<b>Brigas e suspeitas do casal



Brigas e suspeitas do casal



(...)



Lílian sentiu que uma coisa que caia do céu batei fortemente em seu peito, a fazendo cair no chão (a coitada estava tão distraída rindo da cara de seu odiado que o susto foi o suficiente para isso). Era uma bolinha macia branca, que ao ser vista pela garota, soltou um pio de desespero, que fez a garota exclamar:

- Allegra, o que você está fazendo aqui desse jeito?

Logo após falar, descobriu o por quê: uma outra coruja, dessa vez muito maior que Allegra, voava de um jeito muito feliz na direção das duas. O que fez Lílian pular e sair correndo, já que pelo que parecia, a coruja que voava queria alcançá-las de qualquer modo.

- Potter, faça-me o favor de tirar essa sua bola de penas de perto da minha Allegra.

- Calma, Lilly, minha Deusa, não tem absolutamente nada com o que se preocupar! Acho que você não vai ser a única Sra. Potter daqui, Lílian Potter – Tiago olhava bestamente para Lílian (e realmente não tinham nenhuma noção do esforço da moça para deixar sua coruja longe de Bonnie), que corria de Bonnie, coruja de Tiago, que voava feliz da vida tentando alcançar Allegra, que piava desesperada nos braços da sua dona e protetora.

- Potter, tira essa coisa daqui! AI!- Bonnie conseguiu alcançar as duas por segundos, arranhando assim o braço de Lílian.

Isso foi a única coisa que fez Tiago começar a correr atrás das duas para tentar pegar Bonnie, que voava baixo. Mas tinha um problema, Lílian era mais atlética que Tiago imaginava: corria numa velocidade incrível. Bem mias rápida que ele, e Bonnie também voava rápido para alcançar as duas.

A cena foi hilária para seus telespectadores, que eram Sirius, Remo e Mandy. Correndo na areia numa praia de águas agitadas e muitos coqueiros, duas crianças quase adultas corriam em círculos, sendo a primeira uma garota que segurava uma coruja branca que piava histericamente, seguida por uma coruja gorda muito feliz, que era seguida por seu dono que também era feliz. E nenhum deles ousava sair do círculo.

E isso aconteceu até que Lílian tive inteligência o suficiente para entrar na casa e fechar a porta bem na cara de Bonnie. E seu dono também não teve a competência de evitar uma batida.

A garota subiu as escada rapidamente, tentando acalmar Allegra ao mesmo tempo que fazia isso. A coruja estava muito apavorada com a perseguição. Já no segundo andar, ela logo localizou seu quarto (apesar de ter entrado no de Tiago antes), e se enfiou, fechando a porta.

- Clama, Allegrinha, calminha... – de lugar, mesmo com a janela fechada, davas para ouvir os risos de seus amigos, que deveriam estar muito entretidos com a portada no bico/cara de Bonnie/Tiago que levaram de suas amadas. – Ninguém aqui vai te fazer mau nenhum. Não vou deixar aquele bicho asqueroso chegar perto de você. Nem ele e nem o dono idiota dele. Calma.

A coruja parecia mais tranqüila com o aviso de proteção de sua dona. Lílian pôs ela encima de sua cama com carinho.

- Allegrinha, não vou te prender naquela jaula horrível e apertada – e apontou para a gaiola espaçosa dela. – Já que graças àquele animal primata você não vai poder ficar livre agora, vai ficar no meu quarto. Depois eu falo com o nojento do dona daquela criatura paro prender aquilo. O que eu não foço por você – Lílian começou a caminhar em direção da janela. – Só vou abrir a cortina, tá muito escuro aqui. – E a moça começou a abri-la. - Ah!

Lílian guinchou de susto. Lá no parapeito da janela estava Bonnie, com a cara totalmente enfiada no vidro, tanto que estava já plana. Estava incrivelmente assustador, com os olhos grudados em Allegra. Essa. ao ver ele, começou a voar em direção da porta, muito desesperada.

Mas do que rápido ele fechou a cortina, e começou a marchar em direção da entrada do quarto.

- Allegrinha, espera só um pouquinho que eu vou tentar controlar essa “coisa” - A moça pegou a coruja com cuidado e a colocou em cima da própria cama. – Agora vamos ver quem vai ganhar essa... – murmurava para si mesma, com um ligeiro tom mortal na voz. Ela abriu a fechou a porta do quarto com todo o cuidado, já que Bonnie era muito engenhoso na opinião dela: poderia ter ido até o quarto dela para fazer um atentado à sua pobre Allegrinha!

Entretanto quando fechou-a, saiu bufando de raiva, em direção da saída.

- Lilly, agora que nossas corujas nós deixaram em paz, vamos conversar sobre sua trégua? – a cara de Tiago era de quem realmente não sabia que Lílian não queria continuar a antiga conversa. Sem perceber ainda isso, continuou, mas com um tom mais manhoso. – Até me chamou de Tiago.

- POTTER, CALA A BOCA! – ela começou uma cena histérica – Será que não daria para deixar Minha Allegra e Eu em paz pelo menos um segundo nessa vida? Será que você nunca vai crescer o suficiente para perceber que EU NUNCA VOU GOSTAR DE VOCÊ? Resposta: Nunca!

- Vamos deixar os pombinhos em paz – murmurou Sirius para Mandy e Remo, que concordaram na hora. Eles precisavam de um momento sozinhos, mesmo que seja brigando. Quem sabe eles se acertariam naquela hora? O trio saiu correndo em direção da casa.

- Potter, se já não bastasse se intrometer na minha vida o dia inteiro, você resolve comprar uma coruja idiota que ataca a minha coruja!

- Ah... então você presta atenção em mim... até descobriu que Bonnie só agora que é meu. Viu presta atenção toda manhã, quando tem correio coruja. Isso é interessante. Agora por que não assume de vez que me ama e sai comigo?

Mas a delinqüência e ironia em sua voz nunca ajudaria a um sim como resposta. Parecia que queria provocá-la, insultá-la, colocar-se como seu superior, mesmo ele não querendo assim. Mas ela era Lílian Evans, a garota que não cansava de dizer “não”, e nunca foi nem será submissa a ninguém (Com exceção dos professores e diretores.).

Isso não era com ela mesmo. Inchou o rosto de raiva e começou a falar baixo, alucinada.

- Potter, cala essa boca. E VÊ SE DEIXA ESSA CORUJA NOGENTA LONGE DE ALLEGRA! – Terminou sua fala com um belo berro, marchando de novo para casa.

- É, não responde por que não consegue responder – falava para si mesmo. – Quando será que ela vai descobri que me ama? – se assentou na areia da praia, em uma parte que a água das ondas de vez em quando batia em seus pés. – Bonnie, vem cá!

A coruja foi voando e pousou sobre seu ombro. E assim ficou olhando o oceano, pensando naquela garota que não saia de seu peito.

- Lilly...

Tiago suspirou.

Bonnie piou como se quisesse falar “Allegra...”. Seu dono riu. “É o amor!”, pensou.



Na casa...



Sirius, Remo e Mandy se espremeram na janela da sala, que dava uma visão privilegiada para a cena. Apesar de entenderem a briga sem nem mesmo olhar, pelos berros de Lílian.
- Será que esse dois nunca vão se acertar não?

- Acho que não vai ser dessa vez...

- Mas quando é que vão fazer isso, afinal de contas!?

- Sirius, Remo! A Lilly tá vindo!

E eles lego correram em direção da cozinha, assentaram-se à mesa e logo começarem a discutir sobre o tempo, um assunto tediante demais para qualquer um, mas que tem uma grande utilidade para desviar e disfarçar assuntos.

Logo Lílian entrou e subiu as escadas, sem nem olhar para os amigos. Depois de muitos passos pesados, pode-se escutar o som de alguém se jogando pesadamente na cama.

- Caraca! Mas a briga foi feia mesmo!

- Mas que briga deles não é? Sempre termina assim: cada um para um lado, os dois de um jeito estranho.

- Como assim de um jeito estranho, Mandy? – Sirius tombou a cabeça confuso. – A Evans não sai sempre com pose de vitória? Pelo menos eu vejo isso nela.

- Não. Ela têm ficado de um jeito estranho. Mas isso não tem muito tempo. Começou desde que passou o feriado de Natal na casa dela. Acho que fez uma auto-análise de conduta muito forte. Ou pelo foi menos para ela.

- Como assim uma auto-análise? Acho que ela não fez isso não. Na minha opinião ela continua sendo a mesma velha Lilly de sempre.

- Remo, vocês garotos não tem acesso ao quarto das garotas. – “Quem me dera!” falou um Sirius sonhador. – mas muitas vezes depois de brigar com Tiago, ela fica tipo... esquisita!

Sirius virou a cabeça para o outro lado, ainda com uma expressão interrogativa. Remo franziu a testa, pensativo.

- Como assim esquisita?

- Bem, Sirius... ela fica, sabe, pensativa. Parece que está pensando no que fez, se é certo ou não. Eu diria que ela fica alguns minutos com uma crise existencial. E as vezes eu fico pensando se... – ela parou bruscamente e baixou o tom de voz para um sussurro, inclinando a cabeça em direção da mesa, coisa que os outros dois fizeram – se ela está começando a gostar do Tiago.

A expressão na cara deles foi a mesma que se ela dissesse “Tenho certeza que Dumbledore é você-sabe-quem.”. Todos, incluindo Mandy, ficaram boquiabertos e arregalaram os olhos. Sirius voltou a encostar a sua costa na cadeira bruscamente, com a expressão de quem não entendeu direito. Remo levou as mãos a boca, fazendo a mesma coisa que Sirius, mas devagar. E Mandy parecia que não devia ter falado aquilo.

- Mas eu não tenho certeza de nada não. É só uma suposição.

- Mas e se for verdade? – Os olhos de Sirius se iluminaram de esperança. – Quem sabe com um belo empurrão bem forte eles não se acertam?

- Só que não temos certeza de nada...

- E quem disse que temos que ter certeza de alguma cosa para agir?






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