Oenatatinus
O Natal passou muito rápido, era uma bela manhã de terça-feira e Any e Lupin falavam com Sirius e Tiago.
- Ah Tiago, fala com ela, a Lilly é assim mesmo, disfarça, mas eu acho que ela gosta de você, apesar de tudo...
- Any, eu tenho medo de levar um fora, faz tanto tempo que eu gosto dela...
- Você tem que arriscar, Pontas
- É... tente não se “achar” muito, perto dela, e nada de ficar passando a mão pelos cabelos, ela me falou que odeia quando você faz isso
- Ta bom, fala melhor com ela Any, abre o terreno pra mim...
- Claro, eu quero que vocês fiquem juntos... Eu pergunto pra ela o que ela gosta num garoto, essas coisas, depois te digo
- ‘Brigada, agora eu vou indo, tenho aula de Herbologia agora
- Ih, eu também, você vem com a gente Lupin ?
- Já vou Sirius, podem ir na frente...
- Tudo bem, até depois – Sirius e Tiago se levantaram da mesa e foram em direção das estufas
- Vamos, Any?
- Vamos tenho aula de Poções agora, é melhor não chegar atrasada !
- É mesmo, até depois – eles deram um ultimo beijo, e foram para suas salas
Já no jantar, John veio falar com Any.
- O que você quer? – disse ela friamente, o que fez com que Lupin ficasse feliz, e o que deixou algumas garotas inconformadas, pois John havia ganhado a faixa de garoto mais bonito da escola, e Any a de garota mais bonita, todas tinham raiva dela
- Nada, só queria te ver mais de perto...
- Porque você não me deixa em paz?
- Por que eu te amo! Por que eu não consigo parar de pensar em você, por que você é o meu primeiro pensamento de manhã e o último a noite, por que eu sonho com você, e em meus sonhos, você diz que me ama, diz que me quer sempre ao teu lado !
Lupin ouvia aquilo indignado, não agüentou mais, como ele podia falar aquilo pra sua namorada, na frente dele?
- Oenatatinus – John voou em direção a parede e ficou ali imóvel, até que começou a deslizar inconsciente, um rastro de sangue por onde sua cabeça passara, Lupin se retirou em direção do lago, deixando muitas garotas indignadas, Any foi atrás dele
- Não acredito que você fez isso, Lupin!
- O que? Você tava gostando é? Ele vem, fala essas coisas pra você, e você quer que eu não faça nada? Como se eu fosse um corno?
- Não Lu, não é bem assim...
- E É COMO ENTÃO? – começou ele a gritar, “Ela ainda defende ele?”, pensou consigo mesmo
- Não Lupin, não grita, por favor
- VAI DEFENDER ELE AGORA, VAI? VAIL LÁ, CORRE PROS BRAÇOS DELE! – ele estava tão transtornado, que nem ouvia o que Any dizia.
- Lupin, não faz assim, era isso que ele queria, queria ver a gente brigando, ver a gente separado – ela tentou colocar a mão no rosto dele, mas ele foi pra trás
- EU SEI QUE VOCÊ QUER ELE, VAI, SAI DAQUI! EU NÃO QUERO MAIS TE VER, EU TE ODEIO!
- Lupin, não, não... – ela começou a chorar – eu... não quero... ele, eu... quero você... eu... não quero que... você seja... expulso... - ela sentou-se no chão de cabeça baixa
- Any, me desculpa, não chora – disse se abaixando e a abraçando forte – eu tava fora de mim, me desculpa
Ela continuou chorando, Lupin passava a mão por seus cabelos, tentando acalma-la, tentando faze-la perdoa-lo.
- Me perdoa – ela estava inconsolável
- Não Lupin, não é... isso, é que... você vai... vai ser... expulso – ela chorou mais ainda – o John ficou lá... desacordado... todos... todos viram... a Profª Mc Gonogall foi... correndo lá... até... Dumbledore... estava sem... sem palavras...
- Não Any, isso não vai acontecer, eles não podem fazer isso comigo, podem?
- Po-dem sim Lu-pin – disse soluçando deitada no colo de Lupin
- Não, Any, não! Eu não conseguiria ficar longe de você! Como eu fui tão tolo? Não acredito que eu fiz isso! Burro, burro ! – disse batendo na cabeça
- Ah Lupin, eu também não.. não quero ficar longe de você... – ela olhou-o nos olhos e recomeçou a chorar
Eles ficaram ali chorando em silencio por mais uns 5 minutos mais ou menos até que Tiago apareceu:
- Lupin, Dumbledore tá te chamando - disse ele preocupado
- Já vou – ele deu um último beijo em Any – nunca esqueça que eu te amo!
- E eu tam-bém te amo... Lupin
- Lupin, por que você fez aquilo? – perguntava minutos depois Dumbledore, que o fitava através de seus óculos de meia-lua – o que aconteceu?
- Professor Dumbledore, eu estava fora de mim, não ter feito aquilo, me desculpe
- Por que, Lupin? – repetiu ele
- Ele... ele começou a falar coisas.. coisas românticas pra minha namorada... na minha frente
- A Senhorita Wattercoff?
- Sim
- Continue
- E daí eu saí de mim, já fazia tempo que ele fazia isso, eu não agüentei mais e acabei fazendo besteira, me desculpe, eu realmente não queria
- Sim, criança, amores sempre geram confusão, ainda mais quando os dois alunos eleitos os mais bonitos de toda Hogwarts estão no meio, mas você passou dos limites...
- Mais ele vai ficar bem não vai?
- Vai... daqui uns 3 ou 4 dias quem sabe ele esteja melhor
- Então diretor, me dê algumas detenções... mas por favor, não me expulse! Prometo que não vai acontecer de novo...
- Só dessa vez, criança, qualquer besteira que você fizer, qualquer uma, até a mais minúscula, e você saíra daqui, com diz a Profª Hooch, antes poder dizer: “Quadribol”
- Muito obrigado, e minhas detenções?
- Um mês delas com a Minerva, que é sua diretora, ela saberá o que fazer
- ‘Brigada novamente, tchau...
Ele foi correndo para o lago, se fingiu de triste, Any ainda chorava olhando a superfície do lago.
- Any, vim me.. me despedir...
- O que? Não... não é verdade... é? – seus olhos transbordavam em lágrimas
- É sim Any, e daqui a pouco vou... vou ir...
- Não – ela começou a chorar mais ainda se jogando em cima dele, ele a abraçou e começou a rir, “Ela realmente gosta de mim, de verdade...” – Por que você tá... tá rindo? – ela o olhava diretamente nos olhos, seus olhos estavam realmente inchados de chorar, mas Lupin a achava linda assim mesmo
- É que... é que...
- É que?
- Você vai ficar braba...
- Não, não vou, você vai... vai embora, como posso fi-car braba com... com você?
- É que eu..., Você prometeu, hein?
- Tá, fala logo...
- Eu não vou ir embora...
- Co-mo assim... não vai?
- Eu... não fui expulso, tava brincando pra ver sua reação...
- Sério? Ai que raiva – ela parou de chorar – Lu, você quase me matou do coração – ela o abraçou fortemente - seu besta
- Um mês de detenção...
- Ai, que sorte...
- Sorte?
- É... pelo menos você tá aqui, e pelo que você fez merecia uns 10 meses de detenção...
- Ui, já pensou se o Dumbledore ouve isso? – disse olhando para os lados preocupado
- Ele não vai ouvir seu bobo, não tem ninguém aqui além da gente
- É isso é verd... – Any o interrompeu com um beijo
Minutos depois ele se afastaram ofegantes.
- Tá frio aqui, né?
- Quer meu sobretudo? – ele já tinha começado a tira-lo, mas ela colocou-o de novo, passando a mão carinhosamente por seus ombros
- Não, não precisa, daí você vai ficar com frio
Derepente “caiu a ficha”, “Mas como eu sou burro, ela quer que eu a abrace” pensou ele, ele chegou mais perto e a abraçou por trás.
- Bem melhor agora...
- Eu sou tão quentinho assim?
- É... vamos sentar?
Os dois começaram a descer devagar ainda abraçados, mas não deu muito certo, e eles acabaram caindo de bunda no chão, começaram a rir feito loucos.
Já estava muito escuro, eram umas 21h30, pois toda a confusão ocorrera durante o jantar.
- Bom, depois de um tombo desses, melhor a gente entrar, já tá tarde e minha bunda tá doendo... – ele levantara, passava a mão pela bunda agora, Any ria da cara dele.
- Ah, mas já?
- Se o Filch pega a gente aqui...
- É... melhor a gente entrar... – ela também se levantou – mas não vamos para os dormitórios senão vamos ter que nos separar logo...
- Vamos pra onde?
- Pra sala Precisa...
- Tá bom, vêm, vamos pra lá...
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