Feliz Aniversário *parte I*
Capítulo 9 – Feliz Aniversário! “parte I”
Uma festa dá trabalho
Passara-se uma semana daquele dia. Era quinta-feira e no sábado teria um clássico: Grifinória x Sonserina, deixando todo o castelo muito excitado. Mas naquela semana, grifinórios e sonserinos se atracavam, com ou sem magia, dando (novamente) muito trabalho aos monitores.
Remo andava louco. Pontos tirados e detenções distribuídas. Também tivera trabalho para segurar Tiago, que por ser apanhador era alvo constante de brigas. Ele combinara com os grifinórios que andassem sempre junto de alguém, jamais sozinho, o que não estava sendo problema, afinal havia sempre várias garotas ao seu lado. Naquele dia, ao caminhar ao lado de Sirius e Pedro (Remo estava de batedor mais a frente) para a aula de DCAT, postou-se ao seu lado a dupla mais perfeita para guarda-costas: duas quintanistas, uma morena tão alta que impedia a visão lateral do corredor para Tiago, e uma loirinha atarracada com a varinha em punho, que assustou os três amigos quando azarou um quartanista que tentava estuporar o apanhador.
-*-
-Posso perguntar de onde você tirou essa idéia Lílian?
-Ah, qualé Sirius. Dez de março é o aniversário do Remo não é?
-Sim, só que 10 de março também é o jogo de quadribol!
-E daí? Faremos APÓS o jogo. Achei que vocês fossem graaaandes amigos, um ajudava o outro, ligados eternamente por essa corrente de amizade marota que se iniciou em tempos difíceis e conturbados e...
-Você ADORA persuadir os outros não é? Pretende trabalhar na seção de justiça no Ministério? – ele perguntou em tom de brincadeira.
-Pra falar a verdade, sim.
Sirius se engasgou com a própria saliva, pôs-se a tossir desesperadamente, pondo a mão no peito. Lílian tentava ajudá-lo.
-Dá uns pulinhos! – ele começou a pular e Lílian a gritar: - SÃO BRÁS SÃO BRÁS! NO POTE TEM MAIS! – mas isso só ajudou o maroto se engasgar com o riso da coisa absurda que a ruiva dissera. Se apoiou no batente da janela do corredor, todos que passavam olhavam para os dois e soltavam risadinhas ou cochichos. Sirius misturava saliva com riso, e já estava com falta de ar...
TABEIFE!
Sirius caiu de encontro ao batente ao sentir um tapão pesado nas costas, mas notou que já respirava normalmente. Olhou para cima e viu dois olhos castanho-azulados brilhando divertidos.
-É Sirius, parece que você está se reduzindo a morrer sufocado com saliva. – ao ver ele fechar a cara em resposta, ela soltou uma gargalhada alta, jogando a cabeça pra trás.
O maroto não pode deixar de sorrir com a espontaneidade da garota. Ela voltou a posição normal com seu costumeiro sorriso zombeteiro.
-Então... poderia saber o porquê disso tudo no meio do corredor? E detalhe que basicamente essa sua cena de ataque de tosse ridiculamente provocado, dando pulinhos e cantando verso popular não pegou muito bem. – ao ver que Sirius ficou rubro, ela sorriu matreira e pegou nas bochechas dele, imitando perfeitamente uma tia chata que fala com os sobrinhos como se fossem bebês. – Ooo, tadinho dele! Ficou envergonhado.
Ela sentiu um empurrão. Virou-se para ver o que tinha sido, e viu na verdade a amiga da ruiva, Lawrenge, que passara batendo nela. As duas não se davam bem, e Agatha sabia o quanto ela podia ser cruel. Uma vez a viu atormentando uma garota gordinha de bochechas rechonchudas, e entre lágrimas a garota rasgou um papel cor-de-rosa em pedaços ínfimos. Isso fora no ano passado e ainda hoje a morena não sabia o porquê daquilo.
Enquanto divagava sentiu um puxão na cintura e viu Sirius no seu lado direito e Lílian no esquerdo, ambos dando os braços com ela.
-Ela é perfeita!
-Tem razão, puxa como não pensei antes!
-Sabe do que mais, essa mistureba de sangue pode até...
-DÁ PRA EXPLICAR QUE EU NÃO TÔ ENTENDENDO NADA!
-Se acalme querida.
-Ela está precisando é de Maracujina.
-O que é Maracutaia?
-Maracujina.
-Hm. Muito esclarecedor.
-Por que perder meu tempo te explicando coisas trouxas? Você não vai entender mesmo.
-Você é muito fininha.
-Ora eu...
-hemhem. Estou aqui.
-AH É MESMO!
-Puxa Sirius, muito obrigada por esquecer. Sei que sou imperceptível.
-Sempre sarcástica não é?
-Só com os irritantes.
-Obrigado pela parte que me toca. Vocês garotas são todas assim ou só a influência da Lílian basta?
-Eu? Que tem...
-CHEGA!
…
-Deixa eu ver se entendi.
Agatha se levantou da cadeira e olhou para a porta da sala vazia que levava ao corredor. Começou a contar nos dedos.
-Vocês querem que EU seja a organizadora dessa festa maluca?
Sirius fez que sim com a cabeça, a face enganosamente inocente. Lílian abriu um sorriso de “minha amiguinha linda, faça isso pra mim”.
-Mas por que EU?
Lílian se levantou e foi até a amiga ainda com cara de babona, pegou as mãos da morena e ficou balançando de um lado pro outro, falando rapidamente.
-Você tem conhecimentos tanto do lado dos trouxas como dos bruxos, pode fazer um tipo daquelas festas surpresas que só os trouxas sabem dar e conseguir colocar tudo aqui com MAGIA!
-Ãhn, Lílian. Você podia muito bem fazer isso, você é mais trouxa que eu.
-Bom! Hm, você sabe que é muito mais organizada e criativa do que eu, faz planejamentos melhores, tem mais referências e...
-TUDO BEM! Não precisa continuar com a encheção de lingüiça não. Eu ajudo vocês.
-*-
Os cabelos negros voavam no seu rosto, atrapalhando a visão. Com a mão esquerda tirou as mechas escuras e continuou olhando para os lados, o vento parecia querer-lhe rasgar o rosto.
Então ele viu. Um momentâneo lampejo dourado que refletiu nos óculos. Virou toda a vassoura quase dando de cara com Anne, desviando no último segundo enquanto ouvia as reclamações da garota atrás de si. Acelerou rápido, os olhos fixos em apenas um ponto do gigantesco campo. Esticou a mão direita...
O apito soou.
-Certo! Desçam!
Delirando, desceu desatento e dessa vez realmente trombou com alguém. Era Joe, o artilheiro e capitão do time.
-Cuidado Potter! Bela pegada, mas você tem que estar mais atento para não derrubar ninguém da vassoura no jogo!
Tiago apenas sorriu maroto, passando a mão nos cabelos, e tendo que puxá-la com esforço, pois as asas do pomo de ouro se prenderam nas mechas desgrenhadas. Voltou a atenção para Joe, que discursava infinitamente cansando-o, e a todos.
-Bom pessoal, é o seguinte. Jogaram muito bem, mas eu achei mais algumas fraquezas – ele parou ao ouvir um muxoxo do quartanista alto, batedor. – É mais fraquezas sim Anthony, o time não está perfeito e eu o quero perfeito! Primeiramente a lateral está dando a perceber que...
Como ele queria ir dormir. O jogo o cansara, aquele era um pomo bem chato de se pegar.
-... e eu pensei que se fizéssemos uma tabela com posicionamento em pirâmide...
As pálpebras estavam pesadas. Lutava pra se manter acordado, sentia uma leve vibração na mão direita, piscar, bater...
-...alinhamento de ponta, pelo menos...
Piscar, bater... A cabeça pendeu e voltou. Sua avó chamava isso de pescar. Pescar, pomo, cama quente...
-...a fronteira com o...
Pescar, piscar, bater...
-...lado de defesa...
Piscar, bater...
-...e marcação por enumeração de metros com...
Piscar, bater...
-...caindo por trás, pra vir o segundo e apanhar o... Potter?
Ele acordou sobressaltado. Esfregou os olhos por trás dos óculos sentindo as asas do pomo na sua mão, ansiosas por se exercitarem novamente. Olhou para cima apenas para ver a sobrancelha erguida de Joe. Mas Anne interrompeu o suposto carão:
-Deixa Joe, estamos todos com sono e amanhã tem aula. Acho que você também tem necessidades básicas do tipo dormir ou quer que eu soletre?
Todos riram minguados de sono, mas ele a olhou de um jeito estranho e deixou todos saírem com um gesto. Virou-se para sua mesa de gráficos, de costas para a porta, e pôs-se a analisá-los. Lentamente os jogadores foram saindo, e Tiago, o último, viu que Anne fora até Joe e colocara a mão em seu ombro, que virou-se com um brilho diferente nos olhos. Tiago fechou a porta devagar e sorrindo.
…
Tiago saiu do vestiário e vindo na sua direção ninguém mais ninguém menos que Pedro Pettigrew. Ultimamente, mais do que antes, ele parecia um chiclete em Tiago. No último passeio a Hogsmead, que tivera antes de começarem as aulas, ele não desgrudou do moreno, sempre que se exibia para algum grupo de garotas risonhas ele elogiava um dicionário completo.
Uma coisa que Remo não parava de criticar. Tiago adorava aquela atenção. E para ele o amigo lupino parecia um papagaio: “Essa é uma posição arrogante Pontas”, sempre repetindo isso! Ele não obrigava Rabicho a fazer nada ora bolas!
Os dois voltavam juntos para a Torre da Grifinória. Rabicho não calava a boca:
-E aí você se desviou da Thompson como se ela não fosse nada, quem manda a garota ficar no meio! E quando você acelerou parecia um raio eu só percebi que você tinha apanhado o pomo por causa do apito, você é tão rápido Pontas! E naquela hora que você raspou com Goldoni, se ele fosse do time adversário provavelmente não teria... – estavam no sétimo andar, Tiago já cansado do falatório de Pedro, que parou ao ver uma pessoa vindo em sua direção.
-Olá Potter!
-Springmeyer, o que a trás até mim? – ele perguntou com um sorriso maroto.
-Nem vem Potter. Eu quero falar com você. – Tiago ergueu uma sobrancelha. A garota era direta e não parecia expressar um desejo e sim uma ordem.
– Tudo bem. A sós?
-Você quer dizer o Pettigrew? Não, ele pode ficar, até porque é do interesse dele também. – ela deu um meio sorriso.
…
-Cumequié?
Ela suspirou.
-Eu tive a mesma reação, mas depois de pensar um pouco, acho que pode dar certo. Só precisarei de ajuda. Principalmente da de vocês.
-*-
Sexta-feira. Véspera da grande semi-final. Lufa-lufa ganhara da Corvinal, que venceu para a Sonserina, mas pela contagem de pontos arrastara-se em último. Se Grifinória vencesse jogaria com Lufa-lufa pela liderança, e mais uma vez Corvinal e Sonserina, que disputariam desesperadamente o terceiro lugar. Se perdesse, o time dos leões ficaria em terceiro direto, uma vez que os pontos de Corvinal não seriam suficientes.
Mas aquela sexta também seria uma correria para uma grifinória em especial.
…
O relógio apitou. Preguiçosamente abriu os olhos, fitando o teto vermelho do cortinado da sua cama. A mão esquerda voou para o encosto, e ficou tateando até encontrar o relógio. 5:30. Nunca acordara tão cedo assim. Estava um breu no dormitório, embora lá fora o azul do céu já fosse pálido, e o ar gelado se tornava lentamente frio com um ou outro tímido raio de sol que surgia por detrás das nuvens noturnas, que iam se locomovendo para locais distantes durante o dia. Alguns pássaros piavam soturnos, ainda esperando os primeiros acordes da manhã.
O quarto estava taciturno. A cama confortável. Mas ela prometera, e agora cumpriria a promessa. Levantou-se e silenciosa como um gato pegou suas coisas, arrastando-as consigo para o banheiro. Despiu-se e sentindo-se uma pioneira olhou para o chuveiro no alto da parede. Parecia uma loucura, mas ela não poderia esperar até mais tarde. Prendendo os cabelos negros com um coque no alto da cabeça, entrou no boxe, suspirou. Tinha de ser rápida. Pegou o sabonete. Olhou para a manivela, como se esta fosse seu carrasco. Não esperou mais e ligou o chuveiro. A ducha de água veio congelante, mas já desperta ensaboou-se rapidamente, enxaguou o corpo e saiu enrolada na toalha. Que frio! Enxugou-se tremendo e vestiu o uniforme.
Quando saiu do dormitório carregava a bolsa com os livros do dia. Desceu as escadas rapidamente, atravessando o Salão vazio da Torre. A Mulher Gorda resmungou por causa da hora. Mas ela nem olhou para trás. Correu para o corujal, ouvindo seus passos ecoarem no corredor deserto. As escadas estavam molhadas com a garoa que caíra à noite e ela teve que se segurar bem pra não cair. Havia várias corujas, muitas se assustaram com a chegada repentina e uma que aparentemente perdera o equilíbrio virou-lhe o rabo. Mas ela deu atenção apenas a uma, de tamanho médio e cor negra, cujos olhos demonstravam que sua relação com a dona não era das mais amigáveis.
-Olá Ares.
A coruja macho apenas lhe deu um olhar de reprovação.
-SIM, eu sei que está cedo, mas eu preciso que leve esta carta para meus pais. E o mais rápido que puder.
Ares piou indignado.
-Ora vamos, também não sou lá sua amiga e preciso conviver com você, anda, pega. – ela lhe estendeu o envelope, e depois de uns segundos de troca de olhares, ele a pegou com o bico, tendo o cuidado especial de deixar um beliscão forte na mão dela, que levou imediatamente a boca o ferimento. Não sangrara, mas a pele tinha sido ralada e estava vermelha e ardia. Ela já se preparara para dar um sopapo na coruja macho, mas este tinha alçado vôo e soltou um grasnado que lembrou irritantemente uma risada. Ela resmungou e saiu do corujal.
Já não estava tão escuro, o cheiro da manhãzinha era gostoso graças ao orvalho das folhas e o tempo já era morno. Desceu derrapando as escadas e tomou um corredor. Era um longo caminho até onde queria ir.
Chegou arfante no corredor de feitiços. Contou as portas e ao chegar na exata, bateu várias vezes pesada e demoradamente. Outra vez. Já se preparava para bater de novo quando o Professor Flitwick abriu a porta, tinha cara de além-túmulo, usava um gorro azul de estrelinhas e um roupão combinando.
-Ah, é a senhorita. Posso saber por que me acordou tão cedo? – ele disse entre bocejos, com sua voz fininha.
-Bem professor, eu preciso que o senhor me dê umas indicações.
Ele a olhou surpreso.
-*-
Lílian e Marissa atravessaram o Salão Comunal. Encontraram Sirius as esperando. Foram até ele. Cada uma sentou em um braço da poltrona vermelha. Sirius sorriu galanteador.
-Puxa, não é todo dia que duas lindas garotas vêm até mim e sentam cada uma do meu lado.
Marissa cruzou as pernas de modo que uma ficasse encostada na de Sirius e debruçou-se nele.
-Pois aproveite queridinho. Essa mamata não é pra sempre não.
-Deixa ele Marissa. Sirius, você viu Agatha?
-Não, por quê?
-Ela sumiu desde cedo. – Marissa disse despreocupada, levantando-se e alisando a roupa. – E é claro, mamãe está preocupada. – Sirius fez cara de confuso.
-Mamãe? – a loira sorriu maliciosa, puxou Lílian e pulou na cacunda dela, que abafou um gemido com o peso.
-É mamãe. MAMÃAAAAEEEEEEEE!!!!!!! – ela gritou no ouvido da ruiva que não agüentou e caiu no chão com tudo. Sirius se empolgou e pulou em cima das duas, que gritaram também. Remo, Tiago e Frank desciam do dormitório e ao se encontrarem diante da cena, se entreolharam.
-Então, vamos atormentá-los? – Tiago perguntou com cara de mau. Os outros dois sorriram maliciosos e contaram – 1...2...3... LÁ VAMOS NÓS!! – Os três seguidamente pularam em cima dos outros três, causando um baque seco. Pedro que tinha ficado pra trás descia correndo as escadas até ver o grupo. Achando que era uma brincadeira (como sempre) pulou em cima de todos, que ao vê-lo no ar gritaram, Lílian mais que todos.
-MONTINHO!
Todos gemeram ao sentir o peso do garoto. Tiago soltou um xingamento. Ele estava de lado e o ombro doía (mais ainda em Sirius, que era atingido nas costelas), ao tentar se virar acabou desequilibrando Frank, Remo e Pedro que caíram sobre as suas costas e ele ficou forçado a ficar de bruços, quando abriu os olhos viu que estava a centímetros do rosto de Lílian. Forçou um sorriso:
-Oi Evans – ele disse com voz rouca. Mas Lílian não respondeu e ele percebeu que ela estava com o rosto vermelho e tentava inspirar grande quantidades de ar. O desespero tomou conta dele quando ele entendeu e gritou a plenos pulmões – ELA NÃO TÁ CONSEGUINDO RESPIRAR!
Como se tivessem levado um choque, todos começaram a sair rapidamente e logo liberaram Lílian que pôs-se a tossir. Marissa abanava seu rosto tentando fazê-la recuperar o fôlego. Finalmente ela aliviou e todos respiraram fundo do susto.
-Não se preocupem, foi do impacto de SEIS pessoas pularem em cima de mim. Certo. Voltando. Algum de vocês viu Agatha?
-Não.
Tiago e Lílian trocaram olhares. Sabiam muito bem o que ela tinha que fazer, apenas tinham que fazer seu papel e disfarçar.
…
O sinal tocara. Os alunos de Hogwarts rumavam para suas aulas, alguns muito animados, outros nervosos, alguns não estavam nem aí. E havia um grupo em especial, que rumava para a aula de Feitiços.
Lílian, Marissa, Tiago, Sirius, Remo e Pedro entraram na sala olhando pelos ombros, ainda tentando enxergar Agatha. Mas o que viram foi uma conversa animada entre uma quintanista chamada Alice e Frank. Tiago reprimiu um sorriso.
Os seis sentaram-se, admirando um bem-humorado Flitwick tentar arrumar corvos em uma gaiola, mas os mesmos grasnavam causando sons retumbantes nos tímpanos. Ele acabou caindo da cadeira em que se encontrava em pé, até um grupinho de garotas ficou com pena e o ajudou.
O trabalho era silenciar os corvos. Remo conseguiu o seu ficar quieto na quarta tentativa, Tiago na sexta, Lílian logo pronunciara o feitiço, o seu pássaro apenas abria o bico sem emitir som (depois de Poções, sua melhor matéria era Feitiços). Pedro conseguira apenas uma bicada feia na mão. Marissa conseguira tirar as penas da cabeça do corvo e Sirius causara um pequena explosão, ambos por estarem distraídos, embora por motivos diferentes. A loira odiava Feitiços (tal como Poções, o que a fazia tão diferente de Lílian) e Sirius pensava em Agatha. Onde ela estaria?
Em meio a seus devaneios ouviu uma batida de porta.
Como quem correu para tirar o pai da forca, estava Agatha ofegante e suada, completamente ciente de que todos incluindo o Professor olhavam para ela. A morena caminhou como quem não quer nada até a mesa de Flitwick e lhe entregou um papel. Ele olhou e sorriu, indicando-lhe a cadeira. Ela sorriu de volta e sentou-se ao lado de Sirius. Depois de se recuperarem do choque de ela ter chegado tarde e não levar reclamação, o barulho voltou enquanto todos faziam seus feitiços. A garota apenas se concentrava em fazer seu corvo calar o bico. Sirius (que desfez o feitiço para não ser notado) inclinou-se discretamente.
-Nós, meros mortais poderíamos saber andava fazendo desde cedo? – ele murmurou. Ela sorriu divertida.
-Não, não podem.
-Impressão minha ou foi um fora?
-Você até entendeu rápido. Silencio. – o corvo só grasnou.
-Tem alguma coisa a ver com...
-Abra mais essa boca enorme e o tudo vai por água abaixo. Silencio. – O pássaro piou MUITO alto.
-Você está alegre hoje.
-Só com os irritantes feito você. Silencio!
O bichinho soltou um pio tão alto que Sirius deu um pulo e Agatha gritou e berrou:
-SILENCIO! – O corvo abriu e fechou o bico, mudo. Ela sorriu triunfante.
-*-
“SEJAM BEM-VINDOS AO GRANDE CLÁSSICO: GRIFINÓRIA VERSUS SONSERINA!!! DO LADO DOS LEÕES TEMOS O CAPITÃO JOSEPH LEVINE, ACOMPANHADO DE: ANNE THOMPSON, CLAIRE BARRETT-LIU, CHRIS CALWELL, ANTHONY GOLDONI, DAVID MOSER E TIAGO POTTER! DO LADO DAS COBRAS TEMOS O CAPITÃO KEVIN RAFTERY ACOMPANHADO DE: KIM RAFTERY, TOM THORNTON, GABRIEL CATALFO, JACK MINGO, ADAM SANDLER E RÉGULO BLACK! APARENTEMENTE OS APANHADORES NÃO SE DÃO MUITO BEM POIS BLACK DEU UMA DED...”
-Olha o respeito Mattinson!
-Tá bom Professora, se acalme.
“...UM... GESTO OBSCENO PARA POTTER QUE RESPONDEU COM...”
-Mattison... – alertou McGonnagal.
“PALAVRAS IGUALMENTE AMIGÁVEIS.”
…
-Acho que McGonnagal está dando uma dura no Steve. – disse Marissa com pena. Ela o achava muito fofo por ser tão baixinho.
-Ele tem o costume de colocar lenha na fogueira. – Remo falou despreocupado e olhando para baixo. – Mas parece que o clima entre seu irmão de sangue e seu irmão do peito não está muito bom Sirius.
O maroto olhou na mesma direção, indiferente.
-Você quer dizer que Régulo e meu irmão do peito estão brigando.
-É estranha a relação entre você e sua família, Sirius. – Marissa comentou. Ele sacudiu os ombros.
-Já me acostumei.
Remo olhou em volta.
-Agatha andou meio sumida hoje não é?
Sirius e Marissa evitaram se entreolhar. Ela apenas disse:
-Só porque está mais velho hoje ele quer a atenção de todos.
-Hey! Eu não disse... – ele começou a protestar, mas foi cortado por Frank.
-Só porque tem namorada isso sim.
Sirius e Marissa estancaram abriram a boca e falaram ao mesmo tempo:
-E nem contou pra gente?
Ele estava todo errado. Frank se adiantou:
-É uma amiga de Alice, Julie Bennett. Você deve conhecer. – ele virou-se para Lílian, que fez uma expressão de quem está se lembrando de algo. Então perguntou:
-Julie... Julie... Baixinha, cabelo encaracolado e castanho, prima de Alice Bennett?
-Exatamente.
-CARAMBA ALUADO, VOCÊ NEM CONTA PROS SEUS AMIGOS? – Sirius fez cara de indignado.
-Espera... Vocês não, não estão entendendo, olha...
-NÃO GAGUEJE SR. LUPIN! EXPLIQUE-ME AGORA!
-Eu... Eu ia contar! É que...
-Muito bonito, Sr. Lupin, escondendo informações dos seus melhores amigos, safadinho! – Marissa disse em tom malicioso.
-O POMO FOI SOLTO E COMEÇA O JOGO!
N/A: Faz muito tempo que não tem posto!!!!!!!! Eu queria gente, mas está difícil pelos seguintes fatores:
1- A escola não está permitindo.
2- Minha internet não está permitindo.
3- Capítulos cada vez mais complicados.
Por que os capítulos estão complicados? Porque estou chegando na parte da história que Tia Jô nos forneceu, e eu tenho que encaixar a minha história aqui.
Esse capítulo não está nada curtinho. E é só a parte I! Eu tinha planejado ele para mais tarde, pra falar a verdade, o que eu vou colocar nele seria mais tarde (isso só na parte II, huahua, eu sou má). E eu estou totalmente perdida, faz MESES que entrei na Floreios e tudo mudou por aqui.
A propósito. Me disseram que faltava romance na fic.
Bom, creio que o romance que você quer seja entre Tiago e Lílian. Olha, que já teve clima entre os dois já teve, mas romance mesmo só posso colocar depois, caso você não esteja lembrando, eles meio que se odiavam (sabe, a história toda do Snape no 5° ano), qualquer romance tem que ser depois.
E se você está falando de romance do tipo beijos forçados que eu vejo em muitas fics, eu só escrevo o que acho que poderia acontecer de acordo com os personagens. Lílian não parece ser o tipo de pessoa que se deixa ser beijada a força, parece? E não sei você, mas eu não gostaria de ser beijada por uma pessoa que nunca saí e que supostamente odeio, ainda mais a força.
Tirei sua dúvida? Bom, o romance vai vir logo, não se preocupe!
E eu quero comentários para a parte II!!
P.S.: Que queria ter postado este capítulo dia 10 de Março que é o aniversário do Remo no livro, segundo Tia Jô. Mas não deu. Feliz aniversário atrasado para você Aluado! E para mim que é hoje!! [14 anos no dia 14 de abril. Que coisa não]
MALFEITO FEITO NOX
OTACRAZES DO MUNDO, UNI-VOS!!
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