garota se mexeu tirando-o de seus devaneios. - Diga que não foi um sonho... –ela balbuciou ainda com os olhos fechados. - É um sonho, um sonho que estamos vivenciando –ele a calou com um delicado beijo nos lábios. Ela abriu os olhos encarando os verdes tão próximos aos seus. Mesmo aquela hora da manhã, não tendo dormido direito e com uma fina olheira, ela era imensamente e absurdamente linda. - Você é encantador, sabia disso? –ela brincou, passando a mão no rosto tão belo do jovem rapaz. - É, já me disseram algumas vezes... –eles riram gostosamente ainda mais quando ela soltou um 'convencido também' no ouvido dele, fazendo-o (por incrível que parecesse ainda pela manhã) arrepiar-se. - Ahh Mion... nne, não faça isso... você sabe que não agüento... –ele fechou os olhos para tentar controlar-se, coisa que ficou meio difícil quando outras partes denunciaram sua excitação. - Mas o mocinho vai ter que agüentar... Porque eu realmente estou faminta e, preciso me alimentar... - Isso não é problema, eu sou todinhoo seu –ele fechou a mão pela cintura da garota puxando-a para si, mas ela não ia ceder. - Você entendeu, seu sem vergonha. –finalizou desvencilhando-se dele. - Ahh... Como você é má. Eu também estou faminto. Mas me contentaria com você. –provocou ele, sentindo sua menina corar com a audácia matutina do garoto. - Ah querido, teremos todo tempo do mundo amor... estamos de férias... E eu necessito de um café da manhã, bem reforçado, sabe? Repor as energias se é que você me entende –ela disse sentando-se na cama e dando uma piscadela que ele tomou como um 'Depois do café você vai ver só'. - Já que não tem jeito, faremos um acordo –propôs ele astutamente. Ela arqueou a sobrancelha. – Eu faço o café e você descansa mais um pouquinho, o que acha? Ela pulou nos braços dele beijando toda parte do rosto que conseguia alcançar, alternando apenas para se afastar, murmurar 'Amo você. Amo você. Amo Amo Amo.' E voltar a beijá-lo. - Assim querida eu não conseguirei levantar daqui. Não que eu queira... Mas você está com fome, não é? –ele brincou passeando a mão nas coxas da mulher que corou e levantou-se vestindo um robe e atirando uma cueca para ele. - É estou, vai me dizer que você não está? –indagou com as mãos na cintura. -Vamos, desça! Quero panquecas, ovos, bacon, bolinhos, suco –começou contando nos dedos. - Ai ai... O que eu fui arrumar pra minha cabeça –disse saindo do quarto quase sendo atingido por uma almofada de Hermione. - Eu ainda consigo te escutar viu! –disse fingindo indignação. Mentira. Estava maravilhada com o homem que tinha sido reservado para si. Harry era simplesmente perfeito, pensou ela. Atencioso, carinhoso, dava ótimos conselhos e escutava também quando ela precisava desabafar, cavalheiro sempre (até quando iam decidir quem ficaria por cima) – riu-se. Agora ele deveria estar lá embaixo preparando tudo que ela pedira, mesmo sabendo que ela brincara. Algumas panquecas e um copo de suco a deixaria satisfeitíssima. Encarou a janela e ficou ali por intermináveis minutos. *********** - Hum, se estiver tão bom quanto o cheiro... –comentou Hermione adentrando na cozinha. - Não garanto que esteja maravilhoso, mas servirá para compor suas energias, querida – completou ele, piscando para mulher, e servindo-lhe um copo com suco. E aquele seria o primeiro de muitos cafés que tomariam juntos. *************************

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