Me chame de Draco
Capítulo 8: Me chame de Draco
- Harry, não acha que devemos agradecer à professora McGonagall? Quer dizer, agora que entramos no time... Ela que nos deu essa oportunidade...
- Está certa... Vou pegar um rolo de pergaminho.
Harry procurou em suas coisas e encontrou um pequeno rolo. Pegou sua pena e seu tinteiro e escreveu a seguinte carta:
Professora McGonagall,
Queremos lhe agradecer imensamente pela oportunidade que nos deu de conhecer o senhor Teodoro Frigs, dono do time de quadribol Puddlemere United, pois é graças ao seu convite para que ele fosse ao castelo nos ver treinar que entramos para o time.
Obrigado.
Atensiosamente,
Harry Potter e Gina Weasley
Enviou a carta por uma das corujas da sede do clube e retornou ao quarto onde encontrou novamente Gina.
- Harry, com toda a coisa de encontrar o Malfoy e tudo mais, esqueci de pedir um novo quarto... E agora a recepção já fechou...
- Hum... Se quiser eu posso me arranjar no chão...
- Não, eu estou sendo muito estúpida, a cama dá para nós dois.
Harry fez cara de quem não se importava enquanto Gina foi para o banheiro se trocar para dormir. Ela pegou seu pijama na mala e encontrou um pequeno envelope. Não lembrava daquele pequeno pedaço de papel, mas desenrolou-o e leu. Era um pedido de desculpas de Harry antes deles irem para Hogwarts, Gina esquecera de abrir o envelope assim que ele lhe entregara. Mas neste momento, lendo aquelas palavras tão delicadas, Gina lembrou do tempo em que os dois estavam juntos e começou a sentir o que sentia por Harry nos tempos de escola. Entreabriu a porta e viu o menino arrumando a cama para os dois dormirem. Não resistiu.
- Hã... Harry? – disse saindo do banheiro.
- Sim. – Ele parou de ajeitar os lençóis e se aproximou da menina.
Não deu tempo nem do menino reparar no que Gina estava planejando, ela agarrou-o e beijou-o como não fazia há tempos.
- G-gina?!
- Shiiii... – Ela tapou a boca dele.
Na manhã seguinte, Gina acordou primeiro e levantou cuidadosamente para não acordar Harry. Vestiu-se silenciosamente dando pequenas olhadas ao garoto que dormia feito um bebê e desceu para tomar seu café.
Harry acordou mais tarde e viu que a menina já havia descido. Deu um enorme sorriso, vestiu-se e desceu também.
- Gina, você já tomou seu café?
- Já. Te encontro depois. - E saiu andando pelos jardins do clube.
Ela já estava chegando ao bar, quando uma mão veio por trás e apoiou-se em seu ombro.
- Weasley... – Gina se virou já temendo encontrar quem a chamara. – Fiquei sabendo que foi selecionada...
- Fui Malfoy. Eles disseram que tenho talento, diferente de você que comprou seu lugar aqui no clube.
- Eu ficaria calada antes de dar insinuações falsas ao meu respeito. Mas, se bem que é verdade, você joga bem. – Ele sorriu levemente. – Jogará ainda melhor agora do lado do seu namoradinho.
- Você é ridículo.
- É o que todos dizem... – E saiu deixando Gina novamente com raiva.
Nos dois dias seguintes Harry e Gina treinaram arduamente para dia de estréia do time na temporada.
- Esteve ótima, Gina! – Elogiou Harry enquanto voltavam do treino.
- Obrigada, você também.
Harry se aproximou da garota e lhe deu um beijo de leve.
- Que nojento! – Exclamou alguém por trás do casal. – Um Potter beijando uma Weasley: realmente não há nada pior nesse mundo.
- Cala a boca, Malfoy! – Harry já estava apontando a varinha na cara do garoto.
- Deixa, Harry. – Gina o impediu.
- Sua namorada está me defendendo, Potter.
Harry se virou e olhou para Gina como se perguntasse o que ela estava fazendo.
- Não vale a pena... Além do mais, não quer arranjar encrencas com o pessoal daqui, podemos ser expulsos.
- Ela está certa, Potter, essa pode ser a chance da sua vida. – disse Malfoy sarcasticamente.
Harry abaixou a varinha com os punhos apertados.
- Vamos Harry! Estou tão animada com o jogo! Nosso time é tão bom! – Gina tentava mudar o assunto enquanto caminhavam para o almoço.
- Aham...
- Vamos, Harry, esquece o Malfoy...
Harry fingiu que não ouviu e continuou emburrado o resto do dia. Mais tarde, Gina o deixou sozinho no quarto e foi dar uma volta. Ou, pelo menos foi o que disse à ele, mas na verdade estava esperando encontrar...
- Malfoy! – disse ao vê-lo sentado num banco de jardim.
- Weasley! O que faz andando por aqui há essa hora?
- Não conseguia dormir. – Mentiu – Posso me sentar aqui?
- Sim, claro, só não entendo o porque.
- Eu quero companhia, ora, já que não consigo dormir... Está ansioso para o jogo? – mudou logo de assunto.
- Não vou jogar... – disse emburrado – Frigs disse que preciso de mais treino...
- Você não estava mal no treino de hoje... – disse embaraçada.
- Obrigado. – ele sorriu e a olhou nos olhos. Ela desviou o olhar. Aquilo te tocou. Draco Malfoy sendo sensível? Ficaram um tempo em silêncio. – Vou torcer para que faça bastantes gols no jogo.
- Ah... é... espero que sim...
- Olha, Gina...
- Gina? Você me chamou de Gina? - A menina se assustou.
- Não é o seu nome?
- É mas...
- Quero que pare de me ver como um filho de comensal que queria que o Potter explodisse e que todos os trouxas fossem banidos do mundo bruxo.
Gina o encarou seriamente. Não era possível estar ouvindo aquelas palavras da boca de Malfoy.Ele estava blefando, só podia ser...
- Malfoy...
-Me chame de Draco. Eu quero começar de novo... Vi como foi com meu pai e... não quero isso para mim.
- Malf... Draco? O que está dizendo?
- Que quero que me ajude a me recuperar e começar como uma nova pessoa.
- Você.. está falando sério?
- Claro que estou!
- Não pode estar falando sério. - Ela se levantou, mas ele segurou sua mão fortemente.
- Gina acredite em mim! - Não era verdade. Decididamente não era verdade, Malfoy estava implorando.
No dia sguinte, Harry e Gina acordaram ansiosos com jogo. Seriam suas estréias na liga e nunca haviam jogado profissionalmente antes, então estavam mais nervosos do qualquer outro.
- Vai ter um porção de gente nos observando jogar. -Gina mal tocara no café da manhã. - Não sei se consigo...
-Claro que consegue - Harry apoiou a menina.
Gina sorriu.
-Posso saber por que demorou tanto ontem?
- Eu adormeci perto do campo e só voltei ao quarto muito tarde..
- Então vamos arrumar nossas coisas, o time todo irá de ônibus bruxo até o estádio às 11 horas.
Eles terminaram o café rápido, arrumaram uma pequena mala com os uniformes do time e embarcaram no ônibus bruxo mais luxuoso de suas vidas. Era muito diferente do Nôitibus Andante. Haviam sofás nas extremidades feitos de linho bege claro e geladeiras com bebidas no fundo. Era bem iluminado e todos se sentaram confortavelmente.
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