Cap.IV - Uma noite de Amor...



― Enfim sós! - disse Hermione com suavidade.

― Hermione, isto não está certo - argumentou Snape, apesar de todo seu corpo arder de tanto desejo.

― Eu sei - disse Hermione em um sussurro suplicante.

― Hermione, eu te amo muito, você é a mulher dos meus sonhos. E eu te quero, Hermione, e também quero fazer amor com você. Agora.

Zonza e estranhamente hesitante, Hermione engoliu em seco e abriu a boca para dizer algo, mas não conseguiu emitir som algum. Os olhos de Snape escureceram ainda mais, brilhando de malícia e tesão; suas narinas se dilataram um pouco e, quando ele voltou a falar sua voz tinha um tom baixo e rouco:

― Então, sua resposta é “não”, Hermione?

Ele estendeu a mão, passando os dedos de leve pelo pescoço delicado, pelo vale entre os seios, onde o robe que ela usava se abrira expondo a pele nua. O toque dele era como fogo queimando a carne dela. Snape afastou as laterais do robe e deslizou a mão para dentro, para moldar um seio nu. No instante seguinte, seu polegar massageou de leve um mamilo de Hermione.

― É “não”?

Seu hálito morno tocou o rosto dela enquanto seus dedos percorriam o caminho suave até o ventre macio, desatando com habilidade o nó do robe na cintura. Ela continuava incapaz de dizer qualquer coisa. De sua boca só saia uma respiração urgente e ofegante. Naquele momento, o robe se abriu por inteiro. Snape baixou os olhos e arfou.

― Vou entender isso como um “sim”! - e tomou-a em seus braços, levando-a para a cama que havia na sala.

Com cuidado Snape baixou-a e recuou para despir-se. Seu corpo nu tinha a cor alva e era magnífico: alto, rijo, esguio e delineado por uma musculatura poderosa. Enquanto observava, Snape se movia com a graça selvagem de um animal predador. Então ele se deitou ao lado dela. Snape a examinou com intensidade, seus olhos escuros brilhando de desejo. Delicado, afastou os cabelos castanhos de Hermione do rosto.

― Você é tão linda, Hermione! - disse antes de seus lábios tocarem os dela, clamando, possessivos, pelo direito de tê-la. Sua língua forçando a boca rubra a se entreabrir para, em seguida, penetrarem-na com firmeza.

Quando ele a beijou, ela suspirou deleitada. Nunca pensara sentir coisas como aquelas. Era como se ela e Snape tivessem sempre pertencido um ao outro; estado juntos e se conhecido fazia mais de um milênio. Como uma flor desabrochando, abriu os lábios para ele, recebendo com alegria a invasão. A língua de Snape clamou pela dela, e Hermione retribuiu à altura, ao mesmo tempo em que suas mãos e seus dedos, tensos e abertos, subiam pelo tórax dele, para abraçar seus ombros e enfiar as unhas em sua carne.

Com a reação dela, a boca dele ficou mais firme, mais faminta e exigente. A língua ficou mais dura, mais ousada, mais insistente. Hesitante, Hermione se ajeitou embaixo dele, e sentiu um arrepio percorrer-lhe a coluna quando Snape gemeu contra seu rosto, seus dedos se entrelaçando nos cabelos castanhos, como que para puxá-la para mais perto, como que para imobilizá-la e, assim, conseguir devorá-la.

Enlouquecida, Hermione entendeu que nunca fora beijada até aquele momento. Não de fato, não da forma como Snape a estava beijando: com selvageria, sensualidade, como se a estivesse consumindo, puxando-a para dentro de si, saboreando todos os gostos dela.

― Doce... - Snape murmurou contra os lábios de Hermione. - Você é ainda mais doce do que pensei. Como mel selvagem derretendo em minha boca. Quero lambê-la, colocá-la no colo e consumir cada gota de seu ser - dizendo isso, Snape lambeu-lhe o pescoço, seguindo para a têmpora, para, em seguida, pousar o rosto em seus cabelos. Então, suspirou na orelha dela, mordeu de leve o lóbulo macio, fazendo-a estremecer de excitação. - Sim, você gosta disso! Eu sabia que gostaria, Hermione. Minha mulher!

Snape continuou a sussurrar palavras de amor, algumas até indecentes, que ela compreendeu apenas em parte, inebriada por aquela boca, por aquela língua e aquelas mãos. Ao que tudo indicava, Snape não tinha a menor pressa de torná-la toda sua. É como se sentisse um enorme deleite em estimulá-la, em despertá-la para um mundo novo de sensações. No momento seguinte, suas mãos estavam nos ombros dela, ajudando-a a tirar o robe, deslizando o tecido pelos braços, prendendo por um momento os pulsos frágeis nas costas e obrigando-a a arquear-se para ele.

Os seios de Hermione roçaram o peito dele, e os pelos escuros e macios de Snape acariciaram seus mamilos tão sensíveis, fazendo-os avermelhar e endurecer. Snape tomou um seio em uma das mãos, levou-o até a altura dos lábios e inclinou a cabeça para sugar, faminto, o mamilo rosado e túrgido. Hermione achou que perderia os sentidos. Cada um de seus terminais nervosos implorava para ser saciado. Com total delicadeza, ele a comprimiu contra nos travesseiros. Em seguida, com um movimento ágil, virou-se, puxou a varinha e acendeu a lareira da sala iluminando o aposento.

― Quero vê-la enquanto fazemos amor, Hermione - e tornou a abraçá-la e beijá-la. - Seu rosto, seu corpo, o momento em que você enrubesce.

Ele sorriu provocante, com as pupilas em chamas, como duas fogueiras gêmeas inflamadas de paixão. Snape tocou-a mais uma vez no pescoço com os lábios. Então a mordiscou ali, de um jeito muito erótico, fazendo-a estremecer quando um imenso prazer e excitação a dominou.

― Eu te amo, Hermione!

Snape envolveu os seios dela com as mãos, massageando os mamilos com os polegares antes de tomar um e depois o outro entre os lábios, provando, lambendo, mordendo de leve. Hermione gemia embaixo dele, suspirando baixinho enquanto ele a beijava e acariciava. Ela soltou a cabeceira da cama e enfiou os dedos no cabelo dele para, em seguida, deslizá-las pelas costas umedecidas de suor, traçando o contorno dos músculos e saliências que surgiam e se contraiam sensuais em suas palmas.

Hermione queria tocar e explorar cada centímetro da anatomia de Snape, como ele estava fazendo, para marcar sua posse sobre aquele homem incrível, mas ele baixou a cabeça e dirigiu a boca para o ventre de Hermione, ao mesmo tempo em que suas mãos afastavam, gentis, suas coxas alvas e macias. Com os lábios, ele traçou um caminho de beijos na área sensível e delicada entre as pernas dela.

― Segure-se na cabeceira de novo - ordenou ele rouco, momentos antes de sua língua encontrar a maciez, o centro da feminilidade, despertando-a intensa e completamente, estimulando-a a desabrochar.

Hermione não podia fazer nada além daquilo que Snape queria. Assim, segurou com força a cabeceira, arqueando-se, selvagem, em resposta a ele enquanto Snape a beijava, massageava, lambia e provocava. Seus dedos passaram a mover-se dentro dela, alimentando com habilidade o fogo que ardia, a volúpia incandescente que a consumia, deixando-a desesperada para senti-lo dentro de si. E Hermione estava aturdida e encantada com o que sentia, independentemente do número de vezes que tivesse sonhado acordada com aquilo. Porque a realidade superava em muito a fantasia. A vontade e a tensão cresciam cada vez mais em seu íntimo, até fazê-la compreender que, pela primeira vez na vida, um homem iria levá-la ao clímax da paixão.

A aproximação desse clímax causou-lhe tamanho descontrole que ela gritou e ofegou, zonza com a onda de tremores que a sacudiram. Snape levantou-se e colocou-a acima dele, com os olhos escuros fixos nela e brilhando de satisfação e triunfo. A respiração entrecortada era muito mais eloqüente que um milhão de palavras.

No momento seguinte, Hermione sentiu a potente excitação dele em encontrá-la. Então Snape a penetrou com um movimento ágil, decidido e profundo, que a deixou sem ar. Por um instante permaneceu imóvel dentro dela, preenchendo-a por completo. Então, com um gemido baixo, começou a se mexer, projetando a pelve contra ela e conduzindo-a a um segundo ápice, tão intenso quanto o primeiro. Hermione agarrou-o enlouquecida e passou as pernas em volta da cintura dele, envolvendo-o, atraindo-o ainda mais para dentro enquanto ele a penetrava. As mãos de Snape estavam embaixo dela, arqueando os quadris de Hermione, cada vez mais firme, mais rápido, até atingir o seu próprio clímax, tão violento quanto o dela.

― Eu sabia que você adorava isso - gemeu Snape. - Pela maneira de olhar, eu percebi que você gostava. Aliás, parece que adora ter um desses entre as pernas, essa sua carinha de anjinho inocente nunca me enganou! Agora eu tenho provas que você é uma fogueira na cama.

Em resposta, ela gemeu baixinho antes de perguntar:

― Isso é mau?

― Não, pelo contrário, é muito bom uma vez que eu também sou... como você pôde perceber.

Depois, Snape rolou para o lado e deitou-se, exausto, sobre os lençóis e aconchegou Hermione contra o peito, de forma que seus corações pareciam bater como um só.

― Severo, eu te amo muito.

― Eu também a amo e não quero perdê-la, jamais! - disse em um tom suave. - Mas precisamos sair daqui.

Antes que hermione pudesse responder, eles aparataram. Estavam nas masmorras, mais especificamente em cima da cama, nos aposentos de Snape. Eles ficaram algum tempo abraçados e em silêncio.

― Não quer comer algo?

― Sim, meu amor, a noite foi muito cansativa - respondeu Hermione.

Snape levantou-se e vestiu-se, Hermione continuou deitada completamente nua. Snape se deteve na porta e olhou-a de tal forma que Hermione puxou os lençóis sobre o corpo. Snape achou graça e disse:

― Não se preocupe, querida, eu já vi tudo isso e gostei muito. Vou pedir o jantar, daqui um pouco eu volto e nós continuaremos a nossa “conversa”! - respondeu Snape em um tom malicioso e extremamente sensual, que fez Hermione estremecer por dentro.

― Severo onde fica o banheiro? Eu gostaria de tomar um banho! - perguntou olhando as duas portas a sua frente.

― É a porta da esquerda.

Hermione encaminhou-se para o banheiro andando de uma forma provocativa, pois apesar de estar de costas para a porta de saída, sabia que Snape não havia saído e observava os seus movimentos.

― Severo, ainda esta aí? Se estiver venha ver uma coisa...

― Fala, Mione, eu vou buscar a comida, o que quer?

― Venha até aqui. Por favor, juro que não vai se arrepender.

― Está bem, já vou.

Dizendo isso Snape foi até o banheiro e observou Hermione completamente nua na porta e quando ele entrou percebeu qual eram as verdadeiras intenções dela, mas se fez de sonso e perguntou:

― O que você quer, Hermione? Eu estou com fome e...

Snape foi silenciado por um beijo ardente e voluptuoso, mas tão rápido quanto quando havia começado o beijo, cessou, e Hermione disse em uma voz sedutora e cheia de paixão:

― Eu também estou com fome querido.

Snape a encarou e viu que ela realmente estava com fome, muita fome. Mas uma fome diferente que ele estava mais do que disposto a saciar. Portanto, entre mais beijos e carícias, eles fizeram amor pelo resto da noite.


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