Memórias partidas



Entraram por uma estreita e mal iluminada rua, enquanto caminhavam rapidamente. Herrmione poderia jurar que se não fosse pela luz do luar, eles não conseguiriam enxergar nada além de difusas sombras.
Tocos de árvores eram encontrados na valeta da rua, bem como pedaços de madeira corroída, gerando um cheiro mais desagradável que o perfume de Angelina Hess.
Eles caminharam sorrateiramente durante alguns breves minutos, onde ninguém ousou falar absolutamente nada e não tardou até eles avistarem uma casa feita de madeiras tortas ao final da ruazinha.

- É esta. – disse Thomas, parando em frente da casa juntamente com os demais.

- Nós não podemos ser vistos aqui fora a não ser que desejamos que nossa missão vá por água baixo, por isso, o que diabos você está esperando Thomas? Mexa-se! – disse Harry, apressado. O homem afirmou rapidamente, antes de abrir a cerca de madeira podre, a qual produziu um rangido.
Hermione postou-se ao lado de Harry, segurando sua varinha firmemente quando o amigo bateu na porta e esta foi aberta pelo mesmo homenzinho franzino que ela havia visto poucos dias atrás.

- Pois não? – ele indagou com sua voz cansada, abrindo uma pequena fresta da porta.

- Gostaríamos de falar com o senhor. – explicou Harry, calmamente.

- Quem são vocês? – disse o homenzinho franzino, desconfiado – O que querem em minha casa?

- Nós visitamos o castelo de Windsor dias atrás, o senhor nos atendeu. – informou Hermione, arqueando as sobrancelhas.

- Desculpem-me senhores, mas não lembro de ter atendido qualquer um de vocês.

Hermione olhou para Harry com uma expressão indecifrável no rosto. As coisas estavam começando a se complicar.
O homem olhou para Angelina e fez um gesto com a mão, indicando que era para ela prosseguir o diálogo com o outro enquanto ele puxou Hermione para uma pequena varandinha nos fundos da casa.

- Tudo bem - disse Harry – Vamos manter a calma, nós fomos treinados para esse tipo de situação.

- Eu estou calma, Harry – informou Hermione, com as sobrancelhas arqueadas. – Nós sabemos o que fazer.

- Eu sei que nós sabemos. – disse Harry. O homem abaixou a cabeça ligeiramente, antes de retirar o frasquinho de Veritasserum de dentro das vestes e o entregando para Hermione – Mas eu estou com um péssimo palpite. Tomara que eu esteja errado.

Hermione assentiu ligeiramente incomodada e seguiu com o amigo para a casa, onde Angelina falava com o homem.

-...Escute aqui meu senhor, nós só queremos saber...

- Quem são vocês?

- Você irá descobrir se nos deixar entrar. – disse Harry, aproximando-se do velho. – Nós precisamos de sua ajuda.

O homem pareceu ponderar por alguns segundos, ciente de que se não abrisse a porta o quarteto passaria a noite o perturbando.
Ele desapareceu da fresta da porta por uns segundos antes de abri-la completamente, dando passagem para os quatro entrarem.
A casa tinha um aspecto de abandono. Havia um sofá velho e empoeirado na sala, a frente de uma mesa bamba e uma pequena televisão com as antenas tortas.
As grossas cortinas eram rasgadas e as paredes encardidas. Mais ao fundo do ambiente, havia uma porta onde provavelmente, os levaria aos outros cômodos da casa.
O homem recusou alguns passos para longe dos quatro estranhos e encostou-se perto da cortinas, indagando – Então, quem são vocês?

- O senhor não lembra de nós, realmente? – indagou Hermione.

O velho apenas negou com a cabeça e prosseguiu – Quem são vocês? – insistiu temeroso.

- Nós só desejamos fazer algumas perguntas ao senhor – explicou Thomas – De suma importância, e esperamos que o senhor colabore.

- O que querem saber? – ele indagou novamente.

Hermione olhou para Harry. Eles já sabiam o que deveriam fazer. O moreno passou por trás do homem rapidamente e segurou seus braços, enquanto Hermione abria a boca do mesmo com dificuldade, e despejava algumas gotas de um liquido nela, enquanto o homem debatia-se.

- O que diabos vocês estão fazendo?! – indagou Thomas, assustando-se ao ver o homenzinho cair de joelhos no chão – Nós iríamos extrair informações dele na base da conversa!

- Não seja ingênuo – retorquiu Harry, soltando o homem – Será que não percebeu que não iremos descobrir nada dele conversando? Ele não quer nos contar o que sabe, ou... – ele hesitou – Ele talvez não saiba mais nada.

- O que quer dizer com isso? – indagou Angelina, curiosa. Hermione rolou os olhos, Deus não era óbvio?

- Vamos descobrir agora.


Eles permanecerem em pé, ao lado do homem ajoelhado enquanto Harry fazia perguntas a ele. Jonathan Cage, mesmo a base de Veritasserum, parecia não saber de nada.

- Então você não sabe quem invadiu o castelo de Windsor? – Hermione perguntou.

- Não. – disse o homem com a voz seca e distante.

- Oh droga! – exclamou Harry, irritando-se.

- Alguma tese sobre este pequeno infortúnio? – indagou Thomas, enquanto recebia de Hermione um outro frasco com o antídoto de Veritasserum.

- É óbvio... – começou Hermione, sabiamente. Sua expressão continha um pouco de desapontamento e um pouco de surpresa quando continuou – Que alguém chegou antes de nós e tratou de apagar a memória desse homem.

- Lestrange.



-x-

Como o prometido, não demorei pra postar, demorei?
Espero que gostem do capitulo, e só pra enfatizar, eu estou MUUUITO feliz com os comentários. Mesmo mesmo mesmo! Adorei, muito obrigada x)
Se continuar assim eu posto toda a semana *-*
Quanto as cenas Harry/Hermione, concentrei esses últimos capítulos mais na trama da fic do que no romance, mas em breve vocês terão suspresinhas ;}
A capa nova vem daqui a pouco gente :D
Beiijo e obrigada novamente :*

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