ESCARAVELHO E JASMIM




N/A: Tenham em mente que esse capitulo é a continuação do outro
Boa leitura


CAPITULO 15

ESCARAVELHO E JASMIM



- Essa é a chave para a segunda porta – disse Aziz mostrando um escaravelho de rubi , Ron sussurrou algo do tipo “ Tanto trabalho por um besouro vermelho???”

- O que tem atras dessa porta ? – indagou Mione depois de dar uma cotovelada no amigo ruivo

- Um mapa – respondeu a sacerdotisa – Que, teoricamente, nos levará ate Alex e Black

- Teoricamente ? – repetiu Harry franzindo a testa – Como assim ???

- Isso nunca foi feito antes, Harry , não temos como saber o quê o mapa nos mostrará, muito menos onde nos levará – respondeu Aziz

- Mas um mapa mostra uma região, uma localização, uma cidade – rebateu Mione – Mostra um caminho

- Não necessariamente, Mione – intrometeu-se Tonks que havia ficado em silencio ate o momento – Existem alguns mapas que precisam ser interpretados, são feitos por enigmas e figuras – deu um sorriso sem graça e continuou – Eu nunca vi um desses, mas sei que existem

- Assim são os nossos mapas – afirmou Aziz sorrindo aprovativamente para a auror

- E se vocês interpretarem errado ? - inquiriu Harry apreensivo e nervoso

- É uma possibilidade – concedeu Aziz , apesar do sorriso de escárnio que surgiu no rostos de todos os guardiões – Mas não se preocupe antes da hora, para encontrarmos o mapa precisamos esperar que John se recupere

- Ele vai ficar bom, então ? - indagou Gina parecendo se interessar na conversa – Logo ?

- Ai dele que não fique – respondeu Ivy , o rosto pálido, saindo do quarto – E ai de você , Ayla se fizer isso de novo – alertou olhando feio para a sacerdotisa

- Você só iria atrapalhar naquele momento – defendeu-se a mulher sem se desculpar – E precisávamos nos concentrar no garoto – acrescentou, mas antes que a loira pudesse responder , ouviram uma batida na porta e sem esperar permissão , o mestre de poções entrou, um sorriso sarcástico no rosto pálido ao ver o grupo todo reunido

- Conseguiram ? – perguntou, olhando para o sacerdote, como sempre o tom era pouco mais do que um sussurro

- Sim, aqui está chave – disse o sacerdote estendendo o escaravelho para que severo o visse

- COMO SE VOCÊ SE IMPORTASSE !!! - esbravejou Harry erguendo-se da poltrona indignado, com medo por Dumbledore , por Sirius – COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE VIR AQUI SABER DA BUSCA ?? VOCÊ ODEIA SIRIUS !!!!! QUER MAIS É QUE ELE FIQUE PERDIDO PRA SEMPRE

- Harry !!!??? – exclamou Ivy erguendo-se também, a primeira a se recuperar da supresa daquele ataque

- VOCÊS NÃO ENTENDEM ???? – indagou completamente perturbado, olhando ao redor sem ver as expressões atônitas e preocupadas dos outros, Josh era o único que parecia nem ver, nem ouvir o ataque de Harry – ELE ESTÁ TORCENDO CONTRA VOCÊS!!! CONTRA A BUSCA

- Quem não entende é você, Harry – começou Ivy a voz calma, tentando se aproximar do garoto

- Não me defenda, O’Connor – cortou severo com um sorriso de desdém , a voz controlada – Eu não preciso disso e o Potter pensa que sabe tudo a meu respeito e que deve alertar os outros, alem de não possuir cérebro suficiente para entender coisas simples, também é incapaz de controlar suas emoções e a própria língua

- Posso não saber tudo a seu respeito mas sei que odeia Sirius – continuou o garoto, , a voz rouca, o ar arranhando a garganta, mas se sentia exausto demais para continuar gritando – E Remo, como odiava meu pai, talvez você odeie ate a mulher dele, a Alex e ela – disse apontando para Ivy que estava parada ao lado do professor de poções – E se ....

- Não lhe devo explicações, Potter, você deveria cuidar da sua própria vida ao invés de cuidar da minha – Severo garantiu com simplicidade e ainda sorrindo sarcástico, virou-se para Ivy e fez um gesto com a varinha, um frasco com um liquido vermelho surgiu a sua mão e entregou para a loira – Você parece precisar disso – falou e virou-se para sair, deixando um Harry ofegante parado no meio da sala – Como dizem os trouxas: Quem é vivo sempre aparece, McKinnon

- McKinnon ? – murmurou Alice – Ficou maluco, Snape ? Lene morreu junto com toda a família – lembrou de forma raivosa, mas Severo apenas sorriu arrogante quando passou por ela

- É mesmo ?! – exclamou num tom de tédio

- Espere, severo – chamou o sacerdote fazendo o professor parar já com a mão na maçaneta da porta – Preciso conversar com você

- Tenho alguma escolha ? – inquiriu sem se virar

- Não realmente, mas o assunto lhe interessa – riu o sacerdote seguindo o outro

- Sente, Harry – pediu Mione chamando a atenção do amigo – Por favor

- Você não vai beber isso, vai ? – o rapaz perguntou para Ivy

- Entendo que você não confie nele, mas Severo nunca faria algo contra mim – garantiu a loira bebendo a poção que recebeu – Um simples tônico fortalecedor, amargo, mas eficiente e inofensivo – comentou depois

- Definitivamente ele não tem apenas os olhos de Lily – comentou Alice um sorriso brincalhão e saudoso no rosto – A garganta também é dela – completou provocando risos nos amigos que conheceram a ruiva

- O que ele queria falando dos McKinnon ? – perguntou Frank , a testa franzida

- Foi a maneira dele me dar as boas vindas – respondeu a mulher silenciosa que havia entrado horas antes e sido abraçada por Mel e Lara, estava abaixando o capuz que revelou um rosto bonito, cabelos loiros cacheados, olhos verdes brilhantes e um sorriso triste, Alice e o marido ficaram estáticos encarando a mulher – Desculpe não ter vindo antes, ter deixado que vocês pensassem que eu tinha morrido – lagrimas molhavam o rosto pálido – Sinto muito ...

- Lene ? – indagou Alice sem conseguir emitir som algum, apenas os lábios se moveram – É você mesma ???

- Eu sabia !!! – Harry falou baixinho, e sorriu vitorioso, mas os Longbotton não lhe deram atenção, pareciam chocados demais – Eu sabia que Mel era filha dela !!!

- QUE DIABOS ACONTECEU NAQUELE DIA ???? PORQUE VOCÊ NOS FEZ PENSAR QUE ESTAVA MORTA ??? – Alice fazia pergunta atras de pergunta, caminhando em direção a loira, parecia furiosa - NÓS FOMOS LÁ NAQUELA TARDE, ENCONTRAMOS A MARCA NEGRA – segurou-a pelos ombros e a sacudiu um pouco encarando os olhos verdes que choravam e começou a chorar também – Encontramos a sua família, o seu corpo .... E O ENTERRAMOS ENQUANTO VOCÊ ESTAVA FELIZ E SEGURA COM ELES !!!

- Alice, me deixe explicar, por favor – implorou a loira entre soluços

- Não sei se quero ouvir suas explicações, McKinnon – falou Alice, se aproximando do marido

- Você quer sim – garantiu Frank abraçando a esposa e encarando Marlene – Você precisa disso pra entender o que aconteceu .... E eu também

- Razul me salvou – começou a contar, a voz tremula, o rosto contorcido pela dor das lembranças do dia em que perdera toda a sua família – Antes de ir embora Josh havia me pedido para voltar a morar na casa dos meus pais, disse que eu ficaria mais segura lá do que no apartamento – engoliu em seco ao lembrar do apartamento que dividia com o namorado e as amigas. Tinha sido muito feliz lá – Razul apareceu naquele domingo e eu me assustei, achei ... Achei que tinha acontecido alguma coisa com Josh – suspirou revivendo aqueles momentos horríveis – Antes que ele tivesse tempo de falar alguma coisa, eles apareceram – lagrimas corriam por seu rosto contorcido de dor e saudade – Lutamos, mas eram muitos e .... No meio daquela loucura toda ele puxou o colar que Josh havia me dado e colocou alguma coisa na minha mão – nesse momento sua voz falhou e soluços incontroláveis impediram que continuasse

- Era uma chave de portal que eu dei a ele – completou Ayla , a perda do amigo ainda machucava – Só podia ser usada uma vez e ele sabia disso

- Quer dizer que ..... – engasgou Rony sem acreditar no que pensava

- Que ele sabia que não poderia voltar ao templo depois que entregou a chave nas mãos de Marlene – a sacerdotisa completou novamente – Que ele sabia que as chances de morrer eram enormes

- Ele sabia que Marlene estava gravida e mais do que salvar a mulher que o filho dele amava, meu pai queria salvar as netas – anunciou Ivy com um sorriso tremulo – Se Alex, Ayla e eu não estivéssemos gravidas na época, se Josh e Aziz não estivessem em coma , teríamos ido junto e talvez as coisas tivessem sido diferentes - supôs com tristeza – Para todos nós – acrescentou pensando em Alice, Frank e Neville , em Lily, Tiago e Harry – Lene não teve escolha, quando viu estava no templo e não podia mais sair

- Não adianta muito ficarmos pensando no que teria sido – cortou Josh com uma frieza pouco usual – John esta se recuperando – anunciou e todos sorriram aliviados – Mas ainda vai ficar um tempo desacordado e em observação na ala hospitalar , precisamos de uma mentira muito boa pra convencer a escola toda que ele sofreu um simples acidente

- Que tipo de acidente você sugere ? – perguntou Nicole cansada demais para pensar

- Estava esperando algumas sugestões – pediu o tio sorrindo compreensivo

- Quadribol – a palavra saiu da sua boca antes que Harry pudesse pensar – Todo mundo vive se machucando durante os jogos – deu de ombros ao ser alvo de tantos olhares depois do ataque a Severo

- E nos tínhamos marcado um treino agora de manhã – apoiou Rony

- Ferimentos acontecem em jogos e não em treinos – discordou Andrew parecendo emburrado – Mas Nicole sempre pode querer bater em alguém – ironizou sorrindo de leve para a irmã que estava quase dormindo no seu ombro

- A historia pode colar – apoiou Josh sorrindo levemente – Talvez Mel tenha errado um balaço e acertado a cabeça de John ? – perguntou olhando para a filha que mostrou a língua

- Tá , pode colocar a culpa em mim – concordou a garota rindo sonolenta , deitada no sofá, a cabeça no colo da mãe – Só vai ter que garantir a minha proteção contra o fã clube dele

- Pode deixar comigo – Andrew se ofereceu forçando a voz a sair animada

- Cabe ao time levar o “acidentado” a ala hospitalar, então – lembrou Ayla e estalando os dedos deixou as roupas dos que faziam parte do time amarrotadas e sujas como se tivessem mesmo treinado a poucos momentos atras – Vou falar com Minerva – anunciou antes de sair – Pedir que ela explique as coisas para a enfermeira

- Vou pegar Johnny – anunciou Nicole suspirando antes de entrar no quarto e voltar com o primo, devidamente seco e vestido – Aí cambada, vamos logo que eu to caindo de sono – convocou os colegas e saiu para a ala hospitalar

- Você fica Evelyn – decretou Josh com firmeza ao ver a loira pronta para acompanhar as crianças

- É o meu filho !!! – protestou a loira , prestes a se enfurecer com o irmão

- Que você ainda não sabe que está machucado porque você não está nesse castelo – lembrou Josh gentilmente , conhecendo a preocupação da irmã – Espere algumas horas aqui com Alice e Lene

- E onde nos dois vamos ? – inquiriu Frank já que não tinha sido citado pelo vidente

- Remo precisa ser avisado – lembrou o vidente - Já amanheceu , o sol está brilhando, apesar do frio e a transformação já acabou – apontou para a janela onde a neve brilhava refletindo o sol da manhã

- Ele vai ficar muito preocupado – afirmou Frank, amenizando a reação do ex-maroto

- Ele vai é ficar furioso – discordou Alice sendo bem franca

- E vamos voltar às acusações e brigas de antes – resmungou Ivy, inconformada com o temperamento do ex-namorado – Na verdade não tínhamos saído dessa fase mesmo, então .... – tagarelou dando de ombros fingindo uma despreocupação que não sentia – Vamos continuar com as brigas, discussões, acusações ....

- Cadê a auror ? A tal Tonks ? – perguntou Lene dando por falta da metamorfomaga

- Talvez tenha resolvido poupar trabalho a vocês dois e tenha ido contar tudo a Remo – sugeriu Alice que não simpatizava com Tonks simplesmente porque ela havia contado sobre John a Remo e trazido problemas para Ivy, alem de ter namorado o ex-namorado da amiga, enfim, ela não simpatizava com a auror !!!

- Se fez isso, ela vai ter problemas – resmungou Josh antes de sair com Frank deixando as mulheres na sala

- Ele se feriu por minha culpa – Alice confessou encarando os olhos azuis da amiga e madrinha do seu filho – Eu sinto muito Ivy , eu ...

- Não foi culpa sua – negou Ivy abraçando a amiga – Foi um acidente, uma fatalidade – garantiu calmamente – Poderia ter acontecido com qualquer um

- Ele estava tentando me proteger – argumentou Alice sentindo-se muito mal por causa do sofrimento do rapaz – Ele se jogou sobre aquelas coisas e......

- Ele fez o que tinha que fazer, Alice – afirmou categórica – Eu me preocupo todos os dias, a cada missão e sofro com o menor ferimento que ele .... – suspirou impotente – Mas conheço o fardo que ele aceitou assumir e conheço o temperamento do meu filho

- Eu fui contra – revelou Marlene, no silencio que se seguiu – Não queria que as meninas se tornassem guardiãs, não queria que elas tivessem a mesma vida do pai – suspirou derrotada - Mas não pude proibir , não consegui impedir

- Não nos tornamos guardiões, não é um emprego – discordou Ivy com firmeza – Já nascemos guardiões , somos treinados e ensinados desde cedo e atuamos por toda a vida. Eu só não estou participando da busca por causa da gravidez

- Só quero minha filhas vivas seguras e felizes – protestou a loira de olhos verdes

- É o que todo mundo quer – filosofou Alice , entrando na discussão sem tomar partido de nenhuma das amigas

- Acho que já deu tempo de me avisarem sobre o acidente do meu filho – avaliou Ivy desdenhando da orientação do irmão – Vou pra ala hospitalar

- Parece que você não se entrosou muito bem lá no tal templo – começou Alice fugindo do seu jeito direto habitual

- Não é que eu não concorde em resgatar Alex e Sirius , ou que eu não entenda o dever deles, mas .... – defendeu-se Lene agitada

- Mas gostaria de colocar suas filhas em uma redoma onde nada nem ninguém poderia feri-las – completou Alice suspirando em seguida – Eu te entendo – afirmou sorrindo fracamente – Recuperei minha vida, meu filho e meu marido há poucos meses, não quero perde-los e tenho muito medo do que possa acontecer comigo e com Frank na busca e na guerra

- Acha que vamos chegar a tanto ? – inquiriu assustada com a idéia de suas filhas participarem de uma batalha

- Tenho certeza que vamos – garantiu Alice seriamente – Mas o que importa é que temos que lutar – declarou convicta do que falava – Todos os bruxos que quiserem, devem lutar. Para defender uma vida segura e feliz pra aqueles que amam – encarou os olhos verdes de amiga com firmeza – Para defender a vida livre e justa que devemos ter

- Eu quero lutar – declarou Lene firme em seus propósitos – Nunca quis me esconder no templo, só não quero que minhas filhas lutem , mas sei que não vou poder impedir

- Então só nos resta, como mães, preparar nossas crianças o melhor que pudermos – afirmou Alice com lagrimas nos olhos castanhos sendo abraçada pela loira – E rezar para que elas sobrevivam

- Obrigada – agradeceu Marlene tão emocionada quanto Alice – Obrigada por me lembrar do que é certo, de porque precisamos lutar

- Obrigada a você – riu Alice – Por estar viva, por ter voltado. – e tentando desviar a conversa indagou – Afinal, quem nós enterramos no seu lugar ?

- Sabe que eu não sei – respondeu Lene entrando na brincadeira



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- Quer conversar ? – perguntou se sentando na raiz da arvore ao lado da filha que suspirou e negou com a cabeça – É incrível como você se parece com a sua mãe – começou depois de alguns momentos escutando o barulho noturnos da floresta proibida – Não fisicamente, é claro, nesse aspecto Mel é parecida com ela, mas em outros

- No aspecto de gostar de ficar sozinha ? – Lara perguntou mais suavemente do que pretendia, gostaria de conseguir gritar, mas não encontrava forças para isso

- Em querer se isolar cada vez que fica confusa ou magoada – respondeu o pai

- Não estou nem uma coisa, nem outra – protestou a morena – Só queria ficar sozinha

- Você pode tentar enganar os outros, mas não a mim – reprovou Josh , calmamente – Você costumava confiar em mim

- Ainda confio, mas ...- Lara não continuou porque não sabia como explicar

- Se o assunto for garotos, eu prometo não esganar ninguém – comprometeu-se o pai , a mão erguida como se fizesse um juramento

- Terminei com Dino já faz um tempo – contou com um sorriso um pouco debochado – Você está um pouco atrasado

- Eu estava pensando em Kedar – explicou o pai , fingindo distração – Ele foi atras de você hoje de manha

- Prefiro não falar sobre isso – alertou Lara a tristeza exposta no rosto formoso

- Ele sempre foi seu melhor amigo. Me lembro que era impossível ver um sem o outro por perto – comentou apesar do protesto da filha – Ele sempre fazia o que você pedia, sempre te protegia de tudo. Ele é um excelente rapaz

- Você não estaria elogiando tanto se soubesse o que ele fez !!! – exclamou a filha revoltada com a insistência do pai

- E o que ele fez de tão ruim assim ??? – indagou fingindo-se de irritado com a filha – Se apaixonou por você ??? Que culpa ele tem disso ??? Que culpa ele tem de ter perdido o controle e te beijado ?? Que culpa ....

- ELE ME REJEITOU !!! – gritou a morena erguendo-se da raiz e virando-se raivosa para o pai , arregalando os olhos e colocando a mão na boca ao perceber o que havia falado

- Impossível ! – protestou Josh supreso com a confissão da morena – Ele não conseguiria

- Pois conseguiu – garantiu Lara revoltada – E muito bem ... conseguido !!!

- Que diabos aconteceu com vocês dois ? Agora você vai ter que me explicar direitinho – cobrou Josh fazendo a filha se sentar novamente

- Eu tive uma crise de choro no meio de um corredor – começou a garota, afinal não tinha nada a perder, já tinha se aconselhado com a mãe, com a irmã, com a tia Ivy sem resultado, talvez o pai conseguisse ajudar

- Você estava se sentindo culpada pelo ferimentos de Johnny – completou Josh – Primeiro: a culpa não foi sua, ele foi muito bem treinado mas sofreu um acidente, foi uma fatalidade , apenas isso

- Talvez se eu lutasse melhor ele não precisaria ter se arriscado da maneira que se arriscou pra proteger Alice e eu – argumentou Lara, determinada – Mas não posso voltar ao passado , só me resta treinar mais e melhor

- Podemos providenciar isso – concordou o pai – Mas não tente desviar o assunto

- Não me lembro direito quando ou onde ele me encontrou mas, acordei na sala precisa – Lara continuou, sabia que não iria conseguir enrolar o pai

- Você já reparou como as coisas sempre acontecem nos mesmos lugares ? – divagou Josh tentando descontrair a filha – É sempre na sala precisa, no lago, torre de astronomia, ...

- Eu prefiro a floresta – contou a morena e ficou em silencio

- Certo – riu Josh e repetiu - Então você acordou na sala precisa, ela se transformou no seu quarto ?

- No dele – prosseguiu sentindo o rosto aquecer e sem olhar para o pai continuou – Ele tinha trocado as minhas roupas

- Que !!?? – exclamou Josh começando a se arrepender de ter insistido naquela conversa

- Isso não é importante – protestou Lara – Kedar já me viu com menos roupa do que uma camisola

- Eu sei , mas ....

- E eu já vi todos vocês de oshnic – lembrou-lhe a filha

- Ta , continua – cedeu Josh com desgosto profundo , preparando-se psicologicamente para o que quer que fosse que tivesse acontecido

- Ele tava dormindo e eu ... Acho que eu o olhei , de verdade, pela primeira vez – contou um sorriso maroto na face lembrando do que tinha visto e de como havia se sentido- Eu o beijei – confessou num fio de voz, os olhos baixos, o rosto corado

- Onde ? – Josh indagou apresado

- Pai !! – protestou a morena – Na boca – respondeu emburrada com o olhar atravessado do pai - É muito constrangedor falar isso pra você

- É constrangedor pra mim ouvir isso também, mas ..... O que eu quero saber é como você se sentiu quando acordou – inquiriu o vidente , aquela era a resposta chave para Lara entender o que estava sentindo

- Como assim ? – perguntou sem entender o pai

- Você acordou se sentindo mal, triste, confusa .....

- Eu me senti segura, protegida – respondeu quando entendeu – E .... feliz

- Não ficou supresa quando viu Kedar ? – indagou tentando controlar o ciúmes paterno

- Eu sabia que era ele que estava me abraçando – confessou a garota, erguendo os olhos confusos para o pai – O que é essa felicidade, esse calor, esse sentimento que eu não sei explicar, mas que eu sinto ???

- Você tem que ser mais clara do que isso – pediu suavemente

- Eu ainda sinto o calor dele no meu corpo, o cheiro - gaguejou se jogando nos braços do pai como fazia quando criança e ficava com medo de alguma coisa – Eu ainda sinto o gosto dele na minha boca e isso é errado

- Porque ? – insistiu querendo que a garota entendesse os próprios sentimentos sem que ninguém precisasse explicar

- Porque ele é meu melhor amigo – Lara insistiu nas suas explicações – Sempre pensei nele como um irmão

- E você não pode ter se apaixonado por seu melhor amigo ? – perguntou Josh – Que não é seu irmão, nem sem primo, nem nada disso

- Eu não sei – respondeu angustiada, a voz abafada pelo abraço apertado do pai – Eu não sei, só sei que eu sinto medo e nem sei do que !!!

- Você tem medo de perder o que ama – explicou o pai , a voz suave, um pouco mais alta que o choro da sensitiva – Medo de perder tudo o que conhece, a sua vida tranqüila no templo, a sua infância, sua inocência. É medo da guerra, da morte , do sofrimento da perda. Medo de amar um homem que você não sabe se é imortal ou não, medo de amar e perder a sua própria identidade – calou-se porque sabia que a filha não tinha condições de escuta-lo, no momento a menina precisava chorar




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Estava lutado contra a necessidade de vê-lo durante todo o dia. Como integrante do time fora com os outros deixar o rapaz na ala hospitalar aos cuidados de Madame Pomfrey, depois foram tomar café da manha e espalhar a historia inventada. Depois, com muito sono foram dormir . Gina havia acordado à tardinha, jantou , ficou sabendo por Andrew que John ainda não havia acordado, fez as lições com a ajuda de uma concentrada Mione e agora estava se revirando na cama, esperando pelo sono , que não vinha .
Sua mente estava repleta de perguntas, seu corpo , de energia reprimida, quase sem perceber o que estava fazendo levantou e desceu para o salão comunal. As brasas ainda ardiam na lareira e iluminavam o aposento que estava vazio. Ninguém mais acordado, nem um livro jogado esquecido, com que pudesse se distrair. O que pensava era loucura, bobagem mesmo. Não podia andar pelo castelo só de camisola naquela hora da noite, mas infelizmente ou felizmente, seu temperamento combinava com os cabelos vermelhos. Era geniosa e impulsiva, não conseguiu se controlar por muito tempo . Atravessou o buraco do retrato e sorrateira como um gato dirigiu-se a ala hospitalar, rezando fervorosamente para não encontrar monitores, professores, Filch e sua detestável gata.

- Onde você pensa que vai ? – ouviu uma voz zangada perguntar - Gina ? O que ... ?

- Tonks ...? – indagou virando rápido em direção a voz e sorriu aliviada. Era a amiga auror , nunca iria dedura-la ou coloca-la em detenção ou falar para os seus pais

- Onde você esta indo , Gina ? – repetiu a auror analisando a pequena amiga – De camisola ?

- Ala hospitalar – respondeu num fio de voz, sabendo, pelo calor do rosto, que estava ficando vermelha

- Ta se sentindo mal ? Doente ? – bombardeou a auror se aproximando preocupada da menina – John ? – perguntou quando o tom do mais puro vermelho tingiu a face d outra

- Não conta pra ninguém – pediu encabulada

- Sabia que todos os corredores estão sendo vigiados ? – começou a auror – Não pelo Filch , mas por membros da Ordem ? E pelos professores ? Imagina se o morcegão te acha aqui ??? – ralhou , mas percebeu que o papel não combinava muito com ela – Vou desiludir você e te acompanhar ate lá – cedeu com um suspiro

- Obrigada, Tonks – agradeceu Gina com um sorriso luminoso

- Sua mãe vai gritar muito comigo, seus irmãos vão me matar se descobrirem – resmungou a auror tomando a frente para a enfermaria

- Eles não vão descobrir – assegurou Gina alegre com a companhia da cúmplice

- Não estou gostando disso – resmungou a auror seus cabelos mudando de cor para um vermelho vivo, parecia irmã mais velha de Gina – Ainda ontem você era uma menininha e agora esta ai, apaixonada – a pequena apenas riu – Daqui a pouco vocês vão estar namorando e eu .......

- E você ? – inquiriu Gina sorridente

- To ficando velha – respondeu Tonks , a mais falsa depressão na voz . Gina riu baixinho – Deixa eu ver se a velha Pompom tá acordada – pediu quando chegaram as portas da ala hospitalar, Tonks abriu uma fresta e espiou atenta – Tudo limpo, antes de encerrar meu plantão eu venho te buscar, você tem duas horas

- Lumus – Gina acendeu a varinha e entrou de mansinho, procurando uma cama ocupada, mas encontrou duas, no canto perto da janela. Não conseguiu reprimir um sorriso ao ver quem ocupava a cama ao lado do rapaz: Evelyn e Remo dormiam abraçados ao invés de vigiarem o sono do filho - Você devia acordar pra ver os dois assim – falou baixinho virando-se para John, que dormia imóvel, faixas brancas que iam do ombro esquerdo ao peito e outra mais abaixo no abdomem – Se você demorar muito para acordar , Madame Pomfrey vai poder abrir uma floricultura – debochou ao ver a quantidade de flores que o rapaz havia recebido – E uma loja de cartões apaixonados e bregas – continuou pegando um dos cartões e lendo sem o menor constrangimento – Parece que você andou bem ocupado com as garotas da escola – resmungou para o garoto desacordado indicando os presentes que ele havia recebido – Ate com as sonserinas ??? – indagou indignada – Parece que eu banquei a idiota vindo aqui – bufou exasperada – Bem que você disse que eu era uma distração só esqueceu de dizer que eu era mais uma em uma longa lista de distrações

- Você é uma distração porque tira a minha concentração – respondeu o rapaz com a voz rouca, abrindo os olhos

- Você tava acordado !!! – exclamou a ruiva subindo o tom de voz logo John cobriu a sua boca com uma das mãos enquanto a outra a segurava pelo pulso

- Elas são garotas legais que merece o meu respeito mas eu sempre fui sincero – continuou com um sorriso calculado – Falei pra todas elas que o meu coração já tinha dona

- Bela conversa ! – debochou Gina sem conseguir libertar o braço que ele segurava – Elas acreditaram nesse papo furado ? – perguntou sarcástica e prendeu a respiração quando Remo se remexeu na cama ao lado

- Me apaixonei por você na primeira vez que te vi – respondeu ele num tom mais baixo quando viu que o pai não tinha acordado – Você tinha uns doze ou treze anos

- Impossível ! – assegurou Gina irritada com o feiticeiro – Nós nos conhecemos esse ano !

- Você me conheceu esse ano – corrigiu o rapaz – Eu te conheci na primeira aula de DCAT que o meu pai deu pra tua turma – parou esperando algum comentário, mas a ruiva apenas franziu o cenho e mordiscou o lábio – Era a primeira semana dele como professor e ele tava bem nervoso. Eu me conectei a ele , pra dar apoio moral , sabe ....

- Como assim, se conectou a ele ? – inquiriu Gina seria e atenta

- Meu espirito estava ligado ao dele – explicou resumidamente – Faço isso desde o inicio daquele ano , era a única maneira que eu tinha de ficar perto dele, de conhecer e passar algum tempo com o meu pai – explicou sem tristeza na voz , apenas conformidade – Mesmo que ele não sentisse a minha presença , não soubesse que era o seu filho – agora não olhava mais para a ruiva, mas para o homem adormecido na cama ao lado

- Você já contou a ele ? – indagou a ruiva comovida pela situação de Remo, de John e de Ivy

- Ainda não – respondeu John – To esperando o momento certo , mas foi naquele dia que eu te vi e não consegui ficar muito tempo longe de você , sempre que podia eu vinha dar uma olhada em vocês dois

- Você ficou me espionando todo esse tempo !!! – protestou a ruiva controlando a voz

- Evitei invadir a tua privacidade – defendeu-se o feiticeiro – Mas era o único jeito que eu tinha de .... te conhecer melhor, de acompanhar a sua vida – repetiu as explicações – E não vou pedir desculpas por isso

- Eu nunca suspeitei ... Nunca senti ..... – gaguejou Gina dividida entre a irritação e algo que ela não sabia explicar , vaidade talvez fosse

- Ele também não – afirmou encarando os olhos castanhos da ruiva

- Não vou comentar isso com ninguém mas acho que você deve contar a ele – aconselhou - Acho que Remo se sente inseguro sobre seus sentimentos por ele

- Você é uma garota muito esperta, pequena – brincou John, agradecido por ela estar ali, junto dele

- E sei que está na hora de ir embora – brincou também – Se você fizer o favor de soltar me braço ...... – e sacudiu de leve o braço que ele segurava

- Não – discordou o feiticeiro ainda usando um tom brincalhão puxando a garota para mais perto

- John Lupim ! – chamou a ruiva usando um tom de alerta

- Lupim ?! – exclamou o rapaz, interrompendo a ruiva – Gostei, pode me chamar assim quando ficarmos sozinhos

- A Tonks já deve esta me esperando – continuou Gina, aflita para se soltar ou para beija-lo, ela não sabia

- Ela pode esperar mais um pouco – decretou o rapaz – Preciso dos seus beijos pra ficar curado – brincou forçando Gina a ficar muito perto do seu corpo

- Você está ótimo ! completamente curado – ralhou a ruiva fugindo do seu abraço e batendo em retirada – Ate outro dia, Lupim – disse já na porta da enfermaria jogando um beijo no ar , sua única resposta foi uma risada baixa e divertida




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Cantarolava para disfarçar a irritação. Detestava ceder a chantagem do sonserino mas depois de receber uma foto que mostrava seu pai na adolescência não tinha mais como ignorar o fato. Sustentando um sorriso despreocupado vencia os corredores seguindo as instruções no verso da fotografia ate chegar na sala indicada . Respirou fundo e entrou sem nem bater

- Gosto disso – sorriu Draco com cinismo, recostado na beirada de uma mesa – Pontualidade e obediência

- Quanto a pontualidade, tudo bem – sorriu se aproximando lentamente do rapaz - Quanto a obediência , você vai me pagar muito caro por isso

- Não, minha linda, você vai pagar pelo meu silencio – garantiu vencendo a distancia que os separava e passando a ponta do indicador pelos lábios de Nicole – E vai gostar

- Gostar ?! De você ? – exclamou rindo – Ninguém gosta de você, Malfoy , porque eu seria a primeira ? – indagou sorrindo divertida – A primeira a gostar de um mala, esnobe, preconceituoso e que, alem de tudo, é escravo de um lunático ridículo como Voldemort – enumerou distraidamente contando nos dedos

- Me acusando para tentar se livrar de mim ? – perguntou erguendo a sobrancelha esquerda, escondendo a supresa – Não vai funcionar, morena – sussurrou antes de forçar a mão no pescoço feminino obrigando-a a erguer o rosto e a receber seus beijos. Não tinha medo de ser descoberto, não tinha medo das ameaças de Nicole, a única coisa que importava era sentir o corpo delicado pressionado ao seu, sentir os lábios macios abrirem-se para receber a sua língua, sentir o gosto, o cheiro e o toque daquele garota. Suas mãos percorriam a pele macia por baixo da camisa do uniforme, nas costas, na barriga. Sentiu o sangue correr mais rápido pelo seu corpo ao sentir a capitulação de Nicole que respondia os beijos tão vorazmente quanto ele, os dedos delas lutavam contra os botões da sua camisa que logo estava aberta e depois no chão, quando ela havia tirado o paletó e a gravata, Draco não sabia e nem se importava, pois Nicole explorava o peito dele, suas unhas arranhando levemente a pele clara, do ombro ate o cós da calça e subindo pra o ombro novamente, ate que apertando o pescoço de Draco com uma das mãos e segurando o braço esquerdo dele com a outra, ela conseguiu afastar o rapaz

- Negue – desafiou ela , ofegante e determinada, a boca vermelha e inchada pelos beijos trocados – Negue o que está tatuado no seu braço. Negue seu amo e senhor

- Nunca neguei nem afirmei nada – admitiu, tão ofegante quanto ela, mas muito mais descontrolado, os olhos brilhando, o corpo latejando de desejo – Nada mais importa – garantiu se desvencilhando da mão que o afastava – Somente isso! – e puxou-a para mais um beijo, que foi correspondido ...... Ate que tudo ficou escuro

- Juro que estava com medo de entrar – debochou Kedar entrando na sala ladeado pelo pai e pelo professor de poções

- Que feitiço usou para deixar Draco desacordado ? – indagou Snape encarando Nicole com frieza escondendo o divertimento

- Foi apenas um truque dom as mãos – Nicole respondeu ainda ofegante e sem o menor constrangimento de encarar o professor mais odiado da escola

- Isso nos dará o tempo que precisamos – apoiou Aziz sorrindo disfarçadamente – Sua blusa – indicou os botões abertos que a garota prontamente fechou , enquanto o sacerdote se aproximava de Draco e colocando a mão em sua testa conectou-se com o rapaz, suas memórias, seu conhecimento, sua alma.

- Vai demorar muito ? - perguntou Nicole ajeitando os cabelos em frente a um espelho que conjurou

- Depende da resistência, da força de caráter dele – falou Kedar, mais lembrando a amiga do que explicando

- Vou conseguir me livrar dele ? – indagou parecendo ansiosa para isso

- Vai ter que esperar e perguntar a meu pai – respondeu o rapaz incerto sobre os planos do outro – Mas a pergunta é: Você quer se livrar dele ? – provocou malicioso

- Não enche – rosnou a feiticeira , mal humorada

- Isso o machuca? – indagou Severo Snape sem demostrar a menor preocupação com o aluno preferido

- Uma leve dor de cabeça quando acordar – explicou Aziz saindo do transe que tinha entrado – Algo que ele irá atribuir á Nicole – sorriu claramente satisfeito com seus esforços

- E então ? – perguntou Nicole sem disfarçar a ansiedade

- Traga o portal , querida – pediu o sacerdote sem dar explicações fazendo a garota bufar irritada – Não vai querer estragar a supresa, menina – afirmou sem fazer caso da irritação da feiticeira

- Eu juro que um dia ainda vou aprontar alguma coisa que vai te deixar de cabelo em pé – ameaçou contrariada e num gesto irritado com as mãos fez o espelho surgir

- Espere aqui, filho e tome conta do menino – pediu o sacerdote atravessando o espelho acompanhado pelo mestre de poções e pela sua feiticeira




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O ar quente e pesado o sufocava, o suor deixava a sua pele úmida, a boca estava seca, e os olhos, ainda fechados, lacrimejavam pela claridade excessiva. E o corpo inteiro doía ! E doía muito mesmo !!! Tentou lembrar onde estava e o que poderia ter acontecido, mas foi distraído por um perfume que invadiu suas narinas . Tentou reconhecer o aroma. Tinha que estar em um jardim, ou perto de um.

- Sirius – chamou uma voz suave, num tom carinhoso, se é que já tinha escutado um – Sirius, você esta me ouvindo ? – indagou a mulher, o perfume mais parecia mais próximo – Preciso de sua ajuda, querido – novamente a voz e uma mão fresca na sua testa. O contraste de temperatura da sua testa que ardia e da mão que lhe parecia gelada foi tão bom que nem tentou reprimir um gemido – Você precisa pegar o cristal – orientou a mulher ao ver o homem tentando abrir os olhos, começando a se mover – O cristal da tenda, você sabe onde está ?

- Alex ... ? - chamou , ou melhor tentou chamar mas apenas uma rouquidão ininteligível saiu de seus lábios

- Alex precisa de você – disse a mulher, talvez tenha entendido o chamado dele, afinal – Só posso ajuda-los dentro da tenda, você precisa pegar o cristal – insistiu a mulher

- Você não é Alex – tentou dizer, mas novamente apenas grunhidos foram ouvidos. Era uma mulher muito parecida com Alex, porem mais velha e usava aquelas roupas esvoaçantes e finas, alem de cheirar muito bem – Jasmim – adivinhou por fim, decidindo confiar na sua intuição e com muita dificuldade, lutando com os músculos enrijecidos e machucados colocou uma das mãos no bolso onde havia guardado o cristal e o deixou cair na areia. O esforço foi tanto que caiu na escuridão novamente e não foi capaz de ouvir a conversa que se seguiu

- Ela vai ficar bem ? – Jasminie indagou para o irmão mas olhava para a filha que Razul agora depositava com muito cuidado na cama

- A descarga elétrica concentrou o efeito dos Nundus – analisou sombriamente – Talvez possamos reverter, mas ela vai demorar para se recuperar – suspirou preocupado – E o Black ?

- Vai ficar bem – afirmou para o irmão, enquanto aplicava compressas de água fria no corpo masculino – Achei que eles estariam seguros aqui

- Seguros ?! – exclamou Razul inconformado com o que a sua menina estava passando – No caminho de Sothis ?! Você só pode estar brincando, Jasminie

- Se ela prestasse atenção no que eu digo não estaria tão amargurada – protestou a mulher, apesar de manter a concentração nos ferimentos de Sirius – Estaria nos braços do homem que ama

- Mas ela prestou atenção nos seus conselhos – argumentou o irmão – Siga o seu coração, não era isso que você sempre dizia ? – indagou sarcástico, cuidando dos ferimentos da sobrinha – Ela ouviu você e foi atras do Black e olha só no que deu !!!

- Não foi muito esperto da parte dela defender o rapaz – concordou a mulher – Ela deveria ter destruído o véu

- Ela deveria era ter ficado em casa, no templo, com os filhos e a família – resmungou Razul aborrecido com o romantismo da irmã – E você deveria ter aprendido alguma coisa sobre os homens depois de Jordan

- Sirius é muito diferente de Frederick – indignou-se Jasminie – Ao contrario de mim, minha filha teve bom gosto – brincou e antes que o irmão pudesse resmungar ou reclamar mais uma vez , mudou de assunto – Sinto que tem alguma coisa errada nesse ataque

- Concordo – apoiou grato pela mudança na conversa – E acho que Horus também concorda já que nos mandou aqui

- E Isis mandou Anor fazer alguma coisa – completou Jasminie – Você sabe o que é ?

- Não tenho certeza – murmurou baixinho

- Mas ..... – insistiu a mulher , era uma sensitiva e sentia que alguma coisa estava errada

- Acho que ele foi bancar o espião – respondeu, indo para a mesa pedindo as ervas e poções que precisariam para a recuperação total da feiticeira e do ex-maroto

- Faruk ? – inquiriu sem maiores explicações, sabia que o irmão entenderia o que queria saber

- É uma chance – respondeu sucinto – Uma boa chance



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N/A: OK . trinta e oito pessoas leram o ultimo capitulo e três almas caridosas comentaram ..........
Muito obrigada esse capitulo é pra vocês

Ana Karryne : espero que você esteja melhor, não tenho te encontrado no msn, vê se dá noticias viu menina. Pelo menos uma faxineira é uma grande ajuda nessas horas ...... Melhoras pra você querida

Evellyn: fala serio, a Alex parecia bêbada. Eu queria mostrar os efeitos dos nundus, mas no livro dos animais fantásticos só dizia que eles provocavam uma doença letal, então imaginei delírios, alucinação, desorientação e grandes dores musculares e a Alex ainda ganhou um raio na cabeça rsrsrsrsrs. Eu realmente pensei em matar o John , mas ai fiquei com uma peninha do Remo, da Ivy e da Gina que não consegui ......... beijocas

May black: eu adoro carinhas novas ..... bem vinda ..... muito obrigada pelo comentario e pelo “maravilhosa”, beijocas pra você tambem

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