Adeus Rua dos Alfeneiros
Muito quente, era como Harry descrevia aquele dia. Um alivio superava toda monotonia dos seus pensamentos já que fizera dezessete anos em exatos três dias. A melhor parte: não precisaria jamais voltar a rua dos Alfeneiros.
Ainda estava ali para concretizar o pedido que Dumbledore lhe fez, atar pela última vez a proteção que sua mãe lhe havia transmitido antes de morrer.
As coisas continuavam como sempre. Os Dursleys demonstravam satisfação pela despedida que brevemente aconteceria.
Em seu quarto Harry se lembrava dos últimos acontecimentos em Hogwarts. A traição de Snape, as passagens pela penseira, a morte de Dumbledore e principalmente a missão que enfrentaria dali em diante: encontrar e destruir os pedaços da alma que ainda restavam para tornar mortal aquele que um dia o tentou matar.
Dirigindo-se até a escrivaninha, Harry releu a carta enviada por Rony a
alguns dias pela pequena coruja, Pichí.
Harry,
Tudo bem? Como vão as coisas ai com os Dursleys?
Mione já está aqui em casa para o casamento de Gui e Fleur.
Feliz aniversário.
Até logo.
Rony.
Ps: Iremos buscá-lo no sábado. Mamãe manda um suéter de presente.
Não quis contar aos amigos o sonho que tivera essa semana. Já era a quarta vez.
Lembrava-se nitidamente do sonho. Um ambiente um tanto quanto escuro, com respeitável quantidade de destroços espalhado por todo o chão. Além dele imóvel na cena, encontrava-se um vulto encapuzado empunhando uma varinha. Logo em seguida ouvia-se um craque e um jato de luz verde saindo do nada.
Sempre acordava após o jato de luz verde. Tentava imaginar que local era aquele e o que tudo aquilo significava.
A ação de Voldemort e dos Comensais não mudaram muito desde a "partida" de Dumbledore. Fora alguns acontecimentos estranhos, fatos mais relevantes foram o desaparecimento inesperado de Perkkins, um bruxo velho que trabalhou no mesmo departamento que o pai de Rony no Ministério. O outro foi a prisão do comensal Avery que tentou invadir a casa de um auror em Londres.
A porta do seu quarto abriu e com a mesma aparência de cavalo que tinha, sua tia Petúnia entrou.
-Desça para jantar menino! Seu tio eu e Duda queremos dormir cedo para aproveitar dia amanhã- disse saindo logo em seguida.
Recebera de Hermione uma miniatura da nova Firebolt. Hagrid lhe enviou uma grande caixa de doces da Dedosdemel.
Descendo as escadas e passando pelo seu quarto antigo, Harry chegou a cozinha e sentou-se na mesa quando o tio com o bigode cheios de pão, perguntou:
-Quando é mesmo que você vai embora? Amanhã não é?
Harry fez que sim com a cabeça.
-Aquele velho vem buscá-lo outra vez?-desta vez foi a tia quem se dirigiu a ele.
- O velho da qual a senhora se refere foi assassinado- respondeu secamente.
-Dumbledore assassinado? Mas pensei que ele fosse muito poderoso e...-disse Petúnia parando instantaneamente e trocando olhares assustados com o marido.
-Mas ele era poderoso!-retrucou Harry- Mas isso não significa que não podia ser morto, não é mesmo?
Depois de mirá-lo por um tempo a tia passou uma travessa cheia de carne de porco para o filho Duda.
-Pronto. Aqui está Dudoca!
-Quem vem apanhá-lo então?
-Os pais daquele meu amigo, sabe?
-Que destruíram minha lareira da última vez?- perguntou tio Válter com impaciência.
-Eles mesmos. Mas virão de outra forma...
-Tá...tá. Já chega, vá dormir!- urrou o tio levantando-se da cadeira e fazendo a mesa ranger.
No quarto, Harry arrumou o malão. Juntou penas, livros, tinteiros, meias, vestes. Embora não fosse voltar a Hogwarts. Limpou a gaiola de Edwiges e embrulhou sua vassoura.
-Noite!-disse apagando a luz.
A felicidade de encontrar as pessoas de que mais gostava no dia seguinte o tomou conta, e em pouco tempo já pegara no sono.
A sensação de descanso não existia.
Harry acordou cedo no dia seguinte com o ronco estrondoso do primo. Os tios já tomavam café quando a campainha tocou. Saltando vários degraus Harry chegou em poucos segundos ao hall de entrada. A felicidade aflorou em seu peito. Uma porta, somente uma porta o separava do Sr e da Sra. Weasley.
Abrindo-a com um rápido movimento, Harry foi tomado por susto e surpresa ao mesmo tempo, pelo simples fato de que não eram os Weasleys que ali estavam.
N/A: Bom...esta é minha primeira fic. Espero que tenham gostado de como esse 1º capítulo ficou. Já estou acabando de escrever o 2º e logo-logo postarei. Não se esqueçam de dar suas opiniões. Elas são importantes para mudar alguma coisa que não esteja saindo legal.
Até mais.
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