Cap Unico
O que significa ser uma pessoa apaixonada? É mais do que ser casado ou fazer amor com alguém. Milhões de pessoas são casados, milhões de pessoas fazem sexo, mas poucas são realmente apaixonadas. Para ser apaixonado você tem que se entregar e se comprometer numa eterna troca de intimidade com sua companheira.
Você é apaixonado quando acorda cada manhã agradecido por ter mais um dia para amar e desfrutar esse amor com ela.
Ser apaixonado por alguém é uma benção. Você recebe a dádiva de ter alguém escolhido para caminhar ao seu lado, alguém que partilhará seus dias e suas noites, sua cama e seus problemas. Em que outra pessoa verá partes secretas do seu eu que mais ninguém poderá ver. Tocará partes do seu corpo que ninguém mais tocará. Vai procurar você no seu esconderijo e lhe oferecerá seus braços como um refúgio seguro e amoroso.
Seu amor lhe oferece vários milagres a cada dia. Tem o poder de fazê-lo feliz com um sorriso, com sua voz, seu perfume, o modo de caminhar. Tem o poder de acabar com sua solidão e de tornar sublime o que é comum. Ela é o seu caminho para alcançar o céu aqui na terra...
Mas, infelizmente, eu nunca poderei saber o que essas palavras que eu acredito do fundo da minha alma, realmente significam... É uma longa historia, e espero que acredite profundamente nela!
Essa historia toda começou quando o Rony veio me procurar para tentar remediar o que tinha feito a Luna. E a sua “incrível” solução era voltar no tempo e fazer com que nada tivesse acontecido. Não era nada muito grave, eles apenas brigaram porque o Rony continuava sendo aquele galinha que você conhece... Mas isso fez com que ela brigasse realmente feio com ele, e agora que sentia sua falta, ele sabia que a amava e queria remediar isso. Não o julgo, eu sei mais do que ninguém o que é fazer algo para deixar a mulher da nossa vida feliz. Mas muita coisa aconteceu nessa aventura de voltar no tempo. E o que era pra ser um tipo diferente de perdão, acabou sendo a maior aventura da minha vida. Tive momentos felizes, sorri, chorei, amei, aprendi e principalmente cresci. Me tornei um novo Harry Potter, mais apaixonado, mas tampouco feliz. As vezes não acredito que vou deixar de ser esse bobo garoto de óculos redondos que você se tornou amiga, mas uma coisa eu sei, se você for apenas feliz, eu estarei realizado.
Você deve estar pouco entendendo o que quero te dizer, mas preciso muito que você saiba disso. Não ache que depois de velho fiquei louco, quero apenas te contar por que te magoei tanto há quarenta anos atrás.
Como disse, o Rony queria muito voltar no tempo, quer dizer, ele queria que eu voltasse no tempo e o impedisse a trair Luna, e bem você me conhece melhor do que ninguém, portanto acabei concordando com essa maluca idéia. A idéia era mesmo voltar no tempo, mas como tínhamos mais nenhum vira tempo disponível acabamos indo escondidos no ministério e lá encontramos muito mais que um vira tempo. E o que era pra ser uma viagem ao passado, acabou sendo para o futuro. Isso mesmo, eu Harry Potter, acabei indo sem querer para o futuro, por que o idiota do nosso amigo apertou o botão errado.
Bem, é agora que a explicação começa, e talvez você deva está se perguntando por que eu quero desenterrar essa historia que aconteceu há muito tempo,mas é que as vezes, a noite, eu não consigo dormir, só lembrando do seu rosto manchado de lagrimas por minha causa. Espero com esse relato não te fazer sofrer mais, e saber que você foi correspondida e muito.
Lembro claramente quando cheguei no futuro, pensando ainda que tivesse ido ao passado. Mas eu me encontrava em um local novo, diferente e muito aconchegante, e posso te assegurar que me senti em casa. Depois de muito andar pela casa em busca de algo que me localizasse, acabei desistindo e parei num escritório. Quando entrei nele, eu lembrei de você na mesma hora. Lá dentro tinha uma enorme estante cheia de livros e muito organizada. Passei os olhos por todo o local, até que eles pararam num álbum que estava fechado em cima da mesa.
Sem mais esperar me dirigi para lá. Sabia que era errado, mas eu precisava saber onde estava. Quando comecei a folhear, lágrimas saíram dos meus olhos, não podia acreditar no que estava vendo. Eram fotos nossas, no que parecia o dia do nosso casamento. As fotos datavam de 2010, e lhe asseguro que estávamos muito felizes nelas. Tinha fotos de vários tipos, nos beijando, entrando na igreja, e também eu te carregando no colo, para a nossa lua de mel. Será que era nesse ano em que eu estava? Não, infelizmente não foi nesse ano.
Entretanto, quando estava quase acabando de ver as fotos, ouvi passos se aproximando. Fechei rapidamente o álbum e me escondi atrás da enorme cortina que havia ali. Os passos se aproximaram mais e no instante seguinte eu vi um moreno e um ruivo entrando no escritório. Os dois não pareciam ter mais de vinte e cinco anos. E discutiam bravamente.
_Você tem que aceitar o que aconteceu! Ela se foi, não há o que você possa fazer. – Disse o ruivo ao moreno.
_Como você quer que eu aceite isso, Rony? – Rony? Agora eu começava a entender onde eu estava. Mas quem se terá ido?
_Eu não sei, Harry! Eu sei que é muito duro o que aconteceu, mas a vida continua.
_Você não entende, Rony. Sem ela simplesmente não há vida. – Rony abaixou a cabeça tristemente. – E se fosse a Luna? Como você acha que se sentiria?
_Eu nunca pensei nisso, Harry! Seria como parar de respirar. Mas você já está passando dos limites. Não sai mais dessa casa, fica enfurnado nesse escritório o dia inteiro. ISSO NÃO VAI TRAZE-LA DE VOLTA A VIDA!
_EU SEI QUE NÃO VAI! Você nunca irá me entender, Rony. Nunca irá!
_Por que não desabafa comigo? Nós sempre fomos amigos. Conte-me tudo o que esta sentindo. Talvez eu te compreenda e te deixe em paz! Eu só não quero ver outro amigo morrendo!
_Rony... A minha alma está em sangue de tanta desilusão. Fui golpeado pelo desejo, pela tentação. O dia se aproxima. Em que todos são casal e eu sou apenas eu. Falta a minha metade. Aquela que já nem sinto de tão distante que está. O dia aproxima-se em passos largos... E eu não quero ver esse dia. Esse dia em que todos amam, todos são amados e eu... Só. Eu e o meu desejo. Eu e o meu corpo abandonado. O beijo dela, o cheiro dela... Longe cada vez mais longe. E eu... cansado, cada vez mais cansado de correr para não vê-la, de falar para tentar ouvi-la, de cantar e meus males não espantar. Já não sabia como era dormir com alguém quando ela deitou ao meu lado. Já não reconhecia carinho quando ela me fez dormir no peito dela quente. O beijo dela na minha pele ainda está em chamas, os braços dela fechados a minha volta. Aquela noite com ela foi mágica. Eu já não queria voltar ao reino de um comum mortal para cristalizar tudo o que foi doce naquela escuridão em que vivíamos. E ela sabia que o escuro me dava medo, mas o ardor de seu corpo, o meu desejo, a volúpia dela anularam o medo por completo. – Rony, assim como Harry, deixara suas lagrimas caírem livremente por seu rosto. Rony sempre soube que o amor que seus amigos sentiam um pelo outro era muito grande, mas nunca esperara ouvir algo assim de seu amigo.
_Harry... Eu não sei o que te dizer...
_Não diga nada. Mas sabe Rony... A minha maior tristeza é que tudo na minha vida dura apenas um instante. O instante suficiente para eu amar, desejar e saber que nunca voltará a acontecer. – Então Rony aproximou-se mais de Harry e deu-lhe um forte abraço. Sabia que ele não precisava de palavras naquela hora, apenas de um amigo. E agora que sabia como Harry se sentia, entendera tudo. As palavras deles tinham sido tão profundas que fizeram-no sentir como se tivesse acontecido com ele.
Eu ainda continuava atrás da cortina chocado, e assim como eles, chorava. Você tinha morrido. E eu não sabia o que fazer. Não se assuste com isso. Você vai entender tudo ao longo da história. Mas saber que você tinha morrido me abalara profundamente. Senti todo o chão sumir de debaixo dos meus pés. E nesse momento eu soube que não conseguia mais viver sem você. Eu estava loucamente apaixonado.
Mas eu ainda queria saber de tudo o que tinha acontecido. E assim que o meu Eu futuro e o Rony tinham saído de casa novamente, eu voltei a explorá-la. Não demorei muito a achar o nosso quarto. Tinha alvas paredes brancas, uma cama de casal enorme, um closet e duas mesinhas de cabeceira, onde tinham mais fotos nossa, sempre sorrindo. Seu cheiro pairava no ar. O mesmo perfume que eu conhecia, que adorava.
Abri o grande guarda roupa, mais uma vez o seu cheiro me invadiu as narinas. Fechei a porta, não tinha achado ainda o que procurava, na verdade nem sabia o que estava procurando. Continuei abrindo outras portas e encontrei uma bacia grande, com um liquido luminoso dentro dela. A minha penseira. Finalmente poderia descobrir como tudo acontecera, mesmo que isso me desse muito medo. Mesmo. Mas você me ensinou a enfrentar a realidade, por mais dura que essa fosse. E entrei na penseira. O primeiro momento no qual eu presenciei foi o nosso primeiro encontro...
Tinha-na convidado há uma semana para ir ao baile de inverno que acabava de começar em Hogwarts, depois da definitiva derrota de Voldemort. Estava muito ansioso com o que falaria e como agiria quando contasse a ela que a amava, que queria um beijo dela. Mas e se não fosse correspondido? Esse medo não o deixava dormir a noite. E se fosse rejeitado? Se ela dissesse... “Desculpa, Harry, mas eu só gosto de você como amigo e nada mais.” ? Merlim, se ela dizer isso abra um buraco no chão para eu me jogar lá dentro, por favor!
Seus pensamentos foram exonerados quando olhou para a entrada do dormitório feminino da grifinória. Hermione descia lentamente as escadas, lançando um lindo sorriso para ele. Afinal, ele ainda tinha alguma esperança. “Ela aceitou a ir para o baile comigo, não foi? Ai, meu Merlim, me ajuda!” Quando ela chegou perto dele, não pôde conter a onda de felicidade que lhe atingiu.
Hermione estava vestida com um longo tomara-que-caia preto justo, com um bonito espartilho em torno do seu busto, que deixava-o mais em evidencia. Seus cabelos estavam soltos, preso apenas por uma presilhinha de cada lado, deixando-os mais arrumados e elegante. Sua maquiagem era pouca, não gostava muito de chamar a atenção.
_Olá, Harry! – Hermione falou sorrindo para ele.
_Nossa... Você está linda! – disse Harry, colocando a mão na cabeça como forma de espantar o nervosismo.
_Obrigada. – ela corou furiosamente. – Você está muito charmoso também. – Harry usava uma camisa verde musgo por dentro do paletó negro, que fazia conjunto com sua calça também negra. Seus cabelos estavam mais desarrumados que nunca, deixando-o com um charme a mais.
_Nada comparado a você – Harry ainda não sabia com estava tendo coragem pra dizer todas essas palavras. – Vamos para o salão principal? O Rony já saiu para buscar a
Luna e deve estar nos esperando em alguma mesa.
_Claro, vamos sim. Desculpe a demora, mas eu... – Hermione foi interrompida por uns dedos nos seus lábios.
_Shii... A espera valeu muito a pena. Não se preocupe, a Luna também deve ter demorado um pouco.
_Então vamos logo... !
Desceram juntos pela grande escadaria de Hogwarts, um dos casais mais bonitos já vistos ate então. Assim que chegaram ao salão principal, Harry avistou Dumbledore , que levantou a taça do seu preferido vinho tinto em brinde, Harry apenas acenou com a cabeça afirmativamente. Encontraram logo Rony e Luna, que estavam se beijando apaixonadamente, o que deixou Harry e Hermione corados. Sentaram-se rapidamente e uma agradável conversa começou entre os quatro. Logo Rony chamou Luna pra dança deixando apenas os dois na mesa, que se olhavam timidamente.
_Ai, eu amo essa música. – Hermione exclamou ao ouvir os primeiros acordes de uma musica bastante animada. A julgar pelas atitudes das outras meninas no Salão, ela não era a única. De repente ela olhou para Harry e ele já sabendo o que ela pediria, já sacudiu a cabeça negativamente. – Ah, vamos... Por favor! Eu amo essa musica.
_Pode ir sozinha se quiser! – Harry disse um pouco irritado, pois já tinha visto alguns garotos de olho em Hermione.
_E eu vou dançar sozinha? Típico de uma CDF, não? – ao ouvir isso, Harry sentiu que havia ido um pouco longe demais.
_É que eu não sei dançar... e ...
_Não tem essa! Vem!
E Hermione, puxando Harry pelo braço, o levou até a pista de dança. No inicio, Harry ficou um pouco preso, mas logo perdeu a vergonha, por que tratou de se lembrar que acompanhava Hermione, e não poderia deixar mais ninguém chegar perto dela. E então se permitiu dançar, não só uma musica, mas varias. E sempre olhava pra Hermione na sua frente e involuntariamente sorria. Afinal, ele estava com a menina mais bonita do baile.
Harry e Hermione estavam há horas dançando no Salão, assim como vários dos casais ali presentes. Talvez percebendo que os alunos já estavam cansados, Dumbledore pediu para desacelerar um pouco o ritmo da musica. Então ele tirou a professora McGonagall para dançar. Todos os casais se aproximaram, para dançar mais perto um do outro, o que Harry e Hermione também fizeram. Harry, sempre mantendo o olhar nos olhos de Hermione, colocou o braço na cintura e lentamente puxou-a para perto de si. Hermione sorriu e logo depois, afundou sua cabeça nos ombros dele. Ela estava imensamente feliz. Para Hermione, não havia mais ninguém no baile, alem dela e de Harry. Harry também estava satisfeito, se declararia mais tarde e sabia, agora por suas atitudes que era correspondido. Só faltava, pra coroar a noite, um beijo. Ou vários, se ela permitisse.
_Que tal irmos um pouco lá pra fora? Não esta nevando, deve estar uma noite linda. – Harry sugeriu.
_Vamos, então. – Hermione ia se retirando, quando Harry pousou a mão no ombro dela. Ela se virou e ele ofereceu o braço pra ela. Ela aceitou e os dois saíram juntos do salão.
Vários casais já estavam do lado de fora. Harry resolveu que não ficaria perto do lago, ali já estava cheio demais. Eles deram um pouco a volta no castelo e chegaram perto das estufas da aula de Herbologia. Foi um bom lugar, já que ali não tinha muita neve no chão e estava aconchegante. Harry retirou seu paletó e estendeu-o no chão, para que Hermione sentasse.
_Merlim... Como ele esta cavalheiro hoje! – Harry corou com o comentário dela. Então ela tinha percebido suas intenções...!
_Desse jeito eu vou pensar que eu sou um grosso!
_Por Merlim, Harry! Estou só brincando! Você sabe que eu acho você o garoto mais carinhoso e sensível que existe.
_Vou tentar acreditar em você...
_Mas obrigada do mesmo jeito!
_Não há de quê. – Harry respondeu sentando-se ao lado dela. Um longo silencio ficou entre eles. Hermione contemplava o céu, que apesar do frio, estava completamente estrelado. E Harry contemplava Hermione.
_Você tinha razão...
_Do que? – Harry saiu do seu transe de admiração.
_O céu realmente esta lindo. E bastante estrelado. Eu já te falei o quanto eu adoro o céu?
_Não... Mas eu já desconfiava. Lembra no dia que chegamos aqui pela primeira vez? – Hermione acenou positivamente. – Seus olhos brilharam quando você viu o teto enfeitiçado como se fosse o céu. Nunca esqueci aquele brilho.
_Nossa... – Então Hermione olhou para o outro lado ao ver que estava muito perto de Harry. Seu coração acelerou, parecia que lhe faltava ar, seu estomago revirava e ela queria que isso acabasse logo. E se ele percebesse? Mas para seu total desespero, ou alegria, Harry segurou o rosto dela e virou lentamente, se aproximando também da boca dela.
_Não... – Hermione murmurou. Harry se desesperou. “Ai, merlim, cadê o buraco?”
_Achei que quisesse... – Harry sussurrou, arrepiando todos os cabelos da nuca de Hermione. Porem, quando ele tocou os lábios de Hermione, ela se afastou bruscamente e se virou para o outro lado. Harry passou as mãos no cabelo, tentando inutilmente arrumá-los. – Que foi? Você não quer? Desculpe, foi uma tolice minha pensar que alguém como você quisesse algo comigo.
_Não... não é isso...
_O que foi então? – Será que ela queria também?
_Você riria de mim... – Harry sorriu marotamente. Já poderia imaginar do que ela estava falando.
_Eu nunca riria de você, você me conhece, Mione.
_É que... eu nunca.. nunca beijei ninguém antes...e...
_Eu não me importo se você nunca beijou ou não. Até prefiro... Saber que você será só minha... isso é, se você quiser, claro...!
_Mas eu tenho vergonha e ... receio...
_Ei, olhe para mim – Hermione virou a cabeça e ficou a poucos centímetros da boca de Harry. – Para tudo existe uma primeira vez. Confie em mim.
_Você é a pessoa em que eu mais confio na vida, Harry. – Harry, então, colocou a mão na nuca de Hermione e puxou-a ligeiramente, para mais perto de si. Hermione resolveu deixar-se levar. Do que adiantaria fugir? Ela estava apaixonada por ele há muito tempo e parece que ele também estava.
E finalmente os dois se beijaram. Um beijo lento, com amor, que era o que os dois sentiam um pelo outro. De inicio, Harry apenas colocou a sua boca junto a dela. E depois, resolveu colocar a língua também. “Se é pra ensinar, vamos ensinar direito!” Hermione estremeceu ao sentir a lingua de Harry dentro da sua boca. Sempre imaginara o seu primeiro beijo, mas aquele estava se saindo muito melhor do que todos os beijos imaginários dela juntos. Depois, Harry se separou dela. Hermione ainda manteve os olhos fechados por um tempo. Harry sorriu.
_E então... Foi tão horrível assim? – Harry perguntou, fazendo com que Hermione abrisse os olhos.
_Pra mim, foi lindo... e pra você? – Hermione perguntou com um certo receio na resposta, que pareceu durar horas.
_Foi um dos melhores que já tive. E você aprende bem rápido.
_Você está querendo me agradar. Mas, Harry... Precisamos conversar.
_Eu sei... Mione, uma das razões de eu ter te convidado para esse baile foi para...- Harry parou um instante.
_Para o que?
_Pra me declarar pra você. Mione, você me conhece melhor do que muita gente. Sabe que eu não ficaria com você apenas por um beijo ou algo mais. E sim por que...
_Por que? Diz Harry... eu preciso ouvir isso de sua boca.
_Por que eu amo você, Mione! Simplesmente por isso... Estou loucamente apaixonado por você. Sempre gostei de você, mas tinha um certo receio de que você só me visse apenas com um amigo. Todavia, O Rony me deu uns bons conselhos, e eu acabei te chamando para o baile e você ... – Harry foi interrompido por um beijo. E este foi ainda melhor do que o primeiro. Harry passou as mãos na cintura de Hermione, puxando-a mais para perto de si. Hermione colocou a mão pelos cabelos dele, massageando bem leve a sua nuca. Harry adorava isso. Ele se sentia importante, satisfeito. E principalmente feliz. Feliz por estar com Hermione. Quando Hermione fez menção em tirar a mão de seus cabelos, ele tocou no braço dela, pedindo que ela continuasse. E sem precisar de uma palavra, Hermione entendeu o que ele queria e continuou. Dessa vez foi ela que interrompeu o beijo.
_Eu também preciso te dizer que te amo. Que não consigo viver sem você. E que estou muito, mas muito mesmo, feliz por saber que você me ama também. Não imagina o quanto esperei por ouvir isso. – Ele beijou-a rapidamente.
_O que foi? – Harry perguntou.
_Apenas frio.
_Você quer entrar?
_Não! Hum... Quer dizer... Não, aqui esta agradável. Só esta frio.
_Vem aqui; - Harry abraçou Hermione. Ela encostou a cabeça nos ombros dele, e ele deu um beijo na sua testa. – E então, melhorou?
_Está ótimo. Foi uma boa idéia do Dumbledore dar esse baile, não?
_Otima...! Você não imagina quanto.
Hermione queria que o tempo não passasse. Que tudo se congelasse, com exceção deles dois. Mas quando se estar feliz e quando quer que o tempo demore muito a passar, ele faz exatamente o contrario. Quando foram ver, já eram 23:30 e provavelmente, Dumbledore terminaria o baile as 00:00 em ponto.
_Que tal se entrarmos?- Hermione propôs.
_Por quê? Está tão bom aqui!- Harry abraçou Hermione mais forte e lhe deu um selinho.
_Ah... Eu ainda quero dançar mais um pouco, antes de ir dormir. Já estamos aqui há horas.
_Ok. Se você quer tanto... Vamos.- Harry levantou primeiro e deu a mão pra Hermione levantar. Depois ele sacudiu um pouco o paletó e colocou-o novamente.
Ao chegarem lá dentro viram que as Esquisitonas estavam tocando novamente e todos dançavam freneticamente no Salão. Hermione logo viu Rony e Luna dançando.
Harry e Hermione continuaram dançando, até que como prometido, às 00:00, Dumbledore encerrou o baile em meio às vaias e aos pedidos de Bis.
_Sinto muito meus alunos e meus professores, mas eu falei que o baile seria realizado no dia 25 e infelizmente já estamos no dia 26. Sim, eu também gostaria de ficar, mas eu preciso manter a ordem. Por isso, peço que todos se dirijam para os seus dormitórios e tenham uma boa-noite.
Chegaram silenciosamente ao dormitório sozinhos. Não queria ninguém pra interromper esse momento que era somente deles. Harry deu um longo beijo em Hermione e com muito custo foi em direção ao dormitório masculino. E Hermione para o feminino, para ter a melhor noite de toda a sua vida, afinal sonharia toda a noite com seu Harry.
Você não faz idéia o quanto esse momento foi especial pra mim. Então seria assim nosso primeiro encontro? Seria assim que eu me declararia pra você? Então você me amava mesmo? Está começando a entender como eu sei que você me ama? Bem... Isso ainda é apenas o começo. Temos uma longa historia pela frente. Compartilhamos lindos momentos. Depois dessa cena, eu acabei saindo sem querer da minha penseira. Dei uma olhada ao redor do mesmo quarto, e acabei encontrando o que seria sua penseira. Desculpe-me, mas não resisti e acabei entrando nela também. Uma nova cena apareceu na minha frente.
Já fazia um mês que estavam de férias e Hermione vivia o dilema de não saber o que comprar de aniversário para Harry. O aniversário dele seria amanhã e depois de muito andar, acabou achando algo legal. Então por fim resolveu escrever também uma carta para ele. Quer dizer, uma carta de “amor”. Não fazia nem idéia do que escrever. Também não fazia idéia do que ele acharia, mas escreveria do mesmo jeito. Demorou, mas o primeiro parágrafo ficou pronto, se bem que ele nem era realmente uma coisa romântica.
“Harry,
Estou há horas tentando escrever alguma coisa que sirva para a ocasião. Quero dizer, eu não estou afim de brincadeiras, ou de te irritar, então isso é algo completamente novo para mim.”
Ok, ela sabia que não estava nada romântico, mas estava se esforçando! Iria continuar a fazê-la agora. (uma pausa) Então a carta estava finalmente terminada. Estava fechando-a... (pausa com uma Hermione absurdamente incrédula). Ela estava lá, fechando a carta que escreveu pra ele, calmamente sentada na bancada de sua janela, olhando de vez em quando a chuva fraca que caía lá fora, quando... “Oh, não. Quero dizer, OH, SIM.”
Isso não parecia real. Não parecia mesmo! Quer dizer, ela estava ali, quietinha, quando de repente avistou uma cabeleira negra que conhecia muito bem. HARRY. Ele é louco, definitivamente! Ela estava tão certa de que era um delírio, que quase não acreditou enquanto via aquele vulto completamente vestido de preto, andando no seu jardim.
Da sua janela, ela pôde ver muito bem, enquanto ele ainda estava longe, que estava segurando a sua Firebolt. Por Merlim! Ele só podia ser louco mesmo. Mas o problema maior é que se ela podia vê-lo da sua janela, alguém em algum outro lugar poderia vê-lo também. Felizmente seus pais já estavam dormindo. Ou assim pensava.
Hermione abriu sua janela, desesperada, e fez um ‘psiu’ para ele, que olhava incerto, para a sua casa. É provável que ele não tenha a escutado, mas parece que a viu, porque montou em sua vassoura e se dirigiu para a sua janela. Enquanto ela esperava Harry entrar, pegou sua varinha e trancou sua porta, mas é verdade que não sabia como conseguiu raciocinar naquele momento, por que estava surpresa, assustada, em pânico demais para tanto.
Harry entrou no quarto de Hermione e desmontou de sua vassoura. Sabia que estava cometendo uma loucura, mas não queria passar seu aniversario longe dela. Ele sorria presunçosamente, um pouco molhado e com cara de criança quando sabe que fez algo que não deveria ter feito, mas que estava adorando a situação. Hermione ainda estava fechando a janela, completamente incrédula com tudo aquilo, quando ele disse ‘Você tem noção de que...’ e ai ela fez um gesto desesperado para que ele falasse mais baixo ‘... mora quase do outro lado de Londres?’ Ela sibilou um ‘É claro que eu sei’
_Lembre-me de nunca mais vir te visitar. – ele falou baixinho, mas muito animado, como se fosse a coisa mais normal do mundo ele estar ali, no quarto dela.
_Ah, não vai ser necessário. – Ela murmurou sarcástica. – Não depois do meu pai descobrir que você está aqui. Não vai sobrar um pedacinho de Harry pra contar historia. – ela completou sombriamente.
_Seu pai? – ele perguntou incerto. Ele ainda estava meio rosado, por causa do frio que fazia lá fora, o que a deixava com vontade de rir, a despeito da situação.
_Sim, meu pai. E ele é grande e mau. E você é louco, sem duvida. – Hermione disse, mas teve que se segurar para rir do que disse? Seu pai, Mau? Piada, não é? – O que você veio fazer exatamente aqui? – Veja bem, ela não estava reclamando, só estava tentando entender a situação.
_Vim ver você. Mas você não parece muito feliz. – ele disse fazendo carinha de choro.
_Feliz? – ela quase gritou – Harry, amor, veja bem... Eu não vou ficar nada feliz depois que alguém te ver aqui. Eu estarei perdida e você, morto.
Nesse momento, ele espirrou. Seu discurso perdeu todo seu efeito assustador, já que foi ignorado. Ela gemeu. Ele devia ter feito de propósito, só para ela se sentir culpada por ele ter estado voando debaixo de chuva, com a única intenção de a ver. Ela tocou a manga de seu casaco e notou que estava completamente úmido.
_Tire isso, antes que você pegue uma gripe - Hermione disse e viu que ele tinha entendido tudo errado.
_Então... Não estamos indo rápido demais para você? Que ótimo - ele disse, cheio de malícia. Como é que a mente dele funciona, hein? Ela adoraria saber para não se colocar em situações como essa.
_Argh - foi tudo o que ela consegui pronunciar, enquanto praticamente arrancava aquele casaco. Pegou seu cobertor e jogou para ele, dizendo:
_Toma. Se aquece com isso.
_Me aquecer com um cobertor?... Quando você está tão perto de mim? - ele perguntou, se aproximando dela - Acho que não. - E dizendo isso ele a abraçou e a beijou. Olha, ela até tentou, mas não pôde resistir.
Mas o principal problema foi quando, do nada, alguém começou a bater na porta. Ela se afastou de Harry, assustada e perguntou “Quem é?”.
_Seu pai. E porque diabos essa porta está trancada? - Oh, droga. Isso significava que ele ia querer entrar. Argh. - Já vai - ela gritou, empurrando Harry, para dentro do seu minúsculo banheiro. ‘Oh, não. Ele vai mexer em tudo’, ela pensou na hora. Abriu rapidamente a porta do banheiro e sibilou, brava “E não mexa em nada!”.
Abriu a porta do seu quarto e perguntou “Que foi?”.
_É que eu pensei ter ouvido vozes. Algum problema? E você voltou a ter febre?
_Não, papai. Apenas eu conversando com o bichento.
_Ok, então Boa noite.
_Boa noite, pai.
Mas naquela noite, parecia que Merlim estava querendo a deixar com remorso. Quer dizer, ela estava com um garoto (e não era qualquer um...era o Harry!) trancado no seu banheiro, enquanto, gentilmente sua família se preocupava com ela. ‘Eu sou uma pessoa horrível.’
Hermione foi até o banheiro e abriu a porta. Harry estava encostado na pia, com os braços cruzados (aparentemente ele não tinha mexido em nada, mesmo), olhando para ela.
_Então você ainda está tendo febre? - ele perguntou, calmamente.
_É claro que não. Você não ouviu o que eu disse? - ela perguntou, um pouco indignada.
_Porque se você quiser, eu posso passar a noite aqui com você...Você sabe, caso você tenha febre - ele disse, sorrindo maliciosamente. Então lhe ocorreu uma coisa.
_Você não está pensando que vai passar a noite aqui, não é? - ela perguntou, surpresa e chocada, ao mesmo tempo.
_Seria tão ruim assim? - ele perguntou, ofendido.
_Harry - ela disse, tentando fazê-lo voltar ao mundo real - Eu adoraria simplesmente pedir para minha mãe te abrigar aqui essa noite, mas eu NÃO POSSO. É impossível - ela explicou, porque ele não parecia capaz de entender aquilo.
_Tudo bem - ele disse, se encaminhando para a janela e pegando sua vassoura - Eu
estou indo.
Aí Hermione olhou pela janela de novo e notou que a chuva estava consideravelmente mais forte. Ela não ia deixá-lo sair com aquele tempo, é claro.
_Espera - ela disse, segurando seu braço. Deu um grande suspiro, enquanto olhava, inconformada, para ele - Você não vai sair com esse tempo - ela disse. Mas qual era a solução? Ela tinha uma opção?
_E o que você sugere? - ele perguntou, curioso, se encostando à escrivaninha dela, que fica ao lado da janela.
_Não sei - ela disse, suspirando. - No entanto, você entende que vai totalmente contra os meus princípios permitir que você durma aqui, não é?
Ele apenas acenou com a cabeça, com uma cara de desgosto, em resposta. É claro que ele entendia aquilo. Ela sentou, derrotada, na sua cama.
_Só que eu não vejo outra solução - ela murmurou.
Harry ficou lá, olhando para ela, completamente surpreso e depois se sentou calmamente ao seu lado.
_O que exatamente você está pensando que eu vou fazer? Eu não vou te atacar - ele disse, baixinho, mas soando ainda um pouco indignado.
_Eu sei que não - ela falou, no mesmo tom de voz dele - O problema é o sentimento de remorso que está se formando dentro de mim. Quero dizer, eu estou mentindo para todos da minha família, bem debaixo do nariz deles! - ela disse, fazendo um esforço descomunal para controlar o tremor na sua voz.
_Olha, Mione... Se isso fizer você se sentir melhor, eu não me importo de seguir até a Rua dos alfeneiros. - ele estava dizendo, mas ela o interrompeu.
_Não, tudo bem. De verdade. - Mas ela ainda podia sentir seu estômago se revirando. Escrúpulos, imaginou. – Você jantou? – Hermione perguntou. Isso seria um problema, por que era quase impossível descer as escadas sem que elas comecem a ranger furiosamente, mas, para a sua sorte, ele confirmou com a cabeça. – Então vou preparar a sua cama. – ela continuou dizendo, se levantando.
_Minha o quê? – ele perguntou surpreso. Ela foi ate o seu armário e tirou de lá um colchonete meio velho. Pegou vários lençóis e cobertores e começou a forrá-lo. E ele não reclamou, na verdade até murmurou um ‘Obrigado’. Harry começou a tirar os sapatos e ficar apenas de meias, antes de se deitar. Hermione achou uma cena surreal, ela estava fazendo um enorme esforço para não rir.
_Eu não queria judiar de você. Mas você está terrivelmente engraçado, deitado ai.
_Hahaha, engraçadinha você, não é? – Hermione então se abaixou e deu um beijo na bochecha dele, depois se levantou e disse um ‘Volto logo’.
Hermione foi se trocar no banheiro, e quase entrou em desespero por lembrar que teria que aparecer na frente de Harry apenas com sua camisola preferida branca. Ate pensou em usar algo menos transparente, mas não conseguia dormir sem uma de suas camisolas. Não tinha jeito. Quando ela saiu do banheiro, ele estava olhando pra ela. E no seu rosto não tinha nada de decepcionado.
_Nossa... Você costuma dormir assim? Por que se for, eu vou passar a vim aqui mais vezes durante a noite. – Harry disse, olhando ela de cima a baixo admirado.
_Costumo sim... Mas não vai se acostumando não, ok? E nem pense em vir mais aqui durante a noite. Que sufoco! E apaga essa luz – ele soltou um muxoxo, enquanto apagava as luzes. Hermione deitou bem próxima a beirada da cama, de modo que pudesse olhar pra ele. Ele tinha fechado os olhos, suas mãos ainda estavam debaixo da cabeça e seu cabelo estava todo bagunçado sobre o travesseiro. ‘As vezes eu esqueço o quanto ele é bonito’, ela pensou, segurando o fôlego.
_Amor... Vai ficar me olhando? – ele perguntou de olhos fechados.
_Vou velar seu sono – Hermione respondeu, simplesmente. A isso, ele abriu os olhos,
mas ainda não olhava pra ela.
_Não era eu quem devia estar fazendo isso? - ele perguntou, num tom de voz calmo. Agora tinham que falar ainda mais baixo, já que o silêncio era quase total, na casa.
_Somos um casal moderno - ela murmurou, de muito bom humor, a despeito de toda aquela situação. Quando ela disse isso, ele finalmente se virou para ela e disse:
_Sim. E a prova disso é que eu estou dormindo no chão - Mas ele parecia estar realmente brincando, portanto ela nem se preocupou.
_Certo, mas de resto, ainda somos um casal moderno – Hermione disse, sorrindo.
Ele ficou lá, a encarando. Ela podia sentir seu rosto começar a arder e quando ia perguntar ‘O que foi?’, ele murmurou:
_Você é tão linda, Hermione! - Seu estômago deu uma volta completa. Mas tentou disfarçar levando na brincadeira, dizendo:
_Certo. Apenas me prometa que sequer olhará para mim, amanhã de manhã.
Ele não respondeu, mas se levantou e em seguida se sentou ao seu lado, na cama. Ela também se sentou, num sobressalto, enquanto dizia:
_O que você pensa que... - mas ele a interrompeu, colocando um dedo sobre os seus lábios, enquanto explicava:
_Você ainda não me deu um beijo de boa noite - e depois disso, ele a beijou.
Ela sentia seu coração pulando e, de uma forma muito positiva, aquele foi o beijo deles mais... quente. Quer dizer, talvez fosse toda aquela intimidade que a situação propiciava. Isso a assustava um pouco, mas era uma sensação muito gostosa, senti-lo assim TÃO próximo. O beijo dele era doce e muito calmo e, por não-sei-quanto-tempo, ela nem se importou com o fato de estar traindo a confiança dos seus pais, assim tão debaixo do nariz deles.
Mas, estranhamente, quando se separaram...ela não sentiu remorso. Não sentiu arrependimento de nenhuma forma e ficou lá olhando pra ele. Não sabia, mas nada parecia mais certo do que ele estar ali. E antes que ela pudesse se conter, disse algo em que tinha passado o dia pensando, enquanto escrevia aquela carta, e embora ele soubesse daquilo, ela precisava dizer naquele momento.
_Estou tão apaixonada por você. Nem imagina o quanto. – ele não fez nenhuma reação surpresa, já sabia daquilo, mas ouvi-la dizer era infinitamente bom. Ficaram se encarando durante alguns segundos. Ela agora podia ouvir as batidas descompassadas do seu coração.
Como se isso fosse possível, Harry chegou ainda mais perto dela e beijou-a avassaladoramente. Quer dizer, ela não conseguia mais pensar em nada, e ele parecia ter mandado toda a calma que demonstrara antes, para nem sabia onde. Mexiam-se sem nem perceber, as mãos dele começaram a querer explorar áreas dantes inexploradas. Aquilo estava sendo novo para ambos, mas muito bom. O beijo tornava-se cada vez mais intenso. Harry agora encontrava-se encima dela e suas mãos iam em direção as coxas. Ele se surpreendeu pelo fato dela não o impedir. Hermione colocou suas mãos nas costas dele, arranhando-a levemente, por cima do leve tecido que ele usava. Ele agora levantava a camisola dela, tirando suas mãos dali, para poder admirar melhor. Então elas se dirigiram agora para as alças da mesma camisola, enquanto a beijava lentamente. Um calor invadia o corpo de ambos totalmente.
Quando Hermione se deu conta, Harry estava já sem camisa e ela com sua camisola toda amassada, sem falar que ambos encontravam-se um pouco suados. Assustou-se quando sentiu que a mão direita dele ia lentamente a um local proibido. Subia devagar pela lateral do seu corpo, em direção aos seus seios.
_Harry, eu não... – ela tentou dizer, totalmente desarticulada, então ele tirou suas mãos de onde tentavam ir, beijando-a de leve.
_Eu sei, não se preocupe. Eu te amo, Mione. Sei que ainda não é sua hora, mas quero que saiba que estarei te esperando. Eu te quero tanto... – Hermione alcançou todos os tons de vermelho que existia com sua declaração. Sabia que Harry sentia tesão por ela por as vezes no meio de um beijo ele ser meio assanhadinho, mas a desejar assim com tanto vigor era novo pra ela.
Depois disso, ele a abraçou e ela deitou sua cabeça sobre o seu peito, e ficaram ali, praticamente entrelaçados um no outro. “Obrigada, Merlim, por me dar um namorado bonito, inteligente, que gosta de mim como eu sou e que não é um maníaco sexual.”
Depois de alguns minutos ele se mexeu para ver se ela estava acordada e perguntou
_Devo ir para... a minha cama?
_Fique - ela disse, tão baixo que torcia para que ele não tivesse escutado, enquanto sentia seu rosto corar. Mas é claro que ele ouviu.
_Ótimo. Assim é muito mais confortável - ele disse, a abraçando mais forte. “Eu já mencionei o fato do meu estômago ter passado a noite inteira dando voltas? E, estranhamente, era uma situação MUITO boa.”
Ela dormiu sorrindo. Quando acordou, ainda estava tudo muito escuro e ela não ouvia nenhum barulho vindo lá de baixo. Ótimo. Ninguém tinha acordado ainda. Na verdade, nem Harry. Ela ficou olhando pra ele, que tinha dormindo com um braço a envolvendo e o outro por trás da própria cabeça. Ela queria ter tirado uma foto, daquele momento. Quer dizer, ele parecia um anjo: aquele cabelo tão negro, contra a sua colcha branca e a pele tão branca que parecia a neve que caia no inverno. E depois, quando ele acordou, ela acrescentou seus olhos à sua lista. Talvez ele tenha acordado justamente por ela estar olhando tão fixamente pra ele. Mas isso é realmente possível?
_Bom dia - ele murmurou, ainda tentando acordar. Em resposta, ela o beijou na bochecha e notou uma coisa. Normalmente ele era todo gelado, da ponta dos dedos, até a ponta do nariz e com todo o frio que fazia lá fora...porque é que ele não estava gelado?
_Harry? Você está com febre? - ela sussurrou, preocupada, colocando a mão sobre a testa dele.
_Perdão? - ele sibilou, estranhando tudo aquilo.
_É que você está um pouco quente. - ela explicou e ele colocou a própria mão sobre a face.
Depois ele disse, baixinho:
_Ah, isso. Acho que você é a culpada. Você é realmente muito quente, Mione - ele estava sorrindo maliciosamente para ela. Ela pegou seu travesseiro e jogou em cima dele, enquanto dizia “Muito engraçado...” e sentia seu rosto ficar vermelho.
Hermione pôde notar que ele fazia um esforço admirável para não rir. Mas o que ela estava realmente reparando, era o fato de que ele não tinha olheiras, não estava com o rosto todo inchado (como ela deveria estar) e, fora o cabelo meio bagunçado, ele parecia perfeitamente...bonito.
_Você é sempre assim quando acorda? - ela perguntou, meio indignada.
_Sou - ele respondeu, meio confuso, ainda segurando o travesseiro que ela tinha jogado nele.
_O mundo não é justo comigo - Hermione disse, suspirando. Depois ela se levantou e disse, baixinho - Você tem que ir agora. Antes que todos acordem.
Harry começou a calçar seus sapatos, enquanto Hermione ia ate sua escrivaninha e pegar três barras de chocolate.
_Toma. Eu acho que não é muito seguro descer pra pegar algo mais...substancial pra você comer, mas.. - deu de ombros. Ele aceitou calado, e colocou dentro de um bolso do seu casaco. Harry parecia estar pensando em algo meio sério, porque não estava fazendo piadas. Muito suspeito, isso - Tudo bem? - ela perguntou, enquanto tentava dar um jeito nos seus cabelos rebeldes.
_Você realmente não lembra que dia é hoje? – Ela tinha esquecido! “Por merlim, eu preciso de uma memória nova, por que a minha simplesmente pára de funcionar nas horas mais necessárias.”
_Ai, amor... Feliz aniversario! Me desculpa! Eu não esqueci, apenas não lembrei agora. Harry, eu...
_Agora tenho que ir. – ele completou e aproximou-se dela.
_Espera - ela sibilou e suspirou, procurando as palavras certas - Harry, demorei muito, mas descobri um presente. Realmente queria encontrar algo especial para te dar. Por que eu queria algo perfeito. - ela disse, enquanto ele ficava a olhando estranhamente - E eu escrevi algo também. Algo que é importante para mim e que eu sei que significa o mesmo para você - ela completou, sentindo seu rosto arder, enquanto ia pegar a carta e o presente dele, no dia anterior.
Harry abriu o presente curioso. Quando viu o que era, não pode evitar de deixar lagrimas escorrerem por seu rosto. Hermione tinha-lhe dado um colar de couro, que tinha um pingente de tamanho médio em forma de sol, e ao se abrir revelava duas fotos, uma de seus pais e a outra deles dois no baile de Hogwarts.
_É muito bonito, amor! Eu te amo! – e assim deu-lhe um beijo nos lábios.
_Que bom que gostou. Deu trabalho, mas acho que valeu a pena. - Ele segurava a carta e ficou olhando, sem abrir, e depois a perguntou:
_Devo abri-la agora?
_Não, não. De forma alguma – ela disse, baixinho, sentindo seu rosto corar significativamente. Ele sorriu ao vê-la corando, e então, ela o apressou - Você tem que ir! - Ele passou um braço pela sua cintura e a beijou. Se ela ganhasse um galeão para cada vez em que sentisse as pernas ficarem bambas e seus joelhos fraquejarem, quando ele a beija, ela estaria milionária. Antes que ele se separasse dela, ela o abraçou fortemente e sussurrou:
_Foi um ato completamente insano de sua parte, mas...Foi maravilhoso você ter vindo. Feliz aniversario, meu amor! - ela disse, esperando não ter soado muito confusa.
Harry não disse nada. Apenas a beijou novamente e, logo em seguida, montou na sua vassoura, enquanto ela abria sua janela. Ele olhou para ela mais uma vez, como se fosse dizer algo, mas como ele não disse, ela moveu seus lábios dizendo “Feliz aniversario, te amo!”, mas sem deixar sair som. Ele deu um breve aceno com a cabeça e foi embora.
Ela ficou observando ele ir, até que ele desapareceu debaixo de toda aquela chuva.
Bem... E o que tinha na carta? Aqui está um rascunho dela que foi devidamente guardada pela mesma, que a relia nesse momento.
“Harry,
Estou há horas tentando escrever alguma coisa que sirva para a ocasião. Quero dizer, eu não estou afim de brincadeiras, ou de te irritar, então isso é algo completamente novo para mim.
A verdade é que eu resolvi fazer uma análise sobre os meus...verdadeiros sentimentos em relação a você, embora você já os saiba,quero dizer. E, embora eu odeie admitir que você estava certo, o meu diário foi realmente útil para me ajudar nessa análise. Foi útil porque você REALMENTE é mencionado constantemente nele (está satisfeito?).
Desde a época em que éramos apenas amigos, até agora. Sinto que posso entendê-lo só olhando nos seus olhos. E, enquanto eu ainda puder ver através deles, nada mais me preocupa.
Bem, seguindo a ordem do meu diário, a noite do baile foi algo realmente marcante. Quero dizer, acho que pude finalmente parar de me martirizar sobre as coisas que você fazia ou deixava de fazer. Eu me senti em paz, naquela noite. Depois, lembro de ter escrito uma coisa no meu diário, que é algo que eu quero que você saiba. Mas não pense que vai ser sempre essa moleza, não! De modo algum o Sr. vai ter permissão para ler o meu diário. Bem, eu escrevi o seguinte:
‘Não sei o que é isso que está acontecendo entre a gente (nem creio que possa haver um futuro, na verdade), mas Harry - por algum motivo que eu sei muito bem explicar(o amor!) - me enche de coragem para viver a vida sem tanto medo. Eu sinto meu coração mais leve quando ele está por perto. Eu tento me lembrar como era a minha vida antes dele fazer parte dela, e eu sinto dificuldades em lembrar. Sei que faz apenas alguns dias que a coisa toda aconteceu - mas parecem séculos. E eu adoro essa sensação de pensar que posso estar completa, ao lado dele’
Acho que o principal motivo que me faz gostar de você é esse sentimento de segurança que você me passa, contrariando todas as expectativas (você entende o que eu quero dizer, não é?). Talvez você não entenda a parte de não sentir medo quando estou ao seu lado, já que é algo que eu nunca conversei abertamente com você, antes.
Mas você realmente me ajuda a não sentir medo. Faz algum sentido, pra você? Pra mim não faz nenhum, mas eu simplesmente aceito o fato e procuro não reclamar.
E a outra coisa que eu comentei, sobre ter essa sensação de que você pode me completar, é totalmente real, agora.(Eu espero já ter deixado claro que não estou no meu estado normal, e que toda essa pieguice é algo que nunca mais vai se repetir, eu espero). Não se vanglorie demais por isso, ok? Mas o que eu estou demorando tanto para admitir, mas que estou desesperadamente querendo dizer é que estou apaixonada por você.
Porque eu nunca senti isso antes, com tal intensidade e, pra mim, isso já basta. É algo que eu vou guardar pra sempre, dentro de mim.
Obrigada por ser o único no mundo que é capaz de me fazer sentir como se... eu pudesse fazer qualquer coisa que eu realmente quisesse. Você é o único que sabe exatamente o que eu preciso (e eu sei que você vai concordar comigo).
Bem...antes que eu me esqueça: Feliz Aniversario, Meu amor!!!
Te amo muito!
P.S.: Gostaria que você estivesse aqui.
Com muito amor...
Hermione”.
O p.s. foi realmente poderoso, não foi? Hermione pensou seriamente em fazer isso mais vezes.
Quando eu vi esse momento, pensei se teria coragem de fazê-lo. Mas depois de tudo o que ocorreu nele, você ainda tem alguma duvida? Não ache que eu sou um tarado pervertido, mas digamos que você ajudou e muito ao aumento da minha libido. Espero que não se assuste com a próxima cena, eu apenas queria te contar todas as que eu presenciei nessa minha aventura, e esta é uma delas.
Harry tinha acabado de chegar na casa de Hermione para aparatarem de lá em direção á nova casa dele. Harry não queria viver pra sempre com seus tios, claro. E por isso, dois anos depois de se formar de Hogwarts ele finalmente tinha comprado uma casa, na verdade uma Mansão. Aparataram exatamente no que deveria ser a sala de visitas, e era um lugar espaçoso e relaxante, que impressionou Hermione. Ela já imaginava que a agora mansão Potter fosse de varias maneiras. Ainda estava deslumbrada quando Harry a puxou para o Salão principal. E então seu queixo caiu.
_Esse lugar é enorme, Harry! – Quer dizer... Se ela olhasse para a direita, ela via corredores e mais uma dezena de cômodos. Olhando para a esquerda a mesma coisa. E olhando para frente tinha a escada. Sem duvida, aquela era a maior casa que ela já havia pisado.
E então começou a tour, ele mostrou a biblioteca, a sala de estar, a sala de musica, a sala de jantas, o escritório e mais uma infinidade de cômodos, ate que, finalmente subiram as escadas. Havia quadros de paisagens por todo canto, mas em todos os lugares que passaram, ela não tinha visto nenhuma foto. Já estavam andando naquele andar, há quase meia hora, quando pararam em frente a uma porta de madeira escura.
_O que tem ai? – Hermione perguntou, inocentemente.
_É o meu quarto. – Harry respondeu, abrindo a porta. Hermione estacou. Ele entrou e ficou olhando para ela. Hermione olhou incerta para dentro do quarto, ate que ele estendeu a mão e ela entrou. Não havia nenhum quadro nas paredes alvas. E a cama era tão grande que devia ter o tamanho do seu quarto inteiro. Finalmente ela havia encontrado duas fotografias. Uma dos pais dele abraçados. E a outra...
_Ei... Aquela sou eu! – Hermione disse, sorrindo e apontando para uma foto que ficava no criado-mudo dele.
_Esperava encontrar a foto de outra pessoa? – Harry perguntou, arqueando as sobrancelhas.
_Não, assim esta ótimo. – ela disse feliz. Andou ate bem perto da cama, para observar a foto melhor. Ela estava simplesmente gargalhando. O tempo todo.
Hermione ainda estava olhando a foto, quando sentiu as mãos de Harry no seu ombro. Ela ia se virar para olhá-lo de frente, mas ele afastou lentamente os seus cabelos do pescoço.
_Mione... – Harry disse, rente a nuca dela. Hermione fechou os olhos ao sentir um arrepio por todo o corpo. Aquele era o seu ponto fraco e ele deveria saber disso. Aquilo tudo, definitivamente, a pegou de surpresa.
Ela se virou lentamente, e o encarou por um instante. A expressão dele era ilegível. Os olhos verdes dele pareciam estar vasculhando todo o seu rosto. Harry acariciou os cabelos dela e ela se permitiu fechar os olhos, por um instante. Quando Hermione abriu os olhos novamente, foi para ver Harry a menos de um centímetro de distancia, com os olhos fechados, e indo ameaçadoramente em direção aos seus lábios. Ameaçadoramente de uma forma boa, é claro.
Hermione sempre sentia uma espécie de frio na barriga, quando beijava Harry, mas daquela vez foi diferente. Era tudo mais intenso. Toda aquela intimidade a fez lembrar de quando ele passou a noite no seu quarto, e como ela se sentiu realmente próxima a ele. Era o mesmo que estava sentindo, naquele momento, só que dessa vez era duplamente mais intenso.
Harry, um pouco receoso do que fazia, pousou a sua mão na cintura dela, enquanto se beijavam e dois segundos depois ela pode sentir que estavam se mexendo. Quando Hermione estava ficando sem fôlego, ele separou seus lábios e desceu perigosamente para o pescoço dela. Ela abriu os olhos brevemente e reparou que estavam deitados na cama dele. Hermione sentiu o rosto ficar subitamente vermelho.
_Harry... – ela ofegou. Ele a ignorou e voltou a beijá-la. Enquanto fazia isso, Harry desprendeu a fivela do cabelo dela e ela foi para do outro lado do quarto. Depois, Hermione sentiu uma de suas mãos passeando pela sua barriga e aquilo provocou um suspiro da sua parte. Harry sorriu, contra os lábios de Hermione. Esta podia sentir as batidas de seu próprio coração acelerando e repentinamente febril. ‘ Ate aonde aquilo ia?’ Hermione se perguntou. E quando a resposta lhe atingiu, ela congelou. ‘ Eu não sei se é a hora certa, mas o que eu estou fazendo aqui, com um garoto particularmente animando em cima de mim?’
Quando sentiu que Harry estava descendo com os lábios novamente para o seu pescoço, Hermione colocou suas mãos entre os dois e tentou empurrá-lo gentilmente, mas não pôde.
_Harry...Não ... – Hermione disse com a voz ofegante. Imediatamente, Harry parou. Mesmo não querendo. Então levantou a cabeça e olhou para ela calmamente por uns segundos.
_Diga-me que não quer... – ele falou e apesar de tudo sua voz saiu gentil. E então ele olhou nos olhos dela e completou, com a voz rouca – Diga-me que não quer e eu pararei. – Algo na forma com que ele disse aquilo, a fez parar pra pensar em uma fração de segundo. ‘Eu quero? Estava na hora? Seria com ele, não seria? Por que eu estou tão nervosa? Por que eu estou pensando naquilo, naquele momento quando eu tinha o cara que eu amo parado a minha frente, ofegante e esperando uma resposta?’
Então Hermione afastou todas as duvidas bobas da sua mente e simplesmente o puxou para si. Harry novamente, agora por felicidade de que ela havia querido ser só sua, sorriu contra os lábios dela. Ele tinha entendido qual era a sua resposta. Quando Hermione se deu conta, suas mãos estavam agindo por conta própria e começando a desabotoar a camiseta dele. Ele, então, se levantou parcialmente e terminou de tirá-la sozinho. Ela não pôde evitar um suspiro ao olhar o tórax nu dele.
Depois disso, Harry ajudou-a tirando a blusa dela, e quando ele se moveu para começar a beijar lentamente a barriga, Hermione ficou meio tensa. Ele deve ter percebido isso, por que a beijou novamente nos lábios e murmurou “Apenas relaxe!” E ela relaxou. E se entregou.
Durante todo o tempo em que esteve com Hermione, nada mais importava do que aquele beijo, aquele gosto, aquele toque... Ele. Apenas ela importava. E apenas com ela, ele se importou.
Quando Harry deitou-se ao lado de Hermione, tão ofegante quanto ela, a mesma se sentiu anestesiada. Entorpecida. Inexplicavelmente completa. E então Harry se virou para olhá-la, assim como ela o olhava. Uma coisa que acontecia muito com eles eram as sessões de silencio, e uma dessas sessões estava acontecendo, enquanto ele olhava pra ela, pelo que pareceram séculos, até que Harry a beijou no nariz.
_Eu amo você, Mione. – ela ficou olhando aquele par de olhos verdes. Sabendo que era a mais pura verdade. E adorava ouvir aquilo.
_Se importa em repetir isso à exaustão? Porque eu acho que ainda não fui capaz de assimilar - ela explicou, com uma sensação morna percorrendo todo o corpo.
_Porque eu faria isso? - ele perguntou com uma sobrancelha erguida, e ela viu aquele velho brilho do bom humor nos olhos dele. Ele estava com aquele sorriso que curva sua boca para baixo. Faz com que ele pareça tão gentil. E ele fica lindo.
_Talvez porque nada me faria mais feliz? - ela sugeriu, esperançosamente, ajeitando (desajeitadamente, na verdade) o cobertor ao seu redor.
_Bem, poderá haver um pequeno preço a se pagar... - ele disse, maliciosamente, passando vagarosamente uma das mãos pelas costas dela.
_Hum...Proposta perigosa - Hermione disse, pensando a respeito e sentindo um frio na espinha - Que tipo de preço? - ela perguntou, sorrindo, feliz.
_Esse - ele disse, beijando novamente seu nariz – Esse - ele repetiu, dessa vez beijando seu pescoço, enquanto ela ria - E esse... - ele completou dessa vez a beijando nos lábios. Merlin, ele sabe a tirar do sério.
Quando seus lábios se separaram, ele repetiu aquela frase, como ela havia pedido. Hermione ficou olhando para ele, que começou a enrolar uma das mechas do seu cabelo. E de repente ela se sentiu tão bem... Como se houvessem encontrado uma coisa que nunca ninguém havia encontrado antes: um ao outro.
Ela repousou sua cabeça sobre seu peito e ele a abraçou. Ficaram assim por muito tempo. Ela estava tentada a cochilar, mas alguma coisa não a permitiu. Estava tentando absorver todos os detalhes daqueles momentos ternos com Harry, então Hermione apenas ficou pensando em todas as coisas que haviam acontecido nos últimos tempos e no quanto estava feliz por tê-lo. Isso a fez sorrir.
Ela continuou a sorrir por mais um instante, e então começou a pensar em quando ele morava ali e não teria ninguém. Quer dizer, ele tinha a ela e tudo o mais, mas ali, com ele, não havia mais ninguém. E pelo pouco que ela andou naquela Mansão, notou o quanto era grande e o quanto ela pode simplesmente oprimir, se essa for a intenção.
_Em que você está pensando? - Harry perguntou, sonolento.
_Eu estava apenas pensando que... - Hermione disse e deu um pequeno suspiro antes de continuar - Esse lugar é grande demais para alguém morar sozinho - ela completou, absolutamente sincera.
Ele se mexeu para a olhar melhor, parecendo repentinamente acordado. E ficou a olhando. Por um longo, loooonngo tempo.
_O que foi? - ela perguntou, sentindo seu rosto arder.
_Hermione... - ele começou, tranqüilamente - Você já considerou a hipótese de se casar comigo?
_Perdão? - ela perguntou, com o susto.
_Não agora, naturalmente - ele explicou, soando muito calmo – Daqui uns dois anos no máximo - ele completou, e Hermione viu os olhos claros dele faiscarem.
Ela ficou em silêncio, tal foi o seu choque. Ela não estava esperando por aquilo. NÃO MESMO.
_Er...Bem... - ela começou, meio que gaguejando - Eu não posso negar que já
imaginei um milhão de vezes essa cena na minha mente, mas...Você sabe...Eram só... Sonhos. Eu nunca imaginei que poderiam realmente acontecer, se isso responde a sua pergunta - ela concluiu, quietamente.
_Então, eu posso considerar isso um sim? Ao meu pedido de casamento? Aaahh... Espera um momento. – Harry levantou-se e pegou no bolso de sua calça uma caixinha de veludo preto. – Vamos fazer as coisas certas. Hum hum. Hermione Granger, você aceita se casar comigo? – ele perguntou sorrindo. Abrindo a caixinha e revelando seu conteúdo: Um lindo anel, que possuía uma pequena pedrinha no meio.
_Harry... Mas é claro que eu aceito. É tudo o que mais quero. Entretanto, só pra daqui a uns dois anos quando eu já tiver terminado meu curso e você o seu. – E então ele a beijou apaixonadamente, colocou o anel no anular direito dela e se aconchegou nos seus braços. Foi um momento calmo e doce, que ela apenas ficou lá, acariciando o cabelo macio dele, enquanto sentia sua respiração calma contra as rápidas batidas do próprio coração. E então adormeceram.
Quando acordaram, um tempo depois, ainda estava claro, então Harry a levou para conhecer os jardins. Desceram de mãos dadas e ele a mostrou o que havia feito. Montou uma espécie de campo de quadribol, no próprio jardim.
_Isso é incrível! - Hermione disse, notando o quanto se parecia com o campo de quadribol de Hogwarts. Só não havia as arquibancadas. Ele sorriu, orgulhoso.
_Fiz para os meus filhos - ele disse, teatralmente, colocando uma das mãos sobre o peito. - Você sabe, eu vou querer, no mínimo, dois times de quadribol - ele completou.
_Wow - ela disse e se virou para ele - eu espero que você não esteja considerando a ABSURDA possibilidade de que eu vou ser a mãe deles - Hermione disse, chutando o balde. Quer dizer, já haviam falado em casamento e agora estavam falando de filhos. Ela teve que entrar na onda dele!
_Você sugere outra pessoa? - ele perguntou, polidamente, fingindo interesse.
_Porque você não pergunta a Murta Que Geme? Eu penso que ela está disponível – Hermione disse, tentando parecer séria.
_Considerando o fato de que ela é um fantasma, e que não existe a menor possibilidade de isso se tornar viável... - ele disse, dando de ombros.
_É, acho que você nunca vai passar seus genes a diante – ela exclamou, sorrindo. Ele ficou um minuto encarando e depois disse:
_Eu não acredito que você sugeriu a Murta Que Geme - Harry falou, saindo um pouco do joguinho, porque ele estava soando muito indignado - Com toda Hogwarts atrás de mim, você poderia ter sugerido alguém mais...Substancial - ele disse, depois de escolher bem a palavra.
_Toda Hogwarts? Isso inclui os meninos? - ela perguntou, não conseguindo segurar mais o riso.
_Bem, eu não gosto de pensar nisso, mas... É, alguns deles - ele respondeu, meio arrogante.
_Ai, Merlim - ela disse, tendo que se sentar no chão, porque não estava conseguindo mais se sustentar - Porque você teve que dizer isso? Eu não queria ter imaginado essa cena!
_Foi você quem perguntou - ele respondeu, arqueando as sobrancelhas e se sentando ao lado dela, no meio do campo de quadribol.
Ele segurou os ombros de Hermione levemente e a fez deitar no chão, enquanto ela parava de rir lentamente e ele se aproximava mais, beijando-a suavemente depois. Ela, que já estava sem fôlego por ter rido tanto, ficou praticamente sem ar, ate que se separaram e ela pôde finalmente respirar, dando um suspiro bobo e apaixonado.
Quando ela decidiu que tinha que ir embora, ele a levou novamente até a sala de visitas, em que já estivera e, quando ela passou a mão pelos cabelos se lembrou de uma coisa.
_Ah, Harry, eu acho que...er, perdi minha...Fivela - ela disse, imaginando onde ela deveria estar. Corou.
Ela o viu colocar a mão esquerda, no bolso da calça e depois dizer - Não se preocupe. Se eu a achar, eu a guardarei.
_Você vai usá-la ou alguma coisa do tipo? – Hermione perguntou em tom de deboche, porque era muito provável que sua fivela estivesse no bolso dele, depois daquele movimento tão impulsivo. O engraçado era que ela não tinha visto ele pegar aquela fivela.
Ele a respondeu apenas com um olhar firme.
_Certo, eu só estava brincando - ela disse, rindo e levantando os braços, como se estivesse se rendendo. Então ela teve a certeza de que ele realmente não vai devolvê-la.
Depois, Harry a beijou docemente e disse que era para ela ir visitá-lo amanhã e então Hermione foi pra casa.
Apesar da minha já avançada idade, posso confessar-lhe que neste momento em que escrevo esse relato, estou terrivelmente corado. Mas diga-se de passagem... O que eu relatei, foi apenas um pequeno resumo do que aconteceu. Gostaria de poder te mostrar as penseiras... pena que elas não existam no nosso universo... apenas no paralelo. Essa foi a ultima lembrança que você colocou na sua penseira, por isso assim que esta finalizou-se, fui jogado para fora dela. E em busca de mais informações adentrei a minha novamente. Foi o pior momento da minha vida...
Harry tinha saído de casa há horas a fim de tratar de assuntos pendentes no ministerio. Após sair de lá passou em gringotes. Assim que se formou, sua fortuna rendeu mais e ele passou a ser um dos clientes mais ricos do banco, e por isso era chamado lá constantemente. Havia recebido um carta, em urgência, dizendo que tinha de comparecer ainda naquele dia ao banco, e embora estivesse cansado e afim de ver sua mulher, que estava lhe esperando em casa, teve que passar lá.
Entrou rapidamente, sendo que já estava escurecendo e queria sair de la o mais rápido possível. Assim que chegou a um dos balcões de atendimentos, o duende com quem sempre tratava, olhou-o confuso.
_O que o senhor Potter deseja aqui? – perguntou o duende, analisando-o.
_Como assim o que eu desejo aqui? Hoje pela manhã recebi uma carta do banco pedindo minha presença urgente aqui. Não pude vir mais cedo, mas cá estou. Houve algo? – Harry manifestou-se estranhando a situação.
_Não, senhor! O senhor deve ter se enganado. Não foi lhe enviada nenhuma carta hoje. Ou esqueceu-se que eu sou o único que o faço?
_Claro que não esqueci! Seu nome estava na assinatura da carta, por isso que vim aqui hoje. – Harry estava quase indignando-se.
_Só pode estar havendo um engano. Eu não lhe mandei carta alguma, senhor Potter.
_Eu a recebi, está na minha casa. Hoje, quando acordei, uma coruja negra entrou no meu quarto e deixou-a... – Harry foi interrompido pelo duende.
_Perdão... O senhor disse coruja negra?
_Sim... Qual o problema?
_O banco, Senhor Potter, só possui corujas pardas. De nenhuma outra cor mais. Devem ter feito uma brincadeira de muito mau gosto com o senhor.
_Eu não acredito que vim aqui à toa. Deixei Hermione sozinha em casa para poder passar aqui e ... HERMIONE! – Harry correu em direção a saída do banco. Todo esse mal entendido começava a fazer sentido para ele.
Há semanas que estava recebendo corujas negras de antigos comensais, com ameaças a Hermione e ao bebê que esperava. Essa carta só podia ser uma maneira de deixá-la sozinha, já que a mesma obriga todos os elfos a deixarem a mansão cinco horas da tarde para poderem descansar. Sozinha, ela estaria indefesa, já que estava grávida de três meses.
Assim que saiu do banco, aparatou nos jardins de sua casa, já que não se podia aparatar dentro da própria. Correu para dentro, e quando estava perto começou a ouvir os gritos de Hermione. Desesperou-se... Não poderia perder as duas únicas razões de sua vida. Ao adentrar o quarto em que a esposa estava com algum comensal, seu coração pareceu parar por alguns segundos... Mas logo voltou a funcionar ao ouvir as gargalhadas do comensal ao seu lado.
_Eu sei que vou morrer agora... Mas não me importa! Eu cumpri o que jurei no tumulo do meu mestre... Matar a pessoa que mais importava a Harry Potter... E bem, ela está morrendo nesse momento. Na verdade, eles estão morrendo nesse momento. HAHAHAHAHAHAHAHA. – Desdenhou o comensal, ao perceber a expressão furiosa de Harry.
_Avada Kedrava! – gritou Harry. E o comensal caiu morto no chão.
Harry correu para o corpo inerte da esposa e percebeu que sua respiração ainda estava lá. Porem fraca, muito fraca. – Meu amor... Por favor! Não me deixe. Não me deixe nesse mundo sozinho. Eu te amo tanto! Não vou conseguir viver sem você. Por favor... Não se vá!
_Harry... – Hermione soltou num fio de voz. – Eu te amo muito. Desculpa por não poder te dar os dois times de quadribol que você queria... Nosso filho está morrendo. – Nesse momento, Harry olhou para sua barriga, e percebeu que sua saia estava toda encharcada de sangue. Havia feito um aborto.
_Não se desculpe. Ainda podemos ter outros filhos... Você não pode me deixar. – Harry chorava copiosamente. Não agüentaria perdê-la.
_Me promete que você vai refazer sua vida? Vai constituir outra família? Não ficar só?
_Eu não te posso prometer isso, Mione! Não existe lugar pra ninguém aqui dentro de mim. Desculpe, mas isso não posso fazer. Saiba que eu amo você.
_Eu sei, meu amor, eu sei...
_Aonde quer que você vá, o que quer que você veja... Sempre estarei com você! – Harry falava tais palavras para conforta-la. No fundo do seu coração sabia que a estava perdendo pra sempre.
_Harry... Não sei se a vida é maior do que a morte... Mas sei que o amor é maior do que ambos. Sempre estaremos juntos. Sempre. – Hermione, enfim, desfaleceu. Harry não sabia o que fazer. Havia perdido a mulher e o filho de uma vez só. Chorou por algumas horas ainda agarrado ao corpo de Hermione. Ate que Rony, avisado pelos duendes de que algo acontecerá. Foi ao refugio do amigo...
Chorei como um criança quando sai da minha penseira. Parecia que tudo havia acontecido comigo. E não queria passar por isso novamente. Acredito que agora você está entendendo o que me fez agir daquela forma anos atrás, não? O próximo momento relatado será apenas para te relembrar o que eu fiz. Sei que pode ser doloroso, mas eu não conseguirei morrer em paz se não o fizer. Por favor, peço que me perdoe novamente.
Quando Harry voltou do futuro, encontrou-se com Rony a sua espera. Um Rony insatisfeito. Muito insatisfeito.
_Harry? O que aconteceu? Você não mudou o passado. – Falou Rony, indo na direção do amigo.
_Eu fui para o futuro Rony. Você errou o botão e eu acabei indo para o futuro.
_Então você agora vai ter que ir para o passado. Por favor, cara!
_Não se preocupe Rony. No futuro, você e a Luna ficarão juntos. Ela vai te perdoar logo, logo.
_Então não adiantou nada essa trabalheira toda?
_Adiantou e muito. Você não imagina o quanto. Isso vai salvar a vida de alguém que amamos.
_De quem você está falando, Harry?
_Nada. Deixa pra lá. Vamos voltar para Hogwartz. – Disse Harry pensativo. Já sabia o que tinha que fazer, mesmo que lhe doesse na alma. Mas era a decisão certa.
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O baile de inverno havia chegado e o plano arquitetado por Harry tinha que dar certo. Sabia que isso a faria sofrer. Mas a vida dela era mais importante do que tudo para ele. Poderia viver longe dela para sempre, sabendo que a mesma estivesse viva, mas nunca se ela morresse, mesmo vivendo por alguns anos ao lado dele.
Havia convidado-a para o baile e estava esperando-a. Antes de ir para o futuro, havia planejado se declarar, mas agora já não o faria. Hermione vinha descendo as escadas e estava vestida com um longo tomara-que-caia preto justo, com um bonito espartilho em torno do seu busto, que deixava-o mais em evidencia. Seus cabelos estavam soltos, preso apenas por uma presilhinha de cada lado, deixando-os mais arrumados e elegante. Sua maquiagem era pouca, não gostava muito de chamar a atenção.
Por momentos, Harry pensou em fraquejar, mas não poderia. Era a vida dela que estava em jogo.
_Olá, Harry!
_Olá, Mione! Desculpe, mas eu tenho que te dizer uma coisa antes de irmos ao baile.
_Pode falar... – O coração de Hermione disparou. Será?
_É que eu te convidei para o baile há duas semana, não foi?
_Sim... O que tem?
_É que hoje ainda, eu descobri que a garota que estou gostando também me correspondia e que ela estava sem par para o baile. Então eu a convidei. – Mentiu, em parte, Harry. Realmente ele havia convidado Parvati, mas apenas para que Hermione não quisesse mais ele.
_E quem é ela, Harry? Posso saber? – As lagrimas começaram a se formar nos olhos dela. O coração dele estava partido.
_É a Parvati, Mi. Me desculpa se não te falei antes para você arranjar outro par, mas eu não te achei mais. Me desculpa?
_Cla-claro, Harry! Pode ir. Eu não me importo não. Vou subir para retocar a maquiagem, depois agente se fala, boa festa! – Hermione saiu correndo escada acima e, ferido por dentro, Harry ainda ouviu um choro alto vindo do quarto de Hermione. A vontade era de ir ao seu encontro e a encher de beijos, dizendo-lhe que a amava mais do que tudo. Mas não podia, tinha que ser forte. A vida dela dependia dele.
Foi por isso, Hermione, meu amor... Que eu fiz você sofrer! Foi por medo de te perder futuramente. Eu não queria sentir a dor daquela perda novamente. Espero que você me entenda. Foi tudo muito confuso... A minha vida principalmente sem você ao meu lado. Sei que você estranhou o fato de eu não ter me casado nem tido filhos, mas eu não conseguiria... Do mesmo jeito que eu sei que você não conseguiu. Pelo que te conheço você pode estar revoltada, por eu ter decidido seu futuro... Desculpe-me mais uma vez. Mas eu não podia te perder novamente. Tenho certeza que você faria o mesmo por mim.
É com isto tudo que eu finalizo esta carta... Que sempre te quis enviar mas que nunca tive coragem. Finalizo dizendo que te amei, te amo e te amarei sempre mais que tudo! Não importa se nesta ou em outra vida, se na morte, ou não. Você nunca sairá de dentro de mim. Hoje, peço a Merlim, que nos dê outra oportunidade de ficarmos juntos. Não nessa vida, que já esta por um fio, mas quem sabe em outra...
Lembra o que você o que você me falou quando estava morrendo? Que eu escrevi mais acima? “Não sei se a vida é maior do que a morte... Mas o amor é maior do que ambos!” Por isso, meu amor, que a você eu dediquei e sempre dedicarei... Toda a minha devoção!
Com amor, pra sempre...
Seu Harry Potter
Hermione abaixou os velhos óculos, para poder limpar as lagrimas que desciam de seus olhos. Apesar de saber que Harry gostava dela, desde aquela época, a tristeza apoderou-se de si, por saber a intensidade do sentimento que ele nutria. Amar incondicionalmente era algo que só alguém com a nobreza de Harry poderia sentir.
Sua atenção foi desviada para a janela de sua casa, uma coruja trazia a edição diária do Profeta Diário. Com pouca dificuldade foi ate a janela, pagou à coruja e leu a manchete principal. E novamente seus olhos se encheram de lagrimas. Na manchete estava escrito...
“Morre Harry Potter! O maior de todos os heróis existentes no mundo bruxo. O verdadeiro herói de todos nós... !”
_Eu queria te odiar Harry! Por ter me feito sofrer... Mas eu não consigo. Sei que é questão de tempo você vir me buscar. E só assim poderemos viver nosso amor em paz. Longe dos perigos da vida e das armadilhas do destino, mas perto de seus pais e de quem nós amamos de verdade. A eternidade é apenas o começo do nosso amor. Afinal, a morte, é apenas uma viagem...
N/A: Horrivellllll!!!!! Miga... relamente... eu naum sei onde que eu tava com a cabeça qd inventei de escrever uma fic trágica assim... meu core aqui tah doendoo!! Me promete q naum deixa eu nunca mais escrever uma fic assim?? Eu num levo jeitooo|!!!!!!!! A parte da morte dela saiuu horrível... demoreiii pacas naquela parte... coloquei uma fala de Tristao e Isolda...!! e o final da viagem!! Para depois ninguém vim dizer q eh plagio!! Axo q eh so... espero q gostem da fic!! Ficou prosa, mas pelo menos saiu!! Boa sorte na leitura!!!!
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