Capítulo Único
Aquela guerra estava acabando com todos. A comunidade bruxa inteira estava receosa com os ataques de Voldemort, cada vez mais freqüentes. Até os trouxas estavam sentindo que havia algo de errado.
Harry, Ron e Hermione estavam se preparando para partir à caçada das Horcruxes. Passariam o finalzinho das férias n’A Toca, junto com todos os Weasleys. Hermione sabia o quanto era difícil para Harry perder Dumbledore logo agora, mas não podia demonstrar tristeza. Não demonstrava isso havia dias. Logo ela que tinha fama de chorona, não derramara nenhuma lágrima desde o enterro de Dumbledore. Mas seus olhos entregavam mais do que nunca que estava triste e com medo, com muito medo.
Estava sentada no chão do jardim da Toca. Gostava daquele lugar, sempre alegre e florido, não importava as cricunstâncias. Se sentia segura com todos por perto. O pôr do sol cintilava e refletia em seus belos olhos castanhos. Estava tão absorta em pensamentos sobre o futuro de ‘seu mundo’ que nem notou um certo Weasley se aproximar... Quando a garota sentiu aquele toque em seu ombro, não pode deixar de lembrar que estava com medo. Lembrou-se de todos os bons momentos que passara com ele como um filme em sua cabeça, passando em um segundo...
- Mione?
Virou-se lentamente para encarar aquele oceano azul no qual sempre que mirava, se via mergulhada, e não queria mais sair.
- Levante-se, Mione – o ruivo estendeu a mão para ela, aceitou e ao sentir aquele toque junto da sua pele sabia que não tinha mais como esconder o que sentia... tinha que falar o quanto antes.
- Eu estava só admirando o pôr do sol... não lembrava o quanto era bonito – ela sentiu que a hora que estava esperando chegara, e como numa fração de segundo, lembrou de quando conheceu Ron, no Expresso de Hogwarts.
Ele estava crescido, mais bonito e mais forte. E, claro, mais alto do que nunca. Mas lembrava-se que ele mantinha as mesmas sardas. Lembrava-se de cada uma.
- Não mais bonito que você... – as palavras dele sairam quase que num susurro, mas ela conseguiu ouvir perfeitamente o que ele dizia. Sentiu seu coração disparar e, naquele momento, pensou que ele poderia ouvi-lo.
- Eu... eu... Ah, Ron! – Se atirou nos braços do garoto que amava em segredo, sentiu os braços dele envolverem sua cintura. Um abraço forte, quente, carinhoso... como a muito não sentia. Não teve como se conter, começou a chorar imediatamente.
Menina pode acreditar
Nas coisas que eu vou te dizer
Eu sou meio maluco mas agora
Pode crer que eu vou cuidar... de você
- Shhh... eu sei o quanto é difícil para você... para mim também é. Eu também tenho medo, medo de perder a minha família, meus amigos... medo de perder você... Medo de nunca dizer o que eu preciso, eu preciso te dizer algo Mione.
Ela sentiu as mão dele afagarem seus belos cachos, agora não tão volumosos como anos atrás.
- Eu também tenho medo de te perder, Ron... – o abraçou mais forte do que antes, se é que isso é possível.
- Hermione, eu... – respirou fundo – eu não posso te perder, eu morreria sem você. Não posso deixar que vá comigo e com Harry caçar essas malditas Horcruxes. Você vai ficar aqui com Gina, e quando nós voltarmos tudo vai ser diferente... eu prometo Mione.
- Não, Ron, não posso ficar aqui sozinha. Preciso ir com o vocês, você não tem nem idéia do que eu sentiria se você me deixasse aqui sem notícias.
Não precisa mais sonhar
Sem pressa deixa acontecer
Assim como você a noite ainda é uma criança
Que vai amanhecer...
Ron pegou seu queixo e o levantou, para poder encara-la. Sabia perfeitamente que desde que ela entrara na cabine do trem em que ele e Harry se encontravam quando estavam indo para Hogwarts eles nunca mais se separariam. Ainda achou ela chata no começo, mas agora olhando para aquele rosto perfeito a poucos centímetros do seus se perguntou como poderia ter pensado isso.
- Tenho idéia sim, Mione. Eu sentiria o mesmo longe de você, mas por favor, entenda que será melhor se você ficar. Eu não suportaria te perder... Sabe Mione, desde que Vol... Voldemort resurgiu no quarto ano, eu sabia que um dia teríamos que destruí-lo. Eu fiquei pensando e ensaiando inúmeras vezes em como te dizer isso, mas nunca achei nenhum jeito melhor do que realmente confessar.
Ela olhava para ele atenta, ainda chorava, mas não como antes. A voz dele à acalmava, se sentia segura nos braços dele. As mãos dela estavam em volta do pescoço dele. As mão dele estavam na cintura e no rosto da garota. O sol estava quase totalmente submerso no breu que agora avançava sobre o horizonte, a não ser por uma linha rosa clara que ainda dava luz ao lugar.
- Hermione, eu... eu te amo... – os olhos castanhos dela estavam marejados, ele pode perceber isso. – Eu nunca soube como te falar isso. Lilá foi só pra te deixar com ciúmes, nunca gostei de nenhuma garota além de você, quando estamos juntos eu penso que tudo pode desabar que eu serei feliz. Me desculpe se um dia eu fui um idiota, insensível... mas... eu te amo.
- Ron... eu...
- Não, tudo bem se você não quiser nada comigo... eu só precisava que você soubesse. Ela pode ver que ele estava com um olhar triste.
- Eu esperei a vida toda para ouvir isso, Ron... eu... nem sei o que dizer, eu... te amo!
- Então não diga nada. Apenas deixa acontecer, Mione.
Vou levar você
Pras estrelas do céu
Do seu quarto
Hermione sabia que havia chegado a vez deles se acertarem, ansiava por aquele momento há tempos. Viu o ruivo dos seus sonhos se aproximar dela, as mão dele enlaçaram sua cintura novamente. Ele sentiu um calafrio quando as mãos da garota penetraram nos seus cabelos. Estavam muito próximos, os dois sabiam que esperavam por aquele momento desde que se conheceram. Os lábios se tocaram, pareciam desenhados um para o outro, tamanha a sintonia entre os dois. A língua dele tocou os lábios dela, como se pedisse permissão para entrar. Ela deixou.
Aquele beijo não foi o que ela havia experimentado com Krum, nem ele com Lilá. Foi um beijo de amor, um beijo de verdade. Foi calmo, apesar de os dois estarem sedentos de amor um pelo outro... Foi como se todas as brigas valessem a pena naquele momento. Como se todos os sonhos estivessem se tornando realidade. Como se eles tivessem mergulhado num caldeirão de Felix Felicis, ou alguma poção da felicidade mais poderosa. Os calafrios dos dois já eram aparentes, mas nenhum deles parecia se importar, muito pelo contrário. Os dois estavam quase sem ar. Quando perderam totalmente o fôlego, se separaram.
Para eles o mundo poderia explodir que não os afetaria em nada. Ron percebeu uma única lágrima escapar dos olhos de Mione. Não de tristeza, mas de alegria.
- Não chora, Mione...
- Parece um sonho Ron! Eu te amo... – ela se atirou nos braços dele novamente, como se nada mais importasse.
- Estamos namorando, não é? – ele pareceu meio receoso ao perguntar, mas tinha que fazê-lo. - Mais do que isso, eu suponho... – o sorriso que ela exibia nos lábios foi mais do que o necessário para fazer ele se sentir vivo novamente. Sabia que enquanto Hermione estivesse com ele, ele estaria bem.
Perceberam que o sol já havia se posto... decidiram então voltarem à Toca. De mãos dadas fixeram o caminho de volta. Contariam a todos que estavam juntos agora, mesmo que a guerra fosse mais do que cruel, os dois sabiam que tinham um ao outro agora, sabiam então que seriam felizes eternamente.
Se você chorar
Vou te entender
Vou te namorar
N/A: song com a musica do Armandinho - Starfix ouçam, é realmente boa! brigadão pelos comentários ^^ epsero que tenham gostado :x beijo ;*
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