Parte 5
Parte 5
Nossa, não sabia que Whisky de Fogo no fundo do copo poderia ser tão interessante, já que estou na sala sentada em uma poltrona enquanto eles estão sentados no sofá conversando sobre “as aventuras” que fizeram para capturarem vários Comensais da Morte, e sinceramente depois da primeira hora daquela conversa eu quero mais é que os Comensais se lasquem.
Merlin to até com sono, bocejando já faz quinze minutos e não vai adiantar olhar para o relógio que ele só vai me dizer que são 11:15, porque faz exatamente 15 minutos que eu olhei e constatei que eram 11:00 em ponto. O dia ocorreu de forma normal, fizemos o almoço, jogamos cartas, claro que um jogo totalmente decente dessa vez, conversamos sobre várias coisas, fizemos o jantar e cá estamos, eles se divertindo e eu querendo pegar o fio do telefone para me enforcar. Para tudo, cadê aqueles meus amigos que até evitavam falar de Quadribol quando eu estava perto já que acho ridículo ficar falando sobre uma coisa que já se parou de fazer faz vários anos, e ficar falando de outros homens montados em vassouras fazendo acrobacias ridículas só para derrubarem outra pessoa da vassoura é absurdo. Viro minha cabeça para olhar para eles e vejo que alguém está faltando naquela conversa, cadê você Severus?
-Entediada? – perguntou uma voz do meu outro lado e eu me virei bem devagar já sabendo de quem era a voz, bom se eu não soubesse seria um milagre já que a escutei por 7 anos me espezinhando e me fazendo chorar pelos cantos, mas não agora, dessa vez a voz só me faz sorrir. Minha última vitima.
-Um pouco, e você? – perguntei cruzando as pernas e deixando um pouco de minhas pernas a mostra.
-Também, o assunto agora é Quadribol. – e vi que ele se largou na poltrona ao meu lado sem me olhar outra vez.
-Acho que vou dormir. – dizendo isso me levantei e coloquei meu copo na mesa, bocejei e vi os outros me olharem, acho que agora entenderam que eu to com sono porque se o assunto fosse qualquer outro eu estava bem acordada. Caminho devagar até Snape e me inclino para lhe dar um beijo no rosto e esse ergue uma sobrancelha me dando um olhar de reprovação – Não vou te morder, calma.
Nossa, que sorriso é esse? Idealizem, Severus Snape sorrindo abertamente e me olhando de uma maneira que o deixou com um rosto uns 10 anos mais novo, lhe devolvo o sorriso e me aproximo para lhe dar o beijo. Puxa, que pele fria, mas ao toque dos meus lábios se tornou um pouco mais quente e o ouvi soltar um longo suspiro. Me afasto um pouco e agora olho em seus olhos e sorrio mais uma vez, sem intenção alguma, já que perdi minhas esperanças de ter algo com ele.
-Boa noite. – disse e fui até o outro grupo. Dei um beijo em cada um deles e agora estou novamente me arrastando para o meu quarto, Morgana, desde quando essa casa se tornou tão grande? Bom, deve ser cansaço, mas cansaço de que? Não fiz nada de mais esse feriado e sinceramente fazer sexo, mesmo nas proporções que eu fiz, não deixam ninguém morrendo.
Caminha... Ahh, que delicia, minha cama sempre convidativa, sempre me esperando pronta. Sinceramente, esse natal foi louco, não completei minha “missão” mas não me importo, talvez ficar com Severus não era para ser. Caraca, o que foi isso? Acabei de ouvir um barulho lá embaixo muito grande e receio que não seja coisa boa.
Acabei de sair do meu quarto e uma voz baixa e rouca me chama do corredor, me virei e bem lá no fim, do lado oposto ao quarto do Ron vejo Severus encostado na parede. Andei até ele bem devagar e quando cheguei perto vi que seu rosto tinha um sorriso bobo.
-Que barulho foi esse?
-Barulho? Ohh, fui eu. – respondeu ainda me olhando, mas agora com um sorriso ainda mais maroto, deve ser porque estou de roupão e roupa intima na sua frente outra vez.
-O que quer dizer? – perguntei fechando o roupão.
-Fiz o barulho para que você pudesse sair. – e me puxou pelo cordão do roupão me fazendo colar em seu corpo.
-Porque não entrou? – perguntei tentando me afastar, mas claro que não fazendo muita força, né? Ele sorriu e aproximou o rosto do meu, me fazendo engolir seco. Puxa, ter fantasias com Harry e Ron normal, afinal os conheço a décadas e não tinha como não imaginar aqueles dois, Remus e Sirius também, apesar de também serem professores, nunca tive medo ou raiva deles e considerando que os dois eram bem galinhas na época do colégio, sei disso porque Sirius gosta de se gabar dessa época, mas Severus? Não dá, tudo bem que ele é um pedaço de mau caminho também, mas ele já me fez chorar tanto e eu já senti tanta raiva dele que nem sei se tem como fantasiar com alguém assim, tudo bem que eu disse hoje que ia ser diferente, mas sinceramente não tá dando.
Ele me puxa devagar e me beija, um beijo carinhoso e gentil. Até estranhei já que por meio de Sirius, fiquei sabendo como nosso ex-Comensal da Morte era quando tinha alguém em seus braços, bom pode ser que era rude e sem educação para não deixar cair a mascara, mas nunca esperava um beijo dele assim. Nossa que beijo, só o beijo faz minhas pernas balançarem e... Não, Merlin o que é isso? Borboletas no estomago? Não, Merlin, Morgana, seja lá quem for que controla esse departamento, pode parar já, sentir borboletas na barriga bem quando beijo Snape? Uau, essa é nova.
Nem percebo quando ele passa o braço em minhas costas e o outro atrás de meus joelhos e me pega no colo me levando até me quarto. Agora aqui dentro já é outra coisa, ele novamente me beija e fecha a porta com o pé, começa a andar me levando até a cama. Ele me coloca na cama devagar analisando meu rosto e eu o dele. Merlin, que é isso? Que história de analisar o rosto dele, pode parar hein?
Severus deita do meu lado ainda me olhando de um jeito estranho, como se estivesse com vontade de perguntar algo mas está com vergonha. O puxo para um outro beijo gentil, sim eu sei fazer isso, e pelo visto ele também me beija acariciando de leve minha cintura, mas nunca saindo dali. Me aproximo um pouco mais dele, talvez assim ele relaxe e fique mais a vontade para me perguntar seja lá o que ele quer me perguntar.
-Passou pela sua cabeça que isso poderia acontecer? – ele me pergunta enquanto faço carinho em seu rosto e tiro seu cabelo que insiste em cair na frente daqueles olhos negros que estão me hipnotizando muito rápido.
-Uma ou duas vezes. – respondo sonhadora mexendo em seu cabelo, que não é oleoso, na verdade é muito gosto de se tocar.
-Tenho pensado nisso demais ultimamente. – e vi ele me esboçando um sorriso forçado. Ahh, Severus não faz isso, será possível que era você o tempo todo que eu deveria ter trazido para meu quarto e tive que passar por outros quatro pares de mãos para ver isso? Será que posso estar começando a gostar da sua companhia mais do que deveria? Bom se o caso for esse já vou até me preparar para a decepção que terei logo de manhã, porque sei que você só me quer assim essa noite, igual os outros.
-Verdade? – perguntei colando ainda mais meu corpo no dele que agora me enlaça em seus braços fortes e me puxa para que eu possa recostar o rosto em seu peito, enquanto o sinto cheirar meu cabelo.
-Verdade. – a voz dele saiu muito baixa e rouca, como se ele estivesse tendo medo da minha reação a aquela palavra. Mal sabe que o efeito que ela fez foi benéfico, pelo menos para mim. Levanto meu rosto para tentar olhar seus olhos que agora estão me olhando com certa tristeza e sinto que sei qual serão suas próximas palavras – Cheguei tarde. Eles já te tiveram. Você nada quer comigo.
Cristo, que voz é essa que me diz que eu não o quero mais? Severus Snape está mudado, algo dentro dele o mudou e ele está me mostrando essa mudança e isso receio estar fazendo meu coração balançar. Pena que já o perdi antes que o pudesse ter, antes que pudesse deixar ele tentar me fazer feliz, mesmo que seja somente por essa noite do dia 25 de Dezembro. Porque? Porque essas coisas só acontecem comigo? Se eu talvez não tivesse dormido com os outros, hoje teríamos acordado juntos e com sorrisos bobos no rosto? Talvez hoje passássemos o dia inteiro juntos trocando beijos e caricias? Talvez hoje eu descobrisse quem ele realmente é? Não acredito que perdi isso sem mesmo saber que poderia ter tido.
Ele parece que percebeu meu olhar triste e agora me puxou ainda mais para junto de si e eu o abraço com força, demonstrando que sinto por não ter escolhido ele para ser o primeiro e único em minha cama na noite passada.
-Hermione... – ele começa mas não termina, sua voz está tremida igual seu corpo, me fazendo me afastar somente o suficiente para que possa lhe olhar nos olhos e fazerem os meus arderem e estou sentindo lágrimas começarem a forçar seu caminho para fora. Merda, não ta dando pra parar, cá estou, chorando e nem sei direito porque. Será? Será mesmo que consegui me apaixonar por Severus Snape em menos de uma hora? Merlin, é ele? Será?
-Desculpa. – disse e agora me sento, agarrando os joelhos e apoiando a cabeça neles. Merda, não posso chorar na frente dele, não agora. Senti minha cama se mexer e ela se tornou mais leve, levantei a cabeça devagar sentindo minhas lágrimas caírem por meu rosto e o vejo em pé me olhando com um olhar triste e sua boca se abre várias vezes mas nenhum som sai, melhor eu dar o golpe de misericórdia logo e o deixar ir para que eu posso lamentar o resto da noite – Vai embora, Severus. – minha voz saiu muito magoada, infelizmente é como me sinto, ferida por mim mesma, que me deixei ser levada por sorriso e provocações, que me deixei ser levada por fantasias bobas, que me deixei ser levada por atos sem sentimento algum, que me deixei ser afastada de uma pessoa que poderia me fazer feliz.
-Hermione... – ele tenta outra vez, não posso mais. Ele tem que sair, estou chorando demais. Ora, nem é grande coisa... é? É, é grande coisa, é enorme. Sim, Hermione Jane Granger conseguiu estragar mais uma vez a oportunidade lhe enviada de ser feliz. Seja quem for que está me fazendo isso, por favor, para.
-SAI. – Merlin, gritei com ele sem razão e agora seu olhar é ainda mais triste, mas mesmo assim ele me atende e anda até minha porta sem dizer mais nada. Merda de vida, agora que ele já saiu da pra descontar minha raiva. Sim, raiva. Raiva de ter me deixa ser usada, mesmo que alguma coisa lá dentro tenha me avisado que cada um daqueles que me tiveram não eram o certo. Está certo, quebrar meu vaso de margaridas não foi a coisa mais certa, mas pelo menos jogar ele na parede me fez sentir um pouco mais calma. Pobre planta, melhor concertar.
Abrir os olhos é uma coisa que não quero, ter que me lembrar de que ele já se foi e eu não pude me desculpar por minha atitude infantil e desnecessária, agora já é tarde demais. Será? Será que é realmente tarde demais? Talvez eles ainda não tenham ido e eu posso me desculpar com ele em particular, talvez tentar fazer com que ele entenda que eu não posso ser dele e ele não pode ser eu, não depois do que houve nessa casa. Melhor descer, encarar a casa provavelmente vazia e começar a analisar aqueles pergaminhos, assim fico com a cabeça ocupada e não penso em como posso estar fazendo alguém triste.
Morgana, Morgana, porque aumentou o tamanho de minha casa, mesmo toda confortável em meu moletom preto e totalmente folgado, já que é dois números maiores do que eu uso, o caminho até a cozinha é imenso e isso só me deixa pior, porque já sei que entrar na cozinha e encontra-la totalmente vazia vai ser um saco.
Tomei meu café e estou analisando pela oitava vez o mesmo pergaminho, não minha mente não sai dele, me fazendo lembrar de suas palavras e seu olhar triste ao dize-las e ao me ouvir falar para que saísse. Merlin, o que faço? Será que não estou me enganado? Será mesmo possível que depois de tantas provocações, brigas, insultos, eu me encontro apaixonada por ele? Não é possível, que apenas um olhar e um beijo me fizeram balançar desse jeito?
A campainha acabou de tocar, não vou atender, quero ficar sozinha. Preciso pensar, apesar de já saber a resposta e pensar só vai me fazer ficar pior ainda. De novo a campainha tocou, quem será a pessoa irritante que visita alguém em pleno dia 26 de Dezembro? Melhor atender antes que a pessoa se mate de tanto tocar a campainha.
-Severus? – minha nossa, cadê o ar daqui? Calma, preciso sentar, ele está me olhando do mesmo jeito que estava ontem e isso não está me ajudando de jeito algum.
-Posso entrar? – perguntou em um tom muito baixo, talvez esteja evitando deixar sua voz transparecer o que os olhos já estão fazendo. Dei passagem e ele entrou, vi ele indo na direção da sala e antes de segui-lo preciso recuperar o ar e a firmeza nas pernas.
-O que foi? – perguntei me sentando ao seu lado e ele olhava para as mãos, como que se estivesse escolhendo bem as palavras antes de deixa-las sair pela boca.
-Não pensei que minhas palavras pudessem lhe ferir tanto. – eu o olho, mas ele insiste em olhar para as mãos. Preciso que ele me olhe nos olhos para que eu possa dizer o que eu quero, levanto minha mão devagar e o puxou de leve pelo queixo para que me olhe.
-Não foi sua culpa. Aconteceu. E eu entendo. Me desculpe por meu comportamento. – disse isso muito rápido e agora preciso de ar outra vez, vamos lá, ainda tem uma outra coisa que quero deixar claro para ele, antes de começar a correr para me esconder em meu quarto e chorar outra vez – Entendo que já não me queira, afinal se eu fosse você também não iria querer uma mulher como eu, que... – mas ele não me deixou terminar, colocou os dedos em minha boca me calando e dando um leve suspiro. O toque de sua pele contra a minha me enviou arrepios pela espinha e os pelos de meu braço também se arrepiaram.
-Não fale essas coisas. Eu... te... quero... – Merlin, ouvi isso mesmo? Ele ainda me quer? Sua voz saiu tão tremida e baixa que receio ter imaginado aquelas últimas palavras. Meus olhos estão se enchendo de lágrimas outra vez e não posso impedi-las de sair, agora choro sem me importar com o que ele possa pensar. Sua mão pega a minha e me puxa para perto, me dando um beijo terno como o de ontem. Minha barriga começa a dar sinal, e não tem sinal mais claro do que esse, sim, estou apaixonada. Merlin, estou apaixonada por Severus Snape.
Ele continua a me beijar de forma carinhosa, me deitando no sofá enquanto uma de suas mãos acaricia minha barriga por debaixo do moletom. Pronto, estou entregue, ele explora meu corpo devagar e com calma, aproveitando cada suspiro que eu dou e cada gemido sufocado que ele dá. Não, isso não está certo, não quero que isso aconteça aqui. Me separo dele bem devagar e o pego pela mão, lhe puxando em direção das escadas. Subimos nos olhando nos olhos, já que estou subindo de costas e bem devagar pois não quero cair.
Meu corpo está debaixo do dele e ele se ajoelha em minha frente levantando de leve minhas pernas para tirar minha calça, ele leva seus lábios e faz uma trilha de beijos até minha coxa, eu me ajoelho em sua frente e começo a desabotoar sua camisa preta que entra em contraste com sua pele clara, nunca quebrando o contato de nossos olhos. Chego ao último botão e passando a mão pela pele dele descendo sua camisa pelos braços, ele tira minha blusa de moletom e me olha por inteiro, mas seu olhar agora é diferente, um olhar não somente de desejo, mas também de carinho, de cumplicidade. O faço deitar e agora começo a lhe tirar a calça, o deixando somente de cueca. Minha vez de olhar, nossa, tem um belo corpo, forte, firme com músculos fortes espalhados por uma pele clara, por toda parte. Em seu peito vejo cicatrizes espalhadas, de leve me inclino e agora ouço ele suspirando enquanto encosto meus lábios nelas, quero fazer com que esqueça toda a dor, todo o sofrimento que teve de passar para que pudesse chegar até esse momento.
Suas mãos me puxam e ele me beija outra vez, virando a situação se colocando por cima de mim, seus lábios descem por meu pescoço e chegam até meus seios. De leve suas mãos tiram meu sutiã e vejo ele olhar meus seios como que admirando para logo depois começar a beija-los e mordisca-los. Sou obrigada a dizer que nunca, nunca me fizeram sentir tanto prazer antes, talvez porque dessa vez eu esteja com alguém que eu goste e ele goste de mim, um sentimento verdadeiro. Ele se ajoelha outra vez tirando devagar minha calcinha enquanto me olha mostrando cada segundo de desejo que sente.
Com certa dificuldade lhe ajudo a tirar sua cueca e ele deita outra vez sobre meu corpo, me fazendo gemer quando nossos corpos se tocam pela primeira vez. O beijo para que ele relaxe já que sinto seus músculos tensos, ele relaxa e eu de leve abro minhas pernas para que ele se poste ali. Ele separa seus lábios dos meus e me olha dentro dos olhos como nenhuma pessoa jamais havia feito, vendo talvez minha alma e eu posso ver a dele. Devagar o sinto entrando em mim, e dessa vez não faço protesto algum, ele me invade com puro consentimento, Deus, o gemido que ele me deu foi incrível, me demonstra quanto tempo ele não tem esse tipo de prazer. Ele se move lentamente entrando em mim e já não posso mais me agüentar, queria segurar meus gemidos mas ele me faz querer gemer alto e em bom som.
Sim, ele está por inteiro dentro de mim e começa a se mexer devagar, me fazendo mexer meu quadril para segui-lo, enquanto sinto seu corpo deitar outra vez sobre o meu minhas mãos lhe puxam pela nuca lhe dando um beijo carinhoso e desejado ao mesmo tempo. Ele se separa e se sustenta nos braços me olhando o rosto todo, vejo seu olhar analisar cada reação que ele me causa entrando e saindo de mim devagar, seu olhar se prende no meu e o vejo fechar os olhos quando o ritmo de seu quadril aumenta pouco, para depois voltar a ser bem devagar, me deixando louca. Dessa vem quem fecha os olhos sou eu e quando os abri vi que ele sorria, e tratei de lhe devolver o sorriso. O corpo dele acabou de tremer e acho que é um aviso que não demora a chegar no clímax, Merlin é testemunha que eu estou quase lá, mas alguns movimentos do quadril dele e tenho certeza que perco o ar de vez.
-Será minha? – perguntou em meu ouvido depois de ter gemido alguns segundos ali. Tentei fazer com que me olhasse mas foi em vão, ele é bem mais forte que eu e estou arfando quase chegando no clímax e a única palavra que consigo dizer sai ainda baixa e falhada.
-Sim. – e sinto uma explosão percorrer meu corpo ao mesmo que o vejo contorcer o rosto em prazer e ele estremece junto comigo em um orgasmo inesquecível. Meu corpo agora relaxa e deixo meus braços caírem ao lado de meu corpo, enquanto ele rola para meu lado, me olhando com um sorriso bobo. Devolvi com o mesmo sorriso e ele agora me puxa para que possamos ficar abraçados, o sinto suado mesmo que não tenhamos feito força alguma, eu sinto que esse suor não é de esforço e sim de prazer. Seus olhos estão mudados, algo novo se acrescenta neles, algo intrigante. Repouso minha cabeça em seu peito e ouço seu coração bater rápido, coloco a mão em meu peito e sinto o meu bater igual. Afundo ainda mais minha cabeça em seu peito e ele aperta meu corpo nu contra o corpo nu dele e puxa uma coberta nos cobrindo até a cintura. Ouço ele bocejar e o olho, até seu olhar me sorria agora. Merlin, como passei todo esse tempo sem ter aqueles olhos só para mim?
-Pode ficar? – pergunto me aproximando para lhe dar um beijo e depois escuto a resposta.
-Posso. – respondeu me puxando para um longo beijo. Nos separamos e ele me abraça outra vez, e eu afundo meu rosto em seu peito, o ouvindo bocejar outra vez. Meus olhos agora estão ficando pesados e receio que não é só o meu, melhor dormirmos e gravar isso em minha memória.
Nem sei se quero abrir os olhos, porque tenho medo que possa ter sido tudo um sonho e eu não o veja deitado ao meu lado. Devagar abro meus olhos e me sento rápido, Merlin, foi tudo um sonho? Ele não está aqui, somente um pergaminho dobrado está aqui, pelo menos me indica que ele esteve aqui. Estou com medo de abrir e ver algo que vá me fazer chorar ou ficar extremamente magoada.
“Hermione
Não sabe como me dói ter que te deixar, mas preciso voltar.
Amor, S.S.”
Não tem como evitar esse sorriso idiota aparecer em meus lábios, puxa já é noite? Caraca, dormi o dia inteiro. Pouco me importo, tenho certeza que esse natal foi o melhor.
Pronto, agora já contei meu natal, contei como aconteceu tudo e posso voltar para meu serviço. Não, ainda não sei aonde ele está e sinceramente acho que foi somente aquilo entre nós, mesmo que eu ainda esteja totalmente abalada por ele. Pois é, a poderosa Hermione Granger está gostando de alguém, somente uma pena que essa pessoa não queira ficar comigo, mas valeu a pena ter sentido tudo isso e ter deixado ele ver, mesmo que eu não tenha dito em palavras, tenho certeza que demonstrei tudo o que sentia. Me sinto bem porque sei que faz muito tempo desde que alguém tenha lhe dirigido algum sentimento daquele, e fico feliz que tenha sido eu, mesmo que seja para só ficar na memória e agora nesse pergaminho.
Merda, onde vou guardar esse pergaminho sem que alguém possa acha-lo? Merda, a campainha tinha que tocar agora?
-Severus?
FIM
Comentários (2)
Eu nunca canso de reler sua fic. Sempre que chega a época do natal, é a primeira lembrança que me vem na mente, e como você conseguiu transformar uma fic que tinha tudo para ser porn do início ao fim, fazendo ela terminar com um romance tão lindo entre nosso sevie e a mione. Parabéns novamente, e até o próximo natal ☺
2015-12-19Que fofis! Ameeeei menina! Achei a fic perfeita! Nossa salvei até nos favoritos pra reler sempre! Ameeeei!
2013-12-19