DIRTY MONEY DEDICADO A Black



OLA PESSOAL GOSTARIA DE DEIXA BEM CLARO QUE A FIC NAO E MINHA E SIM DO CARLOS BERT SILVA QUE ME DEU AUTORIZAÇAO DE POSTALA AQUI NO FLOREIOS.



CAPÍTULO 8

Ele havia decidido morrer. Não queria novamente a agonia das pessoas que amava. Não queria de novo as pessoas contando os minutos à espera da sua morte. Que dessa vez era inevitável. Havia planejado a minha aproximação com Gina. Droga! Como eu sou idiota! Você planejou tudo, não é Harry? Como se nós pudéssemos viver sem você. Como se fosse fácil esquecê-lo!

Ele está em algum lugar e eu estava disposto a encontrá-lo de qualquer forma. Trazê-lo para mim e para Gina. Eu havia prometido a ela e a mim mesmo. Eu não o deixaria bancar o maldito herói novamente.

- O maldito Chi parece que sumiu no mapa! – exclamou Rony contrariado. Havíamos decidido que o curandeiro tinha alguma coisa a ver com o sumiço de Harry. O seu próprio sumiço era pra lá de suspeito.

- Eu sou obrigada a concordar que é muito suspeito – disse Hermione, finalmente apoiando as minhas desconfianças e as do ruivo.

- Mas o meu pai já está mobilizando os seus contatos no ministério e os membros da Ordem da Fênix – disse Rony orgulhoso de sua eficiência. Tenho de admitir que o ruivo certamente dará um bom auror.

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Nessa hora Harry provavelmente já estava arrependido, mas ele é impulsivo e cabeçudo como todo grifinório. E provavelmente a dor não é um bom incentivo a um pensamento racional. Quase sou capaz de chorar quando penso na dor que ele sente. Por isso ele havia se entregado a mim de maneira tão sôfrega nos últimos tempos. Provavelmente para sentir alguma dor que sufocasse “a dor”. Por que ele não me disse? Poderia até me sentir traído se não estivesse tão preocupado com ele.

Foi exatamente o que Gina havia dito. Não foi algo que eu tenha feito. Foi a sua insuportável mania de herói. No meu sonho eu acaricio seus cabelos, beijo seu rosto e o tranqüilizo, dizendo que tudo está bem. Que eu cuidarei dele. Quase posso sentir o seu cheiro suave e o seu hálito doce. Quase posso sentir o gemido que ele dá quando atinge o orgasmo e procura pelas minhas mãos, pelo meu abraço.

Não, não há pessoa tão suave como ele quando faz amor. A maneira como se entrega e como faz o outro se sentir o centro do mundo. Do seu mundo.

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Ali está um sujeito que quase me faz recordar os meus piores preconceitos contra os trouxas. Alto, forte, desagradável, com tanto rancor na sua alma quanto os comensais da morte nos bons tempos. Ele é um fracasso. Estragado pelos pais, saiu de casa a alguns meses, culpando-os pelo fracasso que é a sua vida aos vinte e um anos de idade. De alguma maneira absurda e irracional ele culpa o seu primo bruxo por tudo de ruim que lhe aconteceu até hoje. Sua incapacidade para o estudo, sua inapetência para qualquer tipo de trabalho. Seu gosto por bebidas fortes e por violência. Ele quase se diverte hoje com o estado dele. “Como eles chamavam a gente, mesmo? Ah, trouxas, não é? Quem é o trouxa agora?”.

Quando ele faz a pergunta em voz alta, espicaçando o rapaz da sua idade, deitado numa cama imunda, de uma casa mal-cuidada, o outro apenas coloca sobre eles aqueles seus olhos verdes impressionantes. Não, ele não tem mais medo dele, esforça-se para acreditar o grandalhão. O rapaz agora é menos do que um “trouxa”. Ele morrerá e deixará para ele uma parte do seu dinheiro.

- Ele precisa comer, benzinho – adverte Susie, a sua namorada, que parece gostar de cuidar do outro jovem.

Se o outro não estivesse tão ruim, ele provavelmente ficaria com ciúme. Susie é apenas uma idiota drogada e perdedora. Perdedora como ele e como o seu primo. Seu maldito primo com o pé na cova.

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Chi estava endividado até a alma. Seu padrão de vida extravagante e seu gosto por coisas caras e exclusivas mal podiam ser sustentados pelo valor extorsivo que cobrava dos bruxos ricos e hipocondríacos que costumava tratar. Gui Weasley nos forneceu essa informação, obtida no Banco Gringotes. E que também não era exatamente um segredo no mundo mágico da Inglaterra.

- Aí aparece o Harry e propõe ao cara uma grana para ajudá-lo a sumir no mundo – explicou Rony – Foi como se ele tivesse ganhado na Loteria do Profeta Diário.

- Vocês foram atrás daqueles parentes trouxas horríveis dele? – Eu pergunto para o ruivo e para a sua namorada, aparentemente sem motivo. Foi só uma intuição – Não que eu ache que o Harry os procuraria, mas...

- Mas nuca se sabe – completou Hermione – Sim, nós fomos. Aqueles trouxas horríveis não sabiam de nada. Parece que eles estão com problemas também com o filho deles.

- Aquele primo do Harry metido a valentão? – perguntei, mal disfarçando o ódio que eu sentia pelo sujeito por tudo que o meu namorado havia contado sobre o dito cujo.

- É. Ele saiu de casa ou algo assim – explicou Weasley, que pelo tom de voz com que comunicou o fato, parecia gostar tanto do primo quanto eu.

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Nesse momento Paul Chi lamentava pela enésima vez a entrada de Harry Potter na sua vida. Ah, não, o dinheiro que eu dei ao infeliz para tratar do Harry não foi de todo ruim, muito pelo contrário. Aumentou consideravelmente a sua conta bancária e a sua clientela. Galeões a rodo! Que apenas, entretanto, aumentaram o seu gosto por coisas caras, mulheres exóticas e excêntricas e objetos raros.

Ou seja, muito dinheiro que ele havia gastado sem nenhum controle. Agora pesava sobre ele ser suspeito do sumiço do grifinório. Eu ainda não sabia que o venerável curandeiro estava tão distante de saber do paradeiro de Harry quanto a humanidade está de descobrir uma nova pedra filosofal. Mas eu iria encontrá-lo e obrigá-lo a me dar todas as informações disponíveis.

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- Onde estão aqueles seus amigos esquisitos agora, hein? – perguntou o trouxa repugnante.

- Deixa ele em paz, querido – tentou defendê-la a namorada da criatura infeliz.

- É, seu idiota, escute a sua garota e me deixe em paz – disse o rapaz enfermo.

- Quem você pensa que é pra me chamar de idiota? – rosnou o brutamontes de maneira ameaçadora.

- O cara que paga todas as suas contas e da sua namorada drogada – disse calmamente o outro jovem.

- Vem, querido, a gente tem que trocar aquele dinheiro esquisito por libras. Vem – disse Susie, puxando o namorado para longe da cama imunda onde o garoto estranho (na opinião da moça) fechava os olhos, aparentemente indiferente aos rompantes do rapaz mais forte.

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- O nome Duda Dursley diz algo para vocês? – perguntou Gui Weasley.

- O primo dele! – dizemos eu, Rony e Hermione ao mesmo tempo.

Há quase um mês procurávamos averiguar se alguma quantia havia sido sacada da conta de Harry no Banco Gringotes. Mesmo o irmão mais velho de Rony, que tinha agora um cargo importante no banco, não tinha acesso a esta informação. Os duendes levavam muito a sério o sigilo bancário no mundo bruxo. Nem sei o que o mais velho dos Weasleys teve que fazer para obter a informação que partilhava comigo, o irmão mais novo e Hermione nesse momento.

- No dia anterior ao seu sumiço Harry sacou uma quantia razoável de dinheiro. Ele converteu para libras uma parte da quantia.

- Provavelmente ele está vivendo entre os trouxas – constatou Hermione.

- Pode ser. Ontem um trouxa foi até o banco perguntando sobre as contas de Harry. Os duendes deram alguma esperança ao sujeito de sacar ao dinheiro e pediram o seu nome – continuou explicando Gui.

- E ele deu? – perguntei.

- Sim. E depois ficou irritado por descobrir que não tinha autorização para tirar mais galeões. O duende que o atendeu sabia sobre o sumiço de Harry e tentou obter mais informações, mas aí ele foi embora irritado.

- Como esse primo desgraçado do Harry sabia sobre a conta dele no banco? – perguntou Rony.

- Tem mais – disse o Weasley mais velho – Eu andei perguntando e descobri que ele andou trocando galeões por libras em algumas lojas do Beco Diagonal.

- O que é meio burro – acrescente -. Ele obteve um valor menor do que conseguiria no Gringotes.

- Mas no Beco ele não precisa se identificar – disse Hermione.

- Mas então por que ele foi até o banco? – quis saber o Weasley mais novo.

- A minha teoria é a seguinte – disse Gui – Harry o instruiu a trocar o dinheiro discretamente em algumas lojas. Ele provavelmente não obteria essa informação sozinho. Aí algum comerciante menciona que no banco ele poderia obter um valor maior e nosso ambicioso trouxa vai até o banco e tenta se apoderar do restante dos galeões do primo.

- Bom, mas o cara precisa ser meio burro para achar que o plano daria certo – ponderou Rony.

- Pelo que o Harry falou desse primo dele, ele não é mesmo nenhum gênio – digo, o sangue começando a ferver e minha mente pensando em formas dolorosas de assassinato – Se esse trouxa fez alguma coisa para o Harry, eu vou matá-lo com as minhas próprias mãos.

- Nós vamos – acrescenta Rony Weasley de maneira decidida.

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