<b>Cadê a porta?</b>



Cadê a porta?


Nota: Eu gostei muito de estilo de texto só falas, por isso esse capítulo é feito somente nesse estilo. Dá mais liberdade para a imaginação da gente (temos que pensar o que o personagem está fazendo, a expressão da cara dele, etc.). Caso não estejam gostando, por favor, avisem. No próximo capítulo volta ao normal.


O dia amanheceu lentamente, o que não é muito comum em dias de verão. Mas ainda todos estavam na cama, afinal, eram férias, não tinha nada para fazer, além de fiar longas horas repousando a cabeça no travesseiro e roncando.

Mas, toda regra tem sua exceção, e não era essa que não teria. Em algum lugar não identificado, bem escondido quase impossível de alguém entrar sem ser convidado, três pessoas mal conseguirão dormir, esperando a amanhecer.

Essas pessoas (duas meninas e um garoto) acordarão ao primeiro sinal de Sol, que entrava graciosamente na janela no alto dos quartos. Logo que chegarão a suas caras, abrirão os olhos. Daqui a pouco eles teriam que encarar aquilo que passarão a noite toda pensando e temendo mais do que qualquer coisa.

O quarto feminino foi o primeiro que seus membros acordarão completamente.


No quarto feminino


- Mandy, você já acordou?

- Não, ainda estou dormindo. É que geralmente eu converso dormindo. Não acredito que depois de tantos anos dormindo no mesmo dormitório, na cama ao lado da minha, nunca percebeu isso! Mas é claro que estou acordada! Como eu ia te responder dormindo?

- Bem... só estava perguntando para ver se estava acordada...

- Mas eu estou acordada, não estou? E você, tá acordada ou é sonâmbula?

- Para de rir! Não é nada engraçado!

- Claro que é!

- Não é nada! Isso não é engraçado, você não é engraçada, nada dessa coisa toda que está acontecendo é engradado! Vê se cresce!

- Lilly, não desconte seu estresse nos outros. E não me olhe assim, eu sei que está! Eu te conheço...

- Tá, mas isso tudo já está me deixando pirada! Entendeu, pirada. Está dando tudo errado. Primeiro minhas férias vão por água abaixo, depois minha vida vai por água baixo. Tudo por causa daquela porcaria de Villenueve com as suas porcarias de comensais...

- Lilly, não chora, vai. Para de pensar nisso!

- ... que acabarão com meu direitos de ser uma pessoa, por causa daquela porcaria de Potter que não para de ser um idiota, por causa daquela porcaria de Remo...

- Puxa, Lilly, agora está sobrado até para o Remo que sempre foi uma gracinha com você. Ele só foi uma pessoa inocente que cometeu um erro.

- Um erro que está acabando com a minha vida!

- Um erro igual aquele que você cometeu no nosso quinto ano, lembra? Que você resolveu tentar fazer uma poção super complicada que nós só aprendemos a teoria, mas a idiota aqui na minha frente foi resolver fazer, lembra?

- Mandy, aquilo só explodiu, e não me meteu cem sérios danos morais que no fim acabariam tirando meu direito de liberdade, me trancafiando numa casa como uma inútil junto com seres abomináveis pelo resto da vida!

- Lilly, quem disse que nós vamos ficar trancafiados? Já falo como se tudo fosse dar errado. E você não me inclui nessa lista, não?

- Mandy, não adianta fugir da realidade! Não tem jeito de escaparmos mais! Tudo já foi feito! Como você mesma tinha falado, não somos donos do passado, tudo que foi feito já foi feito e pronto!

- E Lilly, também não somos donos do nosso futuro, nunca sabemos o que pode acontecer no próximo segundo.

- Sim, talvez saibamos o que pode, porque é a única opção. Porque é o obvio.

- Lilly, só sabemos o segundo vivido, o futuro é um mapa a desvendar.

- Vamos parar de falar besteira de uma vez! Vamos de uma vez descer para saber o que está acontecendo!

- Tudo bem. Mas você acha que já deu tempo deles descobrirem tudo que eles fizeram?

- Não sei... mas é melhor descermos para ver.

- Mas... cadê a porta?


No dormitório masculino


- Caras, acordem! Anda! O dia já amanheceu! Anda logo! Deixem de ser preguiçosos. Dá para levantar de uma vez?

- Não dá não, Aluado.

- Ah, dá sim. Levanta logo, Sirius, e você também, Tiago.

- Ai, que frio! Não teria um outro jeito além de arrancar as cobertas não, heim?

- Não, não tem jeito não. É verão, esqueceu? Ou você queria um belo balde de água fria de recepção? É um modo bem diferente de gostar de acordar, Sirius.

- Já estou de pé, meu querido grande amigo Aluado! O Pontas que ainda está babando no travesseiro todo embolado e amassado. Hei, Evans, vem cá um minutinho! Tem uma coisinha que você tem que ver!

- O que você está fazendo aqui, Lilly, meu bem? Veio me ver, não é?

- E nem abre os olhos. PelamordeDeus, Pontas! Vai deixar sua ruivinha linda te ver com essas... um... cuecas amarelinha de bolinhas vermelhas parecendo? Tá ridículo, né, Liliazinha?

- Quê? Lilly, eu juro que é a primei... Lilly, cadê você?

- Tiago, não consegue ver uma mentira para te acordar não? Acho que a Lilly e a Mandy nem sabem onde fica o nosso quarto.

- Nosso, como eu sou burro, e Almofadinhas, que história é essa de Liliazinha? Você não pode chamar ela de “Liliazinha”. Nem eu que gosto dela a chamo ela assim.

- Por que isso, Pontas? Você não queria que eu falasse: “Lilly, meu bem, amor da minha vida, sabia que eu te amo?”, ou queria? E você é burro mesmo.

- Sirius, eu te mato, seu idiota!

- Crianças, não briguem de novo! Sirius, pare de provocar e Tiago, pare de ser tão burro a ponto de acreditar no Sirius. Será que vocês agora vão começar a brigar toda hora? Que coisa, viu?!

- Aluado, nós estamos somente nos comunicando do nosso jeito, tá. Não acredito que depois de anos vivendo dia após dias conosco você ainda não tinha percebido isso. Que amigo que tenho, nem me conhece!

- É isso aí, Almofadinhas! Eu também não estou acreditando que você ainda não percebeu isso.

- Mas se vocês brigarem toda santa hora, significa que são inimigos, caso vocês não saibam. Veja você é o Snape, Tiago. Brigão vinte e quatro horas por dia.

- PelamordeDeus, Aluado. Tá comparando e igualando a minha pessoa que é tão linda com aquela criatura? Não, você não está comparando isso, está?

- Nada disso, Sirius, você não entendeu nada. Só estou dizendo...

- Que você é tão feio como o Ranhoso, e eu concordo plenamente, Aluado.

- Não estava dizendo isso! Ah!, vocês não entendem nada! Nem vou tentar explicar.

- Mas Aluado, por que você acordou a gente tão cedo assim? Ainda são... 6:43! Geralmente eu acordo só às 8:30.

- Geralmente você dorme o dia inteiro.

- Acordei para saber se já descobrirão coisas o suficiente sobre os comensais. Sabem, vocês deveriam prestar mais atenção no que Dumbledore fala. Ele falou que amanhã bem cedo iria verificar a memória deles, lembram?

- Claro que a gente lembra! Mas não acha que não é um pouco cedo demais para eles fazerem isso? Claro que está!

- Bom... se vocês não forem e esquecerem de os tirar daqui, tudo bem... acho que talvez a Lilly e a Ammy tenham a sorte de os confundirem com invasores quando Dumbledore não estiver aqui, sabem...

- Tudo bem, já estamos indo! Mas... cadê a porta?


Voltando para o quarto feminino


- Cadê essa porta. Nós não estamos trancadas aqui, ou estamos?

- Não, nós não estamos trancadas aqui, foi simplesmente uma idéia idiota do idiota do idiota do Potter!

- Mas ele nunca seria capaz de fazer isso com você. Bem... mas se ele estiver no quarto com você... quem sabe?

- Mandy Langlie, eu juro que um dia eu perco a minha paciência com o que você diz e ai sim você ai ver o que é bom para a tosse!

- Está e ameaçando é?

- Tó, por quê? Algum problema?

- Não... só queria saber que cara o Tiago vai ficar se descobrir que... no primeiro ano, sabe?... bem... você me disse, lembra?... daquilo, sabe?...

- Lembro daquilo muito bem, obrigada, eu era uma doida sem noção das coisas. Sem noção de como as pessoas são. Eu era uma criança boba e burra, pensando que o chocolate quente vinha das vacas marrons.

- Não exagera, Lilly. Isso é verdade. Tenho certeza absoluta que até hoje você...

- Vamos parar com esse papo furado e tentar sair daqui?

- Tá querendo mudar de assunto, hein...

- Mandy, eu não estou tentando mudar de assunto, só estou pensando que se continuarmos a ficar falando que nem duas maritacas vamos ficar presas nesse lugar para sempre. É o que você quer, não é?

- Claro que não, mas você não quer sair daqui?

- Claro. Pulando pela janela numa queda livre de arrebentar os ossos na chegada? Não seria legal, Lilly.

- Adivinhou meu pensamentos.

- Mas acho que não é uma boa idéia. Não é melhor esperarmos mais um pouquinho não?

- Mas por que eles quiseram nos colocar num quarto sem porta, além da do banheiro, é claro!? Não é humano fazer isso.

- É, mas e se eles pensarem que somos xeretas. E descobrirmos informações que então passaremos para o você-sabe-quem para finalmente derrotar o Ordem. E de recompensa seremos eleitas as novas Ministras da Magia, e dividiremos a gabinete principal...

- Para de sonhar com essas doiduras, Mandy! Nós nunca faríamos isso, nem para ser as donas do mundo.

- Certo. Mas que outro motivo Dumbledore teria para nos prender num quarto sem porta, Lilly?

- Não sei, Mandy, não sei. Podem ser tantos... vamos esperar então?

- Vamos.


Voltando ao dormitório masculino...


- Remo Aluado Lupin, o que você fez que essa porta?

- Nada! Mas cadê a porta? Ela não estava aqui ontem? Alguém viu ela aqui ontem, pelamordeDeus?

- Não prestei muita atenção não, Aluado. Mas acho que ela estava há direita da cama onde o Pontas dormiu. Estava, Pontas?

- Não estava. Por que os dois estão discutindo? A porta não está ali?

- Pontas, deixa só a Evans saber que você dorme sem escovar os dentes. Deixa de ser anti-higiênico! Aquilo é um banheiro.

- Ahm... deixa eu só saber se você falou isso para ela. Ai eu vou e falo para a...

- Não comecem de novo! Não vêem, que temos seríssimos problemas! Não vêem que estamos trancados em um lugar que nem ao menos tem porta!

- Nós sabemos disso, Aluado. Só estamos tentando não entrar em pânico, não vê?

- OK, tudo bem... mas pelamordeDeus, vamos arranjar um jeito de sair daqui! Logo, de preferencia!

- Não esquenta, Aluado. Acho que daqui a pouco Dumbledore vem aqui e tira-nos daqui. Como ele fez na Cereja. E também está muito cedo, não acha? Me deixa dormir em paz!

- Dumbledore... ele que nos colocou aqui!

- Não! Como o Almofadinhas mesmo falou, foi a Chapeuzinho Mágico.

- Não! Ele nos trancafiou aqui dentro sem saída! Não percebem? Ele nos socorreu antes mesmo do Tiago ir atrás dele, como você mesmo nos disse quando estávamos fazendo as malas! Ele não é Dumbledore! É um comensal da morte disfarçado de Dumbledore! Como fomos tão jumentos assim?

- No que você se baseia ao dizer isso? Nos contos da Chapeuzinho Mágico?

- Não, Sirius! Baseio-me no fato de Dumbledore ter nos trancado aqui, no fato dele saber que corríamos perigo antes mesmo de você, Tiago, contasse a ele, ao falto dele também saber que corríamos perigo lá no Villenueve, ao fato dele não nos manter em Hogwarts!

- Ai, nossa! Cara, e se for verdade! Temos que fugir daqui logo!

- Mas como, Pontas, como?

- Não sei? Talvez pulássemos pela janela, pendurássemos de janela em janela até achar a Lilly e a Langlie, as salvasse e depois sairemos daqui para qualquer cidade perto. Ai a Lilly sai comigo.

- Pontas, será que não tem jeito de você parar de perguntar para a gente se ela quer sair com você e falar isso para ela?

- Pergunto direto. Mas ela só fala que não!

- Tiago, Sirius, daria para vocês fazerem a bondade de parar de conversar e pensar?

- Certo, Aluado, meu velho amigo! Que tal esperarmos eles aparecerem para azararmos eles? Acho que a queda livre dessa janela é meio alta, não?

- Certo, vamos esperar, preparados.

- É, esperar. Será que se derrotássemos um mundo de comensais a Lilly sai comigo?

(...)



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.