Capítulo Ôitú [uhausuhasuha]

Capítulo Ôitú [uhausuhasuha]



Faltava uma semana para o natal. Hermione resolveu passar suas férias em Hogwarts, junto com seus amigos. Era mais divertido.

Dumbledore estava preocupado com o silêncio do Lord das Trevas. Ouviu um boato que ele estaria na Irlanda. Resolveu chamar Snape, seria interessante investigar o que Voldemort estava tramando.

- Severo, tenho uma missão da Ordem para você. Terá que viajar para a Irlanda.

- Para a Irlanda? Mas e as aulas?

- Irá nesta semana de férias.

- Fazer o que lá?

- Existe um boato que o Lord das Trevas está lá recrutando bruxos para aumentar seu exército de comensais da morte. Você conhece as maneiras como ele faz isso. Quero que você descubra tudo que puder.

- Mas...você sabe o que ele vai fazer se me achar.

- Eu sei. Já pensei em tudo. Você irá disfarçado.

- Disfarçado de que?

- De trouxa.

- Você está brincando!

- É uma maneira segura de que ele não desconfie que estamos vigiando. Você sairá daqui a noite, no nôitbus. Depois pegará um trem até a Irlanda. Ficara num hotel de trouxas e deverá evitar o máximo usar qualquer tipo de magia.

- Como vou fazer? Eu não sei nada de trouxas! Não conheço a Irlanda! Nem sei como funciona este hotel de trouxas!

- Severo, você é muito esperto, saberá o que fazer, eu confio em você.

- Quanto tempo ficarei lá?

- Uma semana.

- Uma semana convivendo com trouxas! Eu vou enlouquecer! – Snape estava furioso.

- Pegará o nôitbus na sexta-feira a noite. Aqui tem dinheiro de trouxa. - disse-lhe entregando um envelope. - Acho que esta quantidade deve ser suficiente. Pegue também este espelho. Eu tenho um igual. Quando precisar conversar comigo, é só me chamar no espelho.


Depois de uma semana, Snape foi arrumar sua mala. Separou todas as roupas de trouxa que tinha, e não eram muitas. Na biblioteca, pegou um livro que seria de grande ajuda "Guia prático para conviver com trouxas". Era um pouco antigo, mas poderia servir para alguma coisa. Até pensou em conversar com Zorya e pedir algumas dicas, mas que desculpa daria? Melhor não arriscar.


A noite, logo após os alunos que iriam passar o natal em casa embarcaram no trem, Snape saiu em direção ao portão de Hogwarts e embarcou no nôitbus.

A viagem até Londres não foi muito agradável. Chegando na estação de trem, ele foi ao guichê comprar a passagem para a Irlanda. Se atrapalhou um pouco com o dinheiro de trouxa, mas conseguiu.

Já era dia quando ele chegou em Dublin. Estava se sentindo completamente ridículo com aquelas roupas. Estava usando calça jeans, blusão de lã, jaqueta, tênis e um boné (para esconder seu cabelo).

Sentou em um banco da estação e abriu a mala para pegar o livro. "O que fazer?" pensou ele. Abriu o livro e leu "Meios de se locomover numa cidade de trouxas: Taxi – tipo de carruagem – você entra e pede para ir a algum lugar e o trouxa te leva. Nota: eles costumam cobrar bem caro", e também tinha: "Ônibus – meio de transporte de trouxas mais barato. Melhor evitar, pois tem pontos certos para descer. Nota: Cuidado! Você pode se perder com um desses!".

Resolveu, então pegar um taxi. Colocou o livro no bolso e fechou a mala.

Já havia andado de carro no Ministério, sabia mais ou menos como era e entrou. Pediu ao motorista que o levasse para um hotel perto do centro.

Ele prontamente ligou o carro e levou Snape para um hotel a algumas quadras. Snape se atrapalhou novamente com o dinheiro. O motorista saiu sorridente com a nota que Snape lhe entregou. Pegou a mala e entrou no hotel.

Foi até a recepção e pediu um quarto. Depois preferiu subir de escadas até o andar do quarto. Sabia como funcionava o elevador do Ministério, mas o do hotel era diferente...tão cheio de botões coloridos....melhor não arriscar.

Deitou um pouco para descansar da viagem. Estranhou não haver velas no quarto. Mas por enquanto não teria problemas, ainda era dia. Também notou aquela coleção de aparelhos no quarto que não tinha a mínima noção de para que serviam.

Quando acordou, foi tomar um banho. O que havia no banheiro não era aquela confortável banheira mágica de Hogwarts, mas um chuveiro. E agora? Tentou ligar, mas a água que saia era gelada. Não podia usar magia para esquentar a água, então tomou banho frio mesmo.

Depois saiu para comer e tentar descobrir alguma coisa.

No centro de Dublin, tinha um beco sem saída, ao lado de uma farmácia, por onde se entrava para a Travessa dos Magos (o Beco Diagonal de Dublin). Lá, com certeza ele iria encontrar algo suspeito. Ainda estava com suas roupas de trouxa, mas não teria problema, os bruxos as vezes se vestem com roupas assim para andar pelas ruas das cidades dos trouxas sem serem notados.

Chegando na Travessa, ele se sentou no restaurante do hotel de bruxos e pediu algo para comer, enquanto observava o movimento. A comida não era nem de longe parecida com a de Hogwarts, mas dava para "matar a fome".

Neste dia Snape não viu nada suspeito, passeou pela Travessa, olhou algumas lojas e bruxos, mas não viu nada diferente.

No outro dia, com roupas de bruxo e um chapéu, voltou a Travessa dos Magos, pela rede flu, foi até loja onde vendia artigos para magia negra. Ficou olhando as prateleiras disfarçadamente enquanto ouvia a conversa do dono da loja com um cliente. A voz desse cliente era conhecida. O homem se virou e Snape viu o rosto dele. Logo se lembrou , era Albert Plintfull, um dos comensais da morte. Ele morava em Dublin, bastava saber onde. Provavelmente lá seria o "quartel general" de Dublin.

Voltou para o hotel e pegou o espelho de comunicação. Tinha que falar com Dumbledore.

- Olá Severo, estava aguardando seu contato.

- Alvo, acho que descobri alguma coisa. Você se lembra de Albert Plintfull?

- Sim, estou lembrado. Como não pensamos nele antes?

- Pois é. Acredito que ele seja um dos comensais principais aqui da Irlanda.

- Provavelmente. Vejo que você está indo pelo caminho certo.

- Eu gostaria de vigiar mais de perto, quero ir até onde ele mora, mas não sei como chegar lá, a não ser aparatando e isso eu não posso fazer.

- Você tem razão. Vou ver se consigo o endereço dele. Espere que eu entro em contato.

- Sim.


Passaram dois dias e Dumbledore ainda não tinha dado retorno. Snape só saia do quarto para ir ao restaurante que ficava no hotel. Depois do almoço, viu que Dumbledore já estava lhe chamando pelo espelho.

- Alvo, estava esperando. Alguma novidade?

- Sim. Foi um pouco difícil, mas consegui descobrir o endereço dele. Fica num lugar um pouco afastado do centro de Dublin. A mansão dele é escondida e protegida contra os olhos dos trouxas. Fica no Parque Celtic Florest. Vá vestido de trouxa para entrar no parque, finja que é um turista e você conseguirá chegar lá.

- Ok, entendi.


Snape logo se vestiu e saiu com suas roupas de trouxas, colocou óculos escuros e boné. Sempre com o manual no bolso.

Parou num bar de trouxas e perguntou onde ficava o parque. Disseram para ele pegar um ônibus que parava na frente. Snape foi para a parada indicada pelos trouxas. O ônibus não demorou para chegar e ele embargou. Pegou algumas moedas no bolso que tinha deixado separado e pagou a passagem. Os trouxas haviam lhe mostrado quais moedas deveria usar. Sentou num banco no fundo do ônibus. Andou mais de uma hora, mas, como não conhecia nada, e não era que nem trens que falam a estação que vai parar, não tinha a mínima idéia de onde estava. Resolveu perguntar a um trouxa que estava sentado ao lado. Ele disse que a parada do parque já havia passado faz tempo. Snape se desesperou e desceu na próxima parada. Caminhou de volta, tentando lembrar o caminho do ônibus.

Caminhou mais de meia hora e nada do parque. Estava cansado e avistou um restaurante. Entrou para comer alguma coisa. Antes de sair, perguntou mais uma vez do parque. Eles deram algumas explicações, mas viram que Snape não entendeu e fizeram um mapa.

Assim, logo ele chegou na frente do parque. Já estava quase na hora do parque fechar, mas ele entrou assim mesmo.

Andou bastante lá dentro e, bem no meio do parque, protegido com magia anti-trouxa estava a mansão. Entrou sorrateiramente na área protegida da mansão. Chegou perto de uma das janelas grandes que provavelmente seria da sala.

Lá avistou Albert conversando com Lord Voldemort e mais alguns bruxos que não conhecia. Continuou olhando e viu que Voldemort pegou num certo momento sua varinha e disse algumas palavras. Snape não conseguia ouvir. Os bruxos estenderam seus braços enquanto Voldemort pronunciava as palavras. Snape se lembrou: aquele era o ritual para tatuagem da marca negra. Dumbledore tinha razão, Voldemort estava convocando novos comensais da morte.

Para não ser percebido, Snape foi embora logo, já viu o que precisava e o parque já deveria estar fechando.

O problema agora era voltar para o hotel. Havia um bar na frente do parque, mas estava fechado. Resolveu ir andando, tentando lembrar do caminho. Andou muito e chegou um momento que não sabia mais onde estava. Pensou em pegar um taxi, mas não sabia explicar onde era o hotel e, de qualquer forma, não estava com dinheiro suficiente no bolso. Com um ônibus poderia se perder mais ainda. Chegou um momento que, de tão cansado, sentou-se em um banco e adormeceu, na rua.

Dumbledore estava chamando Snape no espelho e não recebia resposta. Sua intuição dizia que Snape estava perdido. Procurou pensar rápido "quem conheceria Dublin e fosse da Ordem?". Lembrou que Arthur Weasley às vezes viajava até lá para resolver assuntos do Ministério. Mandou uma coruja pedindo a Arthur esse favor, junto com uma quantia de dinheiro para a viagem e um mapa mágico de Dublin onde aparecia um ponto vermelho e brilhante que marcava onde estava Snape.

Arthur atendeu prontamente o pedido de Dumbledore e mandou uma resposta confirmando que iria até lá ajudar Snape. Não perderia uma oportunidade de se fazer de trouxa por alguns momentos, adorava isso!

Já era o quinto dia de Snape em Dublin, ele caminhava, perguntava e parecia que cada vez mais ficava mais perdido. Já estava louco para usar uma magia e sair logo dali.

No outro dia Arthur chegou em Dublin. Pegou um taxi e foi tentar achar Snape. Disse ao motorista trouxa o nome da rua que aparecia no mapa mágico, onde Snape estava. Logo Arthur avistou Snape sentado num banco na rua, com umas olheiras profundas, o boné na mão e com a outra segurando o livro. Arthur mandou ao motorista que parasse o taxi, e desceu.

- Snape, achei você! – fala Arthur com aquele jeito esquisito.

- Arthur, o que faz aqui?

- Vim buscar você. Dumbledore estava certo, a intuição dele nunca falha, você estava perdido mesmo!

- Sim, estava, mas como me achou?

- Ele me deu esse mapa, olhe!

- Interessante, se eu tivesse um desses mapas não teria me perdido.

- Vamos logo, suba no taxi. Sabe onde fica seu hotel?

- Sei que fica perto do centro.

- Ah, tudo bem, nós encontramos.


Demoraram um pouco, mas encontraram o hotel. Snape logo entrou no quarto, pegou o espelho e contou a Dumbledore que ele havia se perdido, mas que agora estava tudo bem. Dumbledore disse para ele voltar logo com Arthur.

Snape trocou de roupa, arrumou a mala e desceu. Arthur já havia acertado a conta do hotel.


No outro dia, pela manhã, Snape chegou a Hogwarts. Arthur ficou em Londres, pois o Ministério não dava folga. Logo após largar suas coisas na masmorra, foi conversar com Dumbledore e contou tudo o que viu na mansão de Albert. Depois da conversa, Snape voltou para a masmorra, tomou um longo banho na sua banheira e foi dormir, estava extremamente cansado.

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