Laços de Sangue
Você pensa que será fácil me destruir?
-Não me subestime querido. – desdenhosa - Vc não sabe do que sou capaz! – falou a mulher apontando a varinha para o homem caído no chão – Mesmo você tendo, infelizmente, o mesmo sangue que eu, seu fim será a morte.
O homem se levantou com dificuldade, se firmando na pouca força que restava em suas pernas. Agiu o mais rápido que seu corpo pôde.
-Expelliarmus!!!! – A mulher fora jogada contra a parede, sua varinha voou para o alto.
-Oh! Você é capaz de lançar um feitiço!! –ela bateu palmas. - estou comovida, ma-ni-nho. - sarcástica e mostrando certa dor na voz. O feitiço a pegou de jeito. Tentou tirar a atenção do Sr. Kohler enquanto procurava por sua varinha - já sei. O velhote do Dumbledore ensinou isto a você e a seus amiguinhos patéticos não foi?
-Você me enoja, Charlize. Tenho pena de você, do futuro que terá.
Charlize se levantou, escorando pela parede de pedra fria da mansão em que se encontravam. Foi pega desprevenida pelo feitiço.
-Não preciso da sua pena. Só o fato de te ver morto me fará feliz.
Ela correu pra pegar a varinha, se jogou no chão e apontou para Chaz.
-AVADA KEDAVRA!!! – gritou saboreando cada palavra que proferira e com muito ódio em sua voz. Um lampejo verde saiu da sua varinha. Seu irmão que antes estava a sua frente, após o feitiço apareceu na outra ponta da sala. Caído de um modo estranho, mas não se importou com o fato. O importante era que Chaz Kohler estava morto, como há muito tempo desejava. Charlie desaparatou dali.
***
Longe daqui num casarão abandonado Charlize Kohler apareceu suja e com sua capa preta bem desgastada com vários rasgos. Estava bastante machucada, o rosto, braços e pernas esfolados e feridos. Saia um pouco de sangue da sua boca o qual limpou com o dorso da sua mão. Dera-se conta de que esquecera sua máscara, mas o que importa? Ele está morto, não pode me trazer problemas. Ela achava.
-Mestre... – se curvou – a missão foi efetivada. Ele foi destruído... Morto como Millord desejara.
-Parabéns Charlie. Confesso que duvidei da sua capacidade para matar seu irmão. Então, - ele sorriu para a mulher friamente - bem vinda à família de Lord Voldemort. – falou um homem alto, cabelos muito negros, embora um pouco mal-tratados pelo tempo e pelo descuido, seus olhos escuros a fitavam. Ela estava curvada diante da cadeira onde minutos antes ele se sentara.
-Seu braço, Charlie.... O esquerdo.
Ela puxou suas vestes meio que afobada e lhe mostrou o antebraço. Sabia o que ele iria fazer. Estava ao mesmo tempo com medo e excitada. Desde seu tempo em Hogwarts quando ficou sabendo do poder do Lorde das Trevas previu seu destino. Queria se tornar uma Comensal da Morte e aos 29 anos esse desejo se concretizara.
Ela se levantou, e olhou o homem a sua frente. Lord Voldemort já fora mais belo, mas nem mesmo o tempo e o que fizera por certo com seu corpo, conseguiram arranca-la por completo.
Sua pele era alva, seus 1,90m de altura aliado com seu grande poder exerciam completo domínio sobre seus servos e medo pela maioria da Comunidade Bruxa. Muitos sentiam pânico apenas ao ouvir seu nome, porém o que Charlize sentia respeito e admiração. Ele transmitia muito dos seus ideais, o que realmente desejava no seu mundo.
Sabia que ao se tornar uma Comensal da Morte seria algo eterno, que só a morte destruiria. E sua desistência e deslealdade culminariam finalmente no simples Avada Kedavra, a pior das Maldições.
O Lorde das Trevas conjurou um feitiço não-verbal, da sua varinha saiu um forte feixe de luz amarelo-ouro que aos poucos foram se tornando finos fios de fogo.
Uma dor ao mesmo tempo insuportável e excitante surgia em Charlie. Gemia de dor.
Na pele alva e sedosa de Charlize a Marca Negra estava sendo cravada. Algo que ninguém poderia tirar, apenas Ele.
Prostou-se aos pés de Millord com o antebraço ainda estendido.
-Minha marca... – falou pausadamente admirando-a.
– A Marca Negra já está tatuada em seu braço. Sempre que a sentir queimar deverá aparatar ao meu destino. Sua ausência será punida e sua deserção – sorriso maquiavélico - a morte.
-Millord... – fitou o seu antebraço que se repousara em seu colo – não o desapontarei! – passou a mão. Ainda doía, mas delineou com o dedo a caveira com uma serpente saindo pela boca. Era vermelha e sua pele ainda ardia e queimava. – mas eu pensei...
-Ela se tornará em preto vivo ao meu chamado. – respondeu a indagação dela. – Agora vá. Esconda-se. Poderá ser procurada pela morte do imprestável do seu irmão. Sei que é metamorfa, portanto, use seu dom e feche mais sua mente. Ela poderá te causar problemas.. – falou com sua voz gélida e seca.
Ela se curvou mais uma vez e desaparatou dali.
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