O 1º Dia A Gente Nunca Esquece



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7 O 1º Dia A Gente Nunca Esquece



– Hermione não tem como você tomar o seu café em paz e parar de olhar para os lados? – Rony perguntou visivelmente irritado.

– Parece que tá fugindo de alguém! – Harry falou enquanto colocava uma torrada na boca.

– Olha, eu não tô fugindo de ninguém não, ok? – ela olhou pra Gina que percorria com o olhar a mesa da Lufa-Lufa bufando.

– Nada disso Mione! Você acordou muito estranha. – antes que Hermione respondesse, Gina se manifestou.

– Harry, não tem como parar de encher o saco da Mione! Não tá vendo que ela tá querendo tomar o café dela?

– Mas ela quase nem triscou no café! – Rony respondeu por Harry, enquanto observava Luna se aproximar da mesa com um sorriso nos lábios – Bom dia meu docinho! – Gina e Harry se controlaram pra não rir enquanto Hermione continuava olhando para os lados, como se receasse alguém se aproximar.

– Bom dia meu ruivo lindo! – ela deu um beijo no namorado e logo virou para Gina lhe mostrando o Hogwarts Matutino – Olha o que tão falando de vocês dois aqui! Duas páginas só comentando da reconciliação de vocês. – Gina arrancou o jornal das mãos de Luna bufando de raiva.

– Eu não sabia que colocar os meus braços em volta do pescoço de Harry pra me livrar de um belo tombo fosse algo sensual! – Harry pegou o jornal e se espantou com a quantidade de mentiras que tinham lá.

– Eu não acredito que eles colocaram duas páginas inteiras sobre a minha “reconciliação” com a Gina. – Hermione agora prestava atenção.

– Pelo menos isso significa que eles têm criatividade! – ela riu e Gina lhe fuzilou com o olhar – Ah Gina fala sério! Me dá esse jornal aqui. – Hermione olhou para uma foto de Gina se segurando em Harry que tinha embaixo os dizeres ‘Eles voltaram a namorar em grande estilo e sensualidade! Será se haverá outro par de chifres?’ – Não vai ligar pra isso não é?

– Como não ligar? É por que não é de você que falam! – ela não sabia o quanto Hermione respirou aliviada por isso.

– Qual é o primeiro horário hoje? – Hemione mudou de assunto perguntando pra Rony.

– Era tranfiguração com McGonagall. Iríamos ter aula com a Sonserina. – a Castanha sentiu sumir o peso que tinha no estômago – O próximo horário vamos ter com a Corvinal, e os horários da tarde é Poções com a Sonserina. – ela sentiu o estômago dar voltas – Ninguém merece aula com aquele monte de serpentes, não acha?

– A-acho! Claro que sim né Ron! – ela olhou para os lados mais uma vez querendo a todo o custo evitar Draco – Por que não esperamos o próximo horário lá no jardim? – “Eu tenho que falar com eles logo. Ai meu Merlin me ajude, por favor. Como é que eu vou contar pra eles que um dia eu dormi jurando morte ao Malfoy e no outro eu acordei apaixonada por aquela doninha?”

– Eu acho uma boa idéia! – Gina levantou primeiro do banco.

– Esqueceu que quem não tem primeiro horário são eles e não a gente? – Luna segurou no braço de Gina impedindo-a de levantar.

– Gosta mesmo de ser estraga prazer não é? – perguntou irritada – Olha, mas ainda faltam 20 minutos pro primeiro horário.


Os cinco foram em direção à parte externa de Hogwarts onde ficavam os jardins. Hermione não deixou de antes dar uma olhada na mesa da Sonserina e constatar que Draco ainda não havia aparecido e quase sem querer se aliviou por isso. Sabia que do jeito que ele era, iria logo querer mostrar pros amigos que ganhou a aposta. Mas antes ela precisava conversar com Rony e Harry, pois sabia que eles iriam querer matá-la por isso. Ela olhou também pra mesa da Lufa-Lufa e viu que Miguel não estava lá também. “Deve estar com a Changalinha!”


– Por que não senta Mione? Tá nervosa de mais. – Harry olhava para a amiga com desconfiança enquanto abraçava Gina.

– Eu tô ótima assim! É que eu fiquei muito tempo sentada, tenho que ficar mais tempo em pé, entende? – Hermione repirava devagar tentando encontrar uma forma de dizer que estava “namorando” com Draco, mas não conseguia encontrar palavras.

– Vocês sabem por que McGonagall não vai dar o primeiro horário hoje? – Harry perguntou enquanto estava abraçado à Gina.

– Não faço a mínima idéia. – Rony deu mais uns beijos em Luna – Você sabe o porquê Mione?

– Ahn? Ah sim, é que ela fez uma viajem que eu não sei os motivos. – disse distraída.

– Dumbledore viajou, McGonagall viajou também. Quem será que eles vão colocar como substituto na diretoria por enquanto? – Gina perguntou com curiosidade.

– Talvez Snape. – Luna disse distraidamente e todos caíram na gargalhada – Ah gente, até que poderia ser. – sentiu-se ofendida

– Só se Minerva tivesse um parafuso a menos. – Hermione sentia-se agora mais relaxada.


Draco viu Hermione de longe, em pé de frente para os seus patéticos amigos, não que ele não achasse ela também patética, e teve uma ótima idéia. Talvez fosse bom tirar proveito desse acordo só pra irritar o Potter e o Weasley, afinal, ele nunca perderia na vida uma chance de irritá-los. Ele foi andando devagar até o grupo de grifinórios, e rindo internamente só de imaginar a cena que aconteceria a seguir.


– Eu tenho que contar uma coisa pra vocês... – Hermione finalmente tinha tomado coragem para começar a falar até ser interrompida por uma voz rouca e que agora ela conhecia bem.

– Bom dia Mi! – Draco chegou por trás de Hermione a puxando pela cintura enquanto enchia o seu pescoço de beijos, paralisando-a. A reação dos garotos foi instantânea.

– SOLTA ELA MALFOY! – Harry levantou de uma vez seguido de Rony.

– Eu não acredito que ainda não contou pra eles amor? – Draco fingia uma cara de decepcionado.

– AMOR?????? – Harry, Rony, Gina e Luna ecoaram incrédulos.

– Ah meu bem, por que não conta logo!– Hermione lançou um olhar reprovador para Draco enquanto ele fingia uma cara de indignação.

– O que está acontecendo por aqui Mione? – Rony cruzou os braços com irritação, Hermione permaneceu muda.

– Será que é tão idiota assim e não deu pra perceber que estamos namorando, Weasley. – Draco puxou uma Hermione completamente sem fala para um abraço fingido. Os outros quatro que viam a cena perderam por completo a ação ao ouvir a palavra ‘namorando’. – Vamos Hermione. Já estamos atrasados para o nosso passeio romântico. – Draco se controlava para não dar altas gargalhadas na frente de todos vendo a cara de espanto dos grifinórios que ele odiava tanto e da Lovegood também.


Draco saiu puxando Hermione, que ainda estava muda e em choque, pelo braço. Mas a reação de Harry foi quase instatânea ao ver aquela cena. Ele puxou com toda a força Hermione pelo braço direito fazendo-a parar.


– O que acha que está fazendo Testa-Rachada! – ele empurrou Harry com toda a força possível, fazendo-o cair no chão – Larga a Hermione!


Harry não teve nem tempo de pensar, só sentiu Draco o puxar pelas vestes e lhe dar um soco no rosto o derrubando outra vez. Quando Draco deu por si estava no chão também, Harry havia lhe dado uma rasteira e agora lhe socava também com toda a força. Ele ainda viu o seu nariz que ele considerava perfeito sangrar ao receber um soco certeiro de Harry. Rony ficava apenas vibrando e dando socos imaginários no ar mandando Harry socar Malfoy de todas as formas, Luna tentava segurar Gina para não se meter na briga e Hermione olhava a tudo atônita. Alguns alunos que estavam no jardin assistiam a tudo com grande interesse. Uns levavam as mãos à boca para conter o susto pelo que acabaram de ouvir, outros afirmavam que tava mais que na cara que tanto ódio só podia ser amor e alguns outros alunos saíram correndo para espalhar a notícia. Era certo que desde o começo do semestre Hogwarts nunca tinha tido tanta diversão pelas manhãs. Draco e Harry apenas rolavam no chão se socando de todas as formas possíveis, era praticamente impossível saber quem estava em desvantagem. Harry deu um soco forte no estômago de Draco que mordeu o lábio inferior para conter um grito de dor. A última coisa que Hermione ainda conseguiu ver antes de se meter entre os dois foi Draco dando um gancho no queixo de Harry que deixou o moreno desnorteado por alguns instantes e fez os seus óculos voarem a metros de distância.


– PAREM COM ISSO JÁ! – Harry e Draco pararam instantaneamente ao ver que Hermione havia se metido entre os dois. Draco ainda freiou bruscamente sua mão que ia ao encontro do rosto de Harry no momento em que Hermione se colocou entre os dois. Eles respiravam ofegantes e continuavam a se encarar assassinamente – Olha Harry, o que aconteceu é que eu e o Draco – Harry cerrou os punhos ao vê-la chamar o seu inimigo pelo primeiro nome. Hermione olhou para baixo como se procurasse na grama alguma forma de falar sem que Harry avançasse em cima dela de ódio – bem... é que nós... er... – Draco lançava um olhar pra Hermione lembrar que tinha que falar que estavam apaixonados – Bom Harry, nós nos apaixonamos, foi só isso entendeu? – Todos que viam aquela cena não conseguiam dar um pio sequer, até Rony que sempre foi o mais estourado olhava a tudo com um misto de incredulidade e pesadelo.

– Como assim se apaixonaram Hermione? Isso não faz sentido nenhum pra mim! Até ontem ele era o Malfoy, agora ele é só Draco? – Harry bufava de ódio – As coisas não podem mudar assim da noite para o dia! Ele é um idiota Hermione!

– Idiota é você ô Cicatriz-Ambulante! – Hermione entrou de novo entre Harry e Draco antes que um avançasse sobre o outro novamente.

– Será se dá pra parar de piorar as coisas? – ela sussurrou pra Draco que, depois de recuperar o fôlego, parecia se divertir com toda aquela cena – Harry me entenda, por favor! – a Castanha tinha um olhar de súplica – Por mais que isso soe absurdo as coisas podem acontecer. Entenda por favor, Harry!

– Não me peça pra entender um absurdo desses Hermione! – ele pegou a mochila e colocou nas costas e foi até os seus óculos que estavam jogados a alguns metros – Eu não sei o que ele te fez, mas tenho certeza de que não foi algo bom. – Hermione se controlava para não chorar na frente de Harry – Até ontem ele era o nojento do Malfoy, a doninha quicante, a barbie ambulante... – Draco se controlava para não pular em cima de Harry – E hoje ele já é seu namorado! – ele a encarava firmemente nos olhos – E ainda por cima teve a coragem de mentir dizendo que não estava com ele.

– Eu não menti Harry! Nós não estávamos juntos até hoje. – Harry forçou uma risada.

– Está fazendo também o Corner de otário? – ele ria tristemente – Nunca pensei que pudesse sentir pena daquele imbecil! Agora está enganando ele também...

– Não admito que fale assim comigo Harry. Eu não sou esse tipo de garota! – ele olhou com firmeza para Draco como se mostrasse para Hermione que não tinha sentido no que ela havia acabado de falar – Nós terminamos ontem e eu conversei com o Draco, nos demos bem... – ela começava a falar rapidamente, com medo das próprias mentiras. Harry começou a caminhar para longe do grupo, mas Hermione o puxou pelo braço. – Será se não tem como ficar um pouquinho feliz por mim? – ela falava baixo para Harry, sabendo que no fundo ela não estava nem um pouco feliz – Eu nunca dei opinião nos seus relacionamentos Harry, mas você nunca me apóia! – Harry sorriu irônico

– Ah claro! Espera que eu te apóie em um namoro completamente ridículo e absurdo que ainda por cima é com o meu inimigo e que se eu me recordo bem também era seu inimigo. Não Hermione, não espere isso de mim! – ele olhou com certa repulsa para a mão de Hermione que ainda segurava o seu braço – Eu nunca pensei que tivesse tanta vontade assim de opinar nos meus relacionamentos! E lembro que nunca me relacionei com ninguém que você odiasse. – ela lembrou com certa raiva de Cho – Agora faz o favor de soltar o meu braço porque não sei se posso considerar mais algum tipo de amizade contigo. – ela soltou devagar o braço do moreno e olhava tristemente para ele enquanto ele se afastava.

– Não faz isso comigo Harry, por favor.

– Não se preocupe Granger. Fique com o seu namorado que é melhor que eu. Ele sim sempre te tratou bem não foi?


Hermione sentiu o seu coração pesar. A coisa que mais odiava na vida era quando Harry ficava chateado com ela, e só a idéia de perder a amizade dele lhe deixava mais triste ainda. Enquanto Harry ia se afastando, Gina foi atrás dele e Rony e Luna saíram sem dar uma só palavra. Draco puxou Hermione até um banco no jardim próximo de onde estavam.


– Não quer sentar? – disse seco, se sentando – Ótimo! Então fica aí em pé. – Hermione foi sentando devagar sem falar nada. Ele olhou pra Hermione que tentava a todo custo limpar as lágrimas que caíam – Ah não! Vai ficar chorando aí mesmo pelo Potter? Se for me avisa que eu tenho mais o que fazer do que ficar escutando lamentações.

– Eu não estou pedindo a sua compaixão, só quero que me deixe em paz tá bom? – a voz dela embargou, não conseguindo conter algumas lágrimas que teimavam em descer.

– Ainda bem que não é compaixão porque tá aí uma coisa que eu desconheço. – Hermione ficou encarando Draco e imaginando como ele poderia ser tão insensível.

– O Harry tem mesmo razão. – pôs as duas mãos cobrindo o rosto – Mas onde é que eu tava com a cabeça quando aceitei fazer um acordo contigo?

– Sua cabeça estava em cima do pescoço. – disse calmamente querendo irritá-la.

– Você é mesmo um idiota sabia? – ele fingia que não escutava – Você sempre me tratou mal e agora eu fiz um acordo contigo! Eu só podia ter bebido mesmo pra ter aceitado isso. – ela já se irritava por ele não prestar atenção em nada do que ela dizia – E agora eu perdi os meus amigos. – começou a chorar – Eu perdi os meus amigos por sua causa! Eles nunca mais vão querer olhar pra minha cara e com toda a razão, porque eu traí a confiança deles. Nunca me senti tão suja em toda a minha vida! Eu sou uma péssima amiga, a pior pessoa da face da terra. Se eu pudesse agora explodia a minha cabeça! Eu sou má, sou terrível, sou pior que um verme que rasteja na terra. Eu me juntei com o meu pior inimigo e tava esperando o quê? Certamente não era que Harry aceitasse essa loucura. – Draco começou a assobiar uma melodia que era irritante aos ouvidos de Hermione – E eu aqui falando um monte de coisas e você só me ignorando. Não presta atenção em nada do que eu digo! – ela começou a soluçar, Draco continuava assobiando – MAS QUE DROGA! DÁ PRA ME ESCUTAR? – gritou em meio a lágrimas.


Enquanto Draco ainda fingia uma cara despreocupada Hermione começou a bater nele com os dois punhos com toda a força que tinha. Draco tentava segurar as mãos dela, em vão.


– Ei, isso machuca sabia? – ela continuava batendo nele e soluçando – Isso já tá ficando um saco!


Draco agarrou de uma vez as duas mãos de Hermione, que não parava de soluçar, para que ela parasse a tentativa inútil de socá-lo. Ela pensou em milhares de coisas, de insultos que ele iria fazer, ou até mesmo de piadas. Mas ao contrário de tudo o que ela pensou, ele apenas a puxou para um abraço protetor e ela não ousou não corresponder. Aninhou-se nos braços dele pousando a cabeça sobre o seu peito esquecendo que era de Draco Malfoy que se tratava. Ela sentiu os braços fortes dele envolvê-la como se aquilo fosse a coisa mais natural a se fazer, escutava o coração dele batendo compassadamente e fazendo com que de certa forma o dela se acalmasse também. Ela sentia a respiração tranqüila dele no topo da sua cabeça e por alguns instantes se sentiu protegida. Hermione tentava controlar os soluços, mas aquilo ficava tão difícil naquele abraço que a desarmava por completo.

Ele não falava nada, só deixou que ela se acalmasse, o que durou muito tempo. Ao mesmo tempo em que mantia a calma se matava por dentro pelo impulso de tê-la abraçado. Mas senti-la ali, indefesa, chorando por algo que pra ele não fazia completo sentido, por um instante pareceu o certo a se fazer. Senti-la apertando-o com força a cada soluço o paralisava. Ele afastou qualquer pensamento que passava pela sua mente e afastou-a com cuidado.


– Se acalmou? – ela fez que sim com a cabeça – Estamos quase atrasados para a aula. – ele levantou do banco como se nada tivesse acontecido e seguiu rumo ao Castelo. Hermione o seguia em silêncio e um pouco constrangida por tê-lo abraçado também – Nossa, você me babou todo. – fez uma cara de nojo

– “Por que ele sempre tem que estragar os momentos de trégua entre a gente?” – Eu não te babei Malfoy! Larga mão de ser fresco e vamos logo pra aula.


Eles passaram pelo Salão Principal, que há esta hora já estava vazio, e seguiram rumo à sala onde a Grifinória iria ter aula com a Corvinal. Hermione ia à frente e Draco andava logo atrás despreocupado.


– Posso saber o porquê de estar me seguindo? – parou abruptamente em frente à porta de onde teria aula.

– Eu pensei que tudo isso embaixo dessa sua juba fosse cérebro. – disse irônico – Só estou deixando a minha insuportável namorada em sua sala. – frisou bem o insuportável.

– Que seja! – deu de ombros fingindo indifrença.


Hermione abriu com cuidado a porta da sala tentando não chamar a atenção do professor e dos alunos. Mas Draco a puxou com tamanha força que ela acabou abrindo a porta de uma vez.


– Já ia esquecendo de me dar um beijo querida? – ele puxou Hermione pela nuca forçando somente um encontro de lábios, mas mesmo assim bem profundo. Ela ficou totalmente sem ação, mas por um instante, quase inconscientemente, levou suas mãos à nuca de Draco. Ele percebeu que o beijo ia ficar mais sério e se afastou no momento em que Hermione iria corresponder. – Não pensou que eu ia te dar um beijão assim né? Isso foi só pra assustar os seus amiguinhos patéticos, agora eu vou deixar a melhor parte para os meus amigos. – sussurrou no ouvido dela fazendo com que alguns calafrios subissem pela sua espinha.


Draco se afastou da sala indo em direção à sua. Hermione ainda ficou desnorteada com toda aquela situação e quando virou pra olhar para a sala deu de cara com todos os alunos a encarando curiosamente e principalmente com um olhar furioso de Harry e um confuso de Rony.

Enquanto Hermione procurava desesperadamente uma carteira o mais longe possível dos amigos, uma chuva de fuxicos se espalhava pela sala. As meninas, tanto da Corvinal quanto da Grifinória, lançavam olhares nada amigáveis para Hermione, que procurava ao máximo se encolher na cadeira. Até o professor Flitwick se espantou com a cena de Draco e Hermione se beijando. E Rony e Harry não olharam sequer uma vez para a Castanha.


– Silêncio turma. – o professor falou calmamente, ao que não fez efeito – Silêncio! – ordenou um pouco mais alto, mas a turma estava mais concentrada em comentar o que tinham acabado de ver. O professor subiu na sua costumira pilha de livros, alterado – SILÊNCIO POR FAVOR! – todos os alunos se acalmaram imediatamente e Hermione agradeceu por agora todos estarem olhando para o professor e não para ela – Creio que agora poderei começar a minha aula.


Hermione nunca pensou que pudesse desejar que uma aula de feitiços terminasse logo. Todos aqueles olhares na direção dela só faziam com que a vontade de abrir um buraco no chão e enfiar a cabeça aumentasse. “Maldita sala circular que só facilita que todos esses babacas fiquem o tempo todo me olhando!” Rony ainda chegou a olhar na direção dela uma vez com o mesmo olhar confuso e perdido de antes. Hermione apenas ignorou afirmando que a ficha ainda não tinha caído porque o jeito lunático da Luna deveria tê-lo contagiado. Mas o que mais a deixava triste era Harry sequer ter olhado uma vez para ela, e ela não sabia se queria que isso acontecesse ou se preferia que ele não olhasse mesmo de jeito nenhum, pois sabia que iria se sentir pior.


– Alguém sabe me dizer para que serve o feitiço Aparecium? – a voz do professor soou alto o bastante para tirar Hermione de seus devaneios fazendo com que a vontade de levantar a mão no ar se apoderasse dela – Sr. Logbottom? – Neville respondeu negativamente – Sr. Finnegan? – Simas balançou a cabeça em sinal de negação – ele olhou para Hermione que parecia tentar se controlar ao máximo – Srta. Granger? – a Castanha não conseguiu se segurar.

– Esse feitiço serve para fazer aparecer qualquer coisa oculta por magia comum e é normalmente usado para coisas ou objetos pequenos. – o professor sorriu satisfeito

– Muito bem senhorita. Cinco pontos para a Grifinória por ser tão inteligente e dedicada aos estudos. – Hermione sorriu para o professor em um tom importante.

– Tá com essa cara boba só porque tá namorando o Malfoy? – Harry cortou o momento de satisfação de Hermione fazendo todos os alunos olharem na direção dos dois.

– Acho que esse não é o local apropriado para discutirmos esse tipo de coisa Harry. – disse calmamente, tentando esconder o quanto as palavras do moreno a machucaram.

– O que eu estou fazendo dicutindo com a Srta. Perfeição? – disse irônico – Sempre esqueço que perco o meu tempo. Ainda mais agora que está se achando importante de mais!

– Já chega Harry! – falou ríspida, Harry forçou um sorriso cínico – Acho que não lhe dei o direito de discutir a minha vida pessoal e ainda mais em locais públicos.

– Mesmo que não queira isso já se tornou público de mais, Granger. – os alunos se assustaram com Harry chamando Hermione pelo sobrenome.

– Já chega! – o professor interviu – Aqui não é lugar de discutir brigas pessoais de ninguém. Estamos em uma sala de aula e aqui é local de aprendizado. – os alunos ainda continuavam olhando atentamente para Harry e Hermione, que se limitavam a lançar olhares assassinos mútuos – Está na hora de praticarmos o feitiço Aparecium. Eu escondi alguns objetos por magia, juntem-se em duplas e comecem já a praticar.


Os alunos rapidamente se juntaram em duplas, normalmente com quem estava ao seu lado. Padma, Lilá e Parvati travaram uma briga pessoal para ver quem iria chegar primeiro na cadeira de Hermione, mas Padma foi mais rápida.


– Posso sentar com você Hermione? – Hermione balançou a cabeça em sinal de afirmação, mas sem olhar para Padma, pois já imaginava a razão dela estar ali – É que eu fiquei sem par. Você entende não é?

– Aham. – disse secamente. Padma continuava a olhar para Hermione prestes a fazer uma chuva de perguntas – Acho melhor começarmos logo com isso.

– Claro que sim! – Padma forçou um sorriso amigável.


As duas se dirigiram a uma das mesas que estavam na sala para treinar o feitiço. Padma olhava todo o tempo pra Hermione como se procurasse pela primeira pergunta.


– Perdeu alguma coisa? – disse seca

– Claro que não né Mione! – tentava ser amigável, enquanto Hermione a ignorava treinando os feitiços, com sucesso – Eu só queria saber...

– Algo sobre o feitiço? – cortou-a

– Na verdade, não era bem sobre o feitiço. – Hermione respirou impacientemente – Ah Hermione, conta logo vai!

– Contar o que Padma? – Hermione fingia desinteresse

– O que é que você faz pra agarrar tanto gato assim? – Hermione bufou.

– Eu não estou agarrando gato nenhum!

– Por Merlin, Hermione! Me diz então o que era aquela beldade te beijando na porta da sala? – Hermione ia falar algo, mas Padma falou primeiro – Ele beija bem? Você já percebeu o quanto os dentes dele são perfeitos em um sorriso? Já notou que quando ele sorri ficam duas covinhas perfeitas na buchecha dele? Você já viu que os cabelos dele balançam numa sincronia perfeita e de dar inveja quando estão ao vento? Você já...

– Chega! Será se não dá pra parar com essa história de perfeição? – perguntou claramente irritada

– Ah Mione, não era pra ficar com ciúmes!

– Eu não estou com ciúmes! – respondeu irritada

– Se é assim, então me diz qual a marca de cueca que ele usa? – Hermione arregalou os olhos e já se preparava para dar uma resposta grosseira para Padma quando o sinal tocou. Ela nunca agradeceu tanto a Merlin pelo término da aula.


Hermione foi correndo para o quarto, já não tendo a certeza se realmente queria almoçar. Aquela raiva toda de Harry a estava matando, a sensação de que fizera tudo errado tomava de conta dela a todo o momento.

Ela entrou no quarto e deu de cara com uma figura ruiva sentada em sua cama.


– O que está fazendo aqui Gina? – ela colocou a mochila sobre a escrivaninha – Se veio aqui para me torturar com lições de moral sinto muito, mas...

– Eu não vim aqui pra te dar lições de moral Hermione. Eu vim aqui pra entender o que está acontecendo! – Hermione se sentou na cama perto de Gina – Até ontem você estava com o Miguel, depois não estava mais, surgiram boatos que você estava com o Malfoy, você negou. Mas hoje você já aparece namorando ele. Isso não faz sentido!

– Eu não estava ontem com o Malfoy se quer saber. – Gina fez uma cara descrente – Sério Gina! Eu não estava com ele.

– Mas me explica então como pode ter surgido um namoro entre duas pessoas que praticamente juraram morte uma à outra?

– Depois de ontem, você sabe... – se referia à Miguel – eu fui para o ensaio, mas não teve. Lá eu encontrei o Malfoy e nós acabamos conversando sobre vários assuntos – Hermione se xingava internamente por estar mentindo – e eu percebi que ele pode ser uma pessoa muito legal e ele me pediu em namoro e eu aceitei! – “Que Merlin me perdoe por tanta mentira!”

– Como é que você pode ter aceitado um namoro assim? Ele ainda é o Malfoy Hermione, e vocês sempre foram inimigos! Desculpe-me, mas isso ainda está muito confuso pra mim. E vocês são um casal tão...

– Improvável?

– Acho que essa é a melhor definição pra vocês dois. – ela olhou atentamente para a amiga e sorriu, assustando Hermione – Mas se vocês se apaixonaram quem é que pode ser contra isso não é mesmo? – Hermione sorriu sem graça

– É verdade. Você sabe, a paixão pode surgir dos lugares mais inesperados. – “Merlin me livre de me apaixonar de verdade por aquele loiro ridículo, imbecil, egocêntrico, idiota, insensível, chato e um monte de outras ‘qualidades’ que não vou ficar perdendo o meu tempo relembrando agora!”

– Eu nunca cheguei a pensar que o Malfoy se apaixonaria por alguém! – levantou da cama – Nossa Mione, você está com a corda toda hein? Mesmo sendo com o Malfoy que você está.

– “Nem me lembre disso, por favor.” – Acho melhor irmos almoçar logo. – levantou da cama também – Tenho a certeza de que nem o Harry e nem o Rony vão querer olhar pra minha cara.

– Esquece isso Mione! Você vai ver que depois esse ataque todo passa! – Hermione suspirou tristemente – Acredita em mim! Isso vai passar logo.


Hermione se dirigiu primeiro para a porta. Quando girou a maçaneta quase deu um grito de susto ao ver uma figura loira com a mão na maçaneta para abrir a porta.


– Pra quê essa demora toda? – Draco entrou irritado de uma vez no quarto de Hermione – Eu até pensei que tivesse morrido sang... – ele viu que Gina estava lá e tratou logo de mudar sua expressão furiosa para uma falsamente doce – Já estava com saudades querida. Quer me matar de tanto esperar? – Hermione ficou pensando o quanto Draco conseguia ser falso e ao mesmo tempo tão exagerado.

– Eu já vou indo amiga. Qualquer coisa grita! – Gina passou por Draco sem ao menos olhá-lo.

– É Weasley, você às vezes me surpreende pelo seu senso de humor ser tão patético. – Gina bufou e dobrou o corredor sem olhar para trás. Ele olhou para Hermione que parecia contrariada em vê-lo em seu quarto – Eu te disse que ia deixar a melhor parte para os meus amigos. Agora me dê logo o seu braço que eu não quero perder tempo.

– Nossa, mas que grande cavalheiro e extremamente ridículo está me saindo. – falou irônica

– Não se preocupe, depois lavo o meu braço. – ela rolou os olhos.


Eles foram andando até o Salão Principal sem dar uma palavra qualquer. No fundo Draco ainda se sentia mal por ter abraçado Hermione logo pela manhã como se fossem namorados de verdade, e Hermione ainda se sentia uma completa idiota por ter correspondido ao abraço, ainda mais chorado perto dele.

Eles pararam em frente à porta do Salão Principal, Hermione não ousou abrir a porta primeiro. Ela sentia o seu estômago dando voltas de tanto nervosismo e teve a certeza de que tinha um sapo morando lá dentro. Olhou para o lado e viu Draco sorrindo, provavelmente pela aposta que ele iria ganhar, mas que ela não sabia que era só uma parte da aposta. A porta foi aberta de uma vez e ela ainda teve tempo de olhar mais uma vez para Draco.


– Está na hora do show! – disse com o sorriso mais vitorioso do mundo e Hermione sentiu que o sapo ia sair da sua boca a qualquer instante de tanto que ele pulava.


Ele puxou Hermione rapidamente pela cintura e pressionou os seus lábios contra os dela, que abriram lentamente sem ao menos se lembrar que era Draco quem ela estava beijando. Ela sentiu um frio percorrer sua espinha. Teve a sensação de que se perdera por completo e se alguém perguntasse o seu nome naquele momento não saberia responder. Tentou várias vezes voltar à sua sã consciência, mas parecia que o seus lábios tinham sido grudados aos dele com cola. A mão dele pressionava a sua cintura fortemente e ela teve a impressão que iria ficar a marca da palma da mão dele ali. Contra a sua própria vontade sentiu o seu coração acelerar de tal forma que pensou que o sapo, que antes estava no seu estômago, tinha subido para o seu coração. Era muito estranho beijar Draco, mas por mais que não admitisse nunca, aquela foi a melhor sensação que já experimentara na vida.

Draco afastou os lábios lentamente dos de Hermione. Viu que ela abria os olhos ainda um pouco confuza e por um instante observou que a cor dos olhos dela era de um castanho muito bonito. Ele balançou a cabeça para afastar tais pensamentos desnecessários e se repreendeu mentalmente por ter demorado mais no beijo que o previsto. Mas se convenceu de que a demora foi necessária para deixar o namoro mais real ao ver de seus amigos.


– Agora acho que todos estão convencidos de que estamos namorando. – disse friamente num tom de voz só audível à Castanha.

– Todos quem? – falou um pouco confuza, provavelmente pelo beijo. Draco sorriu ironicamente.

– Eu sei que o meu beijo deixa esse efeito mesmo! – ela fez uma careta irritada – Olha pra frente que você saberá. Ah, e aproveita para apreciar a cara do Corner! – ele voltou a falar alto se dirigindo para a mesa da Sonserina – Te vejo depois do almoço Mi! Se cuida! – disse cinicamente.


Só aí que Hermione finalmente se deu conta de onde estava: o Salão Principal lotado de alunos ficou em um completo silêncio que fazia com que Hermione escutasse o som dos seus sapatos batendo contra o chão. E ela sentia que, enquanto andava até a mesa da Grifinória repetindo que aquele havia sido o pior beijo da vida dela, todos os olhares se direcionavam para ela e pedia internamente para que Merlin lhe jogasse um raio naquele momento. Foi o silêncio pior de toda a sua vida e pior ainda foi ver que Harry não estava sentado na mesa da Grifinória. Rony ainda estava com a mesma cara confuza achando que tudo ao seu redor era um pesadelo, Gina e Luna permaneciam paradas, mas lançando sorrisinhos discretos para Hermione, que a única vontade que tinha era de sumir.

De repente uma avalanche de comentários desceu sobre o Salão naquele momento, parecia que todos os alunos ficaram com vontade de falar na mesma hora. Havia todo o tipo de comentário: alguns que já sabiam do acontecido pela manhã jogavam na cara dos outros que insistiram em não acreditar, outros diziam o quanto Hermione era sortuda, já outros falavam que ele só queria bricar com ela, havia todos os tipos de comentários maldosos das meninas invejosas e alguns outros ainda falavam que estava mais que comprovado que no final de todo ódio sempre há amor. Ela ainda viu uma Pansy chorosa correr para fora do Salão.

Depois de ter fingido que não ouvia nada ao seu redor, Hermione resolveu dar uma olhada na mesa da Lufa-Lufa. Ver Miguel comendo o almoço olhando atentamente para o seu prato com uma cara de poucos amigos foi a maior satisfação do dia. Os amigos dele bagunçavam com ele de todas as formas e ele fingia a todo o custo uma cara de pouco caso, mas sentiu ali...


– O que é tão engraçado Hermione? – Rony perguntou rispidamente.

– Nada Rony, nada. – começou a colocar comida no prato ignorando os olhares curiosos que vinham em sua direção.

– Como nada Hermione? Você está namorando aquela coisa e ainda parece feliz! Era para estar no mínimo chorando! – Hermione rolou os olhos – O que foi que ele te fez Mione? Ele te enfeitiçou não foi? Pode dizer a verdade, prometo não ficar chocado. Diz logo Hermione! – Enquanto um Rony pálido insistia, Hermione notou que Miguel olhava atentamente na direção dela querendo escutar a conversa. Ela riu internamente.

– Você viu o que aconteceu Rony: nós nos apaixonamos, foi isso! – ela cuidou em falar em um tom um pouco mais alto fazendo uma onda de Ohhhhhh irromper na mesa da Grifinória, enquanto era visível a raiva estampada no rosto de Miguel – Eu percebi que não existe um cara igual ao Draco. Sabe, além dele ser bonito – Miguel contorcia o rosto, furioso – é inteligente, tem um ótimo humor, beija bem, porque sinceramente ainda não conheci um garoto que saiba ao menos beijar – Miguel engasgou – e joga Quadribol muito bem!

– Você sempre odiou Quadribol! – Rony parecia ainda aéreo a tudo o que acontecia

– Passei a gostar por ele. – disse cinicamente. Miguel fingia que não se incomodava com nada que havia visto, mas por dentro a raiva era ainda pior por lembrar que Hermione lhe dissera várias vezes que Quadribol era uma perda de tempo e nunca parecia babar por ele ser o Capitão do time da Lufa-Lufa.

– Você não é a Hermione! – Rony dizia num tom desesperado – Me diz o que fizeram com a Hemione. O que fez com ela? – Hermione fechou a cara para Rony – Ah, você é mesmo a Hermione.



Draco ainda fazia uma cara de despreocupado em frente a Zabini e Leonardo, que continuavam boquiabertos.


– Cuidado com a mosca! – Draco riu irônico.

– Eu ainda não acredito! – Zabini arregalou os olhos para Leonardo – Viu o que eu vi Leo? – Leonardo só balançou a cabeça em um sim, ainda de boca aberta – Que feitiço usou Draco?

– Não se precisa de feitiços quando se tem o Charme Malfoy. – disse convencido

– Eu ainda apostei com o Zabini que hoje você iria pedir clemência para mudar de garota! – Leonardo ainda parecia não acreditar no que viu – Eu ainda não sei se acredito. Será se estamos em alguma relidade paralela? Ou será se eu bebi alguma coisa e não lembro?

– A única coisa que aconteceu é que eu ganhei a aposta! – deu de ombros. Leo acordou do transe.

– Nada disso! A aposta ainda não acabou querido Draquinho. Esqueceu da segunda parte? – Leo recordou.

– Essa parte vai ser fichinha! – tentou se convencer – Ainda mais que eu só precisei de menos de 24horas pra que ela se apaixonasse por mim.

– E por acaso se apaixonou também? – Draco arregalou os olhos

– Mas que pergunta idiota é essa!

– Eu ti vi de olhos fechados! – Zabinni sorriu maliciosamente – Você nunca fecha os olhos quando beija! – Draco não lembrava de ter ao menos fechado os olhos.

– “Acho que fechei os olhos para deixar tudo mais real. É claro que foi por isso! Nunca eu me apaixonaria por aquela garota ridícula! Sinto muito, mas eu ainda tenho bom gosto.” – Eu... – Draco parou por um instante para pensar. Era muito claro que nunca se apaixonaria por Hermione, mas as palavras que ela havia lhe dito na noite anterior ecoavam em sua mente ‘Tá achando por acaso que eu vou ter que pagar o pato sozinha? Vai ter que dizer que também se apaixonou por mim!’ ‘Se não for assim não há acordo!’ – Me apaixonei! – Zabini e Leonardo engasgaram – Qual foi o problema? – Draco fingia uma cara de pouco caso. Zabinni encostou a mão na testa de Draco, que tirou com rapidez.

– É Leo, 45º de febre. É melhor levarmos logo o Draco pra Madame Pomfrey antes que ele tenha convulsões aqui na nossa frente. – Draco bufou – Não pode estar falando sério Draco, você a odeia!

– É mesmo? – perguntou cínico – Sabia que eu já estava até esquecendo disso. – “Nunca que eu esqueço que eu odeio aquela coisa!”

– Ela é feia, Draco! Além do mais ainda é chata, é CDF, é metida a sabe-tudo! – Draco deu de ombros – Está querendo nos chocar?

– Talvez! – fingiu indiferença

– Eu já sei o que aconteceu! – Leonardo falava em um tom sério – O Draco nunca se apaixonou na vida e já disse um milhão de vezes que nunca se apaixonaria, e a Granger é a garota mais CDF da escola, deve saber até feitiços avançados. Vai ver ela fez algum pro Draco ou então fez alguma Poção do Amor. – Draco rolou os olhos – Sabe, existem filtros do amor que são aprovados pelo Ministério. Vendem muito por aí!

– Enlouqueceu? – Zabini perguntou seriamente a Leonardo – Se a Granger pudesse ela pedia a cabeça do Draco em uma bandeja servida a vinho tinto. Ou então era mais fácil colocar o nome dele na boca do sapo.

– Por que a gente não para de tanta idiotice? – Draco irritou-se – Isso já esta irritante!

– Eu só estou querendo entender como pode uma pessoa que odeia outra mortalmente, que a acha feia e sem graça sair do nada dizendo por aí que se apaixonou pela mesma! Isso é anormal!

– Meu caro Zabini, existem coisas que não se dá pra explicar!

– Estou vendo! Isso é um caso que ainda tem que ser estudado pelos curandeiros do St. Mungus: O Caso De Um Ser Retardado Chamado Draco Malfoy. – Draco olhou assassinamente para Zabini.

– Ok! Vamos mudar de assunto! – Leo intrometeu-se.



– Terra chamando Ronald! Terra chamando Ronald! – Gina brincava com o irmão que parecia ainda confuzo com toda a história, arrancando pequenas risadas de Hermione.

– Me belisca Luna! – Rony pedia de olhos fechados – Eu falo sério, me belisca, por favor! – Luna deu de ombros – AAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIII!!!! Também não precisava ser tão forte!

– Mas foi você quem pediu ruivinho. – Luna olhou assustada para o namorado.

– Certo! Agora depois do beliscão vem a parte em que eu abro os olhos e vejo que eu não estou no Salão Principal, a Hermione não beijou o Malfoy e tudo não passou de um sonho ruin. – ele abriu os olhos e deu de cara com uma Hermione emburrada – EU VOU MATAR AQUELE TRASTE!

– Não está nem doido de dar um prejuízo desses para a humanidade! – Luna falou inocentemente, e logo ficou sem graça com o olhar raivoso de Rony – O que eu quis dizer meu bem foi que...

– EU NÃO QUERO SABER! – Luna se encolheu no banco – Ele roubou a minha amiga e agora até a minha namorada está contra mim!

– Chega de drama Ron! – Hermione interviu – Ninguém me roubou de ninguém, até porque eu não sou um objeto caso não tenha dado para perceber. Agora para logo com essa encheção de saco que eu odeio isso! E quando eu odeio algo eu me estresso! – Rony começou a assobiar querendo irritá-la – E QUANDO EU ME ESTRESSO VOCÊ SABE COMO EU FICO! – gritou assustando os alunos da mesa da Grifinória – ENTÃO, NÃO-ME-PRO-VO-QUE! – Rony se encolheu para o lado de Luna e Draco sorria ao longe de satisfação pela cena. Até que pra ele isso estava começando a ficar interessante...








Hermione caminhava lentamente em direção à aula de Poções, sem Rony ou Harry ao seu lado, e isso lhe deixava vazia. Sentiu alguém lhe puxar pelo braço. Ela nem chegou a virar, pois isso seria desnecessário por saber já de quem se tratava.


– O que quer Malfoy? – perguntou seca.

– Como o que eu quero Granger? Me deixou com cara de tacho na frente dos meus amigos. – ela sorriu discretamente – Eu disse que você me encontraria depois do almoço, mas saiu antes que eu ao menos pudesse ver. Olha que deu um trabalhão pra te alcançar. E eu ainda tinha dito que você apareceria lá na frente deles para deixar tudo mais real.

– O que queria que eu fizesse? – perguntou sem interesse.

– Oras, essa era a parte que você chegava e se jogava nos meus braços me chamando de loiro gostoso. – ele riu cinicamente.


Hermione ainda tentou controlar, mas quando se deu conta o sorriso já estava lá. Ela se pôs a caminhar mais rápido para que Draco não percebesse que ela ao menos sorriu de algo que ele falou. Aquilo pra ela seria o fim.


– Sinto muito Draco, mas isso não estava no acordo. – falou com sinceridade.

– Como não? Esqueceu da parte em que eu não te desautorizo na frente dos seus amigos e você não me desautoriza na frente dos meus?

– Mas isso não quer dizer que eu tenha que me jogar nos seus braços e te chamar... de quê mesmo? – fez uma pausa e contorceu os lábios com cara de nojo – Ah, de loiro gostoso!

– Mas é claro que quer dizer!

– Isso é a mesma coisa que mimar o seu ego! – ela continuou andando sem dar importância que ele estava logo atrás dela – E sinceramente não lembro ao menos de ter assinado um contrato contigo, e muito mesmo que me forçasse a dizer essas palavras!

– Mas isso estava no acordo! – insistiu. Ele sabia que ela estava se irritando, e era tão bom fazer isso.

– Não estava não! – continuou a andar, irritada.

– Estava sim!

– Não estava não!

– Estava!

– Não estava! – ela bufava de ódio.

– Isso estava no acordo! – ele sorriu internamente por ver que ela andava quase furando o chão com tamanha raiva.

– NÃO ESTAVA NÃO ESTAVA E PONTO FINAL! – ele notou que algum aluno vinha na direção deles e puxou Hermione pelo braço para um abraço fingido, que ele não percebeu, mas ela ficou corada por isso – O que pensa que está fazendo?

– Caso não tenha percebido a Brown está vindo na nossa direção. – sussurrou – Então cala a boca e finge uma cara feliz! – Hermione ainda bufou e acenou com um sorriso falso para Lilá, que passava analisando-os.

– Pronto! Agora me larga e vamos pra aula. – disse secamente

– Não precisa nem dizer. – ele soltou Hermione de uma vez, que cambaleou.

– Ô poço de ignorância! Eu falei pra me soltar e não pra me empurrar! – ele deu de ombros, indiferente.


Se tinha uma aula que Hermione odiava era a aula de Poções. Certamente não pela matéria, mas sim pelo professor. Snape era o pior professor na face da Terra, pelo menos na opinião dos grifinórios, e se tinha alguém que babava mais a sua Casa, esse alguém era ele. Os sonserinos poderiam não responder nada que ele perguntava, mas ganhavam pontos mesmo assim. Agora se fossem alunos de outras Casas a coisa já era bem diferente...


– Atrasada Srta. Granger! – Snape ao menos esperou Hermione entrar na sala – Menos 10 pontos para a Grifinória! – Hermione olhou o relógio.

– Mas eu estou adiantada 5 minutos! – tentou não gritar – Isso é injusto! – Hermione parou ainda na porta.

– Da próxima vez compre um relógio que preste. – ele não percebeu que Draco estava logo atrás.

– Me desculpe professor, – Draco consultou o seu Rolex – mas nós estamos realmente adiantados 5 minutos.

– Sim Sr. Malfoy, pode entrar e sentar-se. – ele sorriu para Draco, que não correspondeu.

– Eu disse que nós chegamos adiantados, e esse ‘nós’ inclui a Hermione. – Snape permitiu que sua boca abrisse alguns centímetros – Vamos nos sentar Mi! – ele puxou Hermione, mas logo parou e voltou-se para Snape que ainda olhava para ele como se visse no local um fantasma – Se recordo bem, acho que está devendo 10 pontos para a Hermione. – Hermione piscou incrédula – Não quer que digam por aí que é um professor injusto não é mesmo? – Snape ainda parecia tentar absorver todas as palavras de Draco.

– Dez pontos – pigarreou olhando para Hermione – para a Grifinória. – Hermione olhou para o professor com a cara mais vitoriosa possível. Quem sabe ser a ‘namorada’ de Draco poderia ser um pouco proveitoso.


Hermione foi sentar em uma cadeira, sendo puxada por Draco. Ela logo avistou Harry sentado junto com Rony e, ao contrário do que aconteceu pela manhã, dessa vez ele lhe olhou, mas seu olhar transmitia um profundo desprezo. Ver Harry lhe olhando daquele jeito e Rony fingindo que não a via era sem dúvida uma das piores sensações que já provara na vida. Se fosse recordar de todos os momentos desde que entrara em Hogwarts, em todas as suas lembranças eles estariam lá, e não tê-los ao seu lado naquele momento lhe deixava um vazio que não dava para ser preenchido.

Ela caminhou lentamente até uma carteira do lado de Draco e ao mesmo tempo sentia dois pares de olhos queimarem a sua nuca, provavelmente de Rony e Harry.


– Finja uma cara feliz! – Draco sussurrava para Hermione enquanto ele próprio dava um sorriso cínico pra ela – O Zabinni tá olhando.

– Ah Draco, dá um tempo. – ela retirou o livro de Poções da bolsa – Eu estou pouco me lixando se algum pateta dos seus amigos está olhando pra cá.

– Olha, isso é um acordo entendeu? Você me ajuda e eu te ajudo! E eu não perguntei se está querendo fingir felicidade, eu estou mandando fingir felicidade! – disse num tom mandão.


Hermione ignorou a cara de insatisfeito de Draco e voltou o seu olhar para Snape, tentando ao máximo se concentrar em não desviar o seu olhar para nenhum dos seus amigos.


– Hoje vamos preparar uma Poção muito utilizada em interrogatórios. – retomou seu ar superior levantando um pequeno vidro de aparência verde e gosmenta – Alguém sabe dizer que Poção é essa? – perguntou a uma classe totalmente muda. Hermione levantou sua mão como de hábito. – Ninguém? – tornou a perguntar como se não tivesse notado Hermione.

– Essa é uma Poção da Verdade professor! – Hermione respondeu. Snape continuou com o olhar fixo na classe fingindo não ter ouvido Hermione.

– Sr. Longbottom? – Neville se encolheu na carteira – Srta. Patil? – Parvati sorriu sem graça. Ele mirou Rony com indiferença – Sr. Weasley? – Rony olhou para Harry e sem querer olhou para Hermione como se buscasse auxílio, mas logo voltou seu olhar para o professor e balançou a cabeça negativamente – Já era de se esperar. Sr. Malfoy? – Draco bocejou e encarou os olhos do professor que ainda notavam certa incredulidade com o seu comportamento.

– Isso é... – bocejou tediosamente – uma Poção da Verdade.

– Muito bem! – disse entusiasmadamente – Cinco pontos para a Sonserina. – Hermione fechou a cara. – Essa Poção permite que quem a tome responda somente a verdade. Agora, – continuou – alguém pode me dizer qual é o ingrediente principal de uma Poção da Verdade? – Hermione tornou a elevar a mão ao ar – Ninguém sabe dizer?

– Professor, – Draco pigarreou chamando a atenção de Snape – acho que a Hermione está levantando o braço. – Snape encarou Hermione com pouco caso – E se ela está levantando o braço é porque está querendo responder. – enquanto Draco fingia agir da forma mais natural possível, todos da sala o encaravam como se vissem no lugar um E.T., até mesmo Hermione – Então, acho que o mais correto seria que ela respondesse. – Snape, ainda meio contrariado, voltou seu olhar para Hermione.

– Responda Srta. Granger. – disse num tom superior.

– O ingrediente mais importante são as penas de Dedo-Duro. – Snape pareceu desapontado – A Poção da Verdade mais poderosa é a chamada Veritaserum e...

– Está respondendo além do que eu perguntei senhorita. – Snape tinha agora uma cara de satisfação – Por isso, 5 pontos a menos para a Grifinória!

– Isso é totalmente injusto. – Hermione murmurou para si e via que Draco tinha uma expressão divertida.

– Agora eu quero que se juntem em duplas e preparem a Poção para em seguida bebê-la. – mirou a turma mais uma vez – E aviso que essa é uma Poção não muito forte, mas tomem muito cuidado depois de bebê-la. Falarão só a mais pura verdade! E se a Poção der errado – olhava diretamente para Neville, que se tremia na cadeira e praticamente nunca obtinha sucesso no preparo das Poções – sairão tagarelando coisas de suas vidas íntimas por aí sem que seja preciso que alguém faça qualquer pergunta. E acho que ninguém aqui quer isso, não é mesmo? – os alunos entreolharam-se um pouco nervosos – Abram o livro na página 495 e vejam a forma de fazê-la.


A turma se juntou rapidamente em duplas. Harry se juntou com Rony, Pansy, que olhava saudosamente para Draco, se juntou com Crabbe, Zabinni com Leo, Lilá com Parvati... Todos os alunos se juntaram com outros de suas próprias Casas, com exceção de Draco e Hermione.

Draco espiava um bloco de anotações que Hermione tirara da mochila e que parecia rabiscar algumas coisas intensamente e copiava outras para um papel à parte.


– Ainda não começou a fazer a sua Poção Draco? – ela continuava a rabiscar a folha e perguntava automaticamente, assim como fazia com Rony e Harry.

– Ainda não. – continuava a observar Hermione tirando da bolsa outro bloco de anotações dessa vez sobre Poções da Verdade.

– Começa a cortar as penas em diagonal, aqui diz que não se deve cortar de forma alguma na horizontal. – ela ia rabiscar mais alguma coisa, mas notou que o seu tinteiro estava seco – Me passa o seu tinteiro, Draco. – ele arqueou uma sobrancelha sorrindo e falando na sua costumeira voz rouca.

– Vejo que se acostumou muito rápido a falar o meu nome.

– É que eu fiquei a noite toda treinando na frente do espelho. – respondeu sem interesse, analisando as suas anotações sobre Poções da Verdade.

– Quer dizer então que já está ensaiando para o dia em que acha que vai casar comigo? – ele sorriu sarcástico, ela rolou os olhos.

– Merlin me livre de uma desgraça dessas! – ele sorriu abertamente – Deixa de ser convencido e se achar de mais e cuida logo em cortar as penas de Dedo-Duro. Só faltam 45 minutos. – ele respirou pesadamente, entediado.

– Sempre é tão chata assim? – ela o ignorou ainda olhando para as suas anotações.


A sala se concentrou totalmente no preparo das Poções. Um cheiro adocicado invadia o ambiente deixando nas narinas dos alunos a sensação de que estavam em alguma loja de doces. De vez em quando algum aluno ainda lançava olhares para Draco e Hermione e comentavam entre si abafando os risinhos. Leo ainda olhava para Draco como se alguma coisa estivesse errada e Draco ao perceber o olhar levantou o rosto de Hermione, que mexia concentradamente a Poção, pelo queixo, fazendo com que seus olhares se encontrassem. Por alguns instantes ele sorria cinicamente para ela mostrando a Leo que eles eram o exemplo de um casal feliz, mas sentiu o seu sorriso sumir e o seu olhar aprofundar muito no dela e se incomodou por isso.


– Está tentando outra vez demonstrar que somos um casal feliz? – Hermione abaixou a cabeça levemente corada e voltou a mexer a sua Poção – Eu acho que já chega um pouco disso. Estou te ajudando de mais e até agora não agiu ainda. – ele olhava fixamente para a Poção que adquiria uma cor amarelada indicando que já estava pronta – Como não cansa de repetir pra mim isso é um acordo, e está faltando fazer a sua parte.

– Eu estou fazendo a minha parte! – rebateu – Eu vi a cara do Corner hoje no almoço e ele não estava feliz. – Hermione o encarou demonstrando que isso não era o suficiente – Mas se é assim, amanhã eu farei a minha parte e muito bem feita! – ele sorria como se planejasse alguma coisa – Por mais que já tenha dito que fazê-lo se arrepender de ter te trocado por outra é uma missão praticamente impossível – Hermione revirou os olhos – tenho a minha parte a ser feita, e farei ele voltar que nem um cachorro.


Hermione até que tentou, mas a imagem de Miguel rastejando feito um cachorrinho pidão atrás dela pedindo perdão invadiu a sua mente de tal forma que ela não conseguiu controlar um sorriso de satisfação. Ela sentia dores na barriga de tanta vontade de rir que os seus pensamentos lhe causavam. Draco ainda olhou para ela fazendo sinal de que ela estava louca.

Snape olhou para os dois com um olhar de reprova, mas continuou a sua aula dando início à parte que ele sempre achava mais interessante.


– Quero que todos tomem agora a Poção que acabaram de fazer. – os alunos hesitaram. Snape enfureceu-se – Andem logo com isso, não tenho todo o tempo do mundo! – a sala toda ainda entreolhou-se com um certo medo de beber a Poção, mas logo levaram todo o conteúdo à boca.


Hermione colocou em um copo a quantidade da Poção que teria que tomar e em outro copo colocou a parte que cabia a Draco. Quando Hermione terminou de beber o líquido do copo sentiu o seu estômago borbulhar com o contato da Poção, os seus olhos se fecharam automaticamente pelo ardor sentindo uma leva de lágrimas invadi-los. Ela abriu os olhos lentamente esfregando-os por estarem embaçados, e viu que Draco já não estava mais com o copo na mão, certamente já deveria ter tomado a poção, e o restante da Turma ainda estava atordoada com os efeitos, mas ao que parecia todos estavam bem.

Mal todos os alunos tomaram as suas Poções, um burburinho do outro lado da sala se fez mais alto.


– EU USO MEIAS DE URSINHO! – Crabbe tentava tampar a boca, mas as frases fluíam sem que ele conseguisse impedi-las – E ACHO QUE ISSO ME DEIXA SEXY! – a sala toda caiu em uma gargalhada só.


Snape foi correndo até a carteira de Crabbe, que fazia dupla com Pansy, e pôde constatar que a Poção tinha um tom verde-azulado que indicava que havia sido feita de forma errada. Hermione viu o jeito que Pansy se contorcia na cadeira para tentar conter a vontade de falar e não agüentou. Ela viu que Draco já estava com lágrimas nos olhos de tanto rir e colocava uma mão na barriga como se sentisse dores por tanta risada.


– Eu tenho uma camiseta com a cara do Draco no meu guarda-roupa. – Pansy praticamente gritou para todos e logo surgiu uma leva de risos – E tem uma foto dele grudada na minha calcinha porque a Sibila me disse que dava sorte. – Pansy tentava esconder o rosto entre as mãos, envergonhada – E tem um monte pôster dele espalhados pelo meu quarto. – Nem mesmo Draco conseguiu segurar a risada pensando no quanto Pansy era ridícula – E a Granger me tomou o Draquinho! – Pansy chorava compulsivamente – Se eu soubesse que ele gostava de garotas feias que tem uma juba na cabeça e dizem que tem cérebro, eu juro que tinha arranjado um cérebro pra mim. – a turma toda caía na risada e só Pansy chorava envergonhada.


A Castanha olhou para Draco mais uma vez, e só de vê-lo imaginava as fotos dele espalhadas pelo quarto de Pansy e grudadas em camisetas já era por demais cômico. Mas só de imaginar uma foto dele grudada em uma calcinha sentiu vontade de rir mais ainda. Draco ainda pareceu confuso com um novo ataque de risos de Hermione, que derrubou os livros no chão de tanto rir e se sujou por completo com o tinteiro de Draco. Mas convencido de que ela estava realmente enlouquecendo e pelo estado da garota ante a tanto riso, sentiu uma vontade também de rir mais ainda. Ele não sabia se ria dela ou se era de Pansy e Crabbe, mas mesmo assim a acompanhou nas risadas

Snape empurrou Pansy e Crabbe para fora da sala e os orientou para que fossem à Ala Hospitalar. Os risos da sala eram intensos, mas parecia que ao ver de Snape só os risos do ‘casal’ mais improvável de Hogwarts é que realmente incomodava.


– Sinto muito interromper os dois pombinhos. – Hermione parou de rir automaticamente com a presença de Snape, Draco ainda continuava com um sorriso no rosto – Mas o que tomaram tenho a certeza que foi uma Poção da Verdade e não da Felicidade. – a turma toda olhava com atenção a cena – E claro que não queria interromper este seu momento tão feliz Sr. Malfoy já que vejo que tem um gosto, digamos, muito peculiar para namoradas. – crispou os lábios em desdém – O que o seu pai acha quanto ao namoro Sr. Malfoy? Ele não ficou decepcionado?

– Dane-se o que meu pai acha! – os alunos arregalaram os olhos. Draco fingia um tom ofendido – Quem está namorando a Mione sou eu e não o meu pai! – Draco puxava Hermione pelo ombro e dava o mais falso sorriso que alguém já poderia ter visto – Estamos juntos e muito felizes, não é Mi?


Hermione mordeu fortemente o seu lábio inferior para não desmentir Draco. Draco acabava de lhe fazer uma pergunta e ela sentia uma força tremenda vinda de si, certamente o efeito da Poção, forçando-a a falar tudo ao contrário. Por um instante se admirou por Draco conseguir ainda mentir sob o efeito da Poção, mas logo viu que o copo que continha o líquido que Draco deveria tomar estava jogado no chão com toda a Poção derramada, e isso parecia bem proposital. “Aiiiii, maldito filho da mãe! Quando o efeito dessa Poção acabar pode ter certeza que eu vou querer a tua cabeça!”


– A Srta. Granger não quer responder? – Snape perguntou em um tom de divertimento que não deixava a Castanha nem um pouco feliz. Ela já sentia um gosto de sangue na boca de tanto que mordia o lábio inferior – Não está feliz com o Sr. Malfoy? – Hermione não conseguiu suportar a pressão que vinha de si e respondeu grosseiramente a Snape sem ao menos medir as palavras.

– Ah cala a boca! – o professor arregalou os olhos. Hermione colocou rapidamente as mãos na boca para conter outros acessos, enquanto sentia que a turma toda a encarava de boca aberta.

– Pensa que eu sou quem para falar comigo nesse tom? – Snape estava furioso. Ela mordia o máximo que podia os seus lábios, mas aquilo já estava difícil de conter.

– Um perfeito idiota! – a turma toda caiu na gargalhada, até mesmo Rony e Harry não agüentaram. Snape bateu com toda a força na sua mesa, derramando alguns vidros que estavam em cima dela e assustando todos os alunos.

– A sua falta de educação lhe custará 50 pontos senhorita! – a veia na testa de Snape pulsava furiosamente – Está se sentindo melhor agora?

– Eu ganho esses pontos de volta em um instante se eu quiser! – disse de forma mal-criada. Nenhum aluno conseguia segurar o riso e Snape parecia à beira de um ataque de nervos.

– Quer saber o que vai acontecer com a senhorita? – olhou ameaçadoramente para a grifinória.

– Há-há-há! Estou morrendo de medo! – Draco já não tinha mais forças de tanto rir e todos os alunos o acompanhavam nas gargalhadas. Hermione pressionava as duas mãos contra a boca, mas era impossível conter qualquer coisa quando ele lhe fazia uma pergunta qualquer – Nem ao menos é o diretor dessa escola!

– POIS FIQUE SABENDO QUE SOU O DIRETOR SUBSTITUTO! – Snape vociferou e sentiu que Hermione ficou pálida – E VAI FICAR DE DETENÇÃO POR UM MÊS! ESTÁ ME OUVINDO?

– “Ah Luna bocuda!!! Você me paga sua loira desmiolada!” – Estou pouco me lixando! – ela já praticamente chorava por falar na cara do professor coisas que nunca falaria em sã consciência e se assustava cada vez mais com o que poderia falar – A CULPA É TODA SUA POR TER MANDADO OS ALUNOS TOMAREM A POÇÃO! – gritava desesperada.

– Vai ficar agora o ano todo de detenção por ter gritado com um professor. – Snape dizia em um tom assustadoramente calmo – E a sua detenção vai ser limpar todas as semanas os mais de 200 cômodos que tem nesse Castelo! E sem magia! Entendeu? – todos os alunos olhavam a tudo, assustados.


Hermione olhou para Draco como se pedisse para que ele calasse a sua boca. Ele ainda tinha lágrimas nos olhos de tanto rir da confusão, mas viu que no olhar de Hermione tinha praticamente uma súplica para que a ajudasse. Ele ainda deu de ombros demonstrando a ela que não se importava com a confusão que tinha se metido e que ao menos sabia como lhe ajudar. Hermione em um acesso de raiva agarrou Draco pela gola da camisa implorando uma ajuda qualquer antes que ela descrevesse em voz alta um discurso para o professor ressaltando TUDO que odiava nele, e que ela tinha a certeza que seria expulsa por isso.

Draco observou que Harry e Rony lhe olhavam furiosos como se perguntassem o que ele faria com Hermione por ter lhe puxado pela gola da camisa daquela forma. Ele apenas sorriu de satisfação antes de fazer o que ele sabia que deixaria os dois mais furiosos ainda: beijou-a.

Ele puxou Hermione pela cintura fortemente e lhe tomou os lábios de forma calma. Sem ao menos perceber, fechou os olhos novamente. Hermione ainda se assustou com a forma que Draco achou de lhe ajudar, mas ao invés de empurrá-lo, ela o puxava ainda mais forte pela gola temendo que, se desgrudasse da boca dele, abriria a sua ainda mais para jogar na cara de Snape o quanto ele era odiável. Draco se espantou com a forma voraz que Hermione o puxava pela gola e, tomado pelo impulso, deu início a um beijo possessivo. Era estranho beijá-la daquela forma, como se estivesse desesperado por isso, mas aquilo era realmente muito bom... Hermione não conseguia sequer formar um pensamento completo, tudo que ela tentava raciocinar naquele momento fugia da sua mente. Sentiu Draco lhe colocar sobre a carteira como se isso a deixasse mais perto dos lábios dele e continuar a beijá-la de forma que sugava suas forças e repeli-lo era uma tarefa praticamente impossível. Draco sentia que todos os pêlos do corpo de Hermione se arrepiavam só com um toque dele, e aquilo de certa maneira lhe satisfez. Hermione ao menos lembrava que estava numa sala de aula na presença do professor e de dezenas de alunos, até escutar o grito de Snape.


– ONDE PENSAM QUE ESTÃO? – Snape gritou visivelmente lívido – ESSA É UMA SALA DE AULA E NÃO UM ENCONTRO DE CASAIS!


Hermione desgrudou os lábios dos de Malfoy rapidamente com o susto. Sentiu sua respiração falhar e, por mais que tentasse vizualizar tudo, sua mente ainda estava fora de foco. Só agora ela tinha percebido que puxava Draco tão forte pela gola da camisa que, por um momento, pensou ter visto a gola rasgada. Não sentia mais a vontade de gritar na cara de Snape tudo o que tinha pensado, isso deveria ser pelo fim do efeito da Poção, só por isso... Hermione olhou pra Draco desesperada. Se Draco se assustou ou pelo menos se incomodou com todas aquelas dezenas de olhares em cima de si, não demonstrou nem um pouco. “MAS QUE PORRA! MALDITA INDIFERENÇA!”

Ela olhou para toda a sala que os encarava boquiabertos. Ela ainda olhou para Harry, que era segurado fortemente por Simas, e viu no olhar dele toda a mágua que poderia existir na face da Terra. Aquilo lhe doeu tanto, e doeu mais ainda ver a cara de tristeza de Rony. Nem juntando todos os olhares que lhe eram direcionados naquela sala lhe incomodava tanto quanto o olhar deles dois. Eles eram seus melhores amigos, Rony como um irmão e Harry... ela se sentiu confusa por lembrar o que realmente Harry era na vida dela. Um amigo? Um irmão? Uma ilusão do passado? Talvez os três... Mas ele continuaria sempre presente na vida dela, seja de uma forma ou de outra, seria sempre o Harry que um dia imaginou que ficariam juntos e dava raiva de si ver que o machucava, e dava raiva de Draco por ter feito isso e mais raiva ainda pelo que sentiu naquele beijo. Mas ela não sentiu nada, não é mesmo? Era Draco que a beijava, e sentir qualquer coisa que não fosse raiva em um beijo dado por ele era degradante para a sua alma, e por isso não sentiu nada naquele beijo. Pelo menos assim queria se convencer...


– O que tá olhando Testa-Rachada? – Draco perguntou com um tom de voz que variava de irritação a divertimento.

– Como o que eu estou olhando Doninha Ambulante? – Simas segurava com mais força Harry pelo braço, sabendo que, caso soltasse, o moreno certamente iria querer assassinar Draco ali mesmo – Você beijou a Hermione na minha frente!

– E daí? – Draco agora sorria – Ela – apontava para uma Hermione estática – é MINHA namorada. E se for da minha vontade a beijo quantas vezes eu quiser, na frente de quem eu quiser e como eu quiser. E não vai ser você – apontava Harry com desprezo – que vai me impedir de beijar a MINHA namorada. – Draco parecia ter um prazer além do normal de repetir para Harry a atual condição de Hermione.

– IMBECIL! – Harry gritou antes de tentar inutilmente avançar sobre Draco – O que fez com ela Malfoy? – Draco ria – Me responde logo antes que eu quebre os teus malditos dentes. RESPONDE!

– Não vai precisar perder o seu tempo fazendo ameaças sem sentido, Potter. Use esse tempo pra fazer o que você mais adora: salvar o planeta contra as garras do mal. Eu e a Mi estamos juntos porque nos apaixonamos, entendeu? – Harry olhava friamente para a Castanha – Diz a verdade pra ele Hermione. – Draco lançava um olhar para a Hermione, tentando fazê-la entender que era pra mentir – Diz que estamos apaixonados e muito, mas muito felizes. – Hermione achou que não agüentaria mais nenhum instante encarando o olhar de Harry.


Ela sentiu que a primeira lágrima iria cair e, antes que isso acontecesse, pulou rapidamente da carteira em que estava sentada e saiu correndo tentando sair da sala o mais rápido que suas pernas poderiam agüentar naquele momento. Draco revirou os olhos impaciente e a seguiu. Snape, para não perder a autoridade sobre a turma, ainda deu outro grito enquanto os dois saíam.


– PRA FORA OS DOIS! – mirou Draco – Sr. Malfoy, estou muito decepcionado! – bateu a porta da Masmorra na cara dos dois alunos.



– Era pra ter dito que estamos felizes! Não pode me deixar assim falando uma coisa sem confirmar! – Hermione continuava a andar, ignorando Draco – Será se dá pra ir mais devagar? – Draco perguntou irritado, Hermione não respondeu – Eu não vou ficar correndo atrás de você se quer saber.

– DANE-SE! – ela parou sentindo que não conseguriria mais dar um passo e se encostou contra as pedras frias das paredes do corredor – POR QUE FEZ AQUILO? – gritou com algumas lágrimas descendo pelos olhos.

– Eu não sou surdo. – parou perto dela – Aquilo o que? Está falado da Poção da Verdade? Eu não sabia que era tão burra a ponto de bebê-la!

– Então nunca bebeu nenhuma Poção que preparou nas aulas? – ele balançou a cabeça negativamente – Como faz então pra passar na matéria de Poções?

– Eu não preciso fazer isso pra ganhar ponto! Eu já ganho nota sem fazer esforço. – deu de ombros.

– Sabe Malfoy, sempre desconfiei que tinha um caso com Snape. – começou a rir.

– Muito engraçadinha! – cruzou os braços, irritado.

– De qualquer modo não era disso que eu estava falando. – parou de rir – Estava perguntando por que fez aquilo?

– Está se referindo ao beijo? – ele sorria só em lembrar da cara de Rony e Harry – O Potter quase teve um ataque. E o Weasley... hahahahahaha deveria ter uma câmera pra registrar aquela cena! – Hermione olhava seriamente pra Draco – Isso foi só um beijo qualquer Granger, não precisa ficar se culpando.

– Não pedi para que me beijasse! – respondeu, sentindo que as palavras dele lhe machucaram de uma forma diferente. “Então foi mesmo um beijo qualquer? Que vá pro inferno! Pra mim também foi!” – Não faça isso nunca mais. – disse em um tom ameaçador.

– Olha, eu ti fiz um favor! – retrucou irritado – E não precisa se preocupar em não ter mais os meus beijos – sorriu cinicamente fazendo Hermione bufar mais ainda de ódio – que agora eu tenho certeza de que todos já estão convencidos. Não vou mais precisar te beijar daqui pra frente.

– Não? – peguntou um pouco surpresa. Draco abriu os lábios largamente em um sorriso sarcástico e já ia falar alguma coisa para a aborrecer quando ela o cortou – Muito melhor assim! Te beijar me dá nojo! – torceu os lábios em uma careta enojada.

– Será mesmo? – perguntou irônico – Não é bem isso que me parece ao ver a gola da minha camisa.

– Eu estava desesperada! – continuou a andar impulsionada pela raiva. Draco a seguia outra vez.

– Eu sei que estava desesperada. Já estou acostumado a causar isso. – ele continuava sorrindo e aquilo lhe deixava ainda mais possessa.

– Eu estava desesperada pra calar a minha boca sua anta! – Draco pigarreou mostrando incredulidade – Eu preferia mil vezes beijar um trasgo que você.

– Sabe, eu sei que fingir é a melhor maneira de tentar esconder que o meu beijo foi o melhor que já deu na vida. – ele acariciava o queixo, pensativo – Claro que duvido que já tenha dado muitos beijos na vida, talvez nenhum...

– O Harry beija melhor que você! – Hermione se arrependeu internamente por ter mentido sobre Harry. Nunca beijou Harry sequer na vida, que não fosse na bochecha. Mas agora a mentira já estava feita e não podia voltar atrás.

– Duvido que já tenha beijado o Potter! – Hermione virou para Draco e deu um sorriso de canto de lábio que muito parecia com os dele. Ele segurou no braço dela fazendo-a parar – Já beijou o Potter?

– O que você acha? – deu outro sorriso irônico – Eu e o Harry sempre vivemos juntos, unidos. Acha mesmo que nunca rolou sequer um beijinho entre a gente? – tornou a andar deixando Draco pra trás – Nunca pensei que fosse tão ingênuo assim Draco!

– Está mentindo Hermione! – ele se sentiu estranho por estar pela primeira vez a chamando pelo primeiro nome a sós. Ele tornou a andar, acompanhando-a – Eu duvido que algum dia da sua vida tenha conseguido beijar o Testa-Rachada!

– Se duvida o problema é seu! – deu de ombros. Aquilo de alguma forma o incomodou. E se ela beijasse o Potter? Qual seria o problema? Problema é dela mesmo! – Não se preocupe de saber que ele beija melhor. Sabe, – ela sorriu cinicamente – nem todas as meninas chegaram a provar o beijo do Harry. Ele não é um garoto tão rodado assim, ao contrário de outros!

– Isso foi o que você sempre quis, não é? – Hermione continuava a sorrir – Deve ter passado a vida toda realizando isso na mente: o Potter te beijando. Mas isso nunca aconteceu de verdade. – ele não sabia ao certo se realmente Hermione e Harry já se beijaram, mas se isso aconteceu pouco importava pra ele. Pelo menos assim queria pensar... – Tanto é que ele preferiu a Weasley. – o sorriso no rosto de Hermione se dissolveu como mágica. Draco tinha tocado no ponto certo.


Hermione parou de andar. Draco continuava a apreciar a cara de raiva e ao mesmo tempo de embaraço de Hermione. Era particularmente prazeroso irritá-la e, modéstia parte, ele fazia isso muito bem. Ele tornou a andar deixando Hermione totalmente muda para trás.


– Apareça hoje à noite no meu quarto para começarmos a ler logo aquela porcaria de livro. – ele tornou a falar vendo que Hermione não falaria nada – E se não quiser aparecer ótimo! Não sabe o favor que me faz. Mas caso vá – ele parou de andar e virou para trás para encarar Hermione – não se atrase. Não sabe o quanto eu odeio atrasos.


Hermione continuou parada no meio do corredor como estava há segundos atrás enquanto Draco ia embora. Se a sensação de dor que lhe causara ver Draco jogando na sua cara que Harry nunca lhe quis fosse a mesma sensação de decepção que certamente os seus amigos estariam sentindo agora, a única vontade que tinha era de morrer. Draco conseguia machucá-la, e ter tudo aquilo jogado na cara, doía.

Ela se encostou mais uma vez contra as pedras frias da parede, e sentir toda aquela frieza era de longe reconfortante. Mas achava que merecia muito mais que isso, merecia ser enforcada e depois ter a sua cabeça exposta para servir de exemplo para outras pessoas nunca fazerem acordos com Malfoys. E lembrar de Draco a fazia lembrar que ia ter que estar todas as noites na presença dele para ler aquele livro que pra ela era o começo de todo aquele caos que ela estava vivendo. Mas só o começo.


“Aff, pelo visto essa noite vai ser muuuuito longa!”





N/A: Aêêêêêêêêêê!!!!!! Demorou mas veio! Aí está mais um capítulo que teve dessa vez 24 páginas de Word. Eu sei que isso pode soar bem egoísta, mas vou dedicar esse capítulo 7 pra mim. Pois é, fiz 18 anos agora no meio do mês e pelo menos vou me dedicar alguma coisa legal. Vou dedicar também esse cap pra tanne que está fazendo niver hoje. Feliz aniversário pra ti!!!

Eu sei que esse capítulo demorou bastante, mas ultimamente eu não estou com tempo nem pra respirar. Só estou chegando em casa sempre por volta das 8:00 e não estou com muito tempo pra escrever. Geralmente, eu começo a escrever os capítulo de madrugada e acordo sempre com os papéis todos babados... hauhauhauhauhauhauhua. Espero que tenham gostado desse cap aqui.

Me digam o que acharam desse capítulo: Ficou bom? Ficou ruim? Ficou péssimo? Poderia melhorar? Pow, é melhor que vocês digam.

Eu recebi nesse mês uns 5 e-mails me perguntando se nessa fic teria cenas NC. Cara, mal eles deram um beijinho e vocês já querem NC? Pervertidas hein... Hauhauhauahuahuahuha... Mas, falando sério: EU NÃO SEI! Como eu disse na minha primeira N/A, essa é a minha primeira fic e eu não tenho nenhuma experiência, principalmente com NCs. Minha intenção é deixar que eles se apaixonem como eles são e não deixar a narrativa muito corrida. E também eu tenho um certo receio de escrever alguma cena assim e as pessoas não gostarem ou, sei lá, se sentirem ofendidas. Bem, mas, ainda assim, gostaria de saber a opinião de vocês!

***Se alguém quiser me add no msn é só falar comigo!
***E no orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=3589054055666084976


E obrigada mais uma vez pelos comentários que me impulsionam a escrever essa fic. Amo todos.


Sonekinha_89: que bom que gostou! Continua vindo aqui ok?

hgranger: primeiro eu queria muito te agradecer pelos elogios quanto a fic e a minha escrita. Realmente me deixou muito feliz. E pode ter certeza que não vai faltar assunto desse casal no jornal de Hogwarts, afinal, eles merecem não é mesmo? Eu também não gosto muito da Cho, e também acho que as vaquinhas vão se sentir constrangidas ao serem comparadas a ela hauhauhauhauhauhua espero de todo o coração que tenha gostado desse capítulo e espero também que não deixe de vir aqui está bem?

Jacque Malfoy: que bom que gostou do outro capítulo. E vamos lá então fazer o Miguel sofrer não é mesmo? Bem que ele tá merecendo!! Continua vindo aqui ok?

carol cardilli: Caroooollll, quanto tempo né? *se esconde do Crucio lançado pela Carol* Ui, espera, deixa eu pelo menos agradecer os seus comentários antes das azarações ok? Tá bom, eu sei que já te disse que adoro os seus coments não é mesmo? Hauhauhaau Mas não deixo de repetir isso!!! E realmente o Miguel ainda parece meio balançado. Ô mas isso não é desculpa não!!! Então, vamos nos juntar para fazê-lo sofrer... e mulher quando se vinga... SAI DE BAIXO!!! E cara, c é d++++!!! Olha que isso não é babação pra te impedir de me lançar um Crucio não viu??!! Eu também te desejo que encontre esse ano um Draco encantado pq eu também quero hein!! E que a força também esteja com você hauhahauhauhauhuahau... *Priscila aparata antes de ser atingida por um Estupefaça*

Belzitah Black: ai Belzitah, desculpa pela demora da atualização tá bom? Tomara que você tenha gostado desse capítulo aqui pelo menos pra eu me redimir. Obrigada por me avisar da postagem do cap 3 e como te prometi passei lá ontem. Amei essas definições que você deu pro Miguel, pra Cho, pro Harry, pro Draco Ahhhhhhh... o Draco *sonhando* O Harry cuca-mole hauhauhauhauhau APOIADA!!! Espero te ver aqui mais vezes está bem??

Lalah Evans Potter Lupin Black: hahauhuahuha eu também tenho mó vontade de jogar um Avada no Miguel. Eu concordo que com a Cho a gente tortura bastante antes e com o Miguel (só porque ele é gostoso hahauuhauhu) a gente dá um jeito de não dar uma morte tão dolorosa assim!! Eu também odeio a Cho... e o Draco?? Ahhhh... esse aí poderia era me apostar que eu não tava nem aí... Mas, voltando à realidade tão cruel que eu vivo sem esse loiro, estou amando a sua fic e mal espero pelo próximo capítulo. Não seja tão má assim e posta logo vai *priscila puxa Lalah pela gola da camisa impacientemente* Olha que eu estou esperando pelo próximo cap viu??!!

Anna fletcher: eu gostei muito da sua short, deu pra sentir o sofrimento da Mione por estar amando o Draco. Fiquei com uma dó dela... É uma pena que não vá ter continuação, mas vou esperar por uma outra fic, song, short... que você fizer viu?! E se fizer me avisa de novo tá bom? Sorte a sua estar de férias pq tá aí uma coisa que eu não conheço desde que terminei o colégio... pow essa história de cursinho é foda... mas voltando, espero que tenha gostado desse capítulo aqui e também espero que continue passando aqui!

Dyone Smith: eu também fiquei com uma raiva enorme da Cho! Não sei por que, mas até nos livros da JK eu nunca fui muito com a cara dela. E do Miguel? Bom, esse nem se fala! Espero que tenha gostado desse capítulo aqui e também das demonstrações de afeto...

Licca_Weasley_Malfoy: eu acho que agora finalmente a fic está entrando nos trilhos. E muito obrigada por ter gostado do capítulo anterior. Espero que continue passando aqui.

Evelin Lovegood Black: capítulo atrasado, eu sei. Mas espero que tenha compreendido esse atraso. O draco lindo e traiçoeiro??? Traçoeiro como um legítimo sonserino, e lindo ahhhhh lindo... E então vamos pra parte que interessa: fazer o Miguel sofrer!! Hahauhauhauu isso sim vai ser beeeem interessante, afinal, ninguém trai sem sair impune!! Continua vindo aqui está bem??!! E tomara que tenha gostado desse capítulo aqui!

BяUทI.ทhá Potter Malfoy: eu acho que a Cho é a personagem da Jk que mais tem apelidos... CHOrona, CHANGalinha, caCHOrra huahuahuahauhua É, tadinha da Mione mesmo. (mas nem tão tadinha pra frente hein?!) E quanto ao orkut, eu apaguei a minha conta mesmo por uns problemas que eu tive com roubo de senha e essas coisas, aí resolvi mesmo só criar um fake. Se você quiser me add lá eu deixei o link lá em cima tá bom?

tanne: com essa história do namoro D/Hr é bem capaz mesmo do Ron e do Harry terem um enfarte (que enfartem aqui na minha casa!!!) Esse ainda não foi beeeem aquele beijo do Draco e da Mione, mas prometo que daqui pra frente os beijos vão ser melhores. Não me mata pelo atraso do cap pleaseeee hahahauhuahauh....

Christine Martins: a atualização está aí! Espero que tenha gostado! E vamos rumo a fazer o Miguel sofrer... hauhauhahuahua Como eu sou má *risa absolutamente maléfica*

Hanna Black Malfoy: fico mega feliz que ache essa fic boa, sério mesmo! A Mione está resistindo ao draco, mas isso é só uma questão de tempo. Afinal, quem resiste muito tempo à um loiro daqueles não é mesmo? Aiaiaiaiaiai... Continua passando aqui está bem?

Maisa_Malfoy: a atualização está aí, tomara que goste!!

Laís Potter Black: fico feliz que esteja achando essa fic maravilhosa e mais feliz ainda por ter comentado. Não deu pra passar na tua fic esses dias, mas prometo que vou passar lá pra ver se você atualizou e comentar. E eu gostei muito da sua fic viu??!!

Naomi Nora: que bom que gostou do capítulo anterior!! *cara feliz* E foi mal mesmo por não ter passado na sua fic esses dias *priscila sorrindo amarelo* mas não deu mesmo pra passar praticamente em nenhuma das fics que eu estou lendo esses dias. Mas pode ter certeza de que eu ainda vou passar lá e comentar, afinal, a sua fi é maravilhosa! Espero que continue lendo essa aqui tá bom?

taaa_hp: que bom que esteja gostando da fic, espero que também tenha gostado desse capítulo. Continua passando aqui, ok?

Kate M.J.: putz fico tão feliz que esteja achando essa fic boa! E espero ansiosa que tenha gostado também desse capítulo! Não deixa de vir aqui ok?

LuanaH²: fico feliz que tenha gostado do outro capítulo e tomara que tenha gostado desse aqui também. Não deixa de continuar passando aqui tá bom? :)

Debyh Wood: poxa, que bom que tenha gostado do outro cap, tomara que também tenha gostado desse aqui. Ei, eu passei na sua fic e estou simplesmente amando!! Ainda não deu pra passar lá nesses últimos dias e deixar um coment legal, mas é que o tempo não está deixando direito, mas prometo que vou tentar passar lá essa semana pra ver a atualização viu??

Thaís Potter Malfoy: aiiiii, que bom que você gostou do outro capítulo!! Espero que tenha gostado desse aqui também! Olha, a sua fic está cada vez megaaa e mil desculpas por não ter ainda comentado lá nesses últimos dias, mas é que está tão difícil até mesmo de vir aqui que você não faz idéia. Mas pode ter a certeza de que eu ainda vou passar lá pra conferir o último capítulo está bem? E continua vindo aqui ok?!

Reena Turvalick: me sinto honrada pela minha fic está sendo aprimeira que você está lendo, e mais ainda por você está gostando dela!! E pode ter a certeza de que quando você postar a sua fic eu vou estar lá pra ler viu?? Então não deixa de me avisar quando postá-la. Adorei os seus coments... acho que fiz doce de mais hein?! *risada maléfica* Mas não foi por maldade não tá bom!!! Espero que continue vindo aqui!

Becca Malfoy: poxa, fico tão feliz que esteja lendo essa fic e gostando! Também adoro comédias e principalmente quando envolve Draco e Hermione. É sempre tão bom vê-los entre tapas e beijos... Eu comecei a ler a sua fic por indicação da Carol e olha que estou adorando mesmo. Estou esperando ansiosa pela atualização dela.

Alexandra: fico tãããão feliz que esteja gostando dessa fic!! Espero aqui ansiosamente que tenha gostado desse capítulo. Continua vindo aqui está bem?

Carol Souza Potter Radcliffe: aiii, que bom que você está gostando da fic!! Fico muito feliz, você não tem idéia. E pode ter certeza que quando você postar a sua fic eu vou querer ler viu??!! Não deixa de me avisar quando postar ok?

Júlia Weasley: fico mega feliz que tenha gostado do capítulo anterior, espero que tenha gostado desse aqui também! Continua passando aqui tá bom?

Miss Padfoot: me emocionei com você pedindo de joelhos pela atualização, sério mesmo. Mas não vai precisar ficar de joelhos não, eu é que tenho que ficar pra pedir mil desculpas pela demora *priscila se ajoelha* Foi mal mesmo, mas o tempo tava muito curto. Espero que me desculpe e que não deixe de continuar vindo aqui está bem?



O capítulo 8 ainda não tem previsão, mas prometo continuar a babar muito em cima das folhas pra fazê-lo. Obrigada por terem comentado e espero que comentem novamente e se possível votem também. Afinal, capítulo 8 só com muitos coments hein? Bjimmmmm e FUI!!!!


Srta. Granger Malfoy


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