Capitulo 1
1° de Setembro - 10:25 h
A plataforma 9 ¾ estava abarrotada de alunos que regressavam a Hogwarts no primeiro dia do ano letivo. Uma moça morena, de longos cabelos castanhos e olhos azuis, passa pela barreira empurrando com dificuldade um carrinho de bagagem com um enorme malão e uma caixa de transporte para gatos. Ela ruma para o trem vermelho, que já expelia fumaça, e joga sua bagagem para dentro. Já no interior do expresso, ela tira a varinha de um compartimento habilmente camuflado no cós da saia, às suas costas, e com um gesto rápido diz “Locomotor malão” e a bagagem sai flutuando a sua frente. Ela segue olhando no interior das cabines procurando alguém conhecido, até que ouve a chamarem.
- Lana...
Olha na direção da voz e vê sua amiga e companheira de dormitório Candy Taylor. Esta é uma moça alta, mulata, de olhos cor de mel e com cabelos lisos e negros, descendo até o meio de suas costas.
- Oi Candy, como foram as férias? – pergunta dando um beijinho no rosto da amiga.
- Foram ótimas, peguei muito sol nas praias italianas. E você?
- Também fui para o litoral. Porém aqui na Inglaterra mesmo. Mas sabe como é, longe da magia todo esse tempo, é dose. – elas riem com gosto.
- Isso é que dá ser filha de trouxas. Mas deixe-me ir Lana, tenho que comparecer na reunião de monitores, e já estou atrasada. – fala já correndo em direção contrária a amiga.
- Quer dizer que a srta é a nova monitora da grifinória? – Lana grita para a outra.
- É, quem diria... – ela responde sorrindo e acenado.- Minhas coisas estão a duas cabines à frente... – ainda consegue dizer.
Ela segue até a cabine indicada e levita o malão até o bagageiro sobre sua cabeça. O malão bate em alguma coisa que o impede de ficar no local adequado. A moça sobe sobre o malão e tenta visualizar o que é, sem sucesso. Tateando com uma mão, tenta alcançar o objeto, debruçando sobre o bagageiro, até ficar sobre as pontas dos pés.
***
Alex sai da cabine, que ocupava com alguns companheiros da Corvinal, e vai dar um rolé no trem. Em outra mais à frente, percebe dois garotinhos que aparentavam ser do segundo ano, já com os uniformes da Lufa-Lufa, muito entretidos com alguma coisa. Chegando mais perto, pôde entender porque eles sequer piscavam.Uma garota havia subido encima do malão e estava tentando pegar algo jogado no fundo do bagageiro. Ela usava uma saia jeans evasé, que quanto mais se inclinava tentando alcançar o que tentava pegar, mais mostrava a calcinha branca com pequenas fadinhas azuis. Os garotinhos estavam com os corpos inclinados de lado, as cabeças pendendo junto ao corpo e as bocas abertas. Ele seguiu o movimento dos garotos ficando por alguns segundos como eles e pôde perceber que a posição realmente privilegiava a visão. Ela se inclinou um pouco mais, arrancando um suspiro de um dos moleques. Mas que depressa Alex se endireita cutucando e dizendo aos dois sem emitir nenhum som.
- Vasa... – apontando com o polegar para fora da cabine, dando um susto nos meninos que só agora percebiam sua presença ali. Os garotos saem relutantes, mas com o olhar ameaçador lançado por Alex, que repetia o gesto com o dedo, chispam rapidamente. Ele então recosta à porta da cabine, aproveitando a vista. Ela usava uma blusinha azul de alcinha de um tecido fino, que transparecia o contorno do corpo, que com a posição, deixava a amostra dois dedos da cintura fina. Os cabelos caiam às costas, se movimentando em ondas conforme ela se mexia. Lana se virou para o lado oposto a ele, se puxando um pouco mais para cima com os braços até que seus pés não tocavam mais o malão. Ele, apesar de estar achando a situação muito prazerosa, começou a se preocupar que ela se machucasse e foi até ela, colocando as mãos na cintura da moça, a puxou com delicadeza até que seus pés voltassem a tocar o apoio.
- Hei??? – ela se assusta com o contato – Agora que eu tava quase conseguindo... –fala alto se virando para ver quem a atrapalhava.
- Oi! – ele a cumprimenta com um sorriso.
- Oi,... - ela responde corando – Você me assustou – os rostos muito próximos.
- Precisa de ajuda? – sua mão ainda na cintura dela a impedindo de se afastar.
- Acho que sim. – ela cora ainda mais com a proximidade – Tem alguma coisa lá. Não consigo encaixar meu malão. - ele a ajuda a descer do malão e o empurra para fora do caminho. Com facilidade, alcança o fundo do bagageiro e entrega uma malinha nas mãos da garota.
- Ah, não acredito... – fala exasperada – Se soubesse que era a frasqueira da Candy, a teria chamado com minha varinha.
Ela brinca com a frasqueira da amiga nas mãos enquanto o rapaz levita o malão e coloca no bagageiro.
- Pronto. – diz pegando a malinha das mãos da moça e colocando no lugar.
- Obrigada. – ela sorri sincera. Eles se encaram por alguns segundos, sem saberem como continuar e para quebrar o silencio ela fala a primeira coisa que vem a cabeça.- E ai? Como foram as férias?
- Pô... por aí, né! – fala meio sem graça, coçando a nuca com uma das mãos, desarrumando os cabelos castanhos e fazendo uma careta.
- Ahhh... - outro silencio constrangedor se instala
- Por que você não me chamou? – ela o fita com uma indagação no olhar – É, ao invés de se pendurar ai, porque não me chamou pra te ajudar?- ele bate a mão no malão dela e se apóia cruzando as pernas.
- Há seis anos eu coloco minha bagagem ai sozinha! – e estala a língua no céu da boca – Por que agora deveria te chamar?
- Eu podia estar te ajudando com isso há seis anos... – fala olhando nos olhos dela com um sorrisinho malicioso.
- Vai começar Adams ? – ela o desafia pondo a mão na cintura. Ele se aproxima e fala com a voz rouca bem perto de seu ouvido.
- Quando você deixar eu começar, garanto que nunca mais vai querer que eu pare. – e se afasta a olhando nos olhos.
- Você não desiste? – ela morde o lábio inferior tentando reprimir um sorriso.
- De você...nunca. – ele chega mais perto um brilho malicioso nos olhos castanhos... – Não de, pelo menos, tentar...
- ALEX...até que enfim te achei! – uma garota loura entra pela porta da cabine, se dirigindo ao rapaz o puxa e dá dois beijinhos em seu rosto. – Tô te procurando tem quase meia hora...
Alex se vira ao ouvir seu nome e engole um palavrão por ser interrompido. – Oi Angel, me espera com a galera da Corvinal que eu tô meio ocupado agora. – fala, já retirando os braços dela de cima de si.
- Ah, não tá não. – Lana se afasta da cena com um sorriso debochado. – Não se preocupe...Angel, né? Pois é,... Não se preocupe Angel, por que eu já tô de saída. – e se vira já na porta da cabine. – Adams,... – ele continua olhando para ela sem ação – Da próxima vez, vê se tenta menos... – dá ênfase ao tenta e sai.
Ela anda sozinha pelo corredor rindo de vez enquanto, como uma doida, até que vê alguém conhecido. Um rapaz de cabelos e olhos pretos, nariz marcante e um visual despojado sentado displicentemente com as pernas apoiadas num malão onde se lia em letras garrafais: Benoît Doinel.
Para, recostando no portal de entrada, e observa o colega que de tempos em tempos leva, disfarçadamente, dois dedos erguidos, toca os lábios e depois afasta, jogando fumaça pela janela do compartimento aberta. Ela ri e não resiste à piada.
- Ben,... – ele a olha distraído – Não adianta desiludir só o cigarro e deixar a fumaça aparecer...
- Você acha que eu não tentei, cherrí? – ele grunhe soltando outra lufada de fumaça branca. Ela, com um aceno curto da varinha, bate levemente na ponta do cigarro invisível e, a fumaça que antes saia, passa a mimetizar o lugar por onde passa no aposento.
- Qualquer dia eu te ensino... – se senta colocando o os pés sobre o malão dele, que permanece com uma expressão impassível. - Vai ficar, a viagem toda, sozinho?
- Tanto faz...– ele solta outra baforada, agora invisível sem deixar de olhar para fora do trem. – A Mary tá passando na barreira agora. – ele fala tentando se livrar da garota.
- Até que enfim essa maluca chegou! – ela se levanta – E não pensa que eu não saquei que você tá tentando me dispensar. – ri e segue para sua própria cabine. Ao chegar encontra James e Cole conversando com Alex, jogado na poltrona, em frente a eles, acariciando uma gata branca bem gorda e felpuda no colo.
- Jim...Cole... – a menina corre, abraçando os dois amigos de uma vez.
- Oi Lana. – Cole Foster, um rapaz bem alto com cara de menininho, cabelos castanhos bem claros e olhos verdes, fala carinhoso retribuindo o abraço.
- Laninha, que saudade. – Jim beija seu rosto a segurando pela cintura.
- Ôu ôu ôu! Tira a mão... Isso já deu o que tinha que dar. – Alex quase joga o bichano no chão.
- Se manca Adams! Eu tenho muito mais direitos que você. – o outro rebate, fazendo menção ao fato de ter ficado com a jovem no ano anterior e segurando-a, ainda mais forte, que olhava ora pra um, ora pra outro com as sobrancelhas grossas franzidas.
- Isso não vai dar certo. – murmura Cole, prevendo a reação da amiga.
- Ih, parou! – ela se solta de Jim – Vocês sabem que eu odeio essa palhaçada!- e se vira para o rapaz, que ainda sustentava o olhar de Alex, ambos com os olhos estreitados, segurando o riso. Ela bufa e segura o rosto do rapaz negro olhando profundamente nos olhos cor de ébano – James Noble, eu poderia esperar isso do babaca do Adams, mas não de você! – e se distancia, sentando ao lado de Cole. Que agora é a mira dos olhares dos outros dois. Ele arregala os olhos e levanta as mãos em um sinal mudo de “a culpa não é minha”.
- Hei...! – Alex protesta – Sem ofensas, por favor!
- E você? – aponta para ele – Quem deu ordem pra tirar minha gata da caixa? – ela estala os dedos chamando a gata – Vem cá Miss Kitty... – ao ouvir seu nome, a gata levanta o focinho, dá um bocejo e volta a dormir, no colo do rapaz, que dá um sorrisinho vitorioso.
Neste momento entra esbaforida uma Mary de cabelos compridos muito louros, grandes olhos azuis e nariz afilado.
- Que foi Mary? Veio correndo a maratona? – fala Cole contendo uma gargalhada.
- Acabei de jogar uma bomba de bosta na cabine em que estavam fazendo a reunião dos monitores. – fala ofegante e franze a testa, como quem sente uma grande dor de cabeça, e imediatamente seus cabelos encurtam, ficando espetados e se colorem em ruivo, os olhos passam de grandes e azuis, a amendoados e castanhos.
Todos irrompem em risos, menos Lana que preocupada pergunta.
- Porque Mary? Aconteceu alguma coisa?
- Não... – fala displicente – Só deu vontade. Quis inaugurar. Trouxe um monte de coisas, sabe? Quando fui ao Beco Diagonal, semana passada para comprar meu material, comprei muita coisa nas gemialidades Weasley. – Nem a moça resiste e cai na gargalhada junto com os rapazes que logo querem saber mais sobre o que Mary comprara.
***
Algumas horas depois...
No outro pólo do expresso, onde se instalaram vários alunos da sonserina, um rapaz louro, de olhos azuis usando uma blusa sem manga que mostrava uma tatuagem no braço esquerdo, que ia do ombro ao punho, anda pelo corredor procurando um de seus colegas. Ele entra em uma cabine onde, outro rapaz, aparentando ter a mesma idade, se exibia com um pomo de ouro, para uma menina visivelmente dois anos mais nova. Este deixava o pomo voar uns trinta centímetros, o recapturando em seguida. A garota o observava encantada.
- E ai? – o recém chegado cumprimenta.
- Fala Adrian? – Josh faz uma captura excepcional, sem sequer olhar para o pomo. A menina de cabelos alourados exclama e aplaude.
- Tudo bem Annie? – Adrian sorri divertido com a excessiva excitação da garota.
- Tudo. – ela dá um beijo em seu rosto.
- Diz ai cara! Qual é a boa? – Josh pergunta enquanto continua a brincar com o pomo, deixando-o voar cada vez mais longe e recapturando-o no ultimo segundo.
- Ih, vi aquela japinha sozinha umas cabines atrás. – responde falando baixo. O outro dá um sorrisinho malicioso colocando o pomo no bolso das vestes.
- O que nós tamos esperando? Vamos lá! – fala empurrando Adrian para fora do compartimento e pedindo para Annie o esperar lá.
***
Alice era uma menina tímida. Sua família, originária da China,seguia à sua cultura rigidamente, ela, mesmo não dando tanto valor à tradição, não conseguia se desvencilhar destes conceitos tão arraizados dentro de si. Geralmente andava sozinha, tinha poucos amigos, primeiramente devido à timidez e segundo por despertar um pouco de receio em seus colegas.
Como em todo bruxo, suas habilidades estavam ligadas às emoções, o que, desde que saíra de sua cidadezinha no interior da Inglaterra e entrara para Hogwarts, estavam, digamos... um tanto quanto descontrolados.
- Olá Japa Girl! – Josh abre a porta com firmeza e entra na cabine dando passagem a Adrian, ambos com as varinha em punho.
Alice, que já parecia estar preparada, mete as mãos nas vestes e sua varinha já está metade para fora quando adrian grita.
- Expeliarmus!
A varinha voa às suas costas, bate na janela e cai com um ruído fofo no chão acarpetado. Alice se joga ao solo para recuperar a varinha, porém, antes mesmo que seus joelhos tocassem o carpete...
- Levicorpus! – e seu corpo é pendurado no ar pelo tornozelo, como por um gancho invisível. Os cabelos negros desarrumados com o corpo de ponta cabeça, os olhos escuros estreitados de ódio.
Sem se render ela tenta alcançar a varinha abaixo de si, esticando o corpo o máximo que pode. Eles gargalham vendo a tentativa frustrada da moça. Alguns alunos se aglomeram assistindo o embate, uns se divertindo, outros assustados com a cena, porque, mesmo para a sonserina, a luta desigual não era tolerada.
As gargalhadas, ...os deboches, ...todos olhando para ela... Tudo a estava deixando irritada, perigosamente irritada.
Alice tenta novamente pegar a varinha, sem sucesso. Ela ouve a voz gutural de Adrian dizer.
- Não adianta Teng, você vai ficar ai até chagar a escola.
- É Japa Girl, vou colocar um feitiço desilusório em você e ninguém vai te achar até você estar de volta a Londres.
De repente se ouve um estampido e uma ventania sobrenatural recai sobre os atacantes que saem rodopiando e batem violentamente na janela da cabine à frente.
***
Um estampido seguido por um baque forte e barulho de vidros se quebrando é ouvido por todo o trem. O que faz monitores, e alunos curiosos, correrem em direção ao estrondo.
Candy, que fazia ronda nos corredores próximos, é a primeira a chegar e fica petrificada com a cena. Três alunos da sonserina pareciam estar duelando, dois garotos contra uma menina. Ela estava de ponta cabeça, tentando incessantemente alcançar sua varinha caída e, do lado oposto, os dois permaneciam como que grudados a parede pelo vento que varria a cabine, fazendo vários objetos voarem em círculos.
- Quem lançou um Intemperius nesses caras? – a monitora pergunta aos que pareciam ter presenciado o duelo. Um garoto bem novo, com vozinha fraca, fala meio vacilante.
- Eu não sei qual foi o feitiço, monitora! – fala olhando para o distintivo no peito de Candy. – Mas foi aquela garota que lançou. – aponta para Alice.
- Mas ela tá sem varinha – exaspera-se a garota.
- Ela não usou varinha... – ele olha para o lado, pedindo a confirmação do colega que, como ele, assistira a tudo. – ...e nem disse uma palavra.
A monitora franze as sobrancelhas olhando da garota para os meninos aturdida por quase um minuto, e volta a si quando a moça a pede.
- Você poderia me descer daqui? – Candy saca a varinha e lança um contra-feitiço, descendo-a vagarosamente ao chão.
- O que aconteceu aqui? – a monitora indaga entregando a varinha a Alice.
- Nada... foi um acidente. – diz sem convicção
- Sei!? Com aqueles dois ali, vivem acontecendo acidentes. – a moça vai até eles e pronuncia “Finite Incantatem” e os garotos caem. Neste instante chegam outros monitores, que, depois de entenderem o ocorrido, se encarregam de reparar os danos e dispersar os curiosos. Candy segue os sonserinos até sua cabine, fechando a porta após passarem.
- O que vocês pensaram que estavam fazendo? – ela se joga no sofá – Caras, vocês deram muita sorte de eu ter sido a primeira a chegar. Cês queriam pegar uma suspensão antes de entrar no castelo?
- Você é monitora agora Candy? – pergunta Josh com voz de deboche
- Sou sim, e pra sorte de vocês! - levanta alisando as vestes – E vê se ficam na boa o resto da viagem, pra não me queimarem no primeiro dia. Valeu?
- Tá legal! – dizem tediosamente em uníssono.
Já com a porta meio fechada, ela coloca a cabeça de volta e fala sem conter o riso.
- E, francamente, vocês dois, perderem para uma garotinha do 5° ano? ... Que vergonha!! – espezinha e sai rapidamente, rindo com vontade, ignorando os protestos dos rapazes.
A moça volta para a cena do duelo e, percebendo que estava tudo sob controle, resolve ir até sua cabine. Chegando lá encontra Jim deitado no colo de Mary, Lana sentada a sua frente com as pernas sobre a poltrona e Cole que afagava o gato adormecido em seu colo, todos conversando animadamente. Ela cumprimenta os amigos que ainda não tinha visto, perguntando como foram as férias e tal... Em determinado momento Mary olha para seu peito e começa a rir incontrolavelmente. Ela olha na mesma direção e vê seu distintivo.
- EU SABIA!! Foi você Mary? – cruza os braços ao redor do corpo – A monitora chefe disse que só poderia ser você. E o pior que eu te defendi.
Todos riem com a contrariedade da garota
- Quando você teve tempo de fazer isso, garota? Tu nem tinha chegado na hora que eu entrei!
- Foi exatamente no momento em que eu cheguei. – ela chega para frente, fazendo todos a seguirem, como se estivessem confabulando – Quando vi todos os monitores juntos naquela cabine, nem pensei. Peguei a bomba de bosta, dentro do malão, joguei e saí correndo.
Mary se levanta simulando a cena
- Essa garota é terrível – fala Jim, bagunçando o cabelo da garota.
- Viu? Nem dá mais pra disfarçar, Mary! – diz Lana entre risos – Não importa o seu álibe, a monitora chefe já sabe que foi você.
- Acho que é de família. Vocês não sabem o que aconteceu lá na galera da sonserina. – Candy fala em tom de reprimenda.
- O que aconteceu com meu primo? – Mary se levanta quase jogando Jim do banco.
- É minha filha! Ele e o Adrian não foram mexer, de novo, com aquela esquisitinha da sonserina!
- Quem? – pergunta Cole
- Aquela chinesinha do 5° ano! - relembra Candy
- Ah, coitada da garota, ela é só tímida. – concilia Lana
- Só tímida? É porque você não viu o que ela fez lá a trás. – a monitora relata o acontecimento.
- Sem varinha? – se surpreende Cole – Ela deve ser uma grande bruxa.
- Na verdade me pareceu que foi meio sem querer. Ela parecia bem envergonhada. Nem quis me contar o que tinha acontecido.
- Dois contra um... Bem sacanas esses sonserinos. – fala Jim, mais para si mesmo que para os outros.
- Não sei pra vocês, mas pra mim alguém fazer um feitiço desses, sem varinha, é bem impressionante. – Lana fala tendo a aprovação de Cole
- Eu faço feitiços sem varinha o tempo todo. – se vangloria Candy
- Eu falei um feitiço desses. – a outra replica – Ela tá no 5° ano, só vai aprender feitiços avançados esse ano.
- É tem razão.
***
O trem segue o caminho para Hogwarts, deixando um rastro de fumaça. Algumas horas depois todos põem suas vestes escolares e se preparam para aquele que seria um excepcional ano escolar.
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