A FUGA MISTERIOSA DE DRACO MAL
A FUGA MISTERIOSA DE DRACO MALFOY
Draco Malfoy estava quieto na sua cela havia muitos dias. Não emitia som algum enquanto estava acordado mas quando dormia ( o que era raro) ele não se aquietava um segundo a ponto de os guardas de sua cela entrarem e lhe darem choques ou jogarem água fria em seu rosto por isso ele evitava dormir, e , segundo estava certo ele já vira o sol nascer duas vezes pela minúscula fenda q deixaram na cela para que ele pudesse respirar.
Era um lugar basicamente igual a uma cela de prisão comum mas em vez de grades havia uma parede sólida e invulnerável aos mais violentos feitiços das trevas como ele mesmo havia testado nas primeiras horas em que estivera preso.
E também havia outra grande diferença. Malfoy estava preso naquele lugar não pelas pessoas que considerava seus inimigos mas pelas pessoas que ele julgava que fossem seus amigos e aliados e era isso que mais doía em sua consciência.
Se ao menos ele não tivesse hesitado quando Dumbledore havia lhe dado uma chance de mudar de lado. Ou talvez fosse melhor para ele ter matado ele mesmo o velho caduco , assim não estaria preso nessa cela.
Mas Malfoy não tinha feito nem uma coisa nem outra e agora não tinha como escapar do seu destino que com certeza era a morte mas não fazia a menor idéia de como ela chegaria até ele. Afinal os Comensais, nenhum deles, haviam falado com ele desde que fora aprisionado, nem mesmo Snape.
Snape, o único deles que Draco achou que poderia confiar entregou-o nas mãos de Lord Voldemort assim que aparataram de Hogwarts havia quase um mês. Mas, pensou Malfoy, é bem feito para mim.Afinal , não fui eu mesmo que caçoei de Dumbledore por confiar em Snape e acabei cometendo o mesmo erro? Aquele bruxo não deve ter lealdade a ninguém a não ser a ele mesmo. Provavelmente não trai o Lorde das Trevas porque sabe que tem um poder bem inferior mas um dia ainda vou ter minha vingança contra Snape , nem que para isso tenha que fingir que se aliou ao Potter e àquela nojenta Ordem da Fênix. Mas primeiro tenho, lembrou Draco Malfoy, que sair desse lugar e não tenho a menor idéia de onde estou, apenas que lembra um castelo e fica à beira do mar. Ou seria de uma lagoa? Não faço a menor idéia.
De repente, Malfoy foi interrompido em seus pensamentos por um barulho que parecia vir de muito longe e que fez com que todos os seus sentidos se apurassem.
Mas, após cerca de uma hora, quando Malfoy já estava se descontraindo novamente ouviu algo de trás da porta de sua cela parecendo que alguém parara à frente dela e estava murmurando um mantra.
Após alguns minutos nessa mesma tensão a porta simplesmente desapareceu sem nenhum barulho. Parado à frente de Draco estava um vulto totalmente encoberto por uma roupa de bruxo extremamente grande para o homem e um enorme capuz de carrasco que deixaria os Comensais da Morte morrendo de inveja.
O homem olhou para Malfoy e sorriu ( pelo menos foi essa a impressão que passou ):
- Sabe, às vezes eu acho que Voldemort não quer realmente prender seus prisioneiros nunca vi uma porta tão fácil de desaparecer.
Draco fez uma careta ao ouvir o nome do Lorde das Trevas mas perguntou petulante:
- Quem é você?
- Um bruxo. - respondeu o homem simplesmente, mas depois resolveu acrescentar – Um bruxo que veio te libertar daqui e que não gostaria de responder a muitas perguntas.
Os dois ficaram se encarando por alguns minutos e então Malfoy perguntou:
- Os Comensais não estão atrás de você?
- Apenas os desta área do castelo sabem que estou aqui – disse o homem olhando para as próprias que lembravam as de um animal- e se eles estivessem desamarrados provavelmente estariam me procurando.
O homem suspirou e acrescentou:
- Vem ou não vem?
- Por quê você quer me libertar?
- Por quê você não pára de fazer perguntas?
Malfoy suspirou e abaixou a cabeça:
- Não pode ficar pior do que já está mesmo.
O homem assentiu e disse subitamente enérgico:
- Vamos rápido que ainda tem algumas coisas que quero fazer antes de irmos.
Os dois caminharam em silêncio pelo corredor e desceram pelo menos uns cinco andares antes de o homem parar abruptamente e indicar a Malfoy uma janela do lado esquerdo:
- Olhe para cima daquela janela. – disse ele divertido- Vai ter uma visão realmente engraçada.
Draco olhou desconfiado para o homem e foi olhar pela janela. Ele levou uns dez segundos para registrar que a uns dois andares acima havia um grupo de doze Comensais amarrados e se debatendo no ar.
Malfoy tirou a cabeça da janela rindo e olhou para o homem ao qual tinha cada vez mais admiração:
- Como você conseguiu isso? – perguntou.
- Nunca subestime o poder da raiva reprimida. – respondeu o homem enigmático.
E dizendo isso, ele voltou a descer pelas escadas fazendo Malfoy ter que correr para acompanhá-lo.
Durante a descida não trocaram uma palavra mas Malfoy ficou pensando que razões teria esse homem para querer libertá-lo e o que ele faria agora. Queria se vingar de Snape, disso tinha certeza mas não sabia como começar.
Além disso, era procurado como Comensal da Morte e portanto teria de se esconder para poder planejar os próximos passos.
Perdido nessas divagações, Draco se sobressaltou quando viu que haviam chegado ao térreo e viu que realmente era na costa que figurava esse castelo.
O homem caminhou mais alguns metros e parou em frente a um corpo que parecia adormecido em um barco. Sussurrou no ouvido do corpo que Malfoy já tinha reconhecido:
- Eu não gostei da recepção Greyback. – e depois sussurrou mais baixo ainda – Imperio !
E depois de um tempo olhando as ondas o homem pareceu acordar e disse novamente apontando a varinha para Greyback:
- Enervate! – sussurrou e esperou o Comensal acordar para ordenar claramente embora murmurando. – Muito bem lobinho bonzinho , você vai libertar seus amigos Comensais e contar para eles que foi você que fez isso com eles porque ficou com pena do garoto Malfoy e quis libertá-lo e vai aguardar a punição do seu mestre.
E após uma pausa:
- Assim que tiver oportunidade morda Belatriz Lestrange e cause o maior estrago que puder.
Malfoy ouviu tudo sem emoção , não sentia nada devido ao longo tempo sem sono e quando o homem lhe perguntou:
- Não tem medo de Voldemort Draco?
- Não tenho medo de mais nada não tenho mais vida. – respondeu com frieza.
O homem pareceu aprovar as palavras de Malfoy e o ajudou a entrar no barco pois o jovem quase não se agüentava em pé de tanto sono.
- Vai ser uma viagem longa até nosso destino, se eu fosse você tentava dormir um pouco.- aconselhou o homem.
Draco nem respondeu ao conselho, obedeceu-o imediatamente.
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