<b>Saída Forçada</b>
(...)
- Estupefaça! – gritou uma voz que não era nem de Lílian, nem de Remo e de nenhum comensal. Era a voz do diretor da escola de magia e bruxaria Hogwarts, Alvo Dumbledore.
Só que os comensais foram mais rápidos, e desviaram seus corpos do feitiço e, atacaram o diretor, que apesar de já ser senhor, ainda era um bom duelador, se desviou com maior facilidade do que a dos comensais.
- Corram e se escondam – gritou o diretor para os garotos – e não se preocupem comigo. Vou sair bem.
Como acreditar em Dumbledore naquela época de horror era o mesmo que acreditar em Deus, eles correram (Remo apoiado em Lílian) o mais rápido que puderam e se esconderam atrás de uma árvore em frente a Eethon. O estranho era que a escola estava deserta. Como lá tinha um piscina, os estudantes podiam ir à escola nas férias para poder se refrescar um pouco do grande calor. E esse dia não estava nada frio.
Passaram cinco minutos, nos quais nenhum dos dois falaram nada pois estavam com um medo devastador e nem olhavam pra cara do outro, o diretor saiu do Villenueve e nem precisou procurar os garotos: eles foram correndo atrás dele.
- Diretor, diretor, o senhor está bem? – perguntou Remo preocupadíssimo.
- Onde eles estão? Fizeram algo com o senhor? – foi a vez de Lílian perguntar.
O rosto dele, de Dumbledore, era sério e demostrava preocupação.
- Venham comigo – em seu tem de voz podia-se notar muita preocupação. – E por favor, não façam perguntas. Temos pouco tempo.
Os garotas se entreolharam muito preocupados e com medo, e quando olharam para frente, viram o diretor a uns cinco metros de distancia deles, caminhando em direção de Eethon. Eles correram e se posicionaram como dois seguranças, Lílian à esquerda e Remo mancando à direita. Os paços do diretor eram largos e bruscos.
Eles atravessaram a rua e ficaram de frente a escola antiga de Lílian. Foi então que a garota percebeu finalmente uma coisa naquele momento de terror: que se Dumbledore entrasse em Eethon, com suas roupas de bruxo de veludo verde floresta, todos iriam fazer perguntas e, teriam que alterar a memória de todos os seus antigos amigos.
- Diretor, tem trouxas em Eethon. Eles vão nos ver e fazer perguntas e por isso teremos que alterar a memória de muita gente. Mas eles são meus amigos e eu não gostaria que isso acontecesse. Não é melhor irmos para outro lugar?
- Lilly, não tem nenhum trouxa aí – o diretor os olhou – andem!
- Mas hoje é quinta-fei...
Remo não deixou a amiga terminar a fala, e a puxou apara dentro. Ele acreditava em Dumbledore mais que qualquer outra pessoa nesse mundo, e nunca deixaria de apoiá-lo. E realmente, não tinha nenhuma pessoa lá, a não ser eles próprios.
Eles andaram até as árvores, que ficavam no fundo da escola. Lílian achou que ele conhecia a escola bem demais para uma pessoa que morava em Hogwarts e só saia para algumas reuniões com outros bruxos: nenhuma delas acontecia em Eterno.
Ao pé de uma macieira (pra quem não sabe é a árvore que produz maçã), havia um pedaço de cano velho e enferrujado. Dumbledore o pegou.
- Segurem esse cano – disse ele estendendo o cano.
Sem perguntas, os garotos seguraram o cano, ainda com medo (eles não tinham se recuperado do ataque dos comensais no Villenueve). Segundos depois eles foram puxados para trás, e se sentiram como se tivessem acabado de cair num buraco de minhoca sem serem esmagados. Depois disso eles se viram na diretoria de Hogwarts.
- Garotos, - começou ele se sentando – quero que me contem direitinhos o que aconteceu lá, sem esquecer de nada. E sentem-se, por favor. – ele apontava para duas cadeiras na frente de sua mesa.
Então eles falaram dês de quando os dois saíram de casa e viram um o outro até quando Dumbledore apareceu. Toda frase que Remo falava Lílian completava e vice-versa.
- Certo. Creio que vocês não poderão passar o restante das férias em suas casas.
- Como não? O senhor não os pegou?
- Não, Remo, não. Eles eram muitos e eu era só um. Mas não se preocupem com suas família, eu apliquei neles um feitiço de memória e essa medida é só por precaução. Por que se eles recuperarem ela e vocês estiverem lá, sentirei saudades dos dois.
- Mas para onde vamos ir?
- Acalme-se, Lilly. Já mandei Minerva verificar se podem ficar na casa de uns amigos. Mas enquanto isso, acho que devo dar umas explicações. Sabem, ninguém gosta que quase perder a cabeça e depois nenhuma pessoa falar a verdade.
- É, diretor – falou Lílian – eu cresci vendo o edifício Villenueve todo os dias e nunca vi nada de estranho nele.
Dumbledore fez um gesto de pouco caso, ajeitou os óculos de meia lua e começou a explicar:
- É por que ele é um campo de concentração** de trouxas novo. Voldemort – os garotos se assustaram ainda mais quando ele mencionou “Voldemort” – viu que ainda não fez nada naquela área e montou em um prédio trouxa. Na minha opinião um plano magnífico. Ninguém esperaria que ele, que tem uma grande aversão a trouxas, fosse usar um local fora do mundo bruxo. Isso demostra sua grande astúcia, mas também sua ousadia. O que vocês viram foi apenas uma demonstração do que ele é capaz.
- Mas diretor – interrompeu Lílian – eu nunca ouvi falar em nenhuma pessoa desaparecida por aquela área, nem no Internacional Times, o jornal trouxa mais vendido na Grã-Bretanha, muito menos no Profeta Diário. Não há desaparecidos nenhum.
- E nem eu – completou Remo.
- É porque ainda não desapareceu muita gente ainda. Vocês não vêem nenhuma manchete “Desapareceram 5 pessoas”, e sim “Desapareceram 50 pessoas”. Os governos, tanto o trouxa quanto o bruxo, estão desestruturados por causa dos ataques.
- Eu nunca mais passo em frente ao Villenueve – murmurou Lílian se afundando na cadeira. – Que horror!
- Não, Lilly. Você não deve pensar assim. Villenueve só vai se recuperar dessa tragédia se todos erguerem-se e tentar reconstruir aquele lugar. Ele não é nenhuma “Casa dos Riddle” ou “edifício dos comensais”. É apenas o velho e bom Villenueve de sempre.
- Quem são os Riddle? – perguntou Remo interessado.
Naquele momento, uma mulher de meia idade entrou na sala. Ela tinha olhos negros como pérolas negras e um aspecto severo, além dos cabelos cor de chocolate presos num coque.
- Minerva, já encontrou casa para os dois ficarem? – perguntou o diretor a professora Minerva McGonagal.
- Sim, diretor. E também já fui informar as famílias de Lupin e Evans do que está acontecendo. Eles irão enviar as malas pela rede de flú mais tarde. Não se preocupe, senhorita Evans – disse ela olhando para Lílian – seus pais enviarão para a casa do senhor Lupin para que eles posam enviar a você. E sigam-me
Eles seguiram a professora e ela pegou uma blusa.
- Segurem isso.
Com cara de “não, de novo não”, os dois seguraram e os três foram parar em uma rua muito bonita, com árvores e jardins bem cuidados. Na rua estavam 3 garotos.
A única garota era... digamos meio termo. Nem bela nem feia. Nem alta nem baixa. Nem gorda nem magra. Nem inteligente nem burra. Os cabelos negros não eram nem curtos nem longos, nem encaracolados nem lisos. Os olhos cor de terracota não eram nem redondos nem puxados. Essa era Mandy Langlie.
O segundo garoto era muito bonito. Era alto e magro, com cabelos lisos e negros caindo nos olhos azuis cor só um pouquinho mais clara que o céu. Ele era o perfeito arrasa quarteirão. Seu nome era Sirius Black.
Já o terceiro... bem... ele era a pessoa que Lílian menos queria ver nas férias. Ele era alto e magro e belo como Sirius, mas seus cabelos eram horrivelmente despenteados, seus olhos eram como os de Mandy, mas no seu centro tinha um pequeno tom de verde. Seu sorriso estava de ponta a ponta, de tanta felicidade. Acho que todo mundo sabe que esse é Tiago Potter.
- Não – murmurou Lílian.
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