Lembranças

“É um pesadelo, isso não pode estar acontecendo” era o que Harry sempre pensava quando aquelas lembranças atormentavam sua mente. Ele sempre se perguntava por que aquelas coisas horríveis estavam acontecendo. A única pessoa que ele pensava saber a resposta já não estava mais entre eles. Primeiro Cedrico, que foi morto por Rabicho. Não teve nem chances de se defender. Depois Sirius, ele não teve, sequer, uma morte digna, simplesmente desapareceu por trás daquele arco. O seu corpo desapareceu, e por esse motivo, também não foi enterrado e muito menos velado. Um ano depois, a única pessoa que lhe restara, Dumbledore, foi morto de uma forma cruel, traiçoeira e covarde por um homem em que ele supostamente confiava. Uma outra lembrança pairava sobre sua cabeça, as horcruxes que ainda não tinham sido descobertas. Harry ainda não tinha se decidido se voltaria à Hogwarts ou iria recomeçar sua vida em Godric’s Hollow. Além disso, Rony e Hermione só estavam piorando as coisas. Em suas cartas, ambos, diziam não haver novidades e sempre perguntavam o que Harry iria fazer agora. Mas o que ele realmente queria fazer era conseguir esquecer a dor que invadia seu coração e apenas deitar em sua cama para dormir, acordar e pensar que aquilo tudo não passara de um terrível pesadelo.
Harry não percebera que havia dormido encostado na janela. Acordou com tia Petúnia dando saltos de alegria: __ O que está acontecendo? - disse Harry de modo grosseiro. Estava muito chateado por terem-no acordado. Além disso, ele já não se importava mais em ser gentil com os Dursley, no dia seguinte ele faria 17 anos e completaria a maioridade no mundo dos bruxos. Tia Petúnia respondeu com indiferença:
__ Valter agora é o dono de sua empresa de brocas!
__ Pensei ser algo que possuísse real importância!
O dia passou tão rápido que Harry mal tinha percebido que já era noite. Quando estava quase adormecendo uma coisa no jardim dos Dursley chamou sua atenção.

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