O sempre duvidado

Infelizmente nem tudo que sai da boca de Harry Potter é levado em consideração por todos, e foi o que aconteceu naquele dia na ala hospitalar no final do torneio onde se deu a morte de Cedrico. Harry insistia em contar a todos o que vira, comensais da Morte, Lord Voldmort e o pai do seu grande rival, Lucio Malfoy.
- Mas eu vi, juro que eu vi... Haviam muitos, dezenas, centenas de Comensais da Morte comandados por Lord Voldmort! Eles voltaram! Vão estar por toda parte!
Gritava Harry para todos que o cercavam. Alvo Dumbledore tinha certeza que o garoto estava falando era verdade, porém, apenas ele e seus fiéis amigos Hermione e Rony, ninguém mais.
-Ele está delirando, deve ser por causa da febre - Diz Madame Pomfrey - Acalme-se Harry, foi apenas um pesadelo causado por sua febre.
Enfurecido, Harry salta do leito hospitalar, gritando para que ninguém o acompanhe e permanece compenetrado em seus pensamentos.
"Afinal de contas o que adianta eu me matar por essa escola se ninguém acredita no que eu falo, ainda aquela velha tem a petulância de me dizer que é por causa da febre... E ainda me pede calma? Claro, afinal de contas não foi o braço dela que foi cortado, não foi o amigo dela que morreu em seus braços, e muito menos foi ela quem quase foi morta"
Harry, aguarda a Mulher Gorda que fora passear no quadro ao lado, após pronunciar a senha Harry entra na sala comunal onde se enterra na poltrona mais próxima.
Hermione e Rony, mesmo contra a vontade do amigo, correm à seu encontro.
-Harry, o que houve? Por que você saiu daquele jeito da ala hospitalar?Pergunta Hermione aflita
-Você ainda pergunta por que? -Retruca o garoto -Ficam me tratando como um idiota mentiroso... Mas eu quero só ver quando Voldmort e os seus Comensais da Morte estiverem batendo a porta o que vai acontecer.
-Mas você tem certeza do que você viu cara? Não é que eu esteja duvidando de você, mas é que é muito grave. Se manifesta Rony.
-Se vocês querem saber se eu vi? Eu vi ta legal? Vi muito bem, aliás, não só vi como senti na pele tudo que eu estou dizendo, mas se vocês e o resto de Hogwarts não quiserem acreditar em mim, o que eu posso fazer?
-Harry, não é bem por aí, nós só queremos entender o que está acontecendo ' Hermione tenta se explicar.
-Chega, eu não vou explicar mais nada... E se vocês não se importam eu gostaria de tentar descansar um pouco, porque eu tive uma noite um pouco atribulada. - Esbraveja Harry assim encerrando a discussão e preparando-se para dormir. Enquanto isso, Hermione e Rony discutem o comportamento do amigo.
-Hermione, você acha que Harry está falando a verdade? Depois de tudo que ele passou naquele torneio não é de se duvidar que ele tenha alucinações deste tipo. - Questiona Rony.
-Isso chega a ser uma ofensa Rony, Harry nunca mentiu, e não teria motivos pra isso agora, e além do que, ele não é o tipo de pessoa que ver coisas, muito me admira você, seu melhor amigo questionando o que ele fala. Retruca Hermione. Ambos preparam-se para dormir.
No dia seguinte é grande o tumulto no Salão Principal de Hogwarts e Harry novamente é motivo de risadas entre uns e pânico entre outros, o que provoca novamente seu mau humor.
-Quem eles pensam que são pra sair por aí me julgando e me olhando assim? Eles que aguardem pra ver quem é o mentiroso. Diz Harry.
-Olhem lá, o Harry Mentiroso Potter... E então Harry, notícias dos Comensais da Morte, ou você tem discutido a leis do Ministério da Magia com Você-Sabe-Quem? - Passa Draco zombando.
-Eu não, mas não posso dizer o mesmo de seu pai, não é mesmo? Ou você acha que eu não sei que ele é um Comensal? Revida Harry. Hermione e Rony tentam acalmar o jovem bruxo.
Sorrindo sinicamente Draco responde - Por acaso você tem como provar isto Potter, ou é apenas mais um de seus delírios?
-Vamos Harry, vamos embora, não leve em consideração o que este garoto diz, você já tem problemas demais. Argumenta Hermione.
Rony concorda - É isso mesmo Harry, tudo que Malfoy quer é piorar ainda mais a situação, e ele vai conseguir se você continuar lhe dando ouvidos.
Draco, Crable e Goyle saem dando risadinhas.
-Amigos, quem precisa deles? Ao invés de me apoiarem, ficam tentando contornar a situação como se eu fosse errado e problemático. Pensa Harry.

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