Respostas e encaixes
- Você fez o serviço bem feito? – indagou a mulher de cabelos pretos escorridos. Sua voz seca e grossa ecoando pelas paredes da caverna enquanto o homem ao seu lado respondia prontamente: - Ao que tudo indica, sim.
__________________________________________________________________________________
A manhã havia sido frustrante para Harry e Hermione. Embora tivessem quase certeza de que o quartel general de aurores e os departamentos envolvidos soubessem tanto ou até menos do que eles, a confirmação disso não deixava de ser desapontadora para os dois.
O quarteto passou o resto da manhã discutindo prováveis teorias na suíte de Harry e Hermione, e até o meio dia eles não haviam considerado nada que pudesse ser significativo para as investigações.
- Tudo bem. – Hermione disse, massageando as temporãs. Aquilo estava a fazendo quebrar a cabeça. – O mais provável é que Jonathan Cage tenha roubado a lista sob o comando dos Lestrange.
Os outros três concordaram.
- Imperius, talvez? – indagou Thomas.
- Certamente. – complementou Harry. – Mas o ponto não é esse.
- O ponto é, porque diabos continha naquela lista?! – Hermione murmurou, como se vasculhasse cada canto de sua mente a procura de uma resposta.
- E o que os trouxas mortos misteriosamente têm a ver com isso. – complementou Harry, novamente.
Angelina parecia ter algo a colocar sobre o assunto, contudo, para a completa satisfação de Hermione, ela foi interrompida por uma batida na porta da suíte.
Estranhando, Harry levantou-se e constatou que um dos serviçais do hotel esperava atrás da porta.
Ele a abriu, e o homem lhe entregou um pequeno envelope, dando meia volta e se retirando logo em seguida.
Harry voltou a se sentar próximo as outros.
- Deixe-me ver! – disse Hermione, aproximando-se do amigo enquanto rezava para que fossem informações que os ajudassem na missão.
- Lupim... – disse ele, sem retirar os olhos da carta. – Quer nos encontrar em um pub próximo ao centro, daqui há... dez minutos.
- O que? – indagou Angelina, indignada – Dez minutos?! – e saiu em disparada para a sua suíte.
- Aposto com vocês que ela foi se encher de batom. – disse Hermione, torcendo o nariz.
- Eu também. – concordou Thomas, ao passo que Harry os silenciava.
- Vamos descendo, precisamos pegar um táxi porque não faço idéia de onde fica esse pub. – ele disse.
- Mas a Angelina sabe. Ela pode dirigir, vamos de carro.
Hermione não deveria ter concordado com aquela idéia. Não, definitivamente não deveria.
Andar de carro com Angelina na direção era a mesma sensação do que estar em uma montanha russa. Estava sentada no banco da frente, agarrando-se ao cinco de segurança ao passo que Angelina dirigia rapidamente por entre a avenida principal de Windsor.
- Sua louca desgovernada, vá mais devagar! – berrou Hermione, beirando a histeria.
- Você quer chegar atrasada? – indagou Angelina, impaciente.
- Chegando viva já é de bom tamanho!
Mas a loira deu de ombros, parecendo esquecer o pé no acelerador. Hermione estava prestes a arrancar o volante da mão da mulher, literalmente, quando ela parou o carro abruptamente em frente ao um pequeno bar.
Hermione estava pálida, e não demorou a saltar do carro.
- Graças a Merlim – ela murmurou, enquanto entrava no bar. Ela não fazia idéia o que ele estaria fazendo aberto a àquela hora do dia.
- Hermione, você parece pálida. Tudo bem? – indagou Thomas, aproximando-se da morena.
- Não, eu estou bem. Mas da próxima vez, quem dirige sou eu.
- Seguramente que sim. – ele disse, sorrindo.
- Hermione...- Harry disse, aproximando-se e a pegando pela mão. – Vamos.
Ela assentiu e eles pararam em frente a porta principal do pub. Harry a abriu, e pode ouvir o assoalho antigo ranger quando adentraram ao local.
Era um pouco empoeirado e sujo. As paredes eram de madeira, bem como o balcão ao fundo do local. Harry e Hermione, seguidos de perto por Thomas e Angelina, dirigiram-se até um velho bruxo parado diante do balcão. O pub estaria aparentemente vazio se não fosse pela presença deles.
- Senhor, poderia nos informar como podemos contatar Remo Lupim?
- Remo Lupim? - sua voz era rouca e fraca. Ele parecia debilitado.
- Sim. – responderam os quatro em uníssono.
- Como se chamam?
- Amelie, Melissa...
- Não, não. – disse o velho, negando veemente e saindo de trás do balcão. – Fora daqui, tenho ordens apenas para receber Harry Potter, Hermione Granger, Thomas...
- Oh! – exclamou Hermione. – Somos nós. Desculpem-me senhor. Chamo-me Hermione Granger.
O velho a olhou, desconfiado.
- Eu sou Harry Potter e estes aqui são Angelina Hess e Thomas Clark.
- Está bem. – disse o velho, analisando-os com o olhar. – Por aqui!
Os quatro seguiram o senhor até uma pequena porta ao lado do balcão, que revelava um estreito corredor escuro.
O velho foi na frente, guiando-os até uma outra porta.
- É aqui. – disse ele, virando as costas e saindo.
Eles entraram em uma grande sala, ao passo que ouviam uma voz familiar os saudar: - É bom revê-los, crianças.
- Lupim! – Hermione exclamou. O homem se aproximou e sorriu brandamente.
- Vim pessoalmente trazer-lhes boas novas. – disse ele, ainda sorrindo. Ele parecia não fazê-lo há dias.
- Então diga-nos. – disse Harry brevemente, sentando-se em uma desconfortável cadeira que havia ali.
- Acharam os Lestrange? – indagou Angelina, com os olhos brilhando. Lupim negou com a cabeça. – Ah...
- Jonathan Cage. Foi ele, quem roubou a agenda.
Hermione olhou desconcertada para Harry. Eles já sabiam disso.
- Lupim, nós já imaginávamos. – disse o moreno, suavemente.
- Estou certo que sim, crianças. Mas agora nós temos provas de que foi ele. Provas extremamente significativas, se querem saber. Introduzimos um bruxo para que pudesse se infiltrar no local onde a agenda foi roubada, e ele descobriu nada menos que um pequeno pedaço de papel escrito “Cheusitor Kysheel”.
- Cheusitor Kysheel... Cheusitor Kysheel... – repetiu Hermione, como se fosse um mantra. Harry a olhou, enquanto ela fechava os olhos. – Eu já li sobre ele, em algum lugar...
- Não tenho dúvidas, querida. Cheusitor Kysheel é um grande bruxo. - disse Lupim, parecendo satisfeito. – Achamos este pedaço de papel com as impressões digitais de Jonathan Cage.
- E daí? – indagou Angelina, desinteressada. - O que tem a ver?
- A agenda não era exatamente o que os Lestrange queriam – disse Harry, parecendo pensar. – Eles queriam apenas um nome que estava contido nela. Cheusitor Kysheel.
- E provavelmente Jonathan não teve tempo de procurar na agenda por ele, reparem na complicação do nome! Então, ele resolveu pegar a agenda toda... – divagou Hermione.
- E acabou despertando a atenção das autoridades. Os Lestrange não deveriam ter ficado muito contentes com ele... – disse Harry, acompanhando o raciocínio da amiga.
- É claro! – exclamou Hermione, eufórica. Levantou-se sorrindo e soltou um profundo suspiro. – Agora tudo faz sentido.
___________________________________________________________
Não me matem, por favor.
Minhas desculpas :~
Eu viajei para a Argentina nas férias de Julho, e fiquei praticamente três semanas fora. Não pude escrever, nem ao menos postar avisos nem nada. Perdão, mas estava impossível atualizar, mesmo.
Para compensar todo esse tempo ausente, eu fiz o capítulo dezoito um pouco maior, e eu espero que vocês gostem.
Não parem de ler a fic pelo meu atraso, minhas sinceras desculpas a todos vocês que estão acompanhando, mesmo.
Agradeço a todos que permanecerem lendo a Não é meu, é nosso, até aqui e que vocês possam compreender minha demora.
Fiquem tranquilos, porque eu não vou abandonar a fic! :D
Obrigada pelos comentários, MESMO!
Desculpem os erros e estejam preparados para mais Draco e Gina no caítulo 19°!
Beijãão e até a próxima! :*
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!