A Guerra Começa



Parecia ter sido ontem que Harry saíra de Hogwarts. Parecia ter sido ontem o triste e melancólico funeral de Dumbledore, Alvo Dumbledore. A fênix que nunca mais retornaria, seu padrinho já havia partido também. Parece até que todos que mais preciso e que mais gosto se vão. Hogwarts fora fechada. Não havia como deixar tantas crianças bruxas reunidas em um lugar só sem Dumbledore, não havia escolha, os pais não deixariam seus filhos irem para Hogwarts.
- Devemos ir agora, Harry – uma voz falara às costas do bruxo. Era Remo Lupin.
- Por que já? Quero ficar mais – retrucara Harry tristemente.
- Dumbledore não gostaria que você ficasse desprotegido aqui, nos escombros da casa – desta vez fora a professora McGonagall que dissera – aqui é um lugar perigoso nos tempos atuais.
Era tarde da noite, uma noite fria, extremamente fria, não havia como negar isto. Uma noite onde ninguém conseguiria dormir em paz, seja pelo frio, seja pelos pesadelos. Uma noite onde criaturas não resistem, não conseguem ficar em paz. Uma noite onde todos estão com medo, com frio, com pena. Em noites como essas, as criaturas mais abomináveis aparecem na face da Terra, como se estivessem despertados de um longo sono.
As luzes de toda a rua foram apagadas. Havia cinco vultos na escuridão imensa de Godric’s Hollow, em frente à antiga casa dos Potter. O primeiro era feminino, o vulto da professora McGonagall, que estava com as mãos nos ombros de Harry. O garoto estava entre a professora McGonagall e Lupin. Dois vultos vinham correndo na escuridão.
- Vamos logo – indagou o primeiro. Instantaneamente, Harry percebera que este era Rony – acho que escutei algumas pessoas murmurando no fim da rua.
- Acho melhor partirmos – começara a falar o segundo vulto. Este era Hermione – estou começando a ficar com frio.
- Vamos então. Preciso passar na casa de meus tios. Dumbledore pediu para que eu fizesse isso – desistira Harry.
Então, com um craque, cada um dos seis vultos aparatou. Naquele momento, três pessoas saíram de traz da casa em frente a antiga casa dos Potter.
- Na próxima vez os pegaremos. Não se preocupem – falara o primeiro.
- Precisamos fazer isto logo ou seremos punidos por ele – um segundo dissera.
- Ok, mas precisamos agir com cautela.


Um, ou melhor, seis estampidos fizeram uma coruja que se localizava em cima do poste voar para o mais longe possível. Qualquer pessoa pensaria que era o barulho de uma moto ou algo quebrando, mas, aquelas pessoas que conhecem o mundo dos bruxos sabiam que isto não era verdade. Todos os cinco bruxos se materializaram em frente ao número quatro da rua dos Alfeneiros.
- Vocês não precisam entrar comigo, irei rapidamente – falara Harry, barrando a entrada dos outros – é capaz deles se assustarem tanto que a rua inteira acorde.
Então, a campainha foi tocada. O coração de Harry acelerou só de pensar no que os tios pensariam ao ver ele e mais quatro bruxos em frente à sua porta. Com certeza não achariam que era uma visita amigável. Talvez fosse melhor lançar um Feitiço de Silêncio neles. Não, é melhor não.
- Quem deve ser a essa hora? Esses malucos... se for um trote eu mato eles. MATO – ouvia-se dos berros do Tio Valter.
- Que diab... – mas a voz foi abafada pelo Feitiço do Silêncio lançado por Lupin.
- Só viemos pegar as coisas do Harry. Ele irá embora conosco – falara gentilmente Lupin.
- Conseguiu se livrar de mim. Tio Valter – falara com raiva Harry.
- Vou lá em cima pegar as suas coisas, Harry – indagara McGonagall.
Todos entraram na casa e esperaram na sala de estar. Harry olhara para o jornal da tarde cuja manchete era: Mais três mortes sem explicação em Londres, famílias em alerta. A casa continuava impecável. A Tia Petúnia com certeza ainda mantinha a mania de limpeza. Após cinco constrangedores minutos, professora McGonagall voltara com o malão de Harry.
- Vamos agora – finalmente falara Harry, quebrando o clima desconfortável enquanto McGonagall fazia um contra-feitiço, entretanto, não adiantara, pois Tio Valter estava tão espantado que entrara em estado de choque.
Caminharam sem falar nada até o meio da Rua dos Alfeneiros. Rony permitira quinze segundos de silêncio até perguntar:
- Para onde vamos agora?
Após todos os olhares se cruzarem e, cada um, aos poucos, posarem sobre Harry, este respondeu:
- Para o largo Grimmald, número doze.
Esta simples e pacata reação gerou um ar sombrio e misterioso sobre a conversa. Como poderiam ir para a casa agora pertencente a Harry? Havia um risco muito grande de que Belatriz pudesse entrar na casa.
- Não acho que seja sensata essa atitude, Potter. Poderia... – falava McGonagall quando foi interrompida por Lupin.
- Acho... uma idéia... sensacional – sibilou espontaneamente Lupin, o que gerou olhares de censura de Hermione e Rony.
- Mas Lupin... o garoto não deve se expor a um perigo como esse.
- Acho que ele tem maturidade suficiente para decidir o que devemos fazer na luta contra Voldemort – retrucara Lupin, cuja menção do nome d’Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado provocou arrepios em Rony.
- Bom... não posso dizer que aprovo essa medida, Potter, não sou mais sua professora para lhe dar detenções, mas devemos ir agora então – falou McGonagall sentindo-se derrotada.
Logo, com o mesmo craque que chegaram à rua, saíram. Em questão de segundos, chegaram à porta da casa na qual Sirius morara nos últimos momentos de sua vida.
- Aqui, juntos, começaremos a guerra contra Lord Voldemort – dissera excitado Harry - Que vença o melhor.
Com esse ar excitado, todos entraram na casa. E lá, como dissera Harry, começarão a Segunda Guerra.

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