Capítulo II
Capítulo II – O colar e o ciúme
“Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos”
Não demorou muito para Rony adaptar-se à rotina de “fechar os olhos”, era simplesmente menos doloroso. Não era difícil perceber as investidas sem sucesso de Luna, o garoto estava visivelmente distante demais para dar atenção à garota. Quando os garotos chegaram à aula de Trewlaney, a professora já a havia iniciado.
- ...vocês já estão no 7° ano, eu irei fazer uma surpresinha. Encomendei o ‘”colar do destino” para vocês. Não se assustem se após essa aula vocês virem casais se separando e outros se unindo. O colar do destino vai indicar quem será a pessoa que mais terá importância em sua vida, traduzindo, o colar indicará o seu amor. Para funcionar é necessário que a pessoa coloque o colar em quem acha que tem mais chance de pertencer para sempre a sua vida. E lembrem-se, o colar não erra! Ele ficará em minha sala para eventuais consultas.
O jeito e o tom de voz engraçado da professora teriam sido mais perceptíveis se o assunto não fosse tão interessante. Logo vários murmúrios abafados encheram a sala, alternados aos gritinhos que garotas, talvez ansiosas por acharem “o cara certo”, davam.
- Esse colarzinho de nada nunca vai brilhar para mim – pensou Rony, olhos fixos no colar vermelho que jazia sobre a mesa.
- Em quem você acha que eu colocaria esse colar e ele brilharia Rony, será que eu devo perguntar à Hermione se ela quer fazer o teste?
- Você sabe que ela não acredita nessas coisas...
- Mesmo assim vou tentar...
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Gina não estava tendo um dia dos melhores. Havia perdido pontos em poções porque a sua, que deveria ter ficado azul marinho, ficou azul bebê. Além de ter tido mais uma das briguinhas sarcásticas com Malfoy. Chegou ao dormitório para um merecido sono e encontrou sua cama com as cortinas fechadas. Estranhou. Abriu a cortina e sobre a cama estava uma rosa esquecida, amarela, linda. Quem a teria mandado? ”Deixa pra lá, com certeza deve ter errado de cama”, pensou, depositando a rosa na mesa de cabeceira e indo dormir. Alguma esperança de ter um admirador surgia ao longe em seus pensamentos, mas logo foi afastada pela garota, “realmente só pode ter sido engano”.
Logo Gina reparou que não era engano, pois na manhã seguinte uma coruja veio depositar na sua frente um pequeno bilhete:
“Espero que tenha gostado da rosa
De alguém que te gosta muito”
Gina releu a mensagem várias vezes e teve que admitir que alguém a admirava. “Quem poderia ser? Já teve pequenos relacionamentos, por isso não poderia dizer que havia garotos completamente apaixonados por ela. PERAÍ GINA, quem disse que esse garoto está apaixonado, ele pode estar só te admirando... PERAÍ DE NOVO! Desde quando é tão insegura que não possa admitir que alguém gostasse dela? Ela era interessante e se achava discretamente bonita.
Nos dias seguintes sua curiosidade só aumentou. Chocolates, flores, agora um girassol ou margarida, bilhetes e bilhetes. Gina sabia pelos recados que seu admirador era um ano mais velho e que estava constantemente solitário. Há quantos garotos do 7° ano solitários??? A garota também tinha quase certeza que era grifinório, pela facilidade de deixar coisas em seu quarto, por vezes perguntava às outras colegas de quarto e elas diziam não saber, mesmo assim se fosse de outra casa poderia facilmente pela janela, fazer isso numa vassoura. Teria que esperar para saber.
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Harry poderia dizer que sua vida não podia estar melhor, tirando uns detalhes, claro, seu namoro com Hermione estava excelente e ultimamente estava muito atento às aulas e constantemente conversava com Gina, quando não estava com Hermione. Era ótimo conversar com a garota, contar sobre seu dia, ou simplesmente ouvi-la falando como estava sua vida. Eram realmente próximos. Foi durante uma dessas conversas que Pichitinho chegou entregando-lhe uma carta.
“ E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano...
E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado”
Não precisava assinar para a garota saber que era ele, nenhum outro mandava cartas com poemas ela.
- Mais um bilhete dele, particularmente lindo.
- Dele quem? – quis saber Harry.
- Esqueci de te contar, há um garoto que me manda flores e bilhetes, um tipo de admirador secreto ou o que seja. Ei, não ria! – Harry já caia na gargalhada.
- Por que ele não se identifica e pergunta se tem chance, é mais simples.
- Por que ele quer ter certeza de que vou estar apaixonada! Ainda há românticos Harry. - Este imediatamente parou de rir.
- Como assim? Está apaixonada? – um desconforto percorreu seu corpo.
- Não sei Harry, mas não está longe...
Agora o garoto realmente estava deslocado daquela situação. Como Gina pode se apaixonar por quem não conhecia? Poderia se magoar ou se decepcionar depois. Preferia enfrentar dragões a vê-la chorar. Lembrou-se do dia em que a garota disse estar apaixonada por ele, será que o esqueceu? Decidiu encerrar o assunto.
- Gina tenho que acordar cedo amanhã, se não se importa já vou me deitar...
- Claro que não Harry, eu também já vou dormir.
Harry atravessou a sala para desejar boa noite à Rony e despedir-se com um beijo rápido de Hermione, indo ao dormitório em seguida. Estava receoso. E se estivesse sentindo... ciúme, será que não queria aquele sorriso só para ele? Não quis mais pensar nisso, desabou na cama e dormiu quase imediatamente.
N/A: a história tá se desenrolando, e comentários me fazem bem.
Capítulo 3 em breve. Bjuxxx
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