O Progresso de Potter
A quarta-feira amanheceu nublada, e fria, como os últimos dias. O outono já estava no seu ápice, e logo chegaria o inverno. Consecutivamente, o fim do último semestre de Harry em Hogwarts.Sua primeira aula seria de Runas Antigas, depois Poções e DCAT. A noite teria seção de Oclumência, o professor Augustus, lhe dera de dever ler o capítulo 8 do livro Noções Básicas de Oclumência. Ele começara a ler na noite anterior, mas dormiu na segunda página. A introdução dizia como se manter concentrado por muito tempo, e não fraquejar ou soltar pequenas lembranças.
O café já estava servido quando Harry entrou no Salão Principal, porém Jonx era o único que estava no salão, Harry sentou-se ao lado do descendente de Gryffindor, e eles começaram uma conversa entusiasmada sobre Quadribol.
Ele também contou a historia de sua infância, viajando por outros paises. Inclusive sua passagem pelo Brasil, e pela Irlanda.
Rony e Hermione chegaram bem depois, Gina, porém nem aparecera para o café. O que deu certo desanimo em Harry. Ele esperou por Hermione, e os dois seguiram juntos para a aula de Runas Antigas. A sala estava como das outras vezes que Harry a visitara, a professora com grandes óculos estava sentada em sua escrivaninha, aparentemente, meditando.
- Bom dia alunos! – ela deu um pulo, de repente que assustou todos os presentes na sala.
Os alunos responderam um “bom dia” tremulo, devido ao susto que a professora os pregara.
- Hoje, vamos descobrir magia avançada no ar. Vocês terão que meditar durante alguns minutos, por isso eu pedi a Dumbledore que me cedesse mais dez minutinhos de aula.
A professora já havia explicado como meditar em uma aula anterior. O tempo passou muito rápido, pelos pensamentos de Harry havia se passado apenas alguns minutos, mas quando Harry abriu os olhos, percebeu que foram vários minutos, mais de quinze. Hermione não parecia surpreendida, igual a outros, porém a maioria devia estar com a mesma sensação de Harry.
- Bom queridos, agora que estão com a mente descansada e os sentidos apurados, vamos fazer como na primeira aula deste semestre. Unam-se em duplas!
Harry e Hermione estenderam as mãos um ao outro, se seguraram, e sentaram-se juntos, no chão escuro e frio da sala. Após todas as duplas estarem formadas eles se levantaram.
- Terão um enigma para cada dupla, vocês serão transportados à um universo paralelo, que eu criei.
A professora estalou os dedos, e Harry sentiu-se puxado, por todas as direções, seu estomago deu voltas e voltas, até que ele sentiu o chão sólido sob seus pés.
- Sabe, ela é muito poderosa... – comentou Hermione, como se ela não tivesse sentido nada, ao serem transportados.
Ele observou o lugar, era uma gruta, escura, lembrava a que Harry fora com Dumbledore, antes de achar a Horcrux falsa.
Tudo que havia eram paredes, cercando-os e uma placa, no teto: “Só o poderoso, poderá encontrar a saída, que está diante dos olhos invisíveis”
- Enigmático...
Esse fora o único comentário de Hermione, o que irritava Harry, com toda essa simplicidade, como se tudo aquilo que estavam passando fosse apenas um jogo de vídeo game, onde seu maior desafio era apertar alguns botões e achar bonequinhos deformados.
- Mione, como assim? Enigmático, eu percebi que é enigmático! Você não tem mais nada a dizer?
- Não... – ela sorriu amarelo. Harry esperava uma grande idéia que faria os dois resolverem o enigma.
- Bom tudo bem... – o garoto tentava ficar calmo, e raciocinar o que a mensagem queria dizer.
- Harry, é lógico... – esse comentário também sempre o irritava – O poderoso, quem é o aluno mais poderoso da escola? Você... esse enigma foi feito pra você, os olhos invisíveis, sou eu, devo ter alguma coisa que poderá enxergar a forma de você descobrir.
Realmente, aquele raciocínio brilhante que Harry esperava de Hermione fazia sentido.
Então naquele instante Hermione entrou em transe, suas pupilas ficaram brancas, dando o ar fantasmagórico de alguém sendo possuída, sua voz estava diferente, era como se alguém falasse por ela.
- A magia está no ar, à sua volta as pistas e a chave estão esperando para serem descobertas, só o poderoso poderá ajuntá-los.
- Mione, você está bem? – neste momento, suas pupilas reapareceram, e ela despertou.
- Harry, foi horrível!
- Então você sentiu, você se lembra? – perguntou Harry assombrado
- Mas é claro que sim, eu que disse tudo! Mas minha vista ficou escura, e minha voz rouca. Não sei o que aconteceu...
- O olho invisível Mione! – só agora ele ligou o ocorrido com a mensagem no teto - Seus olhos ficaram invisíveis, e você disse como desvendar o enigma, agora só depende de mim.
Ele fechou os olhos concentrando-se, o aroma, indescritível de magia estava no ar, ele sentiu vibrações, suas mãos estavam esquentando, até que ele sentiu, o poder do fogo na palma de suas mãos, ele fechou a mão, e abriu rapidamente, de suas mãos saíram enormes labaredas de fogo, que atingiram a parede à sua frente. Fazendo derreter um pedaço, onde se abriu um grande buraco, muito escuro, e comprido.
Harry sacou a varinha, e disse:
- Lumus! – uma luz acendeu-se de sua varinha, e ele viu, no fundo do buraco. Havia uma chave dourada, porém seus braços não chegavam até lá. A única idéia que lhe veio à cabeça, foi usar novamente a varinha.
- Accio chave!
A chave veio voando em sua direção em alta velocidade, direto na direção de seu rosto.
- Protego! – ele conjurou um feitiço escudo, nele a chave quicou e perdeu a velocidade. Ela estava brilhando, e saia vapor de toda sua superfície, a chave devia estar muito quente – Wingardium Leviossa! – Harry estava levitando a chave, encostar nela era muito arriscado.
Ele estendeu a mão, e passou a alguns centímetros da chave, uma luz esverdeada surgiu, o vapor foi parando, e o brilho diminuiu só então Harry pegou-a na mão.
- Incrível Harry! – Hermione estava impressionada com a seqüência de feitiços com a varinha que ele fizeram, e o resfriamento, sem usar a varinha.
- Obrigado... – respondeu Harry sem jeito. Pois para ele não havia feito nada de incomum.
Ele tornou a fechar os olhos, e instantaneamente, como se uma bússola natural o puxasse para direção certa, ele se virou. A parede estava diante dele, ele sabia que a chave se encaixava ali em algum lugar. Suas mãos encostaram a parede úmida e gelada, ele foi passando sobre a superfície, a parede era plana, sem relevos. Mas em um ponto, Harry sentiu, que havia magia acumulada ali. Afastou sua mão, vagarosamente, e a camada de rocha que havia sobre a parede saiu, e por trás havia uma grande grade, com uma maçaneta, e em baixo o buraco que a chave se encaixava. Ele enfiou-a e girou, a maçaneta abriu-se sozinha. Do outro lado, havia uma obscuridade sem igual, porém quando cruzaram o portal, se viram novamente na Sala de Runas Antigas.
- Oh! Vocês dois novamente! Desse jeito na próxima tarefa em dupla não vou deixar vocês dois irem juntos. – a professora riu.
- Professora Majuh, eu percebi que Harry está tendo um progresso excelente! – Hermione lançou um olhar com a beira dos olhos para Harry, e percebeu, ele desejava que Hermione não tivesse dito aquilo.
- Eu também percebi, Mione. – A professora de Runas Antigas, se chama Majuh Menguetti. Quando percebeu que todos os alunos já tinham voltado disse – Turma dispensada. Tenho que falar com Dumbledore – Harry sabia que era sobre ele – Nem precisamos usar os dez minutos extras.
Apanhando seu livro sobra carteira afastada, Harry seguiu com Hermione o terrível caminho à masmorra de Snape.
Como de costume, quando chegaram sentaram-se com Rony e Jonx, que esperavam por eles, e o professor já estava com suas vestes negras, na sala.
- Atrasados Potter e Granger, menos cinco pontos para a Grifinória. – Disse Snape com severidade, mas depois de alguns instantes, ele desejou que não tivesse feito isso.
- Sr. Malfoy e Srta. Parkinson! Até vocês atrasados, menos cinco pontos para a Sonserina. – A severidade já não era tão presente na voz do professor, agora ele demonstrava remorso.
Harry, Rony, Hermione e Jonx riram baixo. Por sorte Snape não ouviu.
- Hoje, vão preparar a poção mais difícil que farão antes dos tentes finais.
- Quais serão os testes finais, professor? – Hermione tentou ser mais educada possível.
- Se Dumbledore não tivesse me pedido para dizer, tiraria mais cinco pontos da Grifinória, por interrupção, Srta. Granger.
Malfoy riu, porém foi repreendido também.
- Porém, Dumbledore não me pediu nada para explicar sobre risadas, quando fosse interrompido, Sr. Malfoy. – Os deslizes de Draco estavam irritando Snape mais ainda, por ter que dar bronca em um aluno de sua casa, com a mesma freqüência que dava aos Grifinorianos.
Snape pigarreou aquilo era um sinal, de que ele não queria mais nenhuma interrupção, nem que fosse Merlin procurando suas pantufas.
- Os testes, foram incluídos, assim como esse último semestre, pelo Ministério. São os Níveis Exatos de Magia Avançada, o N.E.M.A.... Vocês prestarão estes últimos testes no final do semestre, e a partir dos resultados de N.O. M’s, N.I.E.M. ’s e N.E.M.A. ’s que o Ministério avaliará se terão chances em suas profissões escolhidas.
Por enquanto, Harry tinha chances de ser auror, pelos resultados do N. O. M. e N.I.E.M.
- Voltando à aula... Abram o livro na página 87.
Harry abriu, o título era: Poção Anti-Impérius.
Impérius era a maldição imperdoável, que fazia o amaldiçoado, obedecer quem lançou a maldição, com isso, muitos bruxos mataram e cometeram crimes, comandados por Voldemort. Segundo o livro, essa era um poção, que prevenia, e deixava a pessoa que tomasse mais resistente à Maldição, porém não assegurava imunidade total.
A poção era realmente complicada, Harry se comprometeu a fazer, tudo direito, pois seu desejo de virar auror aumentava a cada dia, mas para isso ele tinha que ter pelo menos um Aceitável em poções.
Ele voltou a fitar o livro, seu caldeirão estava à sua frente, o primeiro passo era conjurar um liquido gelatinoso, parecido com o que havia na penseira. Após muitos movimentos frustrados com a varinha, Harry conseguiu que a substância aparecesse diante de seus olhos. O segundo passou era arrancar um pedaço de sua consciência, ele sabia fazer isso.
Apontou a varinha em direção à têmpora, e com um puxão, um longo fio prateado saiu, ele depositou no liquido dento do caldeirão.
Agora teria que mexer, por longos vinte minutos. Pegou a grande colher de madeira e começou a mexer, em sentido horário, e assim revezava. Voltas e mais voltas, a impressão que tinha era que já passara das mil voltas, e estava apenas na metade do tempo, seus braços começavam a doer, e assim, quase com os braços caindo, que Harry e o restante da classe passaram, mexendo a poção.
O fio reluzente fora dissolvido, não conseguia mais se ver objeto sólido, apenas algumas ondulações e gaseificações dentro do caldeirão. O próximo passo, seria ferver o conteúdo e resfriar, causando um choque térmico.
- Incêndio.
Uma bola de fogo envolveu o caldeirão, e após alguns minutos, pequenas nuvens de vapor subiram pelo ar.
- Glacius! – o gelo cobriu o fogo, causando o choque térmico e uma pequena reação, que fazia a poção borbulhar e espirrar.
Harry pegou um vegetal que estava sobre sua mesa, e jogou dentro do conteúdo, a reação parou. E agora, só lhe restava esperar, por cinco longos minutos...
Não podia conversar, nem dar risada, muito menos beber a poção logo de uma vez. A única coisa que restou, foi acompanhar o ponteiro zombar de sua monotonia, enquanto dava voltas e voltas, que pareciam ficar cada vez mais lentas. Depois da quinta volta, do ponteiro mais rápido, Harry apanhou o caldeirão, e enfiou a substancia para dentro. Tinha um gosto amargo, mas era bem mais suave do que muitas outras poções que ele tomara ali mesmo naquela masmorra.
Snape fez o teste, tentou lançar a maldição imperdoável nos alunos que iam acabando, em Harry, ele tentou duas vezes, mas sem nenhum esforço por parte do aluno, a maldição foi bloqueada. Obrigando Snape a dar um Excede Expectativa, na tarefa do dia. Aquela poção seria muito interessante, para o dia da batalha final, com Voldemort.
As aulas do dia correram bem. E à noite, o Professor Augustus, tentou invadir sua mente, na seção de Oclumência, mas não conseguiu, fazia meses, desde a última vez que ele conseguira invadir, Harry já estava em um nível avançado de Oclumência, sendo até considerado um Oclumente profissional, como dizia Rony.
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