A carta inesperada!
Não tem ação nem nada revelador, mas, bem, a vida não é adrenalina 24 horas por dia, não é mesmo!... rs
E lá estava ele mais uma vez. Se já não estivesse estado naquele lugar nessas circunstâncias com certeza acharia que estava sonhando. Uma bonita mesa de madeira com vários objetos estranhos que ele nem desconfiava pra que serviam; uma cadeira de espaldar reto por trás da mesa, muito bonita também. No fundo da sala estantes com diversos livros de vários tamanhos e espessura. A sala também era cercada por muitos quadros de pessoas, que outrora, foram muito importantes para aquele lugar. Do lado esquerdo da mesa havia um poleiro para aves, mas no momento estava vazio. Um pouco atrás do poleiro havia uma escada, e foi por ela que um senhor de longas barbas brancas, usando óculos de meia-lua e com intensos olhos azuis entrou na sala.
- Olá Harry! Cumprimentou Dumbledore sentado em sua cadeira.
- Olá professor Dumbledore, não sabia que viria me visitar hoje! O senhor tinha dito que só pode fazer isso mais algumas vezes. Disse Harry, sentando na cadeira conjurada pelo professor.
- Vejo que não te assusto mais com minha aparição! Mas, eu não podia deixar de vir, afinal, você se saiu muito bem hoje!
- Obrigado professor. Mas se não fosse pelas nossas conversas e pelo o que o senhor disse ontem, creio que não teria me dado tão bem.
- Não diga isso Harry. Com certeza você teria se dado bem, apenas teria se alterado, disse Dumbledore com um sorriso bondoso no rosto.
- Isso é verdade. Disse Harry dando uma risada fraca. Mas mesmo assim, tive que me segurar muito para não pular da cama e azarar o ministro aquele hora. Fora que já estou sem paciência para esperar respostas... Por que o senhor mesmo não me dá? Disse Harry, um pouco agressivo.
- Harry, paciência é uma virtude, mas, pelo visto, não uma de suas. Disse Dumbledore dando um sorrisinho. Não posso lhe contar muito, afinal, eu tive que refinar o que gostaria de trazer para este plano, eu já te disse isso. E mesmo que pudesse, não seria muito sensato eu lhe dizer isto deste modo. Você deve estar acordado e perto de quem lhe dá forças. Como já disse, você não saberá tudo de uma vez. As instruções que dei ao Paolo foram bem claras. E mesmo assim, nem ele sabe de tudo, mas pode ter certeza de que quando chegar à hora, as respostas que vocês não têm serão trazidas.
- Sabe professor, não sei por que de tanto mistério. Por que o senhor não me disse tudo quando ainda estava vivo? Por quê? Neste momento, lágrimas apareceram nos olhos do moreno.
- Ah Harry, eu não podia. Ainda não era o momento eu já lhe disse isso. Além do mais, será bem melhor que você fique sabendo agora. Você já sabe o que vai enfrentar e porque irá enfrentar; será mais fácil entender o que lhe for mostrado, alem de ser mais fácil aceitá-lo. Pode ter certeza que Paolo é uma ótima pessoa e terá muito a lhe ensinar e lhe mostrar. Você deve se desenvolver Harry, deve ter capacidade máxima de seus poderes. Paolo é a pessoa certa para isto; eu mesmo o treinei, e sei do que ele é capaz. Mas chega de falar disso parece que você tem visitas, e elas trazem ótimas noticias. Até mais meu garoto, e lembre-se: nunca faça perguntas a Paolo perto de outras pessoas.
E então, assim como do nada ele apareceu na sala, a mesma desapareceu, e ele começou a ouvir vozes.
- Falem baixo ou vocês vão acordá-lo.
- Mas Gina, já são uma e meia da tarde. O cara já deveria ter acordado faz um tempão.
- Rony, seu insensível, o Harry sofreu um ataque de dez comensais. Apesar de já ter se recuperado fisicamente, vai se saber o que aconteceu com ele. Talvez ele ainda precise descansar mais.
- Ah Hermione, vai dizer que você não quer que ele acorde logo e vá lá pra Toca?
- Claro que eu quero que ele vá, mas não é por isso que vou ficar em cima dele oras. Para de pensar só em você e pensa um pouco no seu amigo.
- Desculpa ai senhorita toda certinha. Mas que eu me lembre, não foi eu que ontem, quando Harry corria o risco de ser levado para interrogatório, ficou tentando ler um pergaminho confidencial, até levar um corte do Paolo.
- Rony, seu...
- Será que vocês não param de brigar um minuto que seja? Sabem, vocês poderiam fazer coisa melhor ao invés de brigar.
Harry já tinha se cansado; ficou ouvindo a discussão dos amigos e não estava acreditando que continuavam os mesmos. Não podem ficar cinco minutos juntos em um lugar que já começam a brigar. Ouviu pacientemente, afinal, ele não queria se intrometer na briga deles, eles sempre se acertavam sozinhos, mas quando notou que as coisas poderiam piorar, resolveu se fazer presente.
- Harry!
Hermione deu um gritinho de alívio por ter um motivo para parar de discutir com aquele legume, e também de felicidade por ver que seu amigo tinha acordado! Foi correndo e deu um forte abraço no amigo, sendo correspondida de forma carinhosa por Harry
- Poxa Mione, se continuar com esses abraços, vai estar igual à senhora Weasley daqui a pouco.
Hermione ficou um pouco vermelha, mas deu um sorriso em direção ao amigo, que continuava com um sorriso no rosto.
- E ai amigo, como você está? Disse Rony indo até a cama do amigo para cumprimentá-lo.
- Estou bem, espero que tenham vindo me buscar. Não agüento mais esta cama de hospital.
- Não se preocupe, a curandeira disse que você sai hoje. Só falta fazer alguns exames para se certificarem que está tudo bem.
- Espero que sim Gina. É realmente frustrante ficar deitado em uma cama sem nada para fazer.
Gina deu um sorrisinho para Harry e saiu dizendo que iria avisar a mãe e a medibruxa que o Harry já tinha acordado.
- Pode perguntar Hermione, eu sei que você quer me perguntar alguma coisa.
Hermione foi pega de surpresa; ela estava olhando para Harry enquanto ele cumprimentava Rony e Gina. Ela com certeza tinha algumas perguntas para fazer ao moreno, mas não contava que ele teria percebido.
- Não é nada Harry. Agente conversa outra hora.
- Não há problema nenhum em perguntar agora Mione. Afinal, daqui eu vou direto para a casa dos Dursley, e com certeza você não vai dormir se ficar com essas dúvidas na sua cabeça até nos encontrarmos novamente. Harry disse isso tudo de forma calma e com um sorriso divertido no rosto.
- Bem Harry, eu gostaria de saber do que o Paolo estava falando ontem. Como assim ele é seu parente? E quem ele é?
- Ah Mione, infelizmente eu não sei. Ainda não tive tempo de conversar com ele, mas posso dizer uma coisa: ele também sabe sobre o quebra-cabeça!
Rony olhou Harry como se ele fosse louco; que quebra cabeça? Rony pensava que talvez devesse pedir para um medibruxo examinar Harry mais atentamente. Já Hermione, como era de se esperar, entendeu no mesmo instante o que o amigo quis dizer, e a sua cara mostrava toda a sua surpresa com aquilo! Porém, o trio não pode conversar sobre mais nada, pois naquele momento, Gina entrava no quarto acompanhada de sua mãe e da medibruxa!
Ao entrar no quarto, a primeira coisa que Molly fez ao avistar o garoto foi lhe dar um forte abraço, e dizer que estava muito feliz, pois finalmente ele poderia sair dali.
- Não nos precipitemos Srª. Weasley. Ainda tenho que fazer alguns exames para ter certeza! Aquele jeito de falar e a postura da medibruxa lembraram muito o jeito da professora McGonagall, pensou Harry.
Após ter dito isso, a medibruxa começou a agitar a varinha e vários raios ficaram circulando o corpo de Harry; depois de quase cinco minutos, os raios se dirigiram para um pergaminho na mão da medibruxa, e esta começou a ler o que estava escrito:
- Ossos: inteiros;
Quantidade de Sangue: normal;
Hematomas: nenhum;
Probabilidade de possíveis reações às poções ministradas: 5%;
Infecções: nenhuma;
Hermione estava maravilhada com aquilo tudo; nunca tinha pensado seriamente em qual seria sua profissão quando terminasse Hogwarts; pensara em continuar com o F.A.L.E., lógico, mas isto não era uma profissão, estava mais para uma luta por justiça, por direitos iguais. Mas, vendo como os pacientes eram tratados, o modo como as coisas eram feitas, a satisfação no rosto dos curandeiros quando conseguiam recuperar um paciente, tudo isso contagiava Hermione; claro que havia o lado negativo também, mas nada se equiparava ao desejo dela de salvar vidas; ela teve muito tempo para ver o “mundo” dos medibruxos e curandeiros durante estes dias de visita a Harry, e por isso, ela tomou a decisão de que assim que possível, entraria para a medibruxaria. Hermione estava divagando em seu “futuro” quando a pausa da medibruxa lhe trouxe de volta para o quarto do hospital.
- Nível de magia: ...
Todos no quarto prenderam a respiração com a pausa da médica; não era possível que aqueles exames dariam motivos para Rufus Scrimgeour voltar a amolar o Harry. Se aquele exame mostrasse que o nível de magia estivesse muito alto, seria uma boa desculpa para o ministro voltar a importuná-lo. Hermione já estava quase perguntando o que tinha de estranho nos níveis de magia de seu amigo, quando a medibruxa se pronunciou:
- Abaixo do normal. Bem, ao que tudo indica senhor Potter, você deve ter gasto uma quantidade de magia excessiva contra seus atacantes. Apesar de seu corpo ter se recuperado muito rápido, parece que sua magia não conseguiu acompanhar sua regeneração física; mas não se preocupe, em duas ou três semanas você deve estar totalmente “carregado” novamente, e dando um breve sorriso para o rapaz, saiu da sala falando que iria cuidar dos papéis de alta do garoto.
- É amigo, parece que você não é tão forte quanto imaginamos hein? Disse Rony, de um modo brincalhão.
- Nem tudo é perfeito. Disse harry com um sorriso no rosto.
- Bem meninos, vamos deixar o Harry a sós pra ele se arrumar sim? Estaremos te esperando lá fora Harry querido. E dizendo isso, a senhora Weasley deixou algumas peças de roupa para Harry poder se trocar, saindo logo em seguida junto com seus filhos e Hermione.
Harry tinha muita coisa o que pensar! As informações que Dumbledore deu na primeira visita foram, por assim dizer, interessantes. Estava imensamente grato por Dumbledore ter lhe dito aquelas coisas, mas ainda não entendia como aquilo era possível; mesmo depois de morto, sua essência continuava “viva”, porém, apenas no mundo dos sonhos! Com certeza Dumbledore era um bruxo muito poderoso, ou, melhor dizendo, mago. Harry gostaria de contar com os conselhos do antigo mestre sempre que possível, mas o mesmo já dissera que só poderá “aparecer” de tempos em tempos. Bem, é como ele havia dito à Rony: nem tudo na vida é perfeito.
- Pronto querido? –Perguntou a senhoria Weasley, batendo na porta do quarto.
- Sim senhora, eu já estou pronto. Disse Harry abrindo a porta, totalmente vestido, com uma calça jeans e uma camisa laranja, um pouco grande para ele.
- Espero que não se importe de usar as roupas de Rony, querido!
- Claro que não senhora Weasley, não é incômodo nenhum. Quando eu for para sua casa eu devolvo Rony. Disse Harry ao amigo.
- Não esquenta parceiro. Só cuide bem da camiseta, afinal, ela é do capitão do time dos Chuddley’s.
Assim que verificaram que não havia nada mais a ser feito no quarto, foram se encaminhando para a recepção a fim de pegarem os papéis de alta e irem para A Toca. Porém, enquanto se encaminhavam para as escadas, Harry teve uma enorme vontade de conversar com Paolo, e assim, perguntou onde era o quarto do mesmo. A Sr.ª Weasley perguntou se Harry não poderia esperar para conversar com o Paolo quando ele saísse do hospital. Harry disse que infelizmente ele tinha que falar com Paolo o quanto antes, e que além do mais, não iria demorar muito. Após pensar um pouco, Molly decidiu que não haveria mal em Harry ir ver Paolo, afinal, ele o tirara de uma boa enrascada. Por fim, ela disse que tudo bem e que o estaria esperando na recepção junto com os outros. Após a concordância da senhora Weasley, Harry perguntou à Gina onde ficava o quarto do Paolo, e após a resposta de Gina, se encaminhou para lá com passos acelerados.
Ao chegar ao quarto indicado por Gina, ficou em frente à porta sem saber direito o que fazer. Na hora que teve a idéia, ela parecia bastante simples, e não via o porquê de não pedir para Paolo, mas agora, parado em frente ao quarto dele, parecia absurdo pedir aquilo para um estranho, mesmo que ele tivesse de alguma forma, o ajudado na casa dos Dursley. Ficou pensando no que fazer por uns bons cinco minutos, por fim, decidiu que era melhor fazer logo o que havia vindo fazer. Deu três batidas leves na porta e esperou ser chamado para entrar. Aguardou por dois minutos antes de bater novamente, só que um pouco mais forte. Movido pela curiosidade, Harry começou a abrir a porta bem lentamente; tomou um susto ao ver o corpo de Paolo sentado no chão com as pernas dobradas e os braços apoiados nas mesmas. Estava com uma expressão serena, apesar das bandagens vermelhas em volta de seu corpo, e o que mais espantou Harry foi um grande círculo de energia que envolvia o corpo de Paolo; Harry não saberia explicar, mas pode perceber que apesar da estranha áurea estar apenas circundando o corpo de Paolo, ela atacaria selvagemente aquele que ousasse lhe fazer algum mal. Harry começou a se aproximar cautelosamente para tentar evitar que voltasse para o quarto com alguns machucados sérios quando de repente, a aura foi “absorvida” pelo corpo do homem a sua frente e na mesma hora, o mesmo abriu os olhos.
- Olá Harry, não esperava vê-lo tão cedo; vejo que já teve alta, muito bom. Será que o beijo com certa ruiva é a causa disso? Disse Paolo, com o seu bom humor.
- Olá para você também Paolo. Harry não ficou vermelho nem envergonhado com a brincadeira de Paolo; o tempo passado na “Terra dos Sonhos” o estava mudando.
Pois é, a medibruxa me deu alta à pouco tempo; estou voltando para a casa dos Dursley agora, só passei aqui para...
- Me pedir que assim que você completar sua maior idade e saia de casa, seus tios não fiquem desprotegidos, pois com certeza Voldemort irá atrás dele para usarem-nos contra você... estou certo?
Harry estava abismado; Paolo tinha tirado palavra por palavra dos seus pensamentos. Ele iria pedir exatamente aquilo, e também iria pedir uma outra coisa, mas não estava muito certo se aquele seria a melhor hora.
- Bem sim, é isso mesmo. Mesmo não sendo bem tratado por eles a minha vida inteira, eles são o que sobrou da família da minha mãe, e além do mais, são inocentes nesta guerra toda.
- Muito bem Harry, sabia que não poderia esperar nada menos do que isso de você, sendo filho de quem é. Mas, não precisa se preocupar, a Ordem já tem um plano para seus tios. Enquanto você estava no hospital, as coisas já foram acertadas e seus tios estão em um local seguro; não estão mais na rua dos alfeneiros.
- Como assim? Eu não vou para lá?
Harry não estava entendendo nada. A Ordem já tinha tomado conta da tia Petúnia, do tio Valter e de seu primo, Duda, mas se eles não estavam mais na casa, porque ele iria para lá? Por que ele não iria com os Weasley’s para A Toca?
- Bem Harry, como seu outro pedido era para eu treinar com você o quanto antes e lhe contar um pouco do que eu sei, eu achei que era bom fazermos isso longe dos outros, assim, você pode contar somente para as pessoas que você quiser e confiar. Portanto, pedi para retirarem seus tios e primo de sua casa a alguns dias já, mas somente poucas pessoas da Ordem sabe. Duvido que A Srª. Weasley deixe você ficar na sua casa com um “estranho”. Talvez, uma semana antes do seu aniversário o senhor Lupin se junte a nós. Enquanto estivermos na sua casa, não poderemos dar início ao treinamento, mas nada impede que possamos começar a tratar de alguns assuntos que você deve ficar a par e de você começar a ler livros realmente úteis.
Agora sim Harry estava chocado. Todo o plano que tinha em mente já tinha sido executado por aquele homem parado a sua frente, exatamente como ele próprio idealizara. Talvez, tirando a parte de Lupin e dele dois sozinhos, ou ele tendo que ler livros, mas no todo, era esse o plano dele.
- Bem Harry, infelizmente ainda demorará uns dois dias para eu receber alta, portanto, Tonks irá dormir com você, mas não poderá passar muito tempo lá, afinal ela tem suas obrigações como auror além de suas obrigações com a Ordem. Sei que pensava em se tornar auror quando terminar Hogwarts. Aproveite a experiência de Tonks e conheça um pouco mais sobre a carreira que quer seguir. Além do mais, aposto que ela terá muitas coisas para lhe ensinar nestes dois dias.
- Pelo visto, você já pensou em tudo não é mesmo?
- Bem, é isso que tenho que fazer. Uma brecha em um plano pode trazer muitas conseqüências ruins. Disse Paolo com a voz rouca.
Neste momento, Harry pode ver uma sombra passando os olhos de Paolo, e imaginou o que teria acontecido para aquele brilho de humor ter dado lugar para uma sombra tão negra.
- Acho melhor você ir andando Harry. Tem duas ruivas vindo para cá atrás do senhor; se eu fosse você, não as deixaria esperando. Até mais, e não apronte nada. E dizendo isso, com um pouco do bom humor de volta, Paolo foi em direção ao banheiro, fechando a porta atrás de si, no momento em que a porta do quarto era aberta pela Srª. Weasley.
- Harry? Tudo bem? Ficamos preocupadas com a sua demora, pensamos que tinha acontecido alguma coisa.
- Não aconteceu nada Srª. Weasley. Estava apenas conversando com Paolo.
- Que bom. Vamos então?
- Claro, vamos de uma vez.
Ele tinha que tomar um banho depois daquilo. Não gostava de relembrar o passado, muito menos do que aconteceu no passado. Ele fora treinado a criar barreiras para impedir que os sentimentos o afetassem. Qualquer descuido em uma missão pode colocar tudo a perder, e nada mais perigoso para se tirar a atenção, do que sentimentos que o levem a tomar decisões precipitadas. Ele já havia superado aquilo, não havia porque ficar relembrando aquilo; já era passado, não havia mais volta e ele tinha aprendido a superar aquilo muito bem. Talvez ele estivesse muito velho já; nem criar barreiras tão simples ele era capaz de conjurar novamente. Mas ainda tinha sua última missão, portanto, teria que deixar de se preocupar com o passado e começar a pensar no futuro.
Todos esses pensamentos passavam pela cabeça de Paolo enquanto ele deixava a água escorrer por seu corpo, tentando em vão, fazer com que ela levasse um pouco da dor que sentia agora. Ele tinha que se concentrar no agora, na batalha que enfrentariam; mas ele sabia que não seria tão fácil, que essa guerra traria muita dor para muitas pessoas, e teve certeza quando saiu do banheiro e viu um pergaminho preto em cima de sua escrivaninha. Ele sabia de quem se tratava aquela carta, mas tinha certeza que não gostaria de saber o que tinha dentro. Ficou um minuto pensando no que fazer, por fim, achou melhor ler a carta; apesar de saber que provavelmente ele estaria pedindo para poder vir para a Inglaterra. Ele já havia dito para seu irmão que o lugar dele era na Itália, para levar a “organização” adiante. Mas se esse fosse o pedido, ele nem se daria ao trabalho de responder; já havia conversado sobre isso com ele, e não voltaria atrás de sua decisão. Pegou a carta e começou a ler, porém, o conteúdo não era bem o que ele esperava. Aquela carta só poderia estar brincando com ele não era possível. A medida que ia se encaminhando para o final, sentiu que algo se agitava dentro dele; ele tinha que se acalmar, não poderia perder o controle agora, não em um hospital. Assim que terminou de ler a carta, deixou-a em cima da cama e se encaminhou para a janela. O dia lá fora parecia refletir os tempos que a Inglaterra estava enfrentando; havia um lindo sol querendo sair de trás das nuvens, mas uma frente chuvosa parecia querer inibir o resplandecer do sol. Ele não podia acreditar no que estava acontecendo. Seu irmão o havia traído, e isso era muito ruim, péssimo se ele fosse honesto, e o conteúdo da carta não lhe agradava nem um pouco:
Olá irmão!
Quando estiver lendo esta carta eu já não mais estarei na nossa querida Itália, mas sim, me dirigindo à Inglaterra . Mas não pense que estou indo por causa da guerra, pelo menos, não do lado que você espera. Os "Justiceiros" estão extintos. Eu e mais alguns membros que compartilham a mesma idéia estamos deixando o país e a organização para podermos lutar ao lado de Voldemort. Mas não se preocupe, como eu disse, a organização está extinta, e neste momento você deve estar se perguntando: como?
E eu lhe respondo... Matamos todos, todos os que não compartilhavam de nossas idéias, que eram contra o que eu penso. Você não deve estar acreditando não é verdade?, mas saiba que esta é a mais pura verdade. Não agüentava mais lutar e lutar sem nunca poder chegar ao fim. Você perdeu sua mulher, seus filhos, perdeu tudo, e para quê? Eu sei que não adianta pedir para você deixar o lado perdedor para se juntar a mim, portanto se prepare pois quando a guerra for a céu aberto, eu o procurarei no campo de batalha e mostrarei para todos que eu deveria ser o líder da organização e do clã. Ah, nem adianta vir até aqui para buscar as coisas; tudo o que me interessava estão em meu poder e como você bem já deve ter adivinhado, eu destruí o resto, não há mais nada. Ah, como agradecimento pelos anos em que você confiou em mim, eu vou lhe confiar um segredo: eu estou com o livro do antigo mago japonês, Orochimaru, e você deve saber o que isso significa, não é verdade? Se prepare, pois quando este livro chegar ao seu destino, a guerra estará decidida e você irá ver tudo pelo o qual lutou ruir, desabar, como se fosse um castelo de cartas!
Bem, vou ficando por aqui, espero que aprecie as notícias que lhe envio e tenha um bom dia!
Se isso realmente fosse verdade, ele teria que mudar totalmente os planos que ele havia traçado. Com a organização ruída, seus reforços já não existiam mais, fora que perdera pessoas com muitos conhecimentos, e muito importantes para ele. Ainda não podia acreditar no que estava acontecendo, sendo traído pelo próprio irmão, e ainda tinha o caso do livro, e dos objetos destruídos. Com certeza ele levara tudo o que pertencera ou estava relacionado à Slytherin. Bem, tudo o que poderia fazer no momento era torcer para que alguns combatentes tivessem escapado da chacina de seu irmão e que ele não houvesse encontrado tudo o que ele havia escondido.
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N/A: Pessoal, desculpe se há algum erro de português, ou alguma coisa, ams é que ainda não tive tempo de corrigir. Espero que tenham gostado do capítulo, e bem, mais personagens aparecem na trama, pelo menos, se fazem presente... hsuashua
Nos próximos capítulos, algumas coisas serão reveladas, eu espero... rs
Até o próximo!!!
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