Como uma família
Capítulo 19 – Como uma família
— Lily?
— Tiago... — Ela parecia chorar. Levantou-se rapidamente ajeitando a colcha que amassara ao deitar — Desculpe-me, eu sei que é tarde, mas... Eu não tinha idéia de onde ir, e você estava na reunião, eu não sei o que fazer! — Ela voltou a chorar colocando as mãos no rosto.
— Lily, eu... Vamos sair daqui! Vem!
Ela se levantou e eles se abraçaram, Tiago não sabia o que estava acontecendo, mas devia ser muito sério por que ela estava muito triste. Ele pegou o cobertor de sua cama e saíram. Andaram um pouco nuns corredores que Lílian nem quis identificar. Foram até perto da floresta, um lugar que ninguém incomodaria.
Colocou a coberta nela e sentou a sua frente.
— Me conta... O que te fez ficar assim?
— Tiago... Me-e-eus pa-a-ais... — Ela respirou fundo — Eles, mor-re-e-ram!
— O QUE?!
— Não me faça repetir! — Ela afundou o rosto na coberta vermelha.
— Não! Desculpa, eu... Meu Merlim! — Ele desabafou. Abraçou-a tentando protegê-la.
O vento pareceu ter parado como se observasse aquela cena. Tiago pedia com todas as forças que Lílian fosse forte, que ela entendesse que esse não era o fim da vida dela, e que ela nunca deveria desistir de fazer tudo aquilo que ela sonhava, muito menos achar que não conseguiria sem os pais. O moreno sabia que Lílian era muito apegada à família e tinha medo da reação de sua ruivinha diante a tudo aquilo.
— O que eu faço agora? — Ela perguntou depois do que pareceu uma meia hora chorando.
— Você não vai sair da escola, vai?!
— Não, não tenho motivo pra isso, além de que as meninas e você estão aqui, mas e minha irmã? E depois que eu sair daqui? A gente tem NIEM’S, como eu vou fazer sem eles? Eu não vou conseguir!
— Claro que vai! Claro que vai! Sua irmã já estava noiva não é? E eu estou te ajudando a estudar e vou fazer o possível pra você nem pensar em não conseguir!
— Mas se eu não conseguir, você vai ta estudando em vão... Eu não quero que você se gaste pra nada!
— Nada? Dês de quando você é nada pra mim? E outra... Eu não estou aqui só pra estudar não, eu to aqui pra tudo que você precisar!
— Eu sei! — Ela o abraçou — Muito obrigada, muito!
“Será que era esse o plano de Snape?” — Lílian, com todo o respeito, como eles morreram?
— Comensais...
— Nossa, desculpa, não queria te fazer lembrar isso... — Ela balançou a cabeça em sinal de sim — “Comensais? E se ele for um comensal, pode haver uma ligação...”
— Tiago...
— Diga!
— Amanha, eu não queria estudar, sabe?!
— Claro! Amanha se você quiser ficar sozinha, eu vou entender.
— É... Eu vou falar com as meninas, elas os conheceram, vai ser tão triste! — Ela voltou a chorar — De tarde vai ter o enterro, Dumbledore me liberou, mas eu não sei se vou.
— Como não?
— Eu quero ter lembranças alegres deles, não do enterro, e todos chorando... Não gostaria de lembrar essa cena.
— Ah sim... Se precisar de mim, eu vou com você ou fico aqui contigo também!
— Obrigada.
— Quer entrar?
— Não sei, as meninas me ouviriam e eu não quero conversar com elas agora.
— Quer voltar pra minha cama?
— Posso?
— Claro! Eu me ajeito no chão, não se preocupe!
— Eu não quero te tirar da sua cama!
— Relaxa, eu me viro! Não precisa pensar em mim agora... Vamos!
Em silêncio os dois subiram. Ele pegou um edredom cor mostarda dentro do armário e colocou no chão para ele depois de cobri-la com o mesmo vermelho que levara para fora. Ele sentou na sua cama improvisada e viu-a adormecer, de frente pra ele, com lágrimas nos olhos. Eram quase 2h da manha e ele não demorou em pegar no sono, sem ao menos concluir o pensamento sobre Snape.
O Sol saíra alaranjado do horizonte e na madrugada fria Sírius tropeçou em um corpo na frente do banheiro.
— Aih! Tiago! O que...?
— Shi!!! A Lílian ta dormindo na minha cama. Silencio!
— Na sua cama é?! Por quê? — Sírius, óbvio, levou pro lado malicioso.
— Nada disso que o senhor está pensando, vem desce que eu te conto — Tiago se levantou do seu projeto de cama e desceu pro salão comunal com Sírius logo atrás.
— O que? — Tiago contara tudo.
— Foi essa reação que eu tive!
— Comensais? Só porque são trouxas? Que idiotas...
— Isso que eu tava me perguntando, se foi só por isso mesmo.
Os dois se aproximaram nas poltronas e Tiago abaixou o tom de voz:
— E se esses comensais e tudo isso tiverem algo haver com o plano do Snape?
— Será? Mas o que ele ganharia com isso?
— Vingança pelo modo que ela o tratou ou confiança do Voldemort?
— Mas precisava de tanto?!
— Pois é... Isso que eu não sei!
Os dois pareciam refletir quando Sírius não agüentou — Cara, eu vou ao banheiro, quer que eu volte depois?
— Não, não, se conseguir, volte a dormir daqui a pouco eu vou subir também!
Sírius subiu e deixou Tiago por alguns minutos pensando em algum motivo maior pra tanta crueldade com a ruiva que permanecia adormecida, seus pensamentos voaram para o fato de serem tão jovens e terem que lidar com coisas tão sérias, resolveu subir, tomou um gole d’água e tentou adormecer.
— Tiago... Tiago...
— Lily? — Tiago acordou olhando pra sua cama, mas o cortinado permanecia fechado.
— Não, ela ainda não acordou... São nove e 20, vai ter treino? O povo ta perguntando no café... — Era Sírius.
— Treino? Não... Faz uma reunião, e pega idéias pra treinos de novos jogadores... Eu vou tomar um banho, talvez eu apareça lá!
— Ok!
Tiago tomou seu banho, se vestiu, deu uma olhada em Lílian e ela estava acordada, olhando fixo pro cortinado — Bom dia... Melhor?
— Um pouco... Tiago, pega umas roupas minhas no meu malão? Eu te autorizo a entrar lá.
— Ah, tudo bem... Já volto.
Tiago foi, pegou uma calça jeans e uma blusa amarela clarinha, voltou, entregou-lhe e ela entrou no banheiro. Ele arrumou a cama e viu que os marotos haviam saído. Conjurou um café da manha e foi pra varanda que a pouco tinha apresentado a Lílian.
Ela saiu do banho vestida e se deparou com ele apoiado na sacada da varandinha.
— Adoro esse lugar — Ela sorriu pra ele, com a toalha em mãos.
— Eu também... Fome?
Depois de comer Lílian foi até seu quarto, Tiago desceu e seu time de Quadribol estava sentado nas poltronas, parecia que tinham acabado de começar.
— E ai, alguma idéia? — Sírius terminava quando Tiago chegou perto do grupo.
— Eu tinha pensado... — Começou o único batedor, Jack, enquanto Sírius perguntava se estava tudo bem e Tiago disse que ela estava melhor —... O que acharam?
— Eu gostei, mas parece que o Sírius e o Tiago nem escutaram! — Jaqueline disse rindo.
— Desculpa Jack, pode repetir?
— Eu disse que a gente podia fazer testes de resistência física, agilidade, mas também de reações em momentos críticos!
— Como assim? — Sírius se aproximou apoiando os braços nos joelhos.
— Sustinhos, se vocês me entendem!
— Adoro essas coisas! — Tiago conseguiu relaxar e conversar sobre ouras idéias.
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— Lílian, nossa, seus pais eram tão legais! — Tatiana que os conhecia dês de pequena chorava.
— Quem faria isso com eles?
— Comensais, Mel, comensais!
— Que horror, amiga! — Juliana a abraçava.
— A gente ta aqui viu?! Pra seeeeeeeeeeeeempre! — Amélia abraçou Juliana e Lílian e Tatiana veio atrás.
Depois de alguns minutos abraçadas, Tatiana decidiu tomar um banho, foi quem mais se abalou das três.
— Você vai ao enterro?
— Não sei... Tiago disse que ele poderia ir comigo, mas eu não quero lembrar eles desse modo.
— Tiago? Ele já soube?
— Ahan, ontem à noite eu falei com ele e acabei dormindo no quarto dos marotos, desculpem garotas, mas eu não ia conseguiria falar com vocês ontem!
— Não, Lily, a gente entende! Mas fica calma, vai ficar tudo bem!
— É eu sei, eu só preciso me acostumar com a idéia, O Tiago me ajudou muito ontem...
— O Tiago, o Tiago, o Tiago... — Amélia tentou mudar de assunto.
— Não falo mais agora! — Lílian entrou na brincadeira.
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— Então é isso, Jaque, você faz o aviso que eu peço pro Remo colocar amanha, antes do café.
— Ok, Tiago! — A menina se levantou e todos repetiram seus passos, a maioria saiu do salão, mas Sírius e Tiago chamaram Remo e Pedro que estavam conversando para subirem pro dormitório.
— E vocês acham que isso é o planinho do Snape? — Remo perguntou depois que Tiago lhe contou o que tinha acontecido.
— A gente pensou nisso — Sirius respondeu enquanto Tiago afirmava com a cabeça — Mas é muita coisa pros motivos que ele tem!
— Acho que é isso mesmo! — Pedro falou pensativo — Seria muita coincidência, não acham?
— Será?
— Houve mais ataques naquela rua no mesmo dia? — Remo perguntou.
— Não vi ninguém comentando nada, e hoje não tem correio! — Sirius respondeu.
— É... Só amanha saberemos! — Tiago abaixou a cabeça.
— Vamos comer? — Pedro perguntou se levantando de sua cama — Não vai adiantar ficarmos pensando sem nada na barriga! — Tentou um sorriso amarelo.
— Ta certo Rabicho, vamos! — Tiago se levantou e foi em direção a porta enquanto o grupo vinha atrás.
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— Vamos almoçar? — Amélia perguntou depois que Tatiana estava vestida. As quatro saíram e desceram as escadas em silencio. Na sala comunal parecia mais um dia comum para todos.
— Olha os meninos saindo... MAROTOS! — Juliana gritou e eles esperaram.
Chegaram lá e os quatro abraçaram Lílian que ficou bastante emocionada.
— Fica assim não ruivinha, olha a família que você tem aqui! — Sírius disse estendendo os braços pros amigos e ela assentiu com a cabeça enquanto um sorriso abria em seus lábios e algumas lágrimas o contradiziam.
— Vamos logo — Ela disse ainda sorrindo e limpando o rosto com os dedos.
Seguiram pro salão principal e comeram em silêncio. Dumbledor e a Sra. Mecgonagal pareciam preocupado com a ruiva que não comeu muito. Os oito seguiram pro salão comunal e Lílian subiu com Tatiana pro quarto, ela continuava muito abalada.
— A Lily vai ao enterro? — Tiago perguntou às meninas.
— Acho que não vai — Juliana respondeu.
— Ela não disse nada, Ju! — Amélia contradisse só pra encher a amiga.
— Mas ela disse que... — O resto do argumento de Juliana os marotos não souberam já que os quatro, vendo a briga, automaticamente deixaram as duas sozinhas.
— Essas duas em?! — Remo comentou quando chegaram numas poltronas perto das escadas.
— Tão como nunca! Sério, elas brigam por tudo! — Sirius disse rindo. Olhou pra Tiago esperando um comentário engraçado, mas viu o rosto do moreno que tentou formar um sorriso — To preocupado né Pontas?
— To, mas eu não quero ficar forçando nada, ela deve querer ficar sozinha agora né?!
— É, deixe-a descansar!
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— Você acha que eu devo ir, Tati?
— Olha Lily, você quem sabe, eu entendi seus motivos, até concordo com você...
— É... Eu vou ficar! Vai ser melhor pra mim, eu descanso também.
— Você quer que eu te deixe sozinha?
— Por favor... — Lílian pediu e se deitou na cama, o dia tava frio por mais que fosse verão.
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— E a Lílian? — Tiago se levantou ao ver Tatiana descer as escadas.
— Resolveu ficar aqui, não vai ao enterro, ta deitada um pouco, coitada gente! — Ela respondeu quando chegou perto dos meninos.
Ficaram alguns segundos em silencio, Juliana e Amélia se deram conta que não tinham platéia e se juntaram aos amigos, o assunto permaneceu na Lílian e no que podiam fazer para ajudar. Pedro disse que precisava comer alguma coisa e saiu.
— Mas vocês acham que a gente deveria tocar no assunto normalmente? — Amélia perguntou.
— Acho que agora não, acho que ela vai ficar com a gente quando ela preferir não pensar nisso, pelo menos por agora!
— Acho que você está certo Remo, quando ela estiver pronta ela mesma vai falar! — Juliana acrescentou.
Tiago subiu para o quarto dizendo que também precisava se deitar, não escondeu a ninguém que também estava abalado.
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Pedro até foi à cozinha comer algo, mas depois foi fazer o que a curiosidade mandava, desceu até as masmorras e deu de cara com Snape subindo.
— Foram vocês?
— Nós o que, rato nojento?
— Que mataram os pais da Evans! — Pedro cochichou.
— Os pais da Lílian? Quando isso? — O moreno pareceu perturbado.
— Ontem de madrugada, a Evans passou o dia choramingando, ta todo mundo preocupado!
— Mas eu não sabia de nada! Foram os...?
— Sim, por isso vim aqui, você não me enganou em relação ao que iam fazer com ela não é?!
— Claro que não! Eu nunca fria algo tão... Como você pôde pensar isso?
— De vocês eu penso tudo! Tinha que saber... Ainda vai fazer alguma coisa? Ela parece abalada o suficiente...
— Eu não sei, o difícil vai ser convencer a Belatrix de voltar atrás... E os seus amiguinhos acreditaram na sua mentirinha pra descer até aqui?
— Eles não sabem, mas qualquer coisa falo a mesma história... Mas tenho que ir.
— Hey, rato! — Rabicho se virou — E o enterro?
— É agora, mas ela não vai, preferiu ficar aqui, não sei bem por que!
— Sim, agora some da minha frente!
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— Lílian — As amigas bateram na porta. Eram quase sete horas da noite a ruiva precisava comer. Como não houve resposta as três entraram. O cortinado da amiga estava fechado e Juliana o abriu, a ruiva dormia e as três se sentaram ao redor da cama.
— Lilysinha... — Tatiana passou a mão nos cabelos da amiga que abriu os olhos de vagar.
— Oi meninas — Ela estava com o rosto inchado, mas parecia mais descansada.
— A Srta. Evans tem que comer alguma coisa! — Juliana disse brincando.
— Ou você acha que ninguém viu você comendo pouquinho no almoço? — Amélia apontou o dedo brincando.
Lílian sorriu — Estou sem apetite, sabem?
— A gente entende, mas tem que comer!
— Isso mesmo Tati! — As meninas ouviram isso da porta e era Sirius com os marotos atrás — Anda Lily, vai tomar um banho e vamos jantar! — Todas sorriram e Lílian levantou enquanto os garotos se instalavam no quarto.
— Incrível como vocês são mais organizadas que a gente! — Sirius olhava tudo.
Tiago parecia mais preocupado que todo mundo, participou da conversa às vezes, mas a maioria do tempo ficava olhando pra porta do banheiro. A mesma porta abriu alguns minutos depois e Lílian saiu e os oito desceram as escadas falando sobre a “organização” marota, qualquer assunto pra distrair a ruiva.
— Mas mel, o Remo é organizado! — Juliana irritava a amiga.
— Só o Remo! Acho que mesmo se o premio fosse a mulher mais gostosa do mundo o Sirius não arrumaria o quarto de vocês! — Amélia apelou.
— Claro que não! O Almofadinhas sabe que nem adianta a arrumação, mulher não dorme lá em cima! — Tiago disse.
— Oxe, a Evans dormiu! — Pedro alegou deixando Lílian corada
— Bom, mas ela realmente dormiu né?! — Remo cutucou Pedro — Daí pode! — Todos saíram rindo, até Lílian
No jantar Lílian até conversou, comentaram sobre as aulas e ela comeu um pouco mais que no almoço. Amanha pela manha todos saberia do acontecido porque sairia no jornal, ela já tinha pensado nisso e estava preparada. O pior seriam as cartas de parentes, ela achava, mas não queria pensar naquilo agora.
Subiram todos e ficaram um pouco no salão comunal, sentaram os oito em frente à lareira e ficaram observando a chama, depois de um tempo só tinham eles e começaram a brincar de ver animais no fogo.
Tatiana dês de pequena só conseguia ver coelhos, Sírius era o mais criativo e via muitas vezes dinossauros e macacos, Amélia só conseguia ver cachorros, Juliana via arvores, Pedro dificilmente via algo diferente de comida, Remo ria das caretas que via, Tiago se ocupava em procurar cervos e Lílian via toda hora corujas e fênix.
Juliana e Amélia resolveram pegar xadrez bruxo para jogar, e acabou que fizeram um mini torneio. As duas jogaram primeiro e Juliana venceu, depois Tatiana e Lílian e quem ganhou foi a morena, Entre Remo e Tiago o segundo ganhou e Pedro rapidamente perdeu de Sirius.
Assim, Tiago jogou com Sirius e Juliana com Tatiana.
— Eu vi Sirius, não vale roubar pela décima vez! — Tiago tinha as mãos no queixo atento a todos os movimentos do adversário.
— Que saco, prefiro jogar com o Rabicho, ele nunca vê nada! — Os amigos riram e Pedro esboçou uma careta de brincadeira.
Sírius ganhou e da partida das meninas quem saiu vencedora foi Juliana, entre os dois Juliana já estava preparada para perder se não fosse a nova regra de que se alguém fosse visto roubando mais de três vezes perderia. Bom, o impulsivo do Sirius o fez e perdeu o jogo no meio da partida. As meninas comemoraram entre si e os três marotos que assistiam riam da cara de Sirius,
— Quem mandou roubar Siriusito? — Tatiana brincava com ele.
— Essa regra aí de vocês não tem fundamento nenhum! Do que adianta sem roubar? Muito sem graça vocês!
— Não fica emburrado Siriusito — Tiago copiou o novo apelido que Tatiana dera — Foi só um jogo!
— Tudo bem, tudo bem, mas não gostei desse Siriusito ai não! — Sirius disse fazendo os outros sete rirem.
Sentaram nas poltronas falando de outras vezes que Sirius ficara emburrado e agora só para atormentado chamava-o de Siriusito.
— Já falei para pararem com isso! — Ele não ficou nervoso, mas realmente não gostou do apelido — Me lembra o 4º ano e uma chata da lufa-lufa.
— A é! Era disso que ela te chamava? — Tiago se lembrara.
— Mais ou menos...
— Como era? — Juliana perguntou no que os marotos já estavam rindo.
— Nãolembro — Sirius respondeu rápido.
— Era de Siriusitosinho-inho — Remo respondeu chorando de rir.
As meninas começaram a rir também — Viu Sírius? Meu apelido nem foi tão ruim assim, pra quem já teve um... Siriusitosinho-inho — Tatiana comentou rindo depois novamente.
— Ta bom né?! Já riram de mim o bastante por hoje! Chega ok?!
— Nossa Sirius, como você é chato! — Juliana falava ainda com o sorriso nos lábios e o moreno respondeu com uma careta.
— Mas ta certo, vamos dormir, já são... — Remo olhou no relógio — 2:30!
— O que?! Nunca que vou acordar pra aula dormindo essa hora!
— Quanto mais tarde pior, Ju — Tatiana se levantou — Anda, vamos subir todos.
Seis se deitaram e dormiram levemente, parecia que nada de ruim tinha acontecido naquele dia, mas para Lílian era tudo inesquecível e para Tiago impossível de não reparar na tristeza da ruivinha.
De manha as meninas se levantaram com muito custo e ao descerem os marotos já a esperavam.
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