Talvez meu coração já seja seu



- Arthur, ele não está se alimentando adequadamente! – reclamou a Sra. Weasley. A velha mulher sentou-se na mesa de madeira, cruzando os braços em um gesto preocupado.

- Não exagere querida – o homem repreendeu, olhando o garoto de soslaio – Ele parece ótimo.

- Mas não está! Não quebrou nenhum vaso de orquídeas e sequer pediu para ajudar a tirar as fadas mordentes do sótão! – a velha esganiçou-se - Ao menos, Roniquinho avisou-me que iria levá-lo para se distrair no próximo jogo de quadribol dos Cannons...

O marido enrugou a testa e fitou a mulher aflita. – Hermione não permitiria – ele alertou.

- MAS EU NÃO POSSO SEQUER ENVIAR UMA CORUJA A ELES! ESTÃO INCOMUNICÁVEIS NAQUELE MALDITO MUNDO TROUXA! E AGORA O MENINO ESTÁ AMUADO ARTHUR, DIGA-ME ALGUMA OUTRA ALETRNATIVA! – Molly gritou, levantando-se da cadeira revoltada.

- Acalme-se Molly, não podemos entrar em histeria coletiva! – racionalizou o marido, fazendo-a sentar-se novamente.

- Vovô?! – chamou o garotinho, entrando na cozinha arrastando um cobertor azulado. – A Pichi está batendo loucamente na janela. – Daniel avisou.

O Sr. Weasley lançou um último olhar reprovados à esposa, antes de seguir até a sala e abrir a janela para a pequena coruja. A mulher franziu o cenho, e indagou ao menino – Está com fome querido? Quer beber alguma coisa? Acho melhor ir colocar os chinelos antes que adoeça. – ela aconselhou.

Daniel balançou a cabeça negativamente, e seguiu para a cozinha em busca dos chinelos.


-x-


Eles se separaram ofegantes. Hermione acariciava o pescoço de Harry, pensativa. Estava sentindo a mesma coisa, a mesma coisa que sentiu horas antes, quando Harry a beijou no jardim. Um embrulho no estomago e a vontade de agarrá-lo e não soltar nunca mais tomava conta dos pensamentos da morena. As coisas não poderiam fluir desta maneira, era isso que Hermione pensava. Não poderia se arriscar, nem em pensamentos, não poderia nem sequer cogitar a hipótese de quem sabe, estar apaixonada por Harry Potter, seu melhor amigo, seu tudo.
De fato, isso poderia arruinar tudo que construíram juntos, todos os laços que criaram e as barreiras que levantaram. Ou talvez, simplesmente nada catastrófico acontecesse.
Hermione balançou a cabeça negativamente, amaldiçoando-se mentalmente por alimentar tais pensamentos. Tinha prometido a si mesma parar de pensar em seus sentimentos em relação à Harry.
A morena iria começar a pensar sobre como ela estava desvalorizando sua própria palavra, quando ouviu insistentes batidas na porta.
Harry se desvencilhou de Hermione e abriu a porta do quarto, dando de cara com uma Gina pálida e ansiosa.
- Com licença – disse Gina, adentrando no local de pés descalços – Harry você poderia sair daqui agora? – indagou, irritada.

O moreno confirmou com a cabeça e saiu do local, deixando Gina e Hermione sozinhas. Hermione se sentou no sofá pacientemente, enquanto Gina andava em círculos pelo quarto.

- O que aconteceu? – perguntou, arqueando as sobrancelhas ao notar que Gina poderia abrir um buraco no piso.

- Não sei! – exclamou, batendo a mão na testa.

- Gina você vai me deixar tonta se não parar de caminhar em círculos

- Tonta? Tonta? EU é que eu estou tonta, muito tonta! Tontíssima! Literalmente! – Ela exclamou, parando de andar finalmente, e se sentando na ponta da cama.

Hermione suspirou e se sentou ao lado da amiga – O que houve? – perguntou com cuidado

- Eu já disse que não sei! – respondeu Gina cruzando os braços – Mione, eu acho...que talvez...Bem, a questão é que eu não paro de me sentir enjoada! – disse.

Hermione levou as mãos à boca em um gesto de surpresa, abafando um grito de entusiasmo – Você está me dizendo que...Oh meu deus! Você está grávida? – perguntou, puxando Gina para um abraço apertado.

- Caramba, quantas vezes mais eu tenho que repetir que não sei?! - disse, apoiando o queixo no ombro da amiga.

- Isso não é problema – disse Hermione, puxando a varinha das vestes.

- Hermione, eu realmente não gosto quando você aponta a varinha pra mim e...

- ESTUPEFAÇA – bradou Hermione. Porém, nada aconteceu. Gina estava intacta, de olhos bastante abertos e esbugalhados, não acreditando que Hermione iria realmente estupora-la

- Por que você fez isso, mulher? – indagou Gina, levantando-se confusa.

- Grávidas não são estuporadas...– explicou Hermione, animada. – O feitiço não tem efeito nelas. - Gina levou as mãos à boca e não fez questão de abafar o grito. Sem esperar qualquer palavra de Hermione, a ruiva saiu pela porta do quarto às pressas.

-x-

Mil desculpas pela demora! Estive envolvida em outros projetos de fics, desculpem MESMO!
Agora procurarei atualizar com mais freqüência, desde já, agradeço imensamente aqueles que leram e comentaram na fic. Muito obrigada mesmo! Adorei todos os comentários, estou muito feliz :D
Quero aproveitar para fazer propaganda de minhas outras duas fics postadas aqui na Floreios e Borrões.
Nosso sempre; e Posso amarrar seu cabelo;
Se vocês gostarem, por favor passem lá (:
Obrigada novamente pela compreensão gente!
Beijãão e até o próximo capitulo =]

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.