Puddlemere United




Capítulo 6: Puddlemere United


- Potter! Weasley! – A Profª McGonagall acenou de leve da mesa dos professores. Harry e Gina se aproximaram. - Este é Teodoro Frigs. – Os dois olharam para o homem que sorria sentado ao lado da professora. Um tanto esquisito, ele usava um paletó velho xadrez e óculos grandes. Era tão alto que McGonagall batia abaixo de seu ombro.

- Muito prazer! – Disse Teodoro Frigs animado. – Harry Potter! Quem diria que algum dia iria conhecê-lo! – E estendeu sua mão ao garoto.

- Prazer... – Harry apertou a mão de dedos compridos de Frigs.

- E esta moça... – Frigs virou-se para Gina. Estendendo também sua mão. – Boa escolha, Harry!

- Hã? Eu...não! Ela não é minha namorada! – Harry disse rápido antes que Gina dissesse.

- Sentem-se. – Pediu McGonagall. Harry e Gina obedeceram rapidamente e tomaram seus lugares. – Frigs é dono do Puddlemere United.

- O time de quadribol? – Perguntou Harry animado.

- Isso mesmo! – Frigs sorriu orgulhoso. – Está em uma ótima fase agora, com a contratação de Bold...

- Devo dizer, Potter... – Mcgonagall interrompeu Frigs. – Que Frigs ficou admirado com seu talento e o da Srta. Weasley. Ele os viu treinando hoje de manhã.

- O...que? – Gina indagou assustada.

- Oh sim! – Frigs deu uma risadinha chata. – Que habilidade para o quadribol! Devo dizer que são raros os casos de bruxos tão jovens que jogam dessa maneira! Esplendido!

Harry se pegou fazendo comparações entre Frigs e Slughorn. Comentou com Gina baixinho que apenas riu.

- Ele quer que os dois façam testes para entrar no Puddlemere United. – McGonagall anunciou vendo que Frigs provavelmente ia demorar a fazer isso.

Harry que estava se servindo de um pouco de suco de abóbora deixou derramar metade e Gina que engolia um pedaço de frango engasgou.

- O que? Jogar no Puddlemere United? Mas é um time profissional! – Harry não conseguia se conter e já estava quase levantando da mesa.

- Mas você é um profissional, Harry Potter! – Frigs ajeitou seus óculos e continuou a tomar seu suco.

Gina, que com ajuda da profª McGonagall já tinha se recuperado do engasgo, não comentou nada.

- Eu...eu não acredito! – Harry passou a observar o céu azul lá fora só imaginando-se jogando quadribol profissional.



- Gina! – Chamou o garoto já de pijama na cama. – Gina!

- Oi Harry... – Ela apareceu no espelho. Parecia triste.

- O que aconteceu? – Perguntou Harry notando a tristeza na voz da menina.

- Nada...

- Gina, eu sei que você não está bem. Desde o almoço não falou mais nada!

- Eu não consigo dormir. Vamos dar uma volta lá em baixo? – Sugeriu.

- Claro, vamos!

E em dez minutos Harry se encontrou com Gina perto do lago. Os dois passaram muito tempo calados apenas observando a lua até que Gina falou:

- Eu vou voltar pra casa.

- O que? – Harry exclamou assustado.

- Isso, Harry. Eu vou voltar!

- Você não pode! Não ouviu hoje de manhã? Gina, você foi chamada para jogar profissionalmente! Isso é incrível!

Gina o olhou profundamente.

- Não sei se é isso que quero fazer...

- Nem parece você, Gina! Alguns anos atrás você nunca recusaria um convite desses. Eu talvez, nem pensasse em jogar, quero dizer, eu tinha que me preocupar com a minha sobrevivência. Mas agora, tudo mudou! Eu consegui paz! Eu descobri finalmente o que queria fazer! Eu consegui tudo! Ou quase tudo...

- Quase? – Ela perguntou ainda o olhando nos olhos.

- Eu não consegui você. Ou melhor, eu te perdi...

Harry se aproximou mais de Gina que recuou um pouco.

- Gina, volta pra mim. – Ele deixou escapar se aproximando abruptamente da garota. Estava quase a beijando quando ela virou sua cabeça.
- É por isso que quero voltar, Harry! Não posso continuar convivendo com você. Eu não quero que você me magoe de novo!

- Gina, eu não quis fazer isso! Desculpe-me! – Ele disse em súplica. – Juro que se aceitar o convite do Puddlemere eu nunca mais te perturbo, nunca mais!

- Não sei se posso confiar em você...

- Confia em mim. Por favor. – Harry abaixou a cabeça.

- Tudo bem, desde que nunca mais tente voltar comigo. – Disse dura.

- Eu...Prometo...

Quando Harry finalmente levantou a cabeça, Gina já estava a meio caminho do castelo. Harry se sentiu estúpido, estava tão feliz de manhã e agora estava totalmente infeliz.

“Idiota!” – Pensava de si mesmo enquanto voltava ao seu dormitório.

Na manhã seguinte, Gina evitou-o até que os dois foram chamados pela prof McGonagall a comparecer à sua sala.

- Sentem-se por favor. – E conjurou duas cadeiras confortáveis para os dois.

Harry olhou Gina, mas ela não demonstrou nenhuma reação, mantendo-se séria e olhando para frente.

- Preciso saber a resposta de vocês dois ao convite do senhor Frigs. – disse a professora.

- Eu aceito, professora McGonagall, pode comunica-lo. Peço apenas que notifique nossa decisão aos Weasley.

- Certo. E quanto à senhorita Weasley?

- Eu vou aceitar também, professora. – disse olhando para baixo, sem muita certeza.

- Muito bem então. Terão que ir à sede do time Puddlemere United dentro de dois dias. - os dois confirmaram com a cabeça. – Estão dispensados.



Harry e Gina estavam com as malas prontas e iriam pegar o expresso de Hogwarts direto para Londres, onde se encontrariam com o senhor Frigs às 11:30.

- Está certo de que isso será o melhor para sua vida, Harry?

- Sim, você não?

- Estou com um pouco de receio, só isso.

Harry não disse nada até que uma bela coruja-das-torres passou por eles deixando uma carta na mão do menino.
Eles se entreolharam e abriram a carta.



Harry Potter e Gina Weasley,

Envio-lhes este bilhete para lhes desejar boa sorte nos preparativos para suas novas carreiras. Acredito que este será o melhor para dois jovens tão talentosos como vocês, por isso que chamei o senhor Frigs em Hogwarts, porque sabia que contrataria-os na mesma hora.

Então, sem mais delongas, digo em nome de nossa escola: Boa sorte!

Minerva McGonagall



- Nossa, devemos tudo isso à professora McGonagall então! – disse Gina – Puxa, quem diria...

- É, quem diria... – disse Harry contento consigo mesmo. – Mas, mudando de assunto... que bom que sua mãe nos deixou ir não é?

- É! Mas não comemore tão cedo, ela pode aparecer a qualquer momento para nos abraçar chorando e tentar nos impedir!

O trem chegou e eles embarcaram.


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