Explosão de magia em ST. Mungu
A pessoa que entrasse naquele quarto de hospital veria que uma grande tristeza e angústia acometiam os ali presentes.
No canto esquerdo do quarto, havia um criado mudo muito bem ornamentado, com um vaso contendo muitas flores bonitas; em frente à porta, do lado esquerdo do quarto, havia uma grande janela que no momento estava com as cortinas fechadas; ao lado direito da janela se encontrava uma porta de mogno muito bem trabalhada, com uma placa em que se lia “banheiro”; na parede do lado direito a porta de entrada encontrava-se, além de um guarda-roupa branco com adornos em dourado e um espelho na porta, um sofá de três e dois lugares, um do lado esquerdo e outro do lado direito respectivamente. No sofá de dois lugares, se encontravam os gêmeos Fred e Jorge Weasley, conversando sobre o que teria acontecido com Harry; no outro sofá, estavam: Alastor Moody, trajando suas costumeiras vestes bruxas com sua capa lhe tapando a perna defeituosa, Arthur Weasley estava com sapatos marrons, uma calça preta com um cinto de couro, uma camisa branca por dentro da calça e um colete cinza por cima, e sua esposa, Molly Weasley, que estava com os olhos muito vermelhos e inchados de tanto chorar a noite inteira; usava uma saia que ia até suas canelas e uma blusa de frio; o sobretudo verde do marido estava por cima dela para protegê-la do frio. Ao lado da janela se encontrava uma garota com longos cabelos castanhos que começavam lisos e iam ondulando até a cintura. Estava com uma blusa que emoldurava seu corpo, deixando à mostra que não era mais aquela menininha de antes, e sim, uma mulher. Vestia uma calça jeans azul, com diversos bolsos e bem agarrada às pernas, deixando suas curvas à mostra, que eram capazes de tirar qualquer homem de sua razão; calçava uma sandália simples, que deixava a mostra seus delicados pés. Hermione Granger ainda derrubava algumas lágrimas e soluçava baixinho, abraçada a um rapaz ruivo do seu lado. Ele usava um tênis allstar preto, seguido de uma calça preta. Estava com uma camisa branca de manga cumprida, e por cima desta, uma camisa laranja com os dizeres “Chudley Cannons” no peito, e abaixo, os jogadores uma foto onde mostrava todos os jogadores acenando, e por cima, uma jaqueta de couro de dragão; presente dos gêmeos. Sem dúvida Ronal Weasley não era mais aquele garoto “torto” que tinha crescido desproporcionalmente durante os anos. Estava com um físico invejável devido aos anos de quadribol, e os cabelos começavam a descer para os olhos, dando-lhe um aspecto rebelde. Rony estava muito preocupado com seu amigo; ninguém tinha contado o que tinha acontecido.
_____________________________FLASHBACK_______________________________
Os garotos estavam ali pela enorme coincidência de estar no lugar certo, na hora certa. O senhor Weasley simplesmente tinha entrado em casa muito ofegante, e dito sem nem ao menos olhar para a mulher que Harry tinha sido atacado e era para ela se arrumar para irem ao ST. Mungus, enquanto ele iría deixar uma carta para os filhos avisando aonde eles tinham ido e que pela manhã estariam de volta. Passado alguns segundos de silêncio, ele procurou os olhos da esposa para saber porque ela não tinha falado nada, e foi aí que se deu conta de que eles não eram os únicos na cozinha. Além de sua mulher, estavam Rony e Gina, e um tempo depois os gêmeos tinham descido para saber o porque de um falatório tão alto àquela hora da noite. Sem tempo para desperdiçar, ele avisou que Harry estava internado em estado grave e que ele e a esposa iam para o hospital imediatamente, enquanto os garotos deveriam cuidar de Gina e da casa. A primeira a manifestar sua reprovação a idéia tinha sido a caçula, seguida de perto por Rony e os gêmeos; sem tempo para discussão, o senhor Weasley mandou todos se arrumarem que estavam esperando por ele no hospital; Rony, antes de sair, mandou uma coruja para Hermione, e em menos de cinco minutos, os Weasley já estavam ao lado da cama de Harry, e alguns minutos depois Hermione se juntara a eles.
_________________________FIM DO FLASHBACK_____________________________
Rony foi despertado das suas lembranças por causa de um estremecer no corpo de Hermione; o ruivo prontamente retirou sua jaqueta e depositou sobre os ombros da garota. Esta no mesmo instante parou de tremer; ela murmurou um ‘obrigada’ e se aninhou ainda mais no peito do ruivo.
Em frente ao guarda roupa, estava uma cama com lençóis brancos e um ocupante que parecia não gozar de boa saúde. Estava branco como um fantasma, vestindo uma camisola branca de hospital; sua varinha e seu óculos se encontravam sobre uma mesa de cabeceira do lado esquerdo da cama. Do lado direito, sentada desconfortavelmente em uma cadeira marrom, estava Gina Weasley. Estava com seus cabelos anormalmente vermelhos que lhe caíam até o meio das costas; usava uma calça jeans bem surrada com uma blusa de lã com gola alta de cor bege, e calçava apenas chinelos. A ruiva estava simples, porém estonteante.
A ruiva estava segurando a mão de Harry com uma de suas mãos, enquanto a outra fazia carinhos no rosto do moreno.
No desenrolar desta cena, Harry começa a murmurar algumas palavras baixas e sem sentido, seguidos de tremores pelo corpo todo. Gina se assusta com a mudança súbita de estado do rapaz e na mesma hora se levanta e tenta conter os tremores colocando as mãos no peito do moreno pressionado-o contra a cama. Vendo toda a movimentação da filha, a senhora Weasley olhou para a cama, pensando que a filha tinha enlouquecido e estava chacoalhando Harry a fim de tentar fazê-lo acordar; quando olhou mais atentamente, foi que viu que o rapaz estava tremendo muito, e imediatamente, se levantou indo em direção a cama. Todos ficaram encarando a matriarca da família Weasley e só se deram conta do que estava acontecendo quando ela chegou perto da cama de Harry. Como se fossem um, todos deram um salto em direção à cama do jovem. Ninguém sabia o que fazer para ajudar; Moody foi o primeiro a tentar algo: ele colocou as duas mãos nos ombros do rapaz até que ele parasse de se mecher. Por alguns instantes, pareceu dar certo, e Gina se prontificou a ir chamar a medi-bruxa responsável. Assim que a porta se fechou, Moody sentiu como se uma descarga de energia muito poderosa percorresse seu corpo e foi arremessado na janela, que graças a Merlin era enfeitiçada, caso contrário o ex-professor de DCAT poderia dizer adeus a este mundo; o corpo de Harry voltou a tremer, só que desta vez mais compulsivamente; ao mesmo tempo, sua cicatriz ficou em brasa e um filete de sangue poderia ser visto escorrendo testa à baixo. A iluminação começou a falhar, e uma aura vermelha azulada começou a se desprender do corpo do rapaz, fazendo a porta do armário abrir e fechar com enorme violência; o jarro de flores saiu voando, e se não fosse pelos reflexos de Rony, Hermione estaria em uma situação delicada, tendo em vista que o vaso fez o vidro da janela trincar! As pessoas no quarto foram arremessadas contra a parede, fazendo-as soltarem gritos de dor. Neste momento, dois bruxos com os brasões “AMM” estampado no peito entraram no quarto prontos para estuporarem algum intruso que tenha passado por eles sem que tivessem percebido, quando foram acertados diretamente no peito por um raio vermelho, fazendo-os voarem de encontro com a parede do corredor, caindo no chão desacordados.
Agora com a porta aberta, todos no corredor eram capazes de sentir o poder mágico que vinha do quarto, que só tendia a crescer. Harry estava com uma cara de pura agonia misturada a um sinal de estar fazendo grande esforço para se livrar de alguma coisa. Como se não agüentasse mais, deu um urro, que fez o prédio inteiro estremecer: - SUMA DA MINHA MENTE – e assim, uma explosão de energia foi expelida de seu corpo, agora fazendo com que os bancos do corredor voassem. As pessoas saíram correndo , apavoradas; as portas dos quartos abriam e fechavam com tal violência que algumas chegaram a se desprender do batente e voavam sem direção; em algumas ocasiões se espatifando uma contra as outras, ou contra o próprio teto, enquanto em outras, sendo destruídas por feitiços que vinham de um bruxo moreno enfaixado em certas partes do corpo, seguido por uma ruivinha que vinha em seu encalço, não podendo ajudá-lo por ser menor de idade, e ter deixado sua varinha em casa, na pressa de se arrumar.
Ao chegarem em frente ao quarto de onde vinha tamanho poder, eles se depararam com todos os móveis e objetos do lugar completamente destruídos; as pessoas que estavam no quarto sumiram e havia uma forte aura azul envolvendo a parede e a porta do banheiro. Imediatamente o bruxo de pele morena apontou sua varinha para Harry e disse:
- PELO SANGUE QUE CORRE EM MINHAS VEIAS, EU ATIVO A PROTEÇÃO DEIXADA POR ALVO PERCIVAL WULFRICO BRIAN DUMBLEDORE B...
Mas neste instante, um punho de energia acertou-lhe o estômago, fazendo-o desfalecer, e embebedando suas bandagens em sangue na altura do abdômen e peito.
Gina não sabia o que estava acontecendo com Harry e nem tinha entendido direito o que o homem falara, só o que conseguiu distinguir, foram as palavras - ‘sangue’ e ‘proteção’, além de um nome que fez seu coração apertar, e uma lágrima formar-se em seu olho: “Alvo Dumbledore”. Não entendia o significado daquelas palavras e o que o maior mago da atualidade teria a ver com isso, mas sabia que fosse o que fosse, tinha feito a enorme onda de poder se extinguir, deixando apenas uma leve aura em volta do moreno de olhos verdes, fazendo-o flutuar a poucos centímetros da cama. Gina sentiu algo vibrar dentro dela e num impulso, correu até Harry e o abraçou bem forte com todo o amor que possuía, fazendo a aura se extinguir por completo, deixando o “menino que sobreviveu” envolto pelos braços de quem mais amava neste mundo, tendo apenas pequenos tremores. Ela retirou de seu bolso um lenço branco com suas iniciais gravadas em finos fios de ouro e passou o lenço delicadamente pela cicatriz do moreno, limpando o pouco de sangue que restava em sua testa, fazendo o corpo do moreno voltar por completo para a cama; em seguida, deslizou um dos seus dedos pela cicatriz, beijando-a a seguir.
O corpo do moreno relaxou por completo, e no momento que Gina se afastava, sentiu uma mão se entrelaçando à sua; se não reconhecesse a maciez daquela pele, o jeito do toque, teria tomado um susto. Quando encarou o rosto de Harry, diante daqueles olhos verdes, sentiu-se viva, alegre, preenchida por um sentimento muito bom e reconfortante. Quanto tempo ficaram se encarando? Quem sabe, talvez uma eternidade, e ainda assim seria pouco para dizerem como se sentiam em relação ao outro naquele momento. Não foi preciso palavras para transmitir o desejo dos dois naquele instante; sem perder o contato visual, Gina se sentou na cama e curvou-se para frente, enquanto Harry se ajeitava na cama, de modo que pudesse enlaçá-la pela cintura, e sem esperar mais um segundo, sem perceber o que estava acontecendo, o lábio dos dois se selaram, em um beijo ansiado pelos dois. No momento seguinte, uma aura branca os envolveu, e foi crescendo gradativamente, até que preencheu o quarto inteiro; os objetos foram para seu devido lugar. Os sofás, que tinham sido completamente destruídos, ficaram como novos, e foram para seus respectivos lugares; o guarda-roupa que tinha sido estilhaçado, voltou a ficar inteiro e voltou flutuando para ocupar seu lugar na parede entre os dois sofás. E assim foi acontecendo com o criado mudo, a mesa de cabeceira, a janela e tudo mais naquele quarto voltou a ficar inteiro. E este misterioso acontecimento não parou por aí; a aura começou a se expandir para fora do corredor, e fazendo pouco à pouco, as coisas voltarem a seus lugares, assim como no quarto onde o estranho fenômeno teve início.
Todos que estavam no banheiro saíram quando sentiram aquela energia boa invadindo seus corpos. Conforme saíam, um a um, ficavam atônitos com a cena que se desenrolava em suas presenças: Harry e Gina ali, se beijando como se fosse a coisa mais normal um adolescente entre a vida e a morte destruir um hospital inconscientemente, e quando o tremor acaba, ele é pego beijando a “caçulinha” dos Weasley. O momento era mágico e ficou ainda mais bonito com o despontar dos primeiros raios de sol que adentravam o quarto naquele momento, deixando a aura em volta deles com um leve tom dourado. Quando Fred, Jorge e Rony abriram a boca para falar alguma coisa, foram impedidos pela senhora Weasley e Hermione. A cena era muito bonita e pura para ser interrompida, e todos perceberam de onde vinha aquela energia maravilhosa; ficaram ali, olhando, até que uma voz desconhecida disse:
- Quer dizer então que é verdade! Os Potter se perdem em uma ruiva! Haha!
Harry e Gina se separam na hora; a ruiva estava mais vermelha que seus cabelos, e Harry amaldiçoava mentalmente o ser maldito que o interrompera justo naquele momento tão bom.
Todos os que estavam na à porta do banheiro, foram ‘despertados’ do transe pela voz desconhecida, e a Sr.ª Weasley foi a primeira a se pronunciar:
- Eu poderia saber quem é o senhor? Caso não tenha reparado, este quarto é um quarto reservado. E não acho prudente um homem com machucados tão sérios e trajando apenas camisola ficar perambulando por aí. –terminou a senhora Weasley, tentando manter-se calma, mas deixando transparecer uma certa frieza em sua voz.
- Molly, minha querida. Não fale assim com o Paolo, afinal ele...
- Sou um velho conhecido de Dumbledore, e acabei de ingressar na Ordem da Fênix por um pedido de Alvo Dumbledore. –completou Paolo, dando um olhar de silêncio para o Sr° Weasley que ninguém mais notou.
Sinto se estou me intrometendo, mas diante do relato da senhorita Weasley à medi-bruxa, eu precisava ver o que estava acontecendo e se poderia ajudar.
Diante dos olhares indagadores de todos, ele completou:
- Quando vossa filha foi procurar a medi-bruxa responsável, a mesma se encontrava em meu quarto, e quando começou a agitação, eu e... e recuperando seu tom zombeteiro, incorporado a um malicioso, continuou – a futura senhora Potter viemos ver o que estava acontecendo.
Neste momento, Gina ficou mais vermelha do que já estava, e Harry desejou voltar a ficar inconsciente, de preferência permanentemente.
Lancei um feitiço escudo em sua filha para que ela não fosse atingida ou afetada de algum modo pela energia que se espalhou pelos corredores, e quando cheguei, fui acertado e cai desmaiado. Acordei somente agora com a nova energia que se instalou aqui, e pelo jeito, já sei o porque. –terminou, gargalhando.
Harry, que parmanecia calado, resolveu se pronunciar:
- Espere um momento. Antes de qualquer coisa, como o professor Dumbledore te pediu este favor? Afinal, caso não saiba, ele não está mais entre nós. –ao dizer isso, ficou visível lágrimas surgirem nas íris anormalmente verdes do moreno; mas este, demonstrando uma enorme maturidade, continuou, com voz firme – E para encerrar, que aura é esta que você está falando?
Antes de Paolo responder, uma voz grave foi ouvida, seguida de uma cabeleira amarela, que lembrava a juba de um leão:
- E não é isso que todos queremos saber Potter?
Rufus Scrimgour acabava de adentrar o quarto, ladeado de oito bruxos com os emblemas “AMM” no peito.
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Bem pessoal, esta aí como premetido. Desculpe atualizar tão tarde, mas sabem como é época de vestibular...
Espero que gostem do capítulo na íntegra, e digam se gostaram
Já estou trabalhando no 4º capítulo, e espero que até semana que vem ele já esteja no ar.
Valew!!!
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