Sonhando acordado
Capítulo 1 – Sonhando acordado
Ocupados observando o Mapa do Maroto no dormitório, estavam Sirius Black e Remo Lupin (nota: Pedro Pettigrew foi completamente retirado desta fanfic). Os dois amigos acharam estranho que James Potter não quisesse participar da busca deles por um momento em que Snape passasse por um corredor vazio. Decidiram não comentar e continuaram e observar Snape parado na Sala Comunal da Sonserina.
- Mais uma vez Almofadinhas, eu acho que ele não vai sair dali. – reclamou Remo pela vigésima vez.
- Tenha calma, Aluado. Tudo tem seu tempo. – Sirius comentou de um jeito bem poético.
- Decidiu virar poeta é? – Remo perguntou – “Tudo tem seu tempo”. Você nunca usou essas palavras antes!
- Algum problema em eu as usar agora? – Sirius disse calmamente.
- Quer saber? Vamos voltar ao mapa. – Remo finalizou.
Em algum lugar, de algum planeta, em alguma galáxia, estavam os pensamentos de James. O garoto havia começado com a mania de ficar sonhando acordado, seja onde for. Ele tentava se manter na Terra durante as aulas mais difíceis, como Transfiguração, Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas. Como era muito habilidoso em Poções, não precisava ficar torrando o próprio cérebro de tanto estudar. Já em História da Magia, bem, pra isso existia o Remo.
Por mais que o amigo ameaçasse não passar as anotações, James e Sirius riam sabendo que Remo jamais os deixaria tirar um T nas notas finais (T= trasgo). Querem saber no que James andava pensando tanto? Bem, só existe uma resposta lógica para isso: Lílian Evans. Isso mesmo, por mais galinha que fosse ele não pode evitar se apaixonar por ela. A ruivinha estudiosa de olhos encantadoramente verdes. Sirius e Remo haviam obtido a péssima mania de ficar cantarolando: “James e Lily, em baixo de uma árvore...”. O que era bem irritante, na opinião de James.
- Pontas! – chamou Sirius.
De repente, James saiu daquele transe e se virou para Sirius.
- O que você quer? Não está vendo que eu estou ocupado? – reclamou James.
- Ocupado com o que? – Sirius perguntou.
- Dã! Pensando na Lily. – Remo respondeu – Por isso ele fica olhando para o nada com uma cara de apaixonado e quase babando.
Sirius riu.
- Então, o que você queria para me tirar dos meus pensamentos? – James perguntou.
- Queria pedir que me passasse a minha varinha. – Sirius disse sorrindo.
James fez uma careta aborrecida, pegou a varinha de Sirius e atirou exatamente na cabeça dele. Sirius ainda estava vendo estrelas quando Remo exclamou:
- Excelente!
- O que foi? – Sirius perguntou piscando várias vezes até o dormitório entrar em foco.
Remo sorriu marotamente.
- Ranhoso... Corredor vazio, nossa chance... Isso te lembra alguma coisa?
- Vamos logo! – Sirius se animou.
Eles conseguiram convencer James a ir junto, mas foi quase impossível se esconderem sob a Capa de Invisibilidade. Chegaram no tal corredor, sempre orientados pelo Mapa do Maroto. Viram Snape caminhando silenciosamente, carregando uma pilha grande de livros. Sirius piscou para os amigos, pegou a varinha, apontou-a para Snape e murmurou:
- Jump.
De repente, Snape se viu largando os livros e pulando sem parar como se fosse um coelho preto anormalmente grande e completamente descontrolado. James, Sirius e Remo tentaram rir sem fazer nenhum barulho. O feitiço foi realmente esplêndido. Viram Narcisa Black chegar naquele corredor, olhar ao redor e observar Snape pulando pra lá e pra cá.
- Precisa de ajuda? – ela perguntou passando a mão nos cabelos muito louros.
- O que você acha? – Snape ironizou.
Narcisa pegou e varinha e tentou se lembrar do contra-feitiço. Snape revirou os olhos e exclamou:
- Release, sua tonta!
Narcisa aborreceu-se.
- Se é tão esperto por que não faz o feitiço você mesmo?
- Tenho dois bons motivos! – ele disse – Primeiro, seria difícil mirar pulando desse jeito. Segundo, minha varinha caiu no chão a uns dois metros atrás de mim.
James, Sirius e Remo se entreolharam e trataram de se apressar para pegar a varinha de Snape. A encontraram exatamente dois metros atrás dele e a pegaram sem ninguém notar.
- Faz o feitiço logo! – Snape exclamou.
- Ah, ok! – Narcisa riu – Er... Qual é o feitiço mesmo?
- Eu mereço. – Snape murmurou – É Release!
- Ok, então! – ela apontou a varinha para ele - Release!
Snape parou de pular descontroladamente no mesmo instante. James, Sirius e Remo ainda riam baixo de sua travessura. Os três voltaram para a Sala Comunal da Grifinória rapidamente antes que Snape notasse que haviam pegado a varinha. Mas a primeira coisa que o sonserino fez foi procurar a sua varinha. Notou que ela havia sumido, então continuou a procurar.
- Perdeu alguma coisa, Severo? – Narcisa perguntou.
- Minha varinha! – ele exclamou – Não consigo encontrá-la!
Narcisa o ajudou a procurar, mas nenhum dos dois encontrou a tal varinha. Enquanto isso, os três marotos já estavam de volta no dormitório.
- Ele é muito burro! – Sirius exclamou.
- Será que ele já sentiu a falta da varinha? – James perguntou.
- É provável, mas a mais importante questão é: ele sabe que fomos nós quem fez isso?
- Eu acho que não. – Sirius comentou – Ele é idiota o suficiente para não perceber a coisa mais óbvia.
- Mesmo que ela estivesse na frente do nariz anormalmente grande dele. – James debochou.
- Pessoal, o Ranhoso não é tão lesado assim. Ele tem um cérebro. – Remo comentou – Pode ser um cérebro bem pequeno, mas mesmo assim ele tem um. Já que nós sempre o atormentamos eu acho provável que ele ache que fomos nós.
James e Sirius se entreolharam.
- Você tem sempre que ser tão racional, Aluado? – James disse.
- Não dá pra ficar calmo nem um instante? – Sirius disse – Você tem sempre que achar a solução de tudo e ficar analisando cada detalhe por mais microscópico que seja?
- Mas é claro, Almofadinhas! – Remo disse – Se eu não fosse o cérebro dos Marotos nós estaríamos perdidos.
- Falando em cérebro... Aluado, você vai nos passar as anotações da Aula de História da Magia de ontem? – Sirius perguntou.
Remo ficou chocado.
- Não! – ele exclamou – Ninguém mandou vocês ficarem passando bilhetinhos durante a aula e não prestarem atenção no Professor Binns!
- Qual é, Aluado! Nós todos concordamos que História da Magia é uma matéria um tanto vaga. – James disse.
- Não é um tanto vaga! – Remo espantou-se – É muito importante!
- Oh, claro... – James ironizou – Afinal, quem quer saber os nomes dos duendes que atacaram os bruxos no século XV?
- Se você está falando de Stonehead Parkenqgton e Dellwoore Markwyn, os principais duendes que comandaram um exército contra os bruxos, é melhor falar certo! E não foi no século XV, foi no século XIV! – Remo corrigiu.
- Ah, claro! – Sirius disse – Stonhe Pargin e Delwod Marks.
- E daí que errei por um século? Cem anos de diferença não são nada! – James comentou.
- Eu mereço. – Remo suspirou – Às vezes eu gostaria que vocês fossem um pouco mais estudiosos.
James e Sirius se entreolharam.
- Sério? – os dois falaram ao mesmo tempo.
- É! – Remo concordou – Assim eu não precisaria ficar passando as anotações pra vocês dois!
- Falando em anotações... – James começou.
- Não! Não! Não e não! – Remo aborreceu-se.
- Por favor, Aluado! – Sirius fez uma expressão de cachorrinho abandonado.
- Almofadinhas, essa sua carinha de cachorro pode funcionar com as suas vítimas, mas não vai funcionar comigo! – Remo cruzou os braços.
- Mas Aluado... – James disse.
- Sem “mas”, Jamie! – Remo exclamou ao que James fez uma careta.
- Pensei que já tivesse esquecido esse apelido. – James suspirou.
- Eu nunca vou esquecer, Jamie. – Remo brincou – Pelo visto a Vicky adora te dar tudo quanto é tipo de apelidos.
- É! Lembra de quando ela te chamou de... – Sirius falou.
- Almofadinhas, cala a boca! – James exclamou.
- O que foi “piquichito”, toquei em algum ponto sensível? – Sirius riu.
- “Piquichito”??? – Remo caiu na risada.
- Querem parar de rir? – James exclamou – A Vicky é legal, mas quando ela começa com esses apelidos...
- É frustrante, né? – Remo disse.
- Como você sabe? – James perguntou.
- A Sheryl fazia a mesma coisa. – Remo comentou.
-Sheryl? – Sirius e James disseram ao mesmo tempo.
- È. Aquela garota do terceiro ano. – Remo disse.
- E... – James disse interessado.
- Eu saí com ela algumas vezes. – disse Remo.
- O quê? – Sirius espantou-se.
- Aluado! Você está no sétimo ano e andou se agarrando com uma garota do terceiro? – James ficou chocado.
- Exatamente. – Remo concordou.
- E do que ela te chamava? – Sirius perguntou.
- Ah, isso eu nunca contarei a vocês. – Remo finalizou pegando um livro e se aconchegando em sua cama.
Sirius sussurrou para James.
- Há um modo de descobrir do que ela o chamava.
- Operação Sheryl? – James sugeriu.
- Óbvio. – Sirius finalizou.
”Oie gente!!! Espero que estejam gostando da fic. Prometo que a ‘Operação Sheryl’ vai ser emocionante e divertida. Agora, eu peço um favorzinho: comentem, por favor!!! Bom, agora eu vou procurar inspiração pra escrever o capítulo 2. Mil beijocas mágicas!!!”
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